Poemas com Nomes
Kamorra — Entre a Guerra e o Espelho de Deus
Há nomes que são apenas sons. E há nomes que se tornam espada. Kamorra é um desses.
Do espanhol, herdamos camorra: briga, disputa, confronto. Um nome nascido no campo da guerra, forjado no atrito entre homens que não aceitam a covardia como regra. É o eco de quem levanta a voz, de quem enfrenta, de quem, se for preciso, cai de pé — mas nunca se ajoelha.
Mas o nome não para por aí.
Do hebraico, surge kamocha, uma pergunta sagrada: "Quem é como Tu, ó Deus?"
É o espelho da identidade divina refletida no homem. É o chamado para viver com honra, com verdade, com propósito.
É a lembrança de que a maior batalha não é contra o outro — é contra o que dentro de nós tenta nos tornar medíocres.
Juntas, essas raízes formam algo maior: Kamorra.
Não é só um nome. É uma filosofia.
É o homem que luta como um guerreiro, mas carrega nos olhos a consciência de que foi feito à imagem do Altíssimo.
É o confronto com o mundo, mas também com a própria alma.
Ser Kamorra é viver entre dois mundos:
Um pé no campo de batalha, outro no altar.
Uma mão fecha o punho, a outra aponta para o céu.
Porque o verdadeiro kamorrista sabe:
Antes de vencer o inimigo, é preciso vencer a si mesmo.
E quem zomba do nome...
Não entendeu o corte da espada que ele carrega.
À Senhora da Última Viagem
Morte, de tantos nomes e em tantos versos,
Escrevo-te hoje, sem medos ou reversos.
Não como um lamento, nem com dor a chorar,
Mas com a curiosidade de quem quer desvendar.
Vens sem aviso, ou com sinais que ignoramos,
Levando de nós os elos que tanto amamos.
Em teu silêncio, resides a grande incerteza,
Do que há depois, da eterna beleza.
Muitos te temem, a ti, o inevitável fim,
A fronteira que corta a vida de mim.
Mas vejo em ti também um grande alívio,
O ponto final para o sofrer e o calvário.
Tu não distingues idade, riqueza ou poder,
Com tua foice justa, vens para colher.
És a igualdade que a vida não oferece,
A paz derradeira que o corpo envelhece.
Ensina-nos, Morte, a valorizar cada instante,
A amar sem reservas, com um amor radiante.
Pois ao sabermos que tua visita virá,
Damos mais valor ao tempo que nos resta.
E quando chegares, com teu véu a planar,
Espero encontrar a calma para te abraçar.
Que em teus braços, a alma possa repousar,
E o que foi vivido, eternamente brilhar.
Com respeito e, sim, um pouco de fascínio,
Um Ser Humano em seu caminho.
Retratos que sangram
As horas sussurram nomes antigos,
ecos que dançam na bruma da mente,
vestígios de dias já idos,
que o tempo levou… lentamente.
Há risos que ainda se escondem nos cantos,
e passos que o chão já não guarda,
rostos sumindo em retratos cansados,
num tempo que nunca mais tarda.
Tocava teu nome com dedos de sol,
num mundo onde o céu era perto,
agora só vejo o vulto do ontem,
num espelho partido e deserto.
As lembranças vêm como maré,
invadem, consomem, machucam,
e eu, náufrago de mim mesmo,
nas ondas do que já foi, me afundo e sucumbo.
Se pudesse, voltava no tempo,
pra dizer o que o silêncio calou,
mas memórias não têm retorno…
só cicatrizes que o peito guardou.
EU BORDO NO MANTO DO CÉU
Eu bordo no manto do céu...
Nomes de seres decentes
Por terem doçuras de mel
E carismas surpreendentes...
Eu bordo no manto do céu...
Nomes daqueles ausentes
Que tiveram destino cruel
E calados, covardemente...
Eu bordo no manto do céu...
Nomes dos queridos entes
Que fizeram um bom papel
Ficando dentro da mente...
Eu bordo no manto do céu...
Os versos fluorescentes
E que tremulam ao léu
Por serem versos somente...
(EU BORDO NO MANTO DO CÉU - Edilon Moreira, Outubro/2024)
Sou grata por ser mãe.
Filhos lindos, que são o centro do meu peito, os nomes mais sagrados que carrego na alma.
Gratidão por ser colo, por ser caminho, por ser direção, por ser mãe.
Vocês são o milagre diário que me reinventa todos os dias.
Nomes demos aos planetas.
Chamam de meteoritos, o que apelidamos botões de fogo.
Nossa marca desta será deixa cá, para que se faça saber por todos que estivemos aqui.
In Nível Supremo
Do Livro O Nosso Fim Último
Enquanto estivermos procurando
nomes dentre o covil de hienas
uma representatividade, estaremos
fadados a uma vida social marcada
pela desigualdades e exclusão, pois os nossos problemas são estruturais, pautados por um sistema capitalista perverso e uma elite asquerosa.
A conquista, a fama e o sucesso, são nomes bonitos para te fazer, lutar até a morte para obtê-los.
Quando enfim conseguir, lutar até a morte para não perdê-los.
