Poemas Corpo
A camisa AZUL
Ao tocar meu corpo, senti borbulhas
teus olhos de jabuticaba, me fez navegar na imensidão da paixão
E no final,
o teu adeus meu deixou sem chão
deixando apenas a camisa AZUL de botão.
Te encontrei na energia
Te encontrei antes do tempo,
num espaço onde o corpo ainda não alcança.
Foi no invisível que tua presença me tocou
leve, mas tão intensa que quase me faltou o ar.
Não trocamos palavras,
mas tua energia gritou dentro de mim,
como se dissesse:
“É aqui. É agora. Sou eu.”
Senti teu calor sem pele,
teu olhar sem olhos,
teu toque sem mãos.
E mesmo sem saber teu nome,
te reconheci na vibração que invadiu meu peito.
Era você,
a frequência que me alinhava sem esforço,
o caos bonito que bagunçava minha paz
só pra me mostrar o que era sentir de verdade.
Talvez a gente ainda não tenha se visto…
mas já nos encontramos.
E quando os olhos se cruzarem,
será apenas confirmação
daquilo que a alma já sabia.
Menina de Alma
Dentro de mim existe uma menina disfarçada num corpo de mulher.
Sou menina sonhadora que acredita em contos de fadas e em finais felizes.
Menina de alma apaixonada que espera o amor de sua vida encontrar.
Sou tecedora de poesias. Rabisco coisas do coração. Emoções e fantasias.
Menina de coração ingênuo. Mulher vestida de sedução.
Sou assim ... Frágil, porém determinada.
Delicadamente simples, sempre justa!
SimoneCruvinel
Raiz de Menina, Corpo de Mulher
Menina-mulher de sonhos profundos,
mãe de afeto, de riso e coragem,
pisando firme entre dois mundos...
a infância breve, a vida selvagem.
Pisciana, alma de maré,
trabalhadora de sol a sol,
carrega a Bahia no pé
e a arte brilhando como farol.
Apaixonada por histórias antigas,
poeta quando o mundo silencia,
vive entre rimas e rotinas amigas,
com um toque de doce fantasia.
Em certos dias, ainda imatura,
se espanta ao ver o tempo correr...
como foi que, tão de repente,
uma adolescente essa menina deixou de ser?
Noite de Fogo
Saudades do teu cheiro,
feromônio que embriaga, perfume que marca.
Do teu corpo colado ao meu,
pele na pele, sem espaço pra tempo,
sem tempo pra pensar.
Saudades do teu louco amor,
instinto e entrega,
uma explosão de mundos
que colidem em gemidos abafados.
Teu som, um mantra,
ecoando na bagunça da cama
como sinfonia do caos.
Uma louca viagem,
onde prazer e sentimento se misturam,
um universo que se expande
entre mãos trêmulas e olhos fechados.
Cada toque, uma nova descoberta,
cada suspiro, uma nova língua
que só nós sabemos falar.
Quero mais uma noite assim,
onde o infinito mora entre lençóis
e o mundo lá fora
não passa de um sonho distante.
Vem, bagunça meu corpo,
desordena minha alma,
e me faz perder a razão outra vez.
Esgotamento físico e mental.
O corpo urge aos berros silenciosos, a maltratar e aleijar os dias!
As lágrimas já não lavam a alma!
o veneno.
Você aí já tomou veneno?
Não o veneno que mata o corpo...
E sim o veneno que mata a alma...
Eu sim...
E não satisfeito eu repeti a dose...
Havia somente nós naquele canto da praia.
Enquanto sua língua percorria o meu corpo,
O mesmo ardia, queimava...
Eu te acariciava, sua pele arrepiava.
Sedento de desejo a sua boca salivava.
Parecia querer me devorar.
E eu ali pronta pra ser o jantar.
Totalmente entregue aquele momento.
Que eu desejava eternizar.
A Beleza
Um dia encontrei a beleza
Não estava em uma face
Nem em um corpo que seria
Muito me chamou a atenção
Diante de seus olhos
Enxerguei seu coração
Da maneira em me falar
Tranquilidade para acalmar
Atitude em sua verdade
Vive-se bem com a realidade
Descobre-se a compaixão
Bondade sua razão
Com o respeito a te seguir
O melhor está por vir
Tão belo como a flor
Mostra grande seu amor
Hoje, vejo com clareza
E encontrei sua beleza
Animal de um dia
Tenho um corpo
e ele sangra o tempo.
