Poemas de Filosofia
Como podes clamar por um "Pai nosso" se ages como se não tivesses irmãos e pensas somente em ti?
Como pedes o "pão nosso de cada dia" se, quando o tens, não buscas partilhá-lo?
Se o Pai não é de todos, sou órfão.
Se o pão não é de todos, estou faminto.
Miserável sou, mendigo e solitário, se não encontro Deus nos outros e se os outros não O encontram em minha vida!
Aqueles que se amam sempre vão se encontrar de novo. Não importa o quão distantes estejam, sempre voltarão um para o outro. E eu farei de tudo para voltar para você, custe o que custar!
Não tem mais lar o que mora em tudo.
Não há mais dádivas
Para o que não tem mãos.
Não há mundos nem caminhos
Para o que é maior que os caminhos
E os mundos.
Não há mais nada além de ti.
Porque te dispersaste…
Circulas em todas as vidas
Pairas sobre todas as coisas
E todos te sentem.
Sentem-te como a si mesmos
E não sabem falar de ti.
Eles te virão oferecer o ouro da Terra.
E tu dirás que não.
A beleza.
E tu dirás que não.
O amor.
E tu dirás que não, para sempre.
Eles te oferecerão o ouro d’além da Terra.
E tu dirás sempre o mesmo.
Porque tens o segredo de tudo.
E sabes que o único bem é o teu.
Procuramos por algo que não vemos: seu nome é "semente".
Procuramos por algo que não ouvimos: seu nome é "sutil".
Procuramos por algo que não sentimos: seu nome é "pequeno". Essas três coisas são inseparáveis. Por isso, entrelaçadas, formam o Um.
Seu aspecto superior não é luminoso; seu aspecto inferior não é escuro.
Que a tua Alma dê ouvidos a todo o grito de dor como a flor de lótus abre o seu seio para beber o sol matutino.
Que o sol feroz não seque uma única lágrima de dor antes que a tenhas limpado dos olhos de quem sofre.
Que cada lágrima humana escaldante caia no teu coração e aí fique; nem nunca a tires enquanto durar a dor que a produziu.
Estas lágrimas, ó tu de coração tão compassivo, são os rios que irrigam os campos da caridade imortal. É neste terreno que cresce a flor noturna de Buda, mais difícil de achar, mais rara de ver, do que a flor da árvore Vogay. É a semente da libertação do renascer.
Esse teu corpo é um fardo.
É uma grande montanha abafando-te.
Não te deixando sentir o vento livre
Do Infinito.
Quebra o teu corpo em cavernas
Para dentro de ti rugir
A força livre do ar.
Destrói mais essa prisão de pedra.
Faze-te recesso.
Âmbito.
Espaço.
Amplia-te.
Sê o grande sopro
que circula...
Os teus ouvidos estão enganados.
E os teus olhos.
E as tuas mãos.
E a tua boca anda mentindo
Enganada pelos sentidos.
Faze silêncio no teu corpo.
E escuta-te.
Há uma verdade silenciosa dentro de ti.
A verdade sem palavras.
Que procuras inutilmente,
Há tanto tempo,
Pelo teu corpo, que enlouqueceu.
O que tu viste amargo,
Doloroso,
Difícil,
O que tu viste breve,
O que tu viste inútil
Foi o que viram os teus olhos humanos,
Esquecidos…
Enganados…
No momento da tua renúncia
Estende sobre a vida
Os teus olhos
E tu verás o que vias:
Mas tu verás melhor…
Neste mundo há corações boníssimos
Mas também há muitos corações malignos
Alguns estão mais perto do que você possa imaginar
"Amar sim, mas não ser idiota.
Amar até os ossos, mas não fechar os olhos para os monstros que pulam da escuridão para te devorar sem dó, nem piedade, até os ossos".
O que é o amor?
Uma combinação de algoritmos?
Uma criptografia biológica avançada?
Uma invenção social? Uma narrativa?
O Poder, sobretudo, o poder do dinheiro não apenas corrompe, ele turbina o mal, a podridão, a perversidade e a hediondez, principalmente, daqueles que já possuem a mente, o coração e a alma em estágio avançado de degradação, doentiamente apegados às coisas materiais.
___E.K~
O apego doentio
às coisas materiais
levará a humanidade
ao suicídio global
ou de volta
à Idade da Pedra.
"...as pessoas fazem
de tudo para,
desesperadamente,
tentarem preencher
o ‘impreenchível’
buraco negro
de suas tragicômicas existências".