Uma prisão de segurança máxima, onde o réu, jamais quer um advogado, tampouco ser livre.
Como em qualquer prisão, a questão é sempre: o que você fez?
Enquanto a liberdade, sempre valoriza, quem você é.
Minha Rua
Minha rua tem casas
Pessoas boas também
Aluns com nomes bem engraçados
Demildes, Juventino, Mardoqueu, Mariinha e Tibúrcio
Minha Rua,
Rua Conceição de Ipanema
Nem Conceição eu me lembro
Quanto mais de Ipanema
Na verdade nunca vi
Nem sei quem é , nem quem foi
Se tu encontrar um dia quem foi
Traga ela aqui para eu conhecer
Meu sonho é me apresentar a uma dessas pessoas que ficam com plaquinhas de nomes nos aeroportos, esperando as pessoas.
- "Oui, Julie Dubois. Enchantée!"
E vou. Sei pra onde não.
"Glórias e Aleluias... A Ele!
O Nome sobre todos os nomes.
Perante as adversidades...
Ainda que... Lutas venham
Para te derrubar...
Firmado estejais n'Ele!
Ele! Sempre ser conosco
Ele! É nosso refúgio...
– Nossa Fortaleza!
Ele! Socorro bem presente...
Nas horas das angústias…
Não importa onde fores…
Se no vale das sombras...
Se no cume da colina...
Ele! Estará presente...
Confia teus passos a Ele!
... Testemunharás...
Quando passares pelas águas
– Ele estará contigo
Quando atravessares os vales
– Ele estará contigo
Quando passares pelo fogo...
– Ele estará contigo
Mares, não te submergirão…
Vales, não te assustarão…
E, em qualquer chama...
Nada em ti arderá...
– Glórias!
"Cantai Glórias a Ele!
Ele! Nos conduzirá...
Por caminhos probos!
Ele... É Misericordioso!
Cheio de "Sabedoria...
Ledices, Paz! e "Amor!
– Filho único de "Deus!
“Jesus! O Bom Mestre...
Só Ele É... O "Amigo Fiel!
"Glória e Aleluia... A Ele!
Para todo o sempre...
– Amém!
insistente
Inconveniente
Chata
Esses sao os nomes que as vezes levamos antes de compreender que so estamos tentando virar a chave PARA OPORTUNIDADE.
#vidadeempresario
Os orientais davam grande importância aos nomes. Para eles, o nome influenciava muito no caráter de uma pessoa e resumia o íntimo de seu ser.
Por exemplo: Fábio vem do latim *Fabius*. Na Itália houve uma família de nobres, a família dos Fabius. E também é dito que às mediações do Mediterrâneo, os Fábios eram oradores que entretiam os camponeses enquanto estes trabalhavam no campo, contando-lhes boas histórias. Numa versão simples, Fábio , literalmente significaria: Exímio contador de Histórias.
Vontade de ir a uma ilha
Onde haja flores sem nomes,
De cores inexistentes
E de cheiros desconhecidos,
À qual nunca foi sugada
E que nunca foi apreciada.
Vê-las florescer
Com olhos de primeira vez
E, nesse momento,
Estar em paz
E nunca mais voltar.
"o futuro é o presente que se vive a cada instante e dizem ter muitos nomes" sugere uma perspectiva profunda sobre o tempo e a percepção humana. O futuro não é algo distante que se alcança, mas sim uma construção contínua, moldada pelas decisões e ações que tomamos agora. Cada momento vivido é uma peça do futuro que se desenrola, e o que chamamos de "futuro" é apenas uma série de presentes que se conectam.
Os "muitos nomes" do futuro refletem as diferentes interpretações e expectativas que as pessoas têm sobre o que está por vir: esperança, medo, inovação, progresso, incerteza. Para uns, o futuro é uma promessa de algo melhor; para outros, uma fonte de ansiedade. Mas, independentemente do nome que damos, o futuro é sempre vivido no agora. É um convite constante para a ação, para a reflexão sobre nossas escolhas e para o exercício de nossa responsabilidade em construir, a cada instante, o amanhã que desejamos.
Não devemos esperar passivamente pelo futuro, mas sim participar ativamente de sua criação, entendendo que ele nasce das sementes que plantamos no presente. O tempo é CONSTANTE, e cada segundo é uma oportunidade de redefinir e ressignificar o caminho adiante.
O memorial do adeus
Um memorial aos sentimentos a que nunca demos nomes, filhos negligenciados dos nossos corações. Um memorial às histórias jamais contadas e às palavras nunca ditas, às vidas não vividas, às paixões não correspondidas, aos amores perdidos, ao que nunca foi, mas poderia ter sido. Um memorial ao sangue, ao suor e à lágrima não derramados; ao silêncio, às possibilidades esquecidas. Um memorial a todas as perguntas que ficaram na garganta, ao que ficou oculto, ao que jamais ganhou forma, mas ressoou nas profundezas do desejo e da imaginação. E, finalmente, um memorial ao potencial inacabado, às narrativas não escritas, que pulsaram, por um instante, no coração de quem ousou sonhar,
mas nunca realizar.
Torne- o comum nomes e codinomes. Todos serão iguais, fortes emocionalmente, e imunes da dor.
170708
