Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Procurando por você
Prelúdio... preâmbulo.
Só um momento
a distância neutra da dor-querer.
No lugar onde estou perdura a miséria.
Singro mares atrás de você.
Foi fugaz a alegria sentida.
Era tão boa com você a vida...
Foi um momento...
Hoje o que vivo, sem você, é
mortificação... desolação.
Estrada nova
Caminhos do vir.
O que me aguarda no dobrar da esquina?
Como viverei o meu porvir?
Me deixo levar...
Nos labirintos da alma
Me perdendo... me encontrando
Quero mesmo é você nesse dédalo encontrar.
Por um mundo melhor
Se a estrada cansou o teu caminho
Não andes mais sozinho.
A estrela solitária que ainda brilha nesta manhã que vem chegando
Pisca, pisca... e pisca: parece estar gritando:
‘Ninguém foi feito pra ficar só.
Está escrito no vento.
Muita gente anda calada.
Em vez de repartir o que da vida ganhou.
O mundo será um lugar muito melhor
se todos olhassem mais pra Deus.
E colocassem sempre em prática o que Jesus ensinou.’
Um dia feliz acontece
Amanhece...
Um dia feliz acontece.
Pulo da cama...
Quero sair da rotina.
Abro a cortina.
Pulo da janela
Chove uma chuvinha mansa.
Chuva que invade o dia e quebra o silêncio.
Danço na chuva como criança.
Dançam as flores no jardim...
As pedrinhas de chuva molhada a brilhar...
As árvores verdinhas a se balançar.
Tudo parece dançar somente pra mim.
Barra do leme
Meu próprio luto.
Sofri um naufrágio...
Estado total de triste apatia.
Em nenhum lugar me encaixo...
Pode o mundo virar de cabeça pra baixo.
Quando minha cabeça toca o travesseiro...
Cadê aquela guerreira?
Âncora levantar.
Por esse marzão imenso navegar...
Sem roda do leme, sem governo, sem timão...
Nunca mais atracar.
Só... e só as batidas do coração.
Vontade imensa de a chuteira pra sempre pendurar...
Por aí
Andando aqui nesta areia quente.
Lembro do que um dia foi a gente.
Memória de nós dois...
Juramos: pra sempre teríamos um depois.
Ah o amor prega peça.
Um dia a nos guiar...
Noutro, embora tudo a levar.
Desce a noite com seu negro véu.
Perde-se o dia nos braços da dama que chega.
E eu... continuo a andar na areia que já começa a esfriar...
Encontro na minha memória o teu lindo, reluzente e eterno olhar.
Amores...
Um dia me fizeste uma jua: irias me amar por todo o sempre...
Hoje aqui amargurada fico a pensar neste amor que não deu em nada.
Onde estás recordas-te de mim?
Onde vives, pensas um pouquinho em mim?
Por que não voltas pra mim?
O desejo por ti me tortura...
Torna minha vida tão escura.
Faltam-me teus beijos, teus abraços
Era tão bom deitar-me em teu regaço.
Estou aqui, meu amor...
Se voltares, vais encontrar o mesmo amor de sempre... aquele que jurei amar-te eternamente.
A morte
"A morte encerra uma vida, não um relacionamento."
Esta frase não é minha, por isso as aspas... não sei o autor e o Google não me ajudou...
Muitas coisas o tempo pode curar, muitas pode até apagar. O tempo deixa tudo tão distante... e é tão fácil pra ele.... deixar as coisas pra trás.
O tempo não carrega nada consigo, e leva tudo embora... numa hora, em outra hora e em outra hora... vai levando, nada deixando ficar, tudo transformando, tudo mudando, trocando de lugar.
Ah! o tempo é um ingrato... fica com tudo.
Mas, você, sorria! O tempo não pode levar nada de você, desde que você esteja morto. Você está certo disso?
É, a morte encerra uma vida, não um relacionamento... e disso, você está certo?
Morra de medo...
Você já se deu conta de que cada dia é um dia a menos?
Já olhou em volta e viu os males que rondam a humanidade?
Ligou a TV e ouviu entristecid@ as notícias que bombam diariamente... são catástrofes, suicídios, homicídios, roubos, enganos, fraudes, mentiras...
Nada bom, né? E o medo que ronda as pessoas? São mil artifícios pra se proteger... senhas e mais senhas, nada está a salvo.
Um vírus qualquer no ar... um vírus no computador.
Sobre esses vírus de computador eu realmente não entendo.
Qual é a graça de querer invadir a vida tão sem graça de uma pessoa tão normal como eu? Invadir meu computador pra quê?
Maldade gratuita... Então instalei um antivírus... e meu computador bonzinho não aceita que eu baixe qualquer coisa, não... que eu abra qualquer arquivo.
Estou protegida. Do quê, meu Deus?
