Poemas de Chuva
Eu gosto muito da chuva
Do sol
Das flores
Das árvores secas
Porque?
Ao longo dos anos e depois de tanto ficar brava por causa das previsões que mudam de última hora, aprendi a apreciar as estações
Todas têm sua beleza e acredite, são lindas e podemos construir histórias para serem lembradas tanto quanto um dia ensolarado.
Gratidão
- Hoje acordei cedo, contemplando a natureza, a chuva fina chegava de mansinho, o canto de alguns pássaros que voavam de um galho ao outro das árvores, enquanto o aroma matinal trazia um ar de reflexão, um friozinho leve, uma brisa suave fazendo as árvores balançar, as nuvens passando devagar parece que também estava contemplando as belezas de uma manhã chuvosa.
***
-Enquanto isso, a chuvinha abençoada continuava, cheia de expectativas de que nos próximos dias nos traga boas esperanças. Esperanças de um mundo melhor, um mundo com mais humanidade e amor ao próximo.
***
-Que Deus nos proteja e ajude a concretizar nossos sonhos e alcançar as metas que desejamos....
Myro Lopez
Adoção
Poderia dizer que aquela manhã era de chuva... eu não queria ir! Meu pai pediu para arrumar minhas roupas que teria vida nova. Eu tinha apenas 9 anos e meu pai 69 e era tudo o que eu tinha meu tesouro. Era uma casinha no barro branco lugar simples. Neste dia o galo não cantou no amanhecer, céu padecia numa serena chuva, parecia tudo chorar, eu não levei as cabras para pastarem. Havia um frio e um medo, algo que as pernas tremiam. Eu sentia o coração dos cabritos baterem no soalho onde estavamos ansiosos... papai eu ficávamos ali no escurinho das oito horas ouvindo a chuva no telhado eu sentia coração dele rezando baixinho para ninguém chegar, conforme as dez horas foi se aproximando pai afirmava baixinho, vão te buscar outro dia. ELE FALAVA COM ALEGRIA, eu rezava para ele se arrepender... pois aquela manhã tudo estava eternizado num único momento que a gente orava para nada atrapalhar aquele momento de Pai e Filho. Os demônios podia ter tirado férias naquela data... E a gente se olhava com medo... e aquele dia Deus pintou o céu de escuro e assim foi toda manhã chorosa... Meu pai já não enxergava mais com tanta clareza, eu só tinha mulambos felizes de roupas para vestir... era assim que o ronco do motor destruía o silêncio... E a tristeza se vestiu de alegria e as almas que nunca deveriam ser separadas, foram colocadas no vazio pleno das horas que quanto mais o relógio girava, a saudade apertava, era a dor que não teve cicatrização. Eu não acenava eu não falava nada dentro daquela combi fria e seu azul não era do céu. Eu alimentei ódio eu não queria que o 16 de outubro 1989 existisse, eu não carreguei amor pelo dia 16 de outubro de nem um ano. Que os Anjos me perdoe hoje meus quarenta e um ano, onde 32 foi de árduo trabalho aos arcanjos, pois não me libertei do vácuo que existe na minha alma pois tudo parece ser ausência... 2021. 16 de outubro.
Sangra chuvoso
O tempo é de chuva, vento molhado e soprado um enredado momento escorrido tão humido, que fez do passeio o molhar do corpos libidinosamente com intrepidez.
Deixem a chuva cair
Deixem a chuva cair
Deixem ela desmoronar, lavar , despoluir..
Deixem a chuva cair ,higienizar e desempoeirar...
Deixem a chuva desabar de verdade sem ter horas para ir embora..
Deixem as portas dos céus abertas,
Quero vê-la batendo no solo e nos inundar de amor e de emoções..
Deixem,
Quero sentir que estamos respirando um ar mais puro como o de agora.
Quero ver plantações sedentas brotando por esse mundo a fora.
Quero ver os rios secos com suas vidas mais vivas...
Despenca-te oh ! Chuva fina e chuva grossa.
Despenca-te oh ! Garoa serena como maré alta nas tardes colorentas e nas madrugadas mornas...
Despenca-te,
Desça como cachoeira lavando o nosso ser,
Vem na banguela e esqueça os quebra- molas...
Vem,
O mundo está sedento de ti.
Vem de um jeito poupando vidas ricas e as pobres.
Vem,
Deixem,
Saiam da frente que a chuva quer passagem para regar essa nossa terra, Senhora......
