Poemas de Horacio

Cerca de 456 poemas de Horacio

Sou amor,
Raiva,
Emoção.

Carinho,
Indiferença,
Paixão.

Inspiro em ti a ternura
Reflexo de como és
Trago infinita ventura.

Retribuo o que é dado
Abraço sentido,
Sorriso atraído
Beijo roubado.

Inserida por MatheusHoracio

Para sentir levezas, louco intento!
tomei nas mãos um raio de luar.
Levinho, era tal qual o pensamento
de um anjo, se o pudesse sustentar. [...]

Inserida por dimbluey

eu nao aguento mais, estou sofrendo tanto
eu preciso de ajuda, eu conheci alguem que vive do outro lado do continente, via virtual a gente ficou amigo, depois começamos a nos amar, mas hoje ela parece nao querer mais de mim,'eu mim sinto tão so, ela ve as minhas mensagem , mas nao as responde, eu ligo pra ela, mas nao atende pra mim,
estou tao deprimido com o despreso dela,
eu preciso de ajuda, eu amo tanto ela mais que a mim mesmo,
eu mim sinto sem chão, na solidão
e sem direição.....
hoje eu choro......
eu te amo Cristiane....

Inserida por Horacio1234

⁠A verdadeira virada de chave está na compreensão de que você não terá tempo para fazer tudo. Nós vemos a vida com paciência, e como se tivéssemos todo o tempo, e é importante, mas existe uma diferença entre ser paciente e ficar inerte.
Encare como uma contínua despedida, das pessoas e de si. Todos morremos um pouco em cada dia. Amanhã você será mais velho do que jamais foi, e isso não é para que se assuste, e sim para que se motive. A amar, sentir, viver, dizer a um amigo que ele é importante, aos seus pais que os ama, a seus filhos que fez o melhor que podia.
Todo dia nos despedimos um pouco de tudo e todos, para virarmos lembranças. Se o fim não pode ser evitado, viva uma vida memorável.

Inserida por MatheusHoracio

⁠Perdi as contas de quantas vezes pensei que morreria.
Mas então raiou o dia
E eu estava de pé outra vez.

Inserida por MatheusHoracio

"O que é a vida?"
Acredito que essa é uma das poucas perguntas que não há resposta, e que todas as respostas são válidas. ⁠7 bilhões de pessoas pensam a vida, falam sobre ela, opinam... É como estar em um museu com alguém ao lado, observando a mesma pintura, os mesmos detalhes, e ao parar, ambos ficarem com diferentes conclusões.
Como a arte, não existe uma ótica para explicar, mas para se apreciar, e somente isso.
Perde-se o tempo em pensar, quando seria mais prático viver.

Inserida por MatheusHoracio

⁠Tenho sido constantemente tragado.
Me sinto um trago,
Um cigarro, desses fortes
Que contaminam o ar na fumaça
Que poluem por milênios com bitucas.
Um trago de bebida amarga
De raízes, de carvalho defumado
Um rum envelhecido e forte
Um whisky puro em dia muito quente.
Um trago de vida, e no vento
Observo atentamente as areias que escorrem.
Os grãos caem talvez mais rápidos
Sim, mais do que de costume.
Entre meus dedos,
Intragável, indiferente, irreversível.

Me sinto o fumo tragado
Um trago de bebida.
Quem me traga não é gente
Não o vejo, porém posso senti-lo
Nos ossos, na pele, no reflexo, no desespero.

Tragado pelo tempo.

Inserida por MatheusHoracio

⁠Essa manhã eu faltei no café.
Como quem falta a escola, trabalho ou um compromisso do dia.
Falta é o que mais tenho feito, aos outros um pouco menos que a mim mesmo.
As vezes me sinto fino, apagado, desaparecendo aos poucos como a fumaça de um cigarro.
Queria dizer como estou bem, como o sol na janela constantemente me alegra, como as coisas dolorosas não me afetam.
Mas sigo infelizmente muito fiel a verdade, que não me permite compactuar com tantos absurdos.
Escrevo porque quero muito, na quantidade. Escrevo porque quero tanto, na necessidade.
Para que minha existência nunca falte.

