Poemas sobre saudade
semanas e meses evoluindo . .
ausência e saudade não se encontram . .
palavras não formam frases . .
tempo conspira nessa realidade . .
O ALIMENTO DA ALMA
Saudade sofrida mesmo é a ausência de tudo aquilo que não se teve, com a imprecisa lembrança do que não se fez. Isso sem esquecer a lancinante angústia de uma vida inteira presumida: relembrando as inúmeras promessas solidificadas no desquerer do destino, ou lamuriando por cada desejo não consumado. Entretanto, ainda pior, será a contaminação deturpada para a descrença no novo alvorecer. Porque, somente amanhã, redobra-se o otimismo, recicla-se a força e se torna capaz de sonhar com tudo aquilo novamente.
Pois, quando desistimos de lutar pelos nossos sonhos, nos tornamos mais indiferentes, amoldados e desvidrados. As inolvidáveis frustrações dos sonhos amortecidos permanecem aprisionadas para sempre nos subterrâneos da nossa mente. Onde guardamos um amontoado de coisas preciosas, que se perderam entre a vontade, o medo, o tempo, o acaso, a desmotivação, a desistência, os pretextos, as obrigações, a rotina etc. Enfim! Onde tentamos enterrar dentro de nós mesmos, à ausência de tudo aquilo que não fomos além das expectativas presuntivas dos nossos atulhados anseios.
A pior morte, portanto, é aquilo que deixamos de ser, ainda em vida, quando renunciamos aos nossos sonhos. O conformismo, o contentamento, e a apatia pela ausência de ambição, desnaturaram as almas que vagueiam opacas pela vida sem mais nenhuma fantasia. Os sonhos não são apenas cobiçosos desejos físicos, são os alimentos da alma ante aos anelos do coração. Uma vida sem sonho é como uma praia sem areia, uma primavera sem orvalho, uma flor sem perfume. Os sonhos atribuem novos significados a nossa própria existência, rejuvenescem a alma, regozijam a esperança, e preenchem com encantamentos a languidez do nosso cotidiano. E sem o embevecimento que os sonhos suscitam, a vida se torna austera, os risos sóbrios, e os nossos caminhos entenebrecidos. É quando deixamos de viver, e passamos, simplesmente, a existir.
TROVAS - SAUDADE
Na ausência que me consome,
vivo sem a liberdade,
com um poema sem nome,
eu trovo minha saudade.
No balanço da saudade
a lembrança vai e vem
Embalo a oportunidade
para eu poetar também.
Ah! Saudade…
Essa ausência que invade o peito
Quebrando todas as regras
Mostra o que é verdadeiro
Sentimento assim, bem sei
Nem o tempo leva.
TUA AUSÊNCIA (soneto)
Sofro, ao recordar-te, com minha saudade
Da tua ausência. Meu poetar se transporta
Minha alma se vê numa penúria que corta
E meu sossego, nervoso, cheio de vontade
É verdade, toda essa minha infelicidade
Que percorre está poesia, aqui tão torta
Escorrendo por motivo que não importa
Largando os versos, árduos, na ansiedade
Aí, que confuso clamor que transtorna
Das orgias das trovas de outrora fausto
E agora, penosas e tão malfeito se torna
Ofensiva sensação, funesto holocausto
Que na solidão figura, e na dor amorna
A vazia inspiração e, o silêncio exausto
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/06/2020, 09’43” - Triângulo Mineiro
Olavobilaquiando
falta...
falta menos distância,falta menos ausencia...
sobra..
sobra saudades,sobra querer sobra vontade...
falta? sim falta!
um pouco de ousadia talvez.
mas na veradade o que mais falta, é vc aqui, bem do lado de mim, logo vc que eu tao pouco vi...
Saudades...
Temerária, distância
Solidão composta,
Solidão gerada.