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Chuva fina
A cara cinzenta do dia
Deseja a todos
Mais uma semana
de qualquer coisa que seja
Alegre ou triste
O dia começa igual a tarde
Parecendo que acaba e escurece
Sem nascer nem por de Sol
Apenas passa
Tão sem graça quanto a vida
Só isso
Chuva cinza
Como tem sido
Cinza e vazia
A cara de cada dia
Que tem nascido
Parece uma canção
Cuja melodia remete
A um tempo que há de nascer
Um tempo que promete
Ser tão cinza e tão frio
Tão vazio
Quanto tem sido
A própria vida
Dividida
Entre cinza e vazia
Embora também
Tenha sido bem fria
Mas isso ninguém viu
Pois já faz tempo demais
Que amanheceu
Chovendo assim
Edson Ricardo Paiva.
Sem Razão.
Ontem, depois da chuva
Outra vez algo constante
Presente em pensamentos
Sem palavras, sem versos,
Sem traves, graves incidentes,
Sem pauta e sem clave de sol
Duram sempre
Pouco menos que momento
Constantemente cortantes
E que demoram muito a passar
Meus olhos, não sei dizer se choram
Sei que o coração sempre se abate
Timidamente, um tanto pálido
Palidamente lívido
A noite passa
Hoje, bem antes do Sol
Respiro o nevoeiro
A cada dia mais sólido
A graça dos raios
Sutilmente coloridos
Despontando no horizonte
Ausentes aos olhos
de quem busca somente nos sentidos
A causa e a razão para vê-los
Eu penso e relembro
A imagem de olhos, cabelos, palavras
Penso no nada
Existente num lugar incerto
Que fica exatamente
Na linha imaginária
Que demarca o limite Longe-Perto
Um lugar que fica
Entre o Mar e o Deserto
Existentes
Nos nossos corações humanos
Agora, antes da tarde
Compreendo o ponto tardio
Uma certa visão
Que em outra versão
Ou época qualquer
Causaria arrepios
Mas agora são tão poucas
deslocadas, sem foco ou razão
Que quase nada me causam
Além da costumeira tristeza
Última certeza que restou na vida.
Edson Ricardo Paiva
Depois da chuva
O carisma da tarde
Uma ponta de saudade
A luz do Sol me alisa
Uma brisa suave
Parece até que chove leve, ainda
Um prisma no Céu
Um sinal que à luz decanta
A clara luz que ontem brilhou
E mesmo assim
Ainda me leva
Pra algum lugar longe ou perto
Só não deixa ficar onde estou
Me vem lembrança
de uma rua escura e estreita
De algum sonho que há tempos sonhei
A noite cai
Tudo se ajeita
Pode ser que este mundo
Não seja perfeito
Mas ele sempre melhora
Na hora que eu tenho você aqui perto
Peço ao vento pra levar
Um olhar, um pensamento, a saudade
Quem sabe na volta
Ele traga o alento da lembrança
De algum sonho em que você estivesse
Te juro
Se soubesse onde está
Eu mesmo ia lá
Te buscar.
Edson Ricardo Paiva.
Eu tento uma coisa nova
Invento chamar a chuva
Reclamo quando não chove
E quando chove, também
Eu faço do mesmo jeito
Não me lembro de como ele era
Saio à chuva, depois que ela pára
Reclamo enquanto não chove
Eu tento chamar a chuva
E chove
Eu tenho um jeito novo
Pra fazer as velhas mesmas coisas
Meu melhor modo
É deixar tudo de lado
Da mesma maneira
Um velho pássaro vem
Pousa em meu telhado e morre
Já passou-se a vida inteira.
Edson Ricardo Paiva.
Eu quero a chuva
Num dia de Sol
No mesmo Sol
De uma manhã de inverno
Eu quero a sorte
de noite estrelada
Que seja hoje
e de novo amanhã
Calor de Sol
Numa blusa de lã
Espero
A curva lá da ventania
Eu quero vida na vida
E se eu pudesse querer
Outra coisa qualquer
Desejaria que ela fosse
Linda
Linda como a chuva
Num dia de Sol.
Edson Ricardo Paiva.
É tarde de mês de novembro
É tarde de ventania
É dia de chuva
A chuva é de vento
Não existe Mar à vista
Nenhum continente pra conquistar
Não há Mar pra eu andar sobre as águas
Não é tarde de conquista
Ela é só mais uma tarde de novembro
Eu nem me lembro quantas vezes vivi
Ou quantos meses eu vi este ano
Nesta tarde planejo
Molhar-me na chuva
Troveja
E eu vejo pela janela
O vento carregando aquela nuvem
Pra distante
E antes que chova
Novamente o Sol arde no Céu
Como há muito esse Céu não ardia
Malogrando meus planos
Num dia de tarde de mês de novembro
Era chuva de vento
E lentamente o meu banho de chuva
Outra vez se distancia
Numa tarde de Sol
de outro mês de novembro.
Edson Ricardo Paiva.
