Poemas sobre Medo
Sem amarras
A palavra dita na hora errada muda muito.
Eu sempre fui assim, tive medo de falar para não perder e mesmo assim perdi.
Da vida não temos nada, nem mesmo a vida que chamamos de nossa é propriedade privada.
Um dia desses, a vida que pensávamos que tínhamos também irá embora.
ILHA
Existe um lugar onde o medo de experiências boas e ruim te aprisionam, e você não se sente capaz de sair, por mais que tente ,lute ,insista se sente preso e estagnado.
E como se estivesse em uma ilha sem barcos, sem remos ou qualquer outro meio de escape e todos os dias são como noites escuras e tudo que se vê e neblinas. Essa ilha não existe, ela só se faz real em sua mente, os sentimentos bons lá são retidos e os maus se fazem presentes constantemente te perseguindo e te impede de tomar qualquer iniciativa te rouba aos poucos sem você nem perceber a luz de Deus na sua vida.
Enfim você vai se tornando um ser frio, talvez até incapaz de amar, pois outrora foram tomados de ti tais sentimentos, você começa a desacreditar no amor, nas pessoas vai vivendo a vida sem expectativas sem anseios, presa em sua ilha.
Quando finalmente acha que passou o momento de tristezas, acha que está pronto novamente pra viver quem sabe um novo amor e por fim ser feliz acontece novamente, você se decepciona não sai como planejado e volta outra vez para ilha, presa entre os bons e os maus momentos.
Indaga-se e se pergunta quando passará? Quando terminará esse processo aparentemente duradouro? E a resposta e bem óbvia, porém o estado que se encontra não permite interpretar.
O amor morreu por nos na cruz do calvário tomou sobre si todas as nossas dores, nos amou primeiro e nos deu poder e autonomia pra superar qualquer problema, Jesus e o barco pra sair desse isolamento tão somente esperem em Deus e ele te fará forte, buscá-lo de todo o seu coração e o acharás, e quando os demais vir Deus na sua vida verá que maior e o que estás contigo...
REILANE P. SANTOS
- A fazenda
Roça, igual a morte, não adianta ter medo, cedo ou tarde, uma hora ou outra, todos vão ter que enfrentar, não tem jeito, o que tiver que ser será!
Meu maior medo está no dia que em mim nada habitar....
Quem me governará?
Na vida fazemos papel de réu, juiz, álibi, testemunhas, somos julgados, sentenciados e até mesmo absolvidos...
Nada supre a dor da renúncia, da fala em vão, da justificativa já sentenciada ao injusto...
Falar ao palco onde todos te veem é fácil difícil é fazer tocar uma alma, aquela que em meio ao todo é o que lhe importa...
Injusto o peso das vagas cargas que carregamos, apenas de travessia e não lhe pertencem?
Injusto é você passar por tudo que lhe foi acordado, sentenciado, julgado, sem ao menos ter feito menção ao crime...
As leis de defesas são amplas, assim como os crimes a serem cometidos...
Seria então na balança da justiça essa proporção medida por bate e volta?
Ou essa é injusta e sentencia aqueles que querem apenas, uma coisa o dom de serem felizes, sem contratos, protocolos ou sentenças...
Escolhas essas são direitos nossos, atreladas a elas existem renúncias e consequências...qual sua disposição para tal?
A minha é seguir dizendo, eu não sou o que acham, sou minha e ainda assim posso ser sua....
“União
O amor não teme o tempo
Nem rejeita a condição
Não tenha medo
De dizer sim ou não
Se for pra mentir
Que seja a idade
O futuro é incerto
Porém trás felicidade
Vamos sonhar
Vamos viver
Vamos viajar
Para todos aqueles lugares
Que combinamos no altar.”
“Contém fragmentos
Presos e soltos lá dentro
Se revoltam com o medo
Reviram com o vento
Para você se expressar
Substância feito uma melodia
Você não consegue observar. “
o segredo está no silêncio
O segredo também é um silêncio.
Se você ama alguém e tem medo de dizer,
Se está com medo de ser rejeitado
Não diga que ama,
Quando você não demonstra sentimentos,
Você não sofre pela ausência deles.
[bicho papão]
Nunca tive medo do Bicho Papão. Na verdade, nunca acreditei nele.
Me lembro do meu pai me fazendo dormir: me cobria com o cobertor, me deixando como se fosse um casulo, pronta para a transformação, e dizia:
— Não se levante! Se não o bicho papão que mora debaixo da sua cama, vem te pegar!
Por milhares de vezes me peguei correndo para olhar debaixo da cama e nunca o vi. Desde, então, comecei a pensar melhor sobre ele, e, após anos, talvez, eu tenha entendido um pouco mais sobre esse ser: ele não é cruel como meu pai dizia, nem aparece só a noite. Ele anda no meio dos civis: falando, ouvindo e sentindo; toma cerveja e rabo de galo em botecos de esquina; é moderno de pele e antiquado de coração; sente demais e entende de menos; não quer toda a riqueza do mundo, mas quer conquistar o mundo; não sabe muito bem começar coisas, mas é péssimo em terminar algo; não chora com facilidade — não ultimamente; é ansioso por essência; possui a empatia como pior defeito; acredita que diariamente se nasce e morre, já, que, não se é o mesmo que foi há 10 minutos; se acha sobrevivente do acaso e prisioneiro das opções; pensa constantemente que vive em um pequeno inferno, que, de tão pequeno, se limitou ao tamanho de sua cabeça — para o barulho não incomodar os outros; dá risada quando não pode e faz piadas inoportunas; come todas as manhãs tapioca com ovo e queijo — nem matar gente, ele mata.
