Poemas a um Poeta Olavo Bilac

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⁠O poeta escreve, erra apaga, estica alinha a folha, amassa, se excita e rabisca tudo de novo, acaricia a alma em seu papel e na ponta dos dedos, tem piche negro, tem bem-te-vi, mel e frenesi, escreve o que sente o que vive, a poesia com gosto de céu, esse é seu segredo.

O poeta tem o dom do vate, o som dos sinos quando o badalo bate, toca o instrumento do vento, a harmonia das cores no pensamento, um lume de costumes, em resumo, ALMA & CORAÇÃO.

Inserida por SoniaMGoncalves

Triste retratação do nosso tempo de surtos, de pandemia, de dúvidas, de agonia, no momento o poeta é tocado pelos cantos alegres dos lírios sobre os campos dourados, mas também pelos cantos de réquiem ecoados por toda parte do mundo.Meu cântico é agonioso, a alma mais límpida por agora, mas afora o grito sombrio vem da Terra.

Inserida por SoniaMGoncalves

Por que me escondo tanto nelas? Ah palavras, vocês me servem como um cobertor de retalhos.

[…]Forte é aquele indivíduo que acredita que um dia tudo irá mudar para melhor.

Cruzeiro...

Um dia embarquei num cruzeiro...
Um cruzeiro como nunca vi...
Com lobos albinos;
Rosas vermelhas;
Anjos;
Uma índia;
Homens lesmas...
Este cruzeiro era embalado pela música...
E tinha o brilho da lua como guia...

O cruzeiro terminou...
Os lobos albinos sumiram com o tempo...
As rosas vermelhas eu guardei para não esquecer o perfume da lua...
Os anjos continuaram a sorrir dentro de mim...
A índia com seus olhos de aço, permaneceu...
Os homens lesmas se foram com suas lesmices...

E o brilho da lua???

O brilho da lua se foi...
Hoje existe o frio...
A maldita treva do ser...
Sem aquele lindo brilho que guiava
O cruzeiro nas tempestades.
Hoje tem a febre de um dia ver novamente o brilho tão belo...
O embalo que mantinha o cruzeiro navegante;
Esta próximo de silenciar-se por inteiro...
Para restar a treva, frio e silêncio...
Restará também a infinita saudade daquele brilho...
Que iluminava a todos...

O Beijo

Como queria um beijo teu,
Daqueles bem demorados...

ahhh!!!

Como invejo os casais!!!

Como queria um beijo teu...
Com sabor de mel!!!
Como eu queria de verdade um beijo teu...
Talvez este beijo quebrasse o feitiço
que me prende a lua...

Ahhh!!!

Como queria ter tua boca colada a minha...

Oh linda donzela!!!

Tome minha boca pra ti...
E que nela, você despeje todo o sabor do mel...
E que assim quebre o feitiço...

Sol e a Lua

Entre o sol e a lua existe um namoro sofrido!!
Pois praticamente não se encontram.
O sol com toda a sua saliência e a lua...
A lua com seu brilho sedutor...
Sinceramente!!
Eu me encanto com a lua.
Me encanto pelo seu brilho roubado do sol.
Quando não a vejo!
Me sinto órfão... Sem brilho algum...

Um presente dado por Deus,
Entre as dores do parto,
E as dores da Partida,
Chamamos de vida

Deixar de te amar
Eu seria incapaz
Pois ao seu lado
Toda a minha vida é um sonho verdadeiro.

A vida por um fio...
Um fio de luz
Que ilumina todo o meu ser.
E onde dominava o medo
Agora existe liberdade
Existe vida,
Não há mais segredo.

CARTÃO DE NATAL

Busque um galho de sua existência
Nas forquilhas enfeite com determinação e coragem
Não se esqueça das bolas de diligência
Dos cartões amigos de boa mensagem
Aqueles envelopados no amor, carinho, reverência
Ilumine com lâmpadas de esperança
Pisca... Pisca... na malícia, advertência
Colorindo cada canto com detalhes de alegria e confiança
E no topo do galho a estrela guia da fé
Afinal é a razão da comemoração da lembrança
O nascimento do Deus Menino filho de Maria e José
O que veio para a aliança...