A chuva cai de vez em quando
Noutros dias
Verdadeiras tempestades
Desabam na vida da gente
Advindo aqueles tristes
Momentos tempestuosos
E eu sinto uma grande saudade
Dos primeiros olhares de mãe
e beijos de irmãs
Naquelas manhãs
Que se perderam no passado
Lembranças felizes se unindo
a essas crises doloridas
Invadindo as nossas vidas
Sem a gente ter permitido
e nem dado licença
Essas coisas acontecem
Também em dias ensolarados
É quando surgem as dúvidas
Enquanto, outras elucidam-se
Em verdades pra lá de sofridas
Uma janela se abre no escuro
A alma propensa a desistir
Pela falta, pela imensa falta
Dos momentos
Em que a gente costumava
Simplesmente sorrir
e mais do que isso : a gente ria
Sem saber de quê
Pois, se permitia a dar risada;
E então a minha fé
Faz ver surgir a Luz Intensa
E eu sinto a Divina presença
do Deus, que eu sempre tive ao meu lado
Pedras surgem no caminho
Anjos de asas negras
Criam laços
Ensaiam abraços
e abrem sorrisos falsificados
Eu olho pro espaço e me lembro
do Deus que eu tenho sempre ao meu lado
Tem noites em que sombras vem
Amigos verdadeiros
Distantes no tempo e no espaço
Eu olho ao meu redor
Não há nada
e nem ninguém
Além da dor insistente que acompanha
Mas minh'alma também não desiste
Pois eu já não me sinto tão triste
Sei que não fui abandonado
Fecho os olhos
E me lembro da luz
Do Deus, que me pôs neste mundo
E que esteve sempre
Sempre esteve do meu lado
Edson Ricardo Paiva.
Desejos são gotas de chuva
Aliados aos raios do Sol
Numa tarde de melancolia
A voltar sempre e sempre
Todo dia
São vontades felizes
Que surgem nas horas tristes
Bolhas de sabão
Flutuando em caracol
Que às vezes permanecem
nos lugares onde eu vejo
por muito mais tempo
Que a gente esperava ver
Insistentes
Desejos são a lenha que alimenta
Aquele fogo pálido, lerdo e lento
Que insiste em permanecer
No tímido coração
Lampejos vem surgindo lentamente
Te fazendo
Pensar constantemente
Em algo que não se esquece
Desejos tristes
dos quais o coração padece
Quanto mais você se esquiva
Navegando só
O oceano de sonhos...e vai
Flutuando à deriva
Num triste abandono
Não existe mais nada
Inexiste alma viva
Que em dado momento da vida
Não encontre na rua
Enquanto voltava pra casa
Com aquela voz que vem no vento
E a faça sentir uma imensa saudade
Daquilo que
De tanto querer
Foi perder na tempestade
Seguida de um vento suave
e palavras que não se escreve
E foram ditas
E agora
Passada a hora
Se esforça em tentar entender
O que foi que te fez
Querer
Edson Ricardo Paiva.
Tarde de dezembro
Tarde de calor
Tarde linda!
Depois
Que a bem vinda chuva
desaba e deságua
Novamente o Sol se desdobra
e a gente, feliz, descobre
Que mesmo após o fim
Aquela chuva não se acaba
do jeito qua gente queria
Permanece invisível e suspensa
Decantando a luz do dia
em coisa multicolorida
Enquanto isso o calor nos compensa
Com imensa quantidade de vida
Que revela que esteve escondida
Debaixo da minha janela
Num canteiro de margaridas
Eu me lembro que até há pouco
Me escondia, infeliz e louco
Em verdes colinas distantes
Existentes na minha mente
Onde eu me sentava
numa sombra triste
Fingindo-me contente
Apenas o tempo suficiente
de escrever versos felizes
Mas, na manhã seguinte
O clarão da aurora
Me traz outro dia
E desta vez
O meu coração não chora
Meus olhos enxergam vida
e vontade de sentir de novo
Uma vontade há muito perdida
Vida trazendo vida
a outra vida
que parece que também
Andou se sentindo perdida
E de repente a gente percebe
Que ainda não é tarde
Linda tarde de dezembro...
Edson Ricardo Paiva.
Chuva no chão
Calor de Sol
Raios de nuvem
Na linha do horizonte
Junto aos montes
Alguma coisa tinge o Céu
de cor maçã
Nesse momento eu percebo
Que deixei de perceber
O quanto a passagem dos dias
Foi minguando, de fato
As dores e alegrias
Que eu sentia
Agora
Os dias são apenas dias
Minh'alma já nem sofre
do doce ensimesmamento
Ao qual se recolhia
Nas madrugadas caladas
O coração quase que pára
Pouca coisa resta
O Passar do tempo
tem poder
de aparar arestas
e minimizar o efeito
das pedras que ficavam no caminho
E adentravam os sapatos
A ciência que eu que não tenho
é compensada
Pela vivência de tantos
Pores-do-Sol
de fato
Aqueles de nós
Que conseguem chegar nesse lugar
Poderiam sentir , quem sabe
Estranha estupefação
Mas há tanta calma no coração
Que tal coisa não mais lhe cabe
Resta-me, quem sabe
Dirigir aos Céus uma oração
de gratidão
Por tamanha mansidão
Que o tempo me trouxe à alma.