Inserida por MatheusHoracio

Confesso ⁠que não defini com clareza o papel da memória.
Muitas vezes uma aliada fiel, e em outras uma ingrata companhia.
Lembrei-me do fogão aceso um pouco antes de sair, imagine o tamanho do estrago se não lembrasse. Dentro de um ônibus lotado, reconheci um rosto familiar, uma amizade da infância que me fez recordar ótimos momentos, e acredito que seria muito fácil não reconhece-lo na correria da vida. Chegando no meu destino, lembrei que precisava passar no mercado, e que antes da meia noite, tinha que felicitar meu tio pelo aniversário.
Uma grande aliada minha, a tal da memória.
Até colocar a cabeça no travesseiro, e ela me recordar alguém do passado, como vinha fazendo todas as noites antes de dormir.

Então me perguntava se a saudosa memória era mesmo uma amiga.

Inserida por MatheusHoracio

ORAÇÃO DO CAFÉ

Ó glorioso café! Sua importância é subestimada. Sem você o mundo não gira, os pais não amariam seus filhos, o operário viveria no ócio.
Nações não se levantariam, as colheitas não cresceriam, os dias seriam chatos e sem nenhuma perspectiva.
Tu és a verdadeira semente dos deuses, e um dia reconhecerão ainda mais o seu valor.
Obrigado Deus, pelo café de cada dia.

Inserida por MatheusHoracio

CHAT

A resposta veio certeira, após tempos de certo silêncio. Cercados de bons papos e grandes notícias, o silêncio tomara formas "corpóreas", quase que envenenando o prazer que havia numa bela resenha antiga. Os minutos se passavam, e o único medo era que chegasse a morte do assunto, o fio único da sutileza que se perdia entre as palavras.
De certa forma, me sentia incomodando, e cada vez menos fazia parte daquele pedacinho de mundo tão caprichosamente aconchegante. E aos poucos, o pesado "boa noite", seguido por "durma bem" , enterraram momentaneamente aquele belo momento.

Inserida por MatheusHoracio

MOÇA

Desfila, moça
O mundo aguarda
O teu passar,
No amanhecer.

Caminha, moça
Com teu sorriso
A bailar,
No entardecer.

Feliz quem sente,
Sua presença
Coisa intensa,
Que trás o anoitecer.

Sorria e torça
Por essa moça,
Felicidade
No alvorecer.

Inserida por MatheusHoracio

Para o desejar, criou - se o espaço.
O Laço, o nó do embaraço.
Para o bem querer, criou - se o mar.
Sóbrio, tênue à vagar.
Para o sonho, criou - se o ar.
Essência da vida, o mundo a cantar.
Para o carinho, criou - se o chão.
União dos sentidos, pousar da canção.
E para o amor, criou - se um alguém.
Misterioso, sereno, quando vem se dispersa, se move depressa, conversa.
Quando ama, não quer mais ninguém.

Tudo que há, mais do que um ato de amor, foi criado.
Criado, vibrante, brilhante, apaixonado.

Inserida por MatheusHoracio

Embora sempre estivesse a espereita de uma nova chance, não ousava perder o compasso. Sua mãe sempre dizia que a pessoa certa chega na hora certa, e nunca antes disso. Era sábado à noite, momento em que surpresas tomam a ousadia de surgirem. Ela pediu duas geladas, com pouca espuma, em copos grandes, pra recuperar a semana puxada no trabalho. "Dois copos? Ah, desculpa. Te olhei de longe e imaginei que estivesse sozinha." Disse o rapaz que se aproximou da bancada do bar.
"Hum, que nada, esse daqui é seu. Te vi me olhando de longe, sua timidez não te deixou vir até mim, então pretendia ir até você."
Valeu as risadas, o concelho de mãe, a chance dada para algo novo e quem sabe até, especial.