Tenho um nome,
mas o vento já não lembra.
A vida -
essa prostituta divina -
me beija com dentes,
e ri.
Sou só um bicho
que sonha
com a eternidade.
Maternidade
William Contraponto
No corpo a vida se anuncia
como semente em terra ardente.
Mistério, dor e poesia,
num tempo que não segue em frente.
O ventre é sol que se derrama,
é casa antes do existir,
é chama antiga que se inflama,
sem nunca se deixar partir.
No colo nasce o infinito,
nos olhos — mundos a brotar.
É medo calmo e grito aflito,
é dar sem nunca se esperar.
Ser mãe não cabe em um conceito,
nem se traduz por condição.
É ter o mundo sobre o peito
e ainda abrir o coração.
"Mãe"
Ela não foi só corpo:
foi alma,
foi prece,
foi silêncio que entendia,
abraço que curava.
Ela partiu,
mas ficou no café quente,
no gesto distraído,
no calor que vem do nada
e me faz lembrar:
mãe não morre,
vira eternidade.
Ser mãe é ser guerreira todos os dias!
É doar o coração duas vezes mais do que o corpo pode.
Mãe é amor sem medida, sem condição, sem explicação.
Não importa o sangue, importa o cuidado, o abraço, a presença.
Amor de mãe é para sempre, é eterno, é luz que nunca se apaga.
Feliz Dia das Mães!
Beleza é e sempre será algo subjetivo.
Cada um de nós tem características e traços de corpo diferentes, o que torna qualquer tipo de comparação algo incorreto e inapropriado para a situação.
E junto à isso: Nunca! Nunca deixe ninguém dizer que você é feio. Você com certeza tem algo belo, que é exclusivamente seu.
*Alma Quimera**
Um corpo apaixonado se revela,
*Desnuda o tempo* — tudo nela é gelo
e chama. Transe de espera singela:
do encontro íntimo de dois desvelos.
Um toque. Um sopro. Beijo que desvela
na pele o instante que o desejo anseia:
alma quimera, razão que se dobra
*à dualidade da carne que arde e voa.*
Sou orvalho noturno em teu verão,
lágrima doce em pele salgada de mar.
Chora teu corpo o hino da paixão,
enquanto a alma dança no luar.
*No espelho d’água, alegra-te, quimera:*
confia nos beijos que o tempo acelera.
Conduze-me no rio dos teus anseios,
*onde o feito eterno-se em nossos veios.*
Tatuagem Invisível
Jamais tatuei meu corpo — não foi medo,
Mas por respeito à pele e ao seu clarão.
É nela que o silêncio se faz imensidão,
É nela que se oculta o meu segredo.
Quem sangra e não soluça, busca cedo
Marcar na carne a dor, sua prisão.
Mas minha dor gravou-se em dimensão
Que foge ao ferro, ao traço, ao frio enredo.
Só tenho uma inscrição — Iranete, amor —
Cravada em mim no osso e na retina,
No vão da alma onde o tempo se desfaz.
E o mundo, ao me olhar, vê esse fervor:
Um nome eterno em luz, sem tinta,
Que só se lê no corpo feito em paz.
Por Evan do Carmo
Boneca do Vazio
William Contraponto
Há um corpo que não respira,
com olhos fixos no não-ser.
No colo, a ausência gira
vestida de um quase-viver.
Não chora, mas comove a alma,
não cresce, mas sabe esperar.
É ternura sem ter calma,
é consolo a simular.
Boneca feita de lamento,
de desejo e de negação.
O tempo ali é fingimento,
repetição sem coração.
É culto ao que nunca sente,
fetiche do eterno imaculado.
Negar o real, tão pungente,
por um afeto embalado.
No berço, repousa o espelho
de um mundo que teme sofrer.
Prefere o falso conselho
a ver o amor perecer.
Tão real quanto uma mentira dita,
com olhos que não sabem ver.
É o retrato de uma era aflita
que troca o fato por parecer.
De nada adianta um corpo esculpido, um rosto admirado e a ilusão de uma autoestima elevada, se a mente permanece presa à ignorância. A mais cruel forma de baixa autoestima é a intelectual — silenciosa, mas devastadora. A beleza encanta, mas é a inteligência que sustenta. Priorize o que pensa, não apenas o que mostra.
H.A.A
*DEUS no comando sempre!*
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