Edson Ricardo Paiva
Se fosse apenas a vida
E se a gente tivesse só
Que olhar a chuva na janela
Mas tem dias que o ranger da porta assusta
Tem dias que o ranger da porta irrita
E tem dias em que a porta range
Custa um tempo a perceber a falta
das coisas que a chuva trazia
No silêncio a alma grita
Porém, é tão grande esse silêncio
Que nem mesmo a própria alma escuta
Mas ele é assim, tão lancinante
Que eu sei que o próprio Deus garante
A alma o sente
Não nos basta ter de volta aquele tempo
Aquela coisa corroída pela chuva
Um tempo carcomido pelo tempo
Por mais breve ele fosse
Muito ele abrange
Tem dias em que há previsão de tempestade
Se fosse então apenas
Ter que olhar o Sol pela janela
Abrir a porta ao vasto mundo
Perceber que amanhã
Também não trará nada
Nada além de outra manhã
Aquela que desfolha as flores
Ver as pétalas já mortas
Com o vento a levá-las
Todas pra bem longe
Sem cores, sem viço, sem nada
Em cada fim de tarde
O mesmo vento na janela
Aquela velha porta range
Não me assusta, nem me irrita
Me toca à duras penas
Me apenas convida a viver
Como se fosse outro dia de chuva
Sem chuva nova, sem nem mesmo a velha chuva
Apenas chove
Sem as coisas que ela trazia
Ela não trouxe nada
Eu não quero outra vida
Nem aquela de volta
Eu quero essa à distância
Olhar o mundo do espaço
Que um dia, antes da invenção do tempo
Eras antes do cansaço
Era assim que a vida prometeu que ela seria.
Edson Ricardo Paiva.
Vou devorando a minha vida
É tarde de outono e eu queria tanto andar na chuva
Quando eu vejo, o sol tá no horizonte
O dia tá desfeito em mar de fantasia
Às vezes quase eu durmo
De tanto querer que o sono venha
Há tantas vidas, difícil é ter outra a ter tantos quereres
No início é ter que costumar as vistas
É como estar em um pomar
E ver que o fruto e as folhas são da mesma cor
Vou fazendo de conta que conto pitangas no ar
Outono é tarde, estou noutra estação
Outro trem vai vir, há de passar
A noite chega em mim
A noite chega e se lastima assim
A dizer que o trem que vai passar não leva ao fim da linha
Eu digo à noite que a vida é uma lista
Eu peço à vida que seja da noite esse olhar pessimista
Apago da lista esse triste desejo
De chegar nessa manhã que tem jeito de tarde
Eu só escolho querer, numa vontade que não é minha
Tarde que andava na linha, rumo à próxima estação
Eu queria era andar, andar sem rumo e nem direção
Andar na chuva
Colhendo as pitangas que flutuavam
Pitangas amarelas, iguais àquelas
Que existiram nos fundos de algum quintal da minha infância
Onde eu ia devorando a vida
Um lugar, uma estação
Um trem que passava e tinha a companhia sempre lá
De alguém que te acompanha e leva pro infinito
E apanha frutos no ar, igual ao que a gente fazia
Quando o dia era desfeito em mar de fantasia
A gente sabe e cansa de saber que esse infinito acaba
E mesmo assim desata a rir
Num riso que não tem fim.
Nem precisa acabar.
Edson Ricardo Paiva.
"Há dias
Em que aquela chuva
Que se toma com alegria
Chega a ser bem mais concreta
Que a fortuna bem arquitetada
Pois essa, sem amor
Não vale nada."
Edson Ricardo Paiva.
"A Beleza da vida
É o Sol lá no céu
Numa noite de chuva
É saber sentir
Quando não houver"
Edson Ricardo Paiva.
Depois que a chuva se for
Que sejam as coisas assim
Como aquele céu leve e pesado
De montanhas cinzas, flutuantes
E que nunca mais elas estejam
Do jeito que são agora
E que aquele peso que nos mantinha
A todos presos num momento eterno
Num morno inferno, como era antes
Uma esperança que não se encaixa
A visão de um barco que navega
A gente aqui, de longe olhando
Tanta amplidão de infinito
Da chuva que se vai, se foi
O Sol se esconde atrás da nuvem
Nuvem que se oculta
Atrás da linha do horizonte
O barco que também se foi
Restando apenas uma espécie de saudade
Igual aquela que o circo deixa
Bela, alegre, suave
Mas que, com o passar dos dias
Se faz em grave melancolia
E é por isso que as coisas são
Do jeito que são agora.
Edson Ricardo Paiva.