Inserida por MatheusHoracio

"Situações desesperadas pedem medidas pensadas", disse o rapaz contrariando a versão original do ditado popular. Mesmo com a camisa branca com resquícios de ketchup, a moça ria descontroladamente das medidas nada pensadas, desesperadas e desajeitadas que aquele garoto utilizava para resolver o problema.
Depois de mil e uma fórmulas químicas que ele havia tentado, o resultado final foi uma camisa bem manchada, risos e um brinde a momentos estranhos e únicos como esse.
Molho de tomate era capaz de criar situações "apaixonantemente" hilárias.

Inserida por MatheusHoracio

Do amor espero muito e tanto
Do ardor espero o mesmo e parto.
Da ida espero o mesmo encanto,
Na volta espero o mesmo afago.

Do olhar espero o seu encontro,
Do riso espero o seu retrato.
Das mãos espero o mesmo toque,
Da boca espero o embaraço.

Nascido da mesma vontade,
Que bate e não se aguenta
Que invade o mesmo peito e parte
O embate que na vida aumenta.

Espere, ó bem, o meu resgate
Ao sol que luz da vida trás,
O amor se torna um desastre
Se não são dois corações iguais.

Inserida por MatheusHoracio

Dedicava-se plenamente ao seu ofício como sapateiro. Certa vez, levou trabalho para casa. Um pequeno pote com graxa e um par de sapatos velhos, que desesperadamente imploravam por um brilho, e se possível, solas novas. "Só o seu café quentinho pra anular esse cheiro de graxa", disse ele, usando uma indireta, jogando um verde.
Ela veio da cozinha, seus passos lentos, pés cansados que se arrastavam, relatos auditivos que evidenciavam a passagem do tempo. No topo de sua cabeça, uma coroa de cabelos brancos.
Décadas de uma mistura nada convencional, que envolvia graxa, café, antigos sapatos e sorrisos que sempre foram exemplos do amor e companheirismo.

Inserida por MatheusHoracio

Apesar de todos os anos que passaram juntos, a moça ainda se impressionava com a atitude que o rapaz tinha para tomar decisões. Sem conhecer os lugares, sua determinação o levava do Oiapoque ao Chuí só para realizar os sonhos de ambos.
"Você não tem medo de acabar se perdendo nessas viagens de trabalho?", ela sempre o questionava, triste na despedida, vendo-o abrir a porta e partindo pela centésima vez, de costas e com ombros pesados por saber que era seu dever. Ele parou na porta, olhou para trás sorrindo e disse: "Você vai estar de braços abertos me esperando?"
Sem pestanejar respondeu: "sempre e pra sempre". Aquele rapaz olhou novamente pra frente, e antes de ir ele falou: "então mesmo que por instinto, perdido ou não, volto pra você".
E partiu...

Inserida por MatheusHoracio

Do sol
E da luz que arde,
Parti pra viver da arte.

Da lua
Que vieste encher,
Parti para poder te ver.

Da chuva
Que há de me molhar,
Parti pra poder amar.

Do inverno
Que o frio trás,
Parti procurando mais.

Da moça
Que pouco vi,
Pouco falei
Então parti.

Inserida por MatheusHoracio

Sonhar acordado, luxo de poucos, mas uma realidade alcançável para os que tinham sede de realizações. Dedicava-se plenamente aos seus afazeres, e através de seu sonho de se formar, estudava a níveis que beiravam a loucura, veja só. Em 2/3 do dia, seu ambiente eram as paredes sufocantes do quarto, livros-cordilheiras cruzavam a visão até onde ela podia alcançar. Mas em um curto período, haviam pequenos e curtos momentos em que olhava pela janela e imaginava todas as viagens, sonhos, e velhos desejos que seu esforço transformaria em realidade.
Inevitavelmente, seria frio, confuso, e até se sentiria preso em sua própria prisão particular.
Mas como a flor de Drummond, insistiu, cresceu, furou o asfalto e encontrou a luz do dia.

Inserida por MatheusHoracio