Ausência, amor
Amor, excesso
Querência, falta
Asilo, ilusão
Saudade intrínseca
Mas não dor,
Amor, vontade
De revelar-se
Exprimir-se, falar
Abrigar, sentir
Trocar, viver
Mostrar-se sem dever
Beijar-lhe olhando ao sol,
O por do sol de um dia
Infinito, céu vermelho,
Sol ao fundo
E a cor do céu mistura-se
A dos sentimentos,
As mãos dadas perdem-se
No tempo e no espaço
Porque torna os sentimentos
Infinitos, sem rumo...
Apenas o sentir, bem estar,
Bom estar da presença
Da pessoa amada.
E revela-se o céu
Revela-se o mundo
O prazer, cumplicidade,
O viver, verdades
No simples dizer
“Eu também estou com saudades”
UM OLHAR DE SAUDADE
É meu olhar que vaga perdido
Buscando tua presença em cruel ausência
Embasado, umido, aflito
Através das janelas dos meus sonhos
E nesta enfática e constante espera
Minhas manhãs outrora ensolaradas,
São hoje lapidadas pela esperança do nosso amanhã
Minhas noites, quiçá trevas e escuridão
Hora, fecundas em aquarela, estão
Forjadas pela mais bela tradução, do nosso amor!
AUSÊNCIA
Saudade. Uma palavra forte, marcada por três sílabas e sete letras. Uma palavra, que tem um significado não muito bom. Saudade, um sentimento obscuro, que leva a tristeza e a memórias. Saudade, sua causa é bastante conhecida... Saudade, um jeito de dizer o quão aquela pessoa, aquele animal, aquele objeto faz falta. Para muitos, basta cinco minutos longe, que esse sentimento, essa palavra passa a fazer parte constante da própria vida. Esse sentimento, chega sem avisar e fica dentro de cada um, por um bom tempo. Saudade disso, saudade daquilo, saudade daquilo outro. Saudade dos tempos que não voltam mais. Dos tempos, que vão ficar para trás! Evite a saudade, deixe ao seu lado a alegria, a felicidade, o companheirismo, a presença. Deixe de ser ausente. Você pode muitas vezes não sentir falta "dele" mas ele com certeza, algum dia, sentiu a sua, ou talvez ainda sinta, quem sabe. Mas com o tempo a saudade some. Você estando presente ou não. Porque mais cedo ou mais tarde, você irá se acostumar com esse sentimento sempre presente, e o que era saudade, agora vira ausência.
Estou aqui brigando com a saudade,
lutando diariamente com a sua ausência,
tentando me remontar com as suas lembranças,
buscando o real sentido da vida,
que um dia existiu intensamente,
hoje o sol reluzente já não brilha mais como antes,
a lua e as estrelas parecem mais longes e ofuscadas,
a imensidão dos mares parece agora ter fim e não ter vida,
tudo que viveu em harmonia parou naquele dia que você se foi,
os segundos longe de você parecem décadas e décadas,
estou sobrevivendo dia a dia noite a noite,
sobrevivendo na esperança de ver novamente esse sorriso lindo,
isso acontece no meu mundo que você criou enquanto está ausente,
porque sou exagerado de paixão e amor por ti,
quando penso em você esse mundo começa a girar novamente,
volte estarei aqui te esperando.
Saudade dói demasiadamente. Mas o que dói mais é a tua ausência sempre presente em mim...
Sua ausência me dói tanto, que as vezes chego a chorar, mas saber que em algum lugar existe alguém que me ama e espera por mim, me dá forças...
Tanta saudade
Em sua ausência eu fico louco,
É querer e não poder lhe tocar.
Faz-me voar a ilha da nostalgia,
Nas lembranças do nosso passado.
Sinto a falta de não poder mais tê-la,
Sentir você quente em meus braços.
Fecho os olhos e vejo na memória,
O beijo dado, hoje muito desejado!
A minha alma morre aos poucos,
O meu coração já quase não bate.
Em agonia a tudo assisto na mente,
A lembrança me faz um feliz reviver.
