Poemas a um Poeta Olavo Bilac
CATAPULTA
Muito menos que uma vítima
Talvez seja um predador
Não importa mais a crítica
Bem mais vale o amor
E sem pretender perdão
Procurando uma desculpa
Desamarra esse cordão
E liberta a catapulta.
CAIOU A CASA
E o que foi lar virou escombro
Caiu a casa do Abreu
Um santiaguense sem mais forma
Falou da vida e seus tombos
E com palavras mundo ergueu
Caiou na alma uma reforma!
PRUDÊNCIA
Quando carente tudo atropela
Não pensa e nem vê a sua indecência
E nem um remendo há de servir
Na explosão sempre há falta dela
Na reflexão matiz de prudência
Pintando a sabedoria de agir.
COLAPSO
No princípio era um palácio
Por isso nem comecei
De pensar veio o cansaço
E por isso me entreguei
Já na base o colapso
E a culpa é de quem?
SEPARAÇÃO
Pro bem-estar desse mundo
Nem sempre um corte profundo
Apesar da cicatriz
Vai te deixar infeliz
Mas ficar acomodado
É que te deixa encodado
No rastro ficam pegadas
Pro belo sejam lembradas
Mas o que não foi tão bom
Sirva pra evolução!
ATINO
Várias coisas abomino
Que não sejam meu destino
Continuo um peregrino
Esperando ouvir o sino
Cujo som eu procrastino
Que desperte para o tino
Sob a luz de algum ensino
A mim mesmo sabatino
Em resposta aos desatinos
Experiências aglutino!
BERÇO ESPLÊNDIDO
Trabalho que embala o sono
De um corpo meio cansado
É "sorte" que veste o sonho
Que acorda realizado.
DINAMITE
Eis que estás por explodir
E mal cabes em ti mesmo
Os problemas implodir
Um a um perdendo o medo
Sempre há brecha pra sorrir
Dinamite no rochedo.
SONHOS BANAIS
Em meio a tantos sonhos iguais
Contando à espera de um milagre
Ficam senis e tão banais
Que nem uma porta se abre.
VENDAVAL
No peito um vendaval
Pronto pra içar as velas
Melhor segurar a nau
Do que ao mar lançá-las.
INVASÃO
Meio assim sem alarde
Em um final de tarde
Bem antes que o céu parde
Alguma luz resguarde
Brilhando paz que invade.
INTERDITO
Mas que tamanha confusão
Negando a própria natureza
Vida atentada no conflito
Será um novo armagedom?
Faz-se preciso mais leveza
Maniqueísmo interdito.
LUZ DO ESPONTÂNEO
Encantadora magia
Já foi pandeiro de prata
Nos versos de um conterrâneo
Faz cessar esta afagia
Lua que a ideia recata
Traz tua luz ao espontâneo.
MARCAS DO QUE SE FOI
Enfim, vim até onde pude
Mas chega um ponto em que a saúde
Te faz lembrar da finitude
Combate diário da inquietude
Sem esperar que o tempo mude
Legado em marcas de atitude.
DESPERTAR
Essa angústia anda medonha
Carregando muitos medos
Rouba o descanso a insônia
Urge um despertar bem cedo
Alma anda meio acrimônia
Precisando de mais credo.
COLHEITA
Qual o tamanho do espanto?
Esperavas um homem santo?
E o que tem por trás do seu manto?
Muito pecado e pouco pranto!
E assim acaba o seu encanto!
Pois todos colhem o que plantam!
ENTÃO É NATAL
Me faça um obséquio
Antes de pegar as taças
Em reluzentes presépios
Invoque a Ele mil graças!
REVEZ
Pensei ser da estrada a aspereza
Muito atrito leva à tristeza
Carece buscar na leveza
Um amparo de fortaleza
Nessa oscilação se reveza
Filtrando da alma impureza.
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