Mas isso de invadir sua casa, levar seus bens; invadir seu computador e você perder tudo o que tem... seus dados, sua conta bancária... sei lá... isso não é nada.
De tudo o que temos realmente de nos dar conta é de que a cada dia temos um dia a menos. Nossa vida vai ficando curtinha, curtinha a cada dia que se vai, a cada noite que anoitece. E um dia: Fim. The end - se você só entende inglês.
Que esperança podemos ter?
Só uma, e isso se abrirmos nossa vida pra Cristo... aí não há ladrão, não há vírus, não há nada que nos tire o que de melhor temos: a nossa vida.
Fora disso, você não tem vida nenhuma. Aí sim, morra de medo!
Dor
Dor - sensação desagradável ou penosa.
Dor vai de um leve desconforto a aflitiva, angustiante, cruciante, dolorosa, lancinante, penosa, pungente, torturante. Sim, tudo isso aí.
Há dor que com um beijo passa. E há dor que nem com o tempo passa.
Mas o problema da dor, além de doer é claro, é que ela cria na gente um conflito entre o que vivenciamos e o que cremos. Nossa visão fica deturpada, deformada... as formas se disformam, fica tudo quadrado e a gente sai batendo em todos os cantos, e a dor só aumentando... a cada batida... em tudo quanto é canto...
E a dor deixa a gente com a visão embaçada, nossa percepção do mundo fica completamente distorcida, perde a transparência, fica turvada... e a gente se torna um ser entristecido, sofrido, doído.
É, a dor pode nos dar uma perspectiva sombria da vida. O maior sol lá fora, e a gente vê tudo nublado, nebuloso... caminho tortuoso.
A dor, muitas vezes, não nos deixa ver de forma clara e transparente... leva embora com ela o nosso conforto, nosso consolo, nosso alívio... é o fim da esperança.
Que triste quando a dor funciona desse jeito.
Pois é, nada na vida é perfeito.... mas eu espero, sinceramente, que a dor não funcione assim com você... não funcione como um par de lentes quebradas.
Um barco num mar revolto
Tempestades.... do latim tempestate, 'tormenta, agitação'.... tormenta, também do latim, tormentum 'máquina de guerra usada para arremessar pedras ou um instrumento de tortura'.
Tempestades.... na vida de qualquer um, em qualquer idade. Elas vêm com força de um furacão... que veio do espanhol huracán, derivado de uma palavra do Taino (indígenas das ilhas do Caribe), hurakán, o nome dado a esse fenômeno da natureza na região.
Tempestade sentadinha do lado de um tufão, do grego Typhon, um mitológico gigante de vento, provavelmente derivado de typhein, 'fumegar'.
Mas há outras interpretações possíveis - você já percebeu que cada um, para certas coisas, interpreta como quer... como convém? - como o cantonês tai-fung, 'grande vento'.... um vento catastrófico do Oceano Pacífico.
Pesado isso de tempestades, tormentas, furacões e tufões.... tudo junto, separado ou misturado só tem uma explicação - desconexão.
Sim desconexão com.... ??? Ah, aposto que você pensou que eu iria facilitar heheh.... mas não vou não.
Pense! Pense.... pensar não faz mal a ninguém rsrs
Então pense: do que.... ou de quem você está desconectado, neste mundo virado, atrapalhado, desestabilizado? Haha... já descobriu? Então agora cubra... brincadeirinha... quero dizer: conecte-se e pronto.... tempestades, tormentas, furacões, tufões e o diabo a quatro... só até certo ponto (não, não, você não vai se livrar totalmente deles, não aqui nesse balaio de gatos chamado Terra).
Mas vai entender... e quando a gente entende tudo fica mais fácil.... e dá pra dormir serenamente um sono sereno, sereno.... num barco num mar revolto - é só uma dica, pra você que não descobriu sozinho sobre de quem estou falando ;)
Toda manhã de manhã
Toda manhã o sol aparece devagarinho lá longe...
A visão de um mundo em ruínas
vai tirando todo o brilho que o astro rei com ele traz...
fico aqui a me perguntar: gostaria ele de voltar atrás?
Ficar escondido atrás dos montes...
Do outro lado do oceano...
Ficar parado por um instante (ou pra todo o sempre)... no limite em que nem aqui, nem lá está?
É... manhã chegando.
Tudo clareando.
Veremos este mundo um dia mudando?
O calor do sol...
A brisa suave...
O aroma das flores...
Os pássaros voando...
As abelhas as flores beijando...
Quem sabe?
Tudo isso, em conjunto,
seja um aceno de paz...
desfaça a dor que pelo mundo jaz.
Vertigem
Vertigem... o mundo dando voltas - e sem parar... pra me dar um tempinho do colocar tudo de volta no lugar - ... o mundo está dando voltas e cada vez mais rápidas.