Sonhos utópicos não mais me preenchem,
Sou um coração dilacerado, sem esperança!
Seu cheiro de rosa, ninguém mais sente...
Na cama nos construímos na bonança...
A incapacidade de à noite me atender,
Faz-me não suportar tanta saudade.
Eu só queria deitar, dormir um pouco!
Mas ela me invade e muito me abala.
Já não doem certas ausências.
Já não lembro algumas saudades.
Já não corro atrás de certos colos e sorrisos.
Eles sabem perfeitamente onde estou, o que faço e até, o que sinto...
Se vierem, tanto melhor: ficarei feliz.
Se não, paciência! - Não sabem o que perdem.
Saudade
Que
Me beija à alma
Sele ao meu
Coração, o conforto
Da tua ausência
Em meus
Pensamentos entristecidos
Pela
Falta da tua presença
Em meus dias.
Solidão
A noite cai....
E o frio da saudade se aproxima!
Desfaleço...
Nessa ausência
Dos seus carinhos
Do seu aconchego
Do seu amor.
E aos poucos tudo se perde
Dentro do vazio que adentrou levemente
Em meu viver.
Deixando...
Dores
Lágrimas
Solidão
E muita, muita falta desse cheio transbordante
Do nada!
Dentro do meu EU
Que tanto te ama!
"Gaste seu tempo com que o valoriza na sua presença e morre de saudades na sua ausência."
Lenilson Xavier
"Quem vive de orgulho, não sabe valorizar a presença, sofre com a ausência é morre de saudade."
13/01/2017
AGRURA
Tanta fumaça!
Nesse quadrado de lembrança...
enquanto a ausência se faz alvo
A saudade chicoteia o presente.
As lagrimas por certo...
Tentam em vão um aclive reto
e, em deslavo dos pensamentos,
o umedecer do incrível deserto.
E, essa flecha de pontiaguda lembrança
mira em tudo que esta longe
transferindo e ferindo tudo que esta perto.
Nesse ínterim...
O oásis é apenas, miragem de sentimentos
e os sonhos vagam por...
trote desgovernado de ferraduras
e por pedregulhos íngreme de pesadelos.
Por mais uma vez, o encharco do ser
é a única maneira de alvorecer
para logo, despencar no esquecido
e ver a cabeça doer sob o amanhecer.
Antonio Montes
SAUDADE
Eu sou a saudade,
Sorrindo pra melancolia,
Descalço no caminho da ausência,
Eu atravesso a ponte do abatimento,
Tropeçando nos buracos dos sentimentos.
E sou a saudade desbotada,
De cor ofuscada,
Na cidade da lembrança,
E na cor do amor que ficou,
Onde o trem da conveniência parou.
E sou a saudade a olhar o mesmo Trem,
Distante sob as nuvens cinzentas,
Na fumaça que do trem sai se perdendo no infinito,
Levando aqueles que a volta não tem,
E deixam na saudade vago aroma de amor.
E eu sou a saudade em noite sem luar,
Olhos serrados em segredos guardados,
Peito dilacerado por choro arrancado,
Sentindo no amor a penumbra da dor,
Misturando–se a furta-cor nas lágrimas a rolar.
E sou a saudade nas cores do arco-íris:
No vermelho da paixão, do amor e da coragem,
Na cor laranja da prosperidade,
No amarelo da alegria,
E no verde da paz, do equilíbrio e da confiança...
E sou a saudade no azul da calma e da harmonia,
E no azul anil a sinceridade e o respeito,
E violeta da espiritualidade dos que foram no trem da saudade,
E sou a saudade a sorrir e a chorar na cor que a saudade na alma está.
E sou a saudade do que se perdeu,
Do que falta a saudade eu sou,
Eu sou a saudade do que se distanciou,
Do amor a saudade eu sou,
E eu sou a saudade do prazer de tudo que deixou de se ter e no peito aperta.