Muito já se sabe, muito se ensina e muito se aprende. Ele sabe que essa é a regra do viver. Entende que pode machucar e sabe reconhecer; também entende que as cicatrizes são como as tatuagens que o tempo resolveu desenhar: bem mais doloridas que as tatuagens convencionais.
O Bicho Papão erra e se machuca por machucar o outro. E, com isso, entendi que meu pai estava errado sobre o monstro que dormia debaixo da minha cama. Na verdade, o Bicho Papão mora no meu espelho.
Eu só quero desaparecer
Eu não quero desaparecer
Eu só quero ficar aqui
Seguir é o meu maior medo
Talvez eu devesse desaparecer
Se você tem medo de encarar as dificuldades
Medo de amar alguém por causa da opnião dos outros
Medo de ter sonhos grandes e não achar que pode realizá-los
Mude!!!
Se continuar como medroso,morrerá como medíocre.
Confesso!
Tenho medo de ser vítima
da violência doméstica,
de ser mais um número do feminicídio,
de estar sempre "caindo da escada"
e de ser tachada
como a louca que fugiu do hospício...
confesso também que
tenho medo das pessoas ditas "de bem",
daquelas que alimentam o mimimi,
e daquelas que só elas prestam e mais ninguém,
de medo em medo,
vou me afastando.
Há quem desiste na primeira batalha
Há quem tem medo de se arriscar
Há quem se julga insuficiente
Há quem não conhece a palavra amar.
Mas basta dar o primeiro passo
tirar a venda que está sobre seus olhos
e enxergar que a vida vai muito mais além.
Se arrisque sem medo de cair.
E se cair? Levante de cabeça erguida e recomece
Já costuma falar um poeta cearense "Não desanime por nada pois até uma topada empurra você pra frente".
Sheiliane Dantas
Liberte-se do medo
Coloque amor no teu trabalho
E não dê tanta importância ao Dinheiro...
“Trabalhe para viver”
MEDO
Do que tens medo?
Da escuridão?
De viver?
Dos outros, então!
Todos têm um ponto em comum a esconder
No jogo bruto em que vivemos
É estranho conviver com as brumas
Que escondem o sentido absoluto
Do mundo da razão navalha.
LUPERCALE
Noite adentro seguindo o rastro prateado
Oculto pelo medo presente, lembranças do pesar diurno
Sons bestiais e guturais da alma perseguida
Matilha desnuda ante a deusa nua
Qual a certeza no olhar vazio da insanidade?
Por entre os caminhos vagam as feras que devoram a mente
Correr, correr, correr... Sou o que mais temo.
Brindamos na companhia da Lua Negra
A vida e a morte do ser liberto.
A maioria das pessoas têm medo de me enfrentar
Isso porque as minhas chamas são frias...
O meu fogo não queima
Mas eu posso te congelar só com um olhar , sem dizer sequer uma palavra
Criando medo,
Sem nem notar o vazio.
Sentenciando em nome da Justiça,
Mas acabam fazendo a justiça ser uma mera palavra para matar sem coração.
Muitos gostam da cobiça,
E matam sem razão.
Fugiram do céu,
Mas você tem moral.
Abraços mais doces que mel,
Que formem um fim pro final.
O AMOR QUE É AMOR
O amor que é amor jamais vacila
Nas paixões iradas entra sem medo
Leva consigo a afeição e o enredo
Do doce olhar, e o abraço que asila
O desejo é uma variedade tranquila
Pra quem cobiça, pois, vence o quedo
E dum para o outro não tem segredo
Enquanto o apuro o veneno destila
Amor que é amor, a tudo transforma
Um ato de grandeza e de plataforma
Do bem, onde se tem a sorte ao dispor
Esse esplendor, regado com flores
São muito mais que simples amores
É a natureza do amor que é amor...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14 de agosto de 2020 – Araguari, MG
Queria poder amar sem me decepcionar
Tentar sem medo de errar
Chorar apenas por alegria
Aceitar as coisas como ela são
"Eu falava dela sempre ao longe, com medo do seu olhar sedutor.
Narrava aos amigos, os seus feitos, sempre em metáforas, para mascarar a minha dor.
O seu coração, que sempre fora presa fácil, ao mar o lançou.
Das decepções, se cansou.
Dá própria felicidade, abdicou.
Hoje, o que era da tristeza uma presa, da minha felicidade, se tornou predador.
Dizia sempre eu: - Aquela ali hoje é menos peixe e muito mais pescador.
Suas palavras são iscas, a sua rede de mentiras é disfarçada de amor.
Minhas lágrimas, são águas em que ela lança suas façanhas, sou seu Arpoador.
Nossa união, que sempre foi um arco íris, hoje não tem mais cor.
Onde era coragem e amor
Hoje só tem medo, pavor.
Em todo esse tempo, ela mudou muita coisa, me causou muita dor.
Mas eu ainda à falo ao longe, pois ela não perdeu o seu olhar sedutor..."
