Coleção pessoal de JoaoStarkaiser

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REAÇÃO

Desde os detalhes de nosso dia a dia até às maiores e mais abstratas questões sobre como lidamos com o mundo, nada é tão importante quanto parece, enquanto refletimos.

Entretanto, passamos a depender dos problemas em que nos concentramos, exagerando a importância das questões sobre as quais nossa atenção está voltada, baseando nosso medo e obsessão em decisões que não dependem de pequenas probabilidades, pois, parece impossível escapar das nossas variáveis aleatórias que se tornam cada vez mais complexas.

Remova a ilusão e obtenha o formidável!

Buscando provar nosso parecer, invés de caminhar nas palavras com as pessoas, ao ponto de esquecer que o conhecimento não é propriedade particular, devemos reconhecer que nos tornamos sérios demais para um encontro de mentes onde nossa memória, hábitos, pensamentos e emoções são compartilhados e se transformam mudando nossa direção.

OPORTUNIDADE

O que poderia ter sido uma abstração, e o que foi, ecoando na memória ao longo do caminho que não percorremos para a porta que nunca abrimos, permanece uma possibilidade perpétua num mundo apenas de especulação convergindo para um único tempo, pois, de certa maneira, sempre findamos aqui no presente.

Superação

O autoconhecimento, dando espaço à libertação do outro dentro da gente que não queremos deixar, nossa parte reprimida, a verdade comprometida e a ação indevida difíceis de encarar, coisas que não abrimos mão.

Mas, é preciso escolher e muito temos a fazer para o alívio brotar, assumindo a responsabilidade, superando os dogmas, abandonando a maldade para outra realidade trazer, sem nosso viver complicar

A AMIZADE NATURAL E O RELACIONAMENTO VIRTUAL

Podemos idealizar que a formação das boas relações da amizade não demanda premissa, promessas, termos, condições, ou a corporalidade característica da proximidade entre as pessoas mutuamente correspondentes, e, que nossas emoções podem ser apenas experimentadas por nossa mente, sem a imperatividade da presença física para desenvolver e manter o sentimento em nossa existência multidimensional.

Como seres sociais, a própria sobrevivência de nossa espécie tem como fundamento nossa capacidade de constituir, entender e manter as amizades cumprindo as obrigações rituais dos relacionamentos, amando uns aos outros da maneira certa na amizade exigindo uma reserva moral sublime e ímpar, alheia aos benefícios, ciente dos deveres que a alimentam, numa relação voluntária e uniforme na confiança e certeza da boa avaliação da expectativa recíproca de boas ações.

No entanto, cada vez mais somos atraídos pelo mundo da ‘internet’ que provêm a ilusão virtual de companheirismo sem as mesmas exigências de intimidade da amizade real, nos expondo à obesidade, ao tabagismo e outras facetas da saúde que são disseminadas pelo sedentarismo e a artificialidade ilusória nas redes sociais, nos remetendo, também, à horizontes sociais muito além de nós mesmos afetando os limites reais entre o natural e o postiço no relacionamento humano.

Apesar de as restrições de tempo para manter amizades, antes do advento da mídia eletrônica através das redes sociais, quando era necessário horas para manter a correspondência tradicional através de cartas, cartões de Natal, aniversários, lembretes memoriais de outros eventos e celebrações, além da telefonia convencional, havia mais benefício salutar, alteridade e essencialidade nos relacionamentos.

Com o aparecimento da ‘internet’ que propiciou redes sociais como o Facebook e o Tweeter, o território da emoção humana está mudando o aspecto sombroso da sensação arraigada da solidão, tornando-a menos consistente e mentalmente profunda, como era antes do alívio proporcionado pela tecnologia do relacionamento meramente existente na faculdade do homem, que redimensionou o isolamento emocional e existencial.

Contudo, sendo a seleção do grupo uma continuidade razoável, evolutiva e plausível da natureza social dos seres humanos, contraposta à leviandade, agilidade e dinamismo da aquisição seletiva da amizade virtual que vai além da genuinidade de nossos gostos, da paridade de nossos genes e de nossa proximidade física, podemos taxar a ausência de razoabilidade, cuidado e realismo de uma escolha que faz pouco sentido aos fatos, a mente e a cultura social e histórica convencional do homem.