Feliz Natal e Próspero Ano Novo.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Dezembro, Natal 2015/2016
Cerrado goiano

CONTUDO

Contudo vai haver um poema rimando tudo de mim
Contudo vai haver um eco ressonando tudo de nós, assim,
Tenho pressa
Tanta coisa, nada, o fim
Tudo interessa
A lua, as estrelas... enfim,
A lágrima que rola que me resta
Neste novelo de: não e sim
Me basta um olhar pela fresta
Do amor, inflamando outro estopim.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Fevereiro de 2015 - Cerrado goiano

NUME... (soneto)
(8 de março, Dia da Mulher)

Há na mulher um ser de grandeza
que é de luz e de espírito bendito
a tua criação é o divino na natureza
tua prestante alma é todo o infinito

Um mistério de força e de pureza!
Um coração em espasmo erudito
rasga-se em amor de terna firmeza
e de toda geração o melhor escrito

Deus transmite o Teu olhar por ela
cada rebento a vida em harmonia
e a Gênese do afeto em cada abraço

pois, no seio de mulher ou donzela
dela o amparo, patrona companhia!
Nume... que nunca rende ao cansaço.

Poeminha no viver

Meu viver, que és um canto
Que n’alma sempre a nascer
E eu, neste morar vivo tanto
Portanto, tenho a agradecer.

Os anos que vão passando
São de desfolho sem dó
Se turbulentos ou brando
Dão-me ventura, não sou só!

A minha fé, minha confiança
São meus olhos, olhos meus
Tal um flechar de esperança
Como uma benção de Deus!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

CERRADO ALVORECENDO

Um raiar grande e luzidio, um alvoroço profundo
O amanhecer no horizonte em histeria tremenda
As maritacas nos buritis já se fartando da merenda
E o cheiro do chão duro, do bafejo manso é oriundo

Preme pela janela o raio de sol rachado na fenda
O vento seco trovando suspiros vindos do fundo
Da melancolia, que traz a saudade num segundo
E que desperta no sertão com a mais bela legenda:

De vitalidade, pois é a diversidade já alvejando
Vê! Tudo é magia, leve, com toda a sua ousadia
Brilha o capim dourado no campo, em bando...

E tudo vai demudando, tal uma doce poesia
Escritas com as mãos do Criador, ali rimando,
A vida com a lida do alvorecer de mais um dia!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
*no olho do furacão do COVID-19

⁠SONETO (amor)

Se eu fosse o amor, a eternidade eu seria
Um daqueles tempos de romance de outrora
Aos desencontros eu nunca chegaria
E dos minutos eu faria mais que a hora

O melhor da paixão está na quimera
Do olhar que é desviado e que olhou
Dos beijos dados (ah, quem me dera!)
Eu seria o amor infinito, que não passou

Eu seria esse amor literário
Cheio de novela, nunca solitário
Que todos espera sempre no coração

Numa esperança sempre desejada
Que no querer é promessa renovada
Com pitada de cumplicidade e ilusão

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/08/2020, 12’12” – Araguari, MG
paráfrase autor desconhecido

⁠ILUSÕES PARALELAS

Ó, como está saudade é de rotina
Mora no hábito, é dor no clamor
No entanto, um dia mandou flor
E o prazer era presença matutina

Como por ti me apaixonei, Amor!
E vê: que na memória contamina
O suspiro, que aos olhos neblina
Enche o dia de tristura, ao dispor

Ah, que falta faz o do teu olhar
Ah, os teus abraços a me ocupar
As coisas belas que não disseste
Tantas e tantas, que seriam elas
Nesta solidão, ilusões paralelas
Para emoção sair deste agreste

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09 dezembro de 2020 – Triângulo Mineiro

⁠ENGANO FEITO

No que restou da ilusão busco vontade
Das poéticas que um dia me apaixonei
Do desejo, do tudo mais, vem a saudade
Neste vazio do silêncio a quem me dei

Ah! ó fatalidade que no vão me esquece
Numa sensação de uma urgência sentida
De onde aquela emoção não mais aquece
E o descolorido no apenas tinge a vida...

De tropeço em tropeço vou neste mundo
Porque a dor no peito arregaça bem fundo
E nestes pedaços, me vejo sem mais jeito

E, assim, poetar triste na culpa eu assumo
De tantas culpas, tantas, o sombrio rumo
De uma escolha malfeita e o engano feito!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08, junho, 2021, 09’17” – Araguari, MG

⁠OS OFENDIDOS

Viver no silêncio, calado e todavia
Sentir no peito um aperto, depois
De um vazio rodeado, a dois, sois
Da sofrência servil, no dia a dia...

Um sentimento de ociosa sensação
Que vai mascando o viver, e assim
Chora, e a dor aflora, - ai de mim!
Que mais não sou que só a ilusão...

Então, chega a vez de olhar pra ver
Com olhos dos fatos reais contidos
Deixando a razão na realidade doer

Pois, só pra retribuição se dá ouvidos
Sentidos, e que no coração vai bater
A superação, abafando os gemidos...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09, junho, 2021, 09’12” – Araguari, MG

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