Coleção pessoal de DulceF

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O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.

O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formamos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.

Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.

Deixei-te ir

Deixei de ouvir música, tenho medo.
Medo que nessas notas musicais, que nessas palavras de amor, a dor prevaleça sobre o sentido da força que tento encontrar em cada hora que passa.
Tenho medo de que a música me faça mergulhar na louca fantasia de te voltar a ter em meus braços, em meu beijo, junto do calor do meu corpo.
Um dia pareceste amar-me como nunca fui amada, e de repente passaste a amar outra pessoa e tornou-se como se eu nunca houvesse sido alguém em tua vida.
Que eu fora uma mera passagem, como fui para todos os outros antes de ti…
Tenho medo de ouvir música porque todas elas passaram por nossa vida ao mesmo tempo em que nos encontrávamos unidos como um só.
Tenho medo pois todas elas conspiram contra mim, pois é de mim que falam mal.
Queria que me perdoasses mas o tão grande amor que senti que sentias afinal não era assim tão grande e facilmente me deixaste para trás…
Mas a vida agora ensinou-me que quem dá demais, demasiado tira também.

Tarde demais

Descobri que te amava
Mas o tempo não mo permitiu
Mostrar o quanto te adorava
E o meu coração se partiu
Partiu-se pelas tuas amargas palavras
Pelas coisas que fiz e pelas que não fiz
Pelas coisas que eu disse
E pelas coisas que tu fizeste
Um dia descobri que te amava
Mas a vida não mais me permitiu
Viver esse amor tão puro
Que o tempo um dia destruiu
Um dia descobri que te amava
Que afinal eras o meu céu
Mas esse amor que sentia
Veio tarde demais, e assim morreu

Vou apagar tudo o que me recorde de ti até que um dia eu possa esquecer o teu rosto.
Dizem que quando amamos alguém não nos conseguimos recordar da sua face em pensamento, mas se eu te amo e ainda me recordo da tua, será que te amo realmente?
Ou será que não te amo por me lembrar da tua face?
Ou será que te amo tanto que não consigo esquecer de maneira alguma?
Acho que é mesmo porque te amo tanto assim, de uma maneira que não me permite esquecer o teu sorriso, os teus olhos, aquela expressão tão doce que fazias quando fazíamos amor, que ainda hoje parece que vejo o teu olhar terno, a olhar-me como se eu fosse para ti, a melhor coisa do mundo…
Mas tudo isso se acabou em poucos dias… mas eu vou esperar, não por ti, não que tu voltes para mim, vou esperar sim, que um dia me possa esquecer do teu rosto, não por te amar, mas por te ter finalmente tirado de dentro de mim…
Um dia vou esquecer o teu rosto….

O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela.

A saudade perde-se no tempo e o sentimento com ela se perde também.
A distância apaga a memória fresca dum rosto e apaga o sentimento que um dia vai ser substituído por um amor novo.
Um novo amor apaga a saudade do que era e passa a ser o que é e o nunca mais toma lugar no tempo e no espaço,
Não existem grandes amores que senão nos romances de ficção, pois um grande amor quando é mesmo grande não se acaba em dois dias, nem em três, nem em quatro...Nem se esquece, nem se lhe tira a sua importância.
Amar é perdoar e contornar os obstáculos da vida, é esquecer o que se foi para dar lugar à oportunidade e ao perdão e à compaixão...
Quem rápido esquece nunca pode ter amado, quem não aceita o perdão, nunca pode ter sequer gostado e esse sim, não merece ser perdoado...