O NADA E TUDO
Numa era de conhecimento externo, mesmo considerando entre o possível e o imaginário, ousando rasgar o tecido do nosso pensamento habitual, para encontrar algo diferente e inovador, é preciso pensar ideias, teorias, sistemas de pensamento, disciplinas, não somente pessoas, pois, o universo não se importa com nossos desejos.

Devemos buscar, não renovando o que já sabemos, mas, algo intocado que podemos achar onde se encontrar e modelar ao benefício humano, apesar de tudo o que fazemos seja uma tentativa infrutífera para criar algum tipo de permanência, algo para desafiar o esquecimento e não permitir que nossa ilusão de permanência ceda à realidade de nossa frágil existência.

Sabemos pouco do que pensamos! E, se nossa alma nos ouvisse falar as descaradas afirmações do conhecimento do nada que dizemos de modo veemente e brilhantemente apresentado como falamos para os outros, se esconderia de nós.

Podemos presumir que o cérebro, em sua complexidade, é co-dependente com a mente, mas, não cria consciência, apenas manifesta-a. Porém, não faz sentido o homem ser casual sobre a extraordinária significância de seu cérebro, que aprende a entender, falar e desenvolver linguagem e pensamento, sem indagar se a consciência pode existir além do cérebro, como nos alegados relatos de experiências fora do corpo e, em caso afirmativo, como o faz e como o sustenta?

A passagem para a eternidade escondida nos sonhos em nossa curta vida é como um sono onde a consciência das grandezas merecedoras de atenção contraem importâncias reservadas transitando de um momento para o outro sem continuidade definida.

Afirmar que o nosso cérebro é interligado para receber e reconhecer tudo, é considerado radical e contra o sentido tradicional do mundo.

Em contrapartida a hipótese do espaço como um nada vazio sem propriedades tangíveis ou intangíveis, infinito, silencioso, escuro e gelado, sem movimento e imutável, é incompreensível! Então, como é que estamos aqui, se o nada também significa nenhuma lei, o que há para evitar que algo venha do nada?

Quando o indivíduo descarta o todo de tudo o que existe e afirma o nada, se contradiz, pois, está substanciando o nada, mesmo que somente como um conceito. É possível que tudo veio do nada e o que existe é cíclico, algumas coisas transparecendo não ter inicio nem fim, outras aparentando linearidade. E assim deve ser o espaço de tempo durante o qual as coisas ocorrem e se completam tornando infinito a regularidade de vida do universo.

As perspectivas culturais consentem a ambiguidade nas definições do infinito, do zero e do nada. Contudo, a dualidade absoluta da observação do nada cria espaço e consciência, pois, não é possível delimitar o vazio e o nada das coisas existentes sem algo consciente observar tal ausência, pois, a visão é para a mente o que a dimensão representa para a geometria. Demais, o conceito do nada é algo a partir do qual nada é pensado e construído.

PARADOXO
A 'internet', redimensionando o povoado humano para uma metrópole, iniciou a maior transformação evolutiva desde os primórdios da história da humanidade, proporcionando as redes sociais que nos aproximam de pessoas, institutos e conhecimento no sentido e significado da lógica, que podem servir como procedimentos e recursos para prevenir e evitar o poder de fazer a alienação dos outros, e, também, causar, pois, atingimos a idade da loucura, principalmente, o paradigma mental biológico da esquizofrenia, em parte, favorecido pelo crescimento desproporcional das cidades geradoras de psicoses, entrelaça nossa internalidade com a externalidade de outros, potencializando o aspecto de nossas mentes limitadas pela imaginação.

Antes do advento da 'internet', nossa sabedoria era medida pela capacidade de assimilação e por nossa memória, até inventarmos ferramentas que se converteram em extensões compartilhadas de nossa mente.

Devido à disponibilidade da vasta informação ao alcance dos dedos, a ‘internet’ tornou-se irresistível, impulsionando compulsões de frequência e uso ilimitado em detrimento de outros aspectos mais valiosos da vida, nos distraindo de nós mesmos, mudando o uso do tempo ao economizar a duração da procura, ao mesmo tempo, que perdemos nosso momento e nossa experiência de interação com o mundo real em prol da virtualidade.

