Poemas de Memória
Se você pensar em alguém ao menos uma vez por dia...
Você chamaria isso do que? Amor? Boa memória? Falta do que fazer?
Apenas me diga... Que nome você daria a essa sensação incomoda? Como programar-se para um esquecimento proposital?Como alcançar o famoso branco no lugar do seu rosto? Você ao menos deveria me ensinar a te esquecer da mesma maneira que ensinou-me a lembrar-me de você.
Navego pelas margens
Pelas margens da memória
Sinto-me perdida
Por favor
Não me deixem só
Sozinha
Nos momentos de solidão
Onde rasgo as águas do tempo
Como as gaivotas...
No horizonte
Carregando toda a tristeza deste mundo
O silêncio faz-se tão doce
Que o mar solta-se nos nossos olhos
Adormecendo a dor do coração
As estrelas despertam a solidão
Amor abraça-me
Abraça-me para sentir a emoção
Neste mar de águas profundas
Como um barco à deriva
Cheio de saudade que maltrata
Maltrata esta dor agarrada ao corpo
Que veste de negro esta ingrata alma
Poesia triste, feita em poemas
Na multidão, desta minha triste solidão!
Eu te construo dia a dia.
Tenho tuas formas na minha memória e nos meus sentidos,
Te reconheço em tudo que vejo e ouço,
Conheço tua voz no ruído das águas,
Conheço teu olhar na limpidez do lago.
Tua boca é mar sereno e também mar revolto.
Eu contemplo esse mar sossegado,
Eu contemplo esse mar tempestuoso.
Amo tudo em que te ouço e vejo.
Nenhuma memória sã, seria tão inóspita, ante uma verdade,
quanto o maquiavélico intelecto dos metafóricos manipuladores de massas.
Nenhuma sabedoria vã, seria tão capaz de desvirtuar a verdade,quanto a midiática explorativa da ignorância factual dos que a promovem.
Nenhuma verdade seria tão mentirosa, quanto a história política,onde o cinismo e a falsidade são artimanhas ocultas em promessas fúteis!
Frase de : Almany Sol, em 21/06/14
Não mobilizes a memória em caminhos percorridos.
O passado pode e deve ser consultado a fim de clarear
as diretrizes do presente.
Memória
A falta de memória nos deixa maravilhados com esta falta de coragem. Não sou, e quase ninguem é esse Zero à esquerda! Não podemos abandonar algo sem sentido, nem invocações negativas.
As imaginações palpáveis
tornam-se indiferentes
à vitória desse triunfo, e as coisas conquistadas são
muito mais que lindas, e
essas ficarão, juntamente aos fragmentos superiores que não nos procura.
Chamo meus amigos de latifúndios
De anjos, sempre que eu clamo na
Memória quem comigo nesta vida
Têm feito mais que estória, história!
Guria da Poesia Gaúcha
EM FORMAS
Nesse quadro eu me enquadro
Memória que aquece
O mundo é uma porta
Caminhos e buscas
Espinhos e lutas .
O porto me aporta
E o perigo me alerta
Amêndoas vermelhas
Morcegos em festa
Me olhem na sombra
Que o sol me apressa
Me abraço com as flores
Que o bem me espera.
A fama e a lama
Escamas de peixe
Da lenha o feixe.
Cabeça que pena
Menina que sonha
Soletra os seus versos
Palavras que venham.
Qual mundo encantado?
Que o Jorge é Amado
Da Gabriela faceira.
Ladeiras e pernas
Torneando a donzela
Essas curvas no corpo
Que lapida a brejeira.
Transgressão
Quisera a memória de o corpo elucidar os devaneios da alma...
Quisera...
O ínfimo toque te merece a abstração
Ainda que pagão
Crê com usura, na doçura, em ser canção
E cansa diante do inefável sonho de outrora... Pálido... Túrgido
Teimando em resplandecer no fugidio, no púlpito, dimensão...
Em anos são...
Espera
A quê creditar a crença de inocentar-se
Ou culpar-se
Se usurpa-se a dor ao ganhar teus beijos
Ainda que na face?
pernoitas em mim e se por acaso te toco a memória...amas
ou finges morrer,
pressinto o aroma luminoso dos fogos escuto o rumor da terra molhada, a fala queimada das estrelas,
é noite ainda o corpo ausente instala-se vagarosamente
envelheço com a nómada solidão das aves,
já não possuo a brancura oculta das palavras
e nenhum lume irrompe para beberes
"Não há lembranças de um passado na minha memória,
Talvez o tempo tenha apagado a nossa história"...(8)
"O amor venceu"
Tudo
de mais lindo.