Ah sim! Dantas diz que ' o mundo é uma vertigem'... não há balaustrada... só um vazio que não se preenche com os afazeres de todos os dias... com a correria que 'parece' não deixar a vida vazia.
Um redemoinho... um fundo sem fundo... sim assim é o mundo.
Cada manhã, antes mesmo de abrir meus olhos, eu fixo o pensamento em Deus. è a minha segurança. É o mundo, que mesmo dando voltas, deixa tudo no lugar... é o redemoinho, que tudo desconserta, que me mostra a estrada certa.
Seu eu consigo discernir tudo e levar a vida numa boa? Nem sempre... uma montanha treme... uma lava que escorre... um fogo que arde, queima e destrói... um tsunami dentro de mim... e aí eu olho ao redor e só vejo o vazio... sinto frio... meu corpo também treme.
Às vezes acho que o vulcão sou eu...
Fuligem
Chove um chuvisco de nada.
Partículas diminutas...
Quase parecem enxutas.
Caem no mar...
Pra lá, pra cá...
Às ondas salgadas vão se incorporar.
Labaredas de fogo no meu coração...
Gotinhas miúdas me deem a salvação.
Lavem minha tristeza.
Mostrem-me que há beleza
no mundo de fuligem
que insiste em me acompanhar.
Amanhã... quem sabe...
Intolerável viver...
Vida – um eterno sofrer.
Chegarão dias de esperança?
Encontrarei forças pra sonhar?
Amanhã... quem sabe?
O céu num azul infinito se abra...
O sol meu corpo gelado aqueça...
O sentimento que até aqui me trapaceou...
Num sopro de ar desapareça...
Amanhã... quem sabe...
Música no ar
Um despertar sonolento...
Da vida apenas mais um momento
Que se esvai nos raios de luz que o sol
Traz com o arrebol.
Alvorada... fria madrugada.
Tênue luz indefinida...
Amarelada... azulada?
Não há nuvens no céu.
A brisa é leve e suave.
Começa devagarinho o canto das aves.
Uma música no ar.
Alguém acordou com vontade louca de dançar...
É outro dia que se inicia...
O que trará de novo...
Medos... tristezas... ou alegrias?
Palavras de arte
Um caminho colorido
De poesias por todo lado florido...
Um perfume no exala no ar...
Minha vontade é grande de viver a poetar.
Fazer poesia é meu vício.
Meu divã... meu hábito profilático...
Continuo semeando rosas...
Faço isso em verso em prosa.
Assim venço os espinhos.
Semeio amor pra todo lado.
Venço a guerra...
Apago as tristezas...
Mostro da vida todas as suas belezas.
Com métrica e rima as palavras vão nesta tela branca aparecendo...
Nunca me canso desse afã...
Poetizando... pelo caminho da vida sementes de arte vou semeando.
Queria
Queria ganhar de presente um pôr do sol...
Queria ganhar mil sorrisos...
Queria da vida só alegria.
Queria ganhar de presente as luzes do arrebol...
Queria ganhar amizades...
Queria da vida toda a felicidade.
Queria ganhar de presente uma onda do mar...
Queria ganhar uma estrela do céu...
Queria da vida todo o sabor do mel.
Queria ganhar de presente uma estrela do mar...
Queria ganhar floquinhos de nuvens...
Queria da vida só paz e dias e dias de muito amor
Linha... linha...
Um encanto encantado.
Pelo vento às vezes sou levado...
Linha... linha... linha...
Tudo desalinha, tudo curva.
Uma vida que deixou de ser só minha.
Jogado pra lá e pra cá.
Tento me equilibrar.
O vento a soprar...
Eu a rodar, a rodar.
Percurso sinuoso.
Sinto-o um tanto tortuoso...
Há dias em que tudo se embola...
Num vai e vem que tudo enrola.
Paz...
linha... linha... linha...
Uma reta que parece não ter fim...
A vida enfim... deu uma trégua pra mim 😉
Medo do fim
Um caminho.
Um caminhante.
Uma via reta.
Uma estrada deserta.
Um começo... um meio... um fim.
O que tem a vida reservado pra mim?
Nascer e morrer... um ponto.
No meio... milhões de encontros.
Curvas sinuosas... labirínticas... tortuosas...
Precipícios sem fim...
Um medo que se aloja em mim.
A vida é uma só
Um começo.
Recomeço... de voltar quando é preciso nunca me esqueço.
Um ponto de partida... depois... tudo é vida... até chegar ao fim.
Caminhada sem volta.
A vida dá suas próprias voltas...
Percurso sinuoso... ondulante...
Não tem jeito...
Tem de seguir sempre adiante.
Paradas obrigatórias.
Momentos de glória.
Estende bem alto a bandeira da vitória.
Segue o dia a noite...
O vento... um açoite.
Há vezes que tudo embola...
A vida enrola...
Cada nó que dá dó...
E a vida é uma só.
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