A ‘internet’, como um objeto cultural, tornou-se num grande benefício e, ao mesmo tempo, uma maldição sobre o ser humano em suas habilidades naturais, considerando o longo ponto de vista evolutivo, desenvolvendo um cérebro global em seu efeito no pensamento do homem pela disposição das muitas conexões que permite, facilitando a transferência de informações instantâneas entre as pessoas, simultaneamente criando uma inteligência protética, devido a crescente frequência com que as pessoas ao redor do mundo buscam orientação e suporte social de outros indivíduos conectados.

Demais, como amplificador social, dado às possibilidades criativas e a polarização em grupos virtuais, oferece um perigo como um nivelador social que poderá impactar drasticamente na diversidade do pensamento, criando uma alteração fundamental na relação entre o saber, conteúdo, lugar e espaço, como produtor de realidade substituindo a experiência com uma descrição, e assim, degradando a previsibilidade e o conhecimento nos provocando a pensar que sabemos mais do que realmente conhecemos, ao mesmo tempo, nos motivando à centralização no presente.

Desenvolvendo um terceiro formato de conhecimento, além do que sabemos e lembramos, nos proporcionou a habilidade de descobrir onde, quase instantaneamente, procurar a informação, diminuindo drasticamente outros meios de comunicação existentes, que, de certa forma perenizou tudo o que ousamos pensar, cuidar em apresentar com raciocínio e compartilhar virtualmente, memorizando e reproduzindo nossas informações quando bem desejamos.

A tecnologia virtual, como uma plataforma mundial para o compartilhamento de informações, onde não há regras, cria desafios globais como a invasão de privacidade, a depredação e roubo de informações e o crime cibernético, tornou-se numa necessidade fundamental de educação em nossa sociedade, também, um bom servidor, mas um péssimo provedor.

DIMINUIÇÃO DE PERCEPÇÃO
Apesar de o juízo intuitivo fundamentado na percepção se assemelhar ao enigmático por não envolver o conhecimento explícito ou declarativo, parece ser preferível ao exame empírico das questões.

A observação tem substituído a perspectiva, e a matemática tornou-se num entretenimento espectador, nos delegando à disposição angustiante de saber que o problema é verdadeiro, mas ainda não sabemos por quê, pois, se o pretenso pináculo do raciocínio humano apresenta evidências importantes, mas insatisfatórias, também nos afeta na ciência, na biologia, na física e nas ciências sociais, já não temos mais noção do que é falso e verdadeiro, nem por quê. Pois, até mesmo nos limites das ciências e da matemática, ao descobrirmos o que é certo ou errado, somos cada vez mais incapazes de compreender a razão.

Demais, quem confiaria na afirmação de ninguém diante de vários problemas de elaboração e conceitualização simples, mas de demonstração extremamente complexa das inferências dedutivas dos algoritmos existentes, que mesmo verificado exaustivamente até uma soma de unidades que fogem à norma, porém, finito de possibilidades, sobre o qual nenhuma pessoa exímia em matemática poderia averiguar a veracidade de todas as etapas intermediárias neste exame?

CICLO
Nada como a conclusão circular da experimentação para nos expor o caroço das amizades, relacionamentos e o desgosto, mas, produz presentes inesperados.

NOSSOS GENES, NOSSO MUNDO
Nosso corpo precede a mente que abre espaço para nossas emoções anteciparem os sentimentos que criam os conceitos para fundamentar as palavras, motivados por nossos guias íntimos, nossos genes, na conformação do ambiente para nosso uso constituindo-o para a existência do nosso ser em sua dependência adaptativa, tornando a biologia num elemento ambiental orientado por nossos genes e provendo-os com os meios necessários à nossa sobrevivência.

PARA ONDE VAMOS DAQUI?
A descoberta da ciência busca afirmar o que é, enquanto a cultura inventada versa sobre alternativas de uso

A maior realização humana, a palavra, que traz em seu seio o enigma extremo do significado insolúvel, salientando a curiosidade, formulou a informação que criou a realidade, tornando-as indistintas, ao ponto de não termos um conhecimento operacional para diferenciar a realidade da informação, apelando à necessidade de criar um conceito metafórico abrangente classificando-as como as duas faces da mesma moeda, que tome como base a implausível dualidade de sinônimos.