Que nos fica
na memória.
São momentos...
E nada mais...
Momentos que
passam como o vento
que nos emociona
e nos trazem Paz..
Você me esqueceu ou perdeu a memória?
Passou tão rápido em minha vida,
E eu que acreditava que era amor.
Anjo..
Não sei tirar vc da minha vida,
Não sei apagar seus carinhos da minha memória,
Nem tampouco esquecer o som da sua voz..
Sua ausência ainda dói demais..
Mas quem foi que disse é fácil conviver com a solidão..
Às vezes penso em dar-te meu eterno desprezo.
Apagar-te da minha memória..
Mas quanto mais tento,
mais me afundo nesse poço de saudade!
..
Presa
na minha
memória...
Está a
nossa história...
Como ousei tanto
me apaixonar
por você...
Mas...
Meu coração
não tem juízo...
Segue por ai
sem destino.
Faz morada
onde não deve fazer.
Chamo meus amigos de latifúndios
De anjos, sempre que eu clamo na
Memória quem comigo nesta vida
Está unido no fracasso e na vitória!
Guria da Poesia Gaúcha
O MONSTRO E A FLOR
Aconteceu uma história
Que passo a lhe contar
E guarde em sua memória
Pois creio pode ajudar.
Era uma vez um poeta
Falava coisas de amor
Mas numa hora incerta
Causou um grande horror.
Ele cuidava bastante
De uma rosa sincera
Mas deixou que um rompante
O transformasse em uma fera.
E a rosa então, machucada
Ferida por um vil monstro.
Ficou bem estraçalhada
Como um navio sem mastro.
A rosa perdeu o seu brilho
Perdeu sua direção
E o vento lhe trouxe o martírio
Água no fogo da paixão.
E quando o monstro foi embora
O poeta continuou
Mas a tragédia que aflora
O coração despedaçou.
Eu sei, você tem um monstro
Guardado no fundo da alma
Resista e lute eu lhe mostro
Que é bem melhor a calma.
Pois muitas vezes a fera
Da ira, ciúme e suspeitas
Acaba romances e opera:
Intrigas, histórias desfeitas.
Pois podes levar muitos dias
A cultivar linda flor
Mas se o monstro for libertado
Talvez perderá um amor.
Por isso eu dou-te um conselho
Em forma de um poema
Reflita e fale ao espelho
Resista, não seja um problema.
Palavras bonitas são boas
Mas nem sempre suficientes
Apenas um furo e as canoas
Afundam com seus delinquentes.
Eu sei que as flores existem
E como é difícil cuidá-las
Mas somente os que insistem
Não deixam o monstro matá-las.
Você que lê esses versos
Talvez é o monstro ou a flor
Cuidado, valores inversos
Machucam, causam muita dor.
A rosa também tem espinhos
Que ferem machucam os monstros
Tocar com cuidado e carinhos
Realçam o brilho dos astros.
Poetas e monstros, não sei
Qual vais deixar vir pra fora.
A rosa, cuidado, avisei
Também tem espinho que aflora.
E pode haver algo bom
Em toda essa história.
Não sei se pegou o tom
E fixou na memória.
Que os monstros fiquem dormindo
Ou morram dentro dos poetas.
E as flores sejam bem cuidadas
E fiquem lindas e abertas.
11/01/2015 (07h30)
Sem memória
Dedico a alma do ontem sem memória do acaso Estou junto com a saudade Longe do perfume que exala meu coração Quero poder estar com o toque suave da canção da poesia Meu coração anseia por ti a espera do momento em memória Trago comigo o gosto da manhã Sinto o cheiro suave de hortelã
* * *
Vem a aurora Vem a saudade Vem a dor aguda na mente sem consciência Não vou pensar Não vou sofrer, abro os braços em direção a vida Sento e espero a resposta, vejo o sangue correr sem pressa e sinto minha alma Levitar em meditação ao cosmo. Com vibração ao infinito anseio a espera da luz
Tudo o que a memória amou, já ficou eterno.
E entre tudo que você poderia ser para mim na vida,
a vida escolheu torná-lo saudade...
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