Embora pareça uma simplificação, há algumas coisas que, quando você entende ao nível realmente profundo substituem palavras, se tornando em ideias ágeis facilmente articuladas, e não um simples monólogo interpretativo.

Nosso sistema nervoso já tresdobrado e amplo para tanger o conjunto de fibras sensitivas de nosso corpo e as sinapses de um mundo em mudança e desordenado, é dilatado, no nível mais básico, pelo efeito co-evolutivo da ‘internet’.

Os processos mínimos que juntos integram e afetam culturalmente a estrutura de maior dimensão que reúne muitos elementos de todo o complexo de conhecimento, seu conteúdo e sua evolução, incluindo o processo psicológico que ocorre no cérebro das pessoas e as alterações que elas causam em seu meio ambiente quando conversam, em conjunto com as diferentes direções que escolhem quando interagem, são evidentes à atenção.

É difícil não perceber a convergência atributiva dos provedores de conhecimento que abraçam a hipótese simplicista de que a transmissão de conhecimento entre pessoas ocorre, meramente, em um processo de replicação que valida a imitação e a comunicação repetitiva como servidores de um sistema de duplicação vigoroso, que, ao mesmo tempo, parece representar um conjunto intelectualmente tendencioso e organizado de transmissão distorcida, intencional ou inconscientemente, em prol do poder e de interesses sociais.

SEGUINDO EM FRENTE
Quando as palavras se dissociam das coisas que descrevem e a presença do homem perde sua conexão com a terra, o trabalho de seus olhos se consumou, resta o coração liberar as imagens dentro dele.

CONTEMPLAÇÃO
Às vezes, com paciência, entre uma imagem e um sonho, os afiados espinhos e os dilemas da vida acontece um instante espontâneo para enxergar o que você sempre viu e nunca percebeu, que tem uma medida eterna, e te tira a fome e o sono de entusiasmo ao realizar o evidente.

ABENÇOADOS AQUELES QUE SOFREM
Inábeis para viver uma existência humana, dedicando suas vidas para ganhar a vida, passam despercebidos sem voz e sem história pela terra, famintos, sem o pão de graça diário na mesa da misericórdia, aqueles que herdarão a bem-aventurança.

TRANSFORMAÇÃO
A sensibilidade, a apreciação e a compreensão da vida nascem no afastamento das trevas dos enfrentamentos e das perdas conhecendo a diferença para mudar o pensamento e recomeçar.

BREVIDADE
Nossa impermanência e fluidez de identidade em constante mudança transparece no que pensamos, escolhemos e fazemos.

VIAJE SUA VIDA
Se realizarmos a brevidade da vida vivendo na causa do outro, limitados por doutrinas e prescrições derivadas de conceitos alheios reprimindo nossa fala e nosso grito, confundindo nossa intuição e desviando-nos do rumo de nosso coração, entenderemos que nossa existência é uma imitação.

SOMOS TODOS UM
O tempo nos ensina que a nossa necessidade central de ser amado, nos motiva na procura da aceitação, razão de nossa busca pelo sucesso, pela popularidade e o poder, num esforço presente e constante na luta íntima contra a rejeição.

NOSSO MUNDO
A natureza sofisticada e sutil da realidade em sua consistência lógica discursiva está além de qualquer conjectura de filosofia preconcebida.

No vazio de tudo, quando nada existia, a divindade da Mente indivisível sonhou o universo criando a realidade contendo o homem e seu mundo. Contudo, às vezes, a realidade parece influenciar o sonho e o sonho provocar a realidade.

Muitos ilustrados sustentam que a realidade final é incognoscível. Seguindo esse pensamento, toda a realidade é desconhecida, sendo a prática meramente um fenômeno, e o conhecimento, apenas uma ilusão, nulificando toda consciência, história humana e suas práticas.

Seria a realidade apenas um prodígio, se podemos voltar atrás num pensamento ou ato, mudando assim o desfecho de nossa própria realidade?

CHANCE
Olhando no espelho da vida o reflexo dos acontecimentos nos da a oportunidade mudar.