Poemas a um Poeta Olavo Bilac

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⁠BREVE SONHO

Vós que devotei atraente prosa
Com que nutria o meu sentido
Na rosa dada e tão suspirosa
Agora, é o sofrimento referido
Deste amor, no verso perdido
O pranto, de uma dor furiosa
Rasgando a alma tão raivosa
Em um partido coração doído

Agora vejo bem que era ilusão
Mais que razão, que sensação
Apenas um passado tristonho
Seca flor que colhi sonhando
Numa sede de quem amando
Se entregou no breve sonho.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
17 maio, 2024, 20’47” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠REMEDO

Belo verso, bela poética, bela poesia
belo ritmo, belo canto pro belo atraído
belo compasso tão belamente sentido
sendo belo de delicadeza e harmonia
Aquele que arfa terno a terna sintonia
mitiga a rima sombria do pesar vivido
despegando o gemido que hás doido
para o que é ao poeta singular agonia

Dia virá que a gratulação, então, recite
o seu dom cheio de jeito, e de quimera
que por valioso amor fez o seu enredo
Assim, ó sorte exigente e sem limite...
por que o amoroso verso não nascera
só fazendo do meu versar um remedo?

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18 maio de 2024, 14’30” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O NECESSÁRIO

Talvez suponham que em prosar o amor
que canto, eu exagere-lhe o sentimento
dizendo-o entre as emoções: suculento
exigente, forte, impar, e cheio de ardor
Mas quem sente, consenti, quer o calor
dos teus beijos, aquele abraço sedento
digno de deixar o coração em tormento
e quem não crê é porque não foi gestor

Então, manifestará a que este aspira
suspiro apertado, com olhar dilatado
e com inserção sonora em tom de lira
E quem na paixão passou apaixonado
entendera que a sensação que inspira
não o acaso, o necessário, e motivado...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
19 maio de 2024, 13’16” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠RESÍDUOS

Levou-me o pensamento até a saudade
da que tomou conta da minha sensação
do cheiro perdido e mesclado de emoção
deixando o soneto tão cheio de vontade
Uma jornada aflitiva que a alma invade
pondo a inquietação dentro do coração
que diz: sou eu quem te deu tal paixão
então, acalme, pois o amor é divindade

O bem entende a humana compreensão
a ti, este sentimento que amaste tanto
guardando na ilusão e na tua lembrança
Por que o que foi teu, será só sua adição
a estes resíduos, ternura e doce encanto
e para o tempo o desígnio e a esperança...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 maio de 2024, 16’39” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠LOGO

Soneto pleno de amor, e desejo
Vivenda do coração, e festejada
Divina posição, na alegria selada
Que poeto com agrado e ensejo
Que emoção que no sentido vejo,
É está? Pois é sensação amada
Fazendo da ternura sua morada
Ornando a simpatia com cortejo

Feliz, assim, de haver-te ao lado
Da admiração, imaculada e clara
Invade a todo tempo a leda cara
Ah! severo fado, dá-me o abraço
E ao sentimento tão apaixonado
O amor. Paixão, apressa o passo!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25 maio de 2024, 17’38” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠BEIJOS POUCOS

Que treteiro sonetear desafinado
onde, a intenção por distinto jeito
de ternura e amor, me tem sujeito
o pensamento com impulso alado
O coração vive assim apaixonado
o poema no agrado tão satisfeito
põe a pulsar titilante o meu peito
e o suspiro na emoção arruelado

E nesse arfar com fôlego latente
sussurros, ardores, sutis desejos
palavras acridoces e risos loucos
Canto para você, tão docemente
poetizando os versos com beijos
e que no versar são bem poucos.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 maio de 2024, 17’57” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠BUSCA

Ó soneto, ó cântico, sonoro, tão amoroso
Ó toada d’alma que cantarola apaixonada
Encantada, de doce sentido a tanta soada
Sede, num poema tão desejoso e formoso
Socorre a inspiração sem pouso, o penoso
Fado desenfreado do trovador e a vexada
Sensação ao dispor da dor. Sê camarada
Dê asas a ilusão, e o sentimento calmoso

Cadê aquela rosa poetada, agora perdida
Dantes sentida, sonhada, plena de ternura
Quero a textura daquele amor com poesia
Traga alegria, alegoria inteira com fartura
Tangendo no peito uma compassada via
Coberto de emoção e poética com doçura.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 maio de 2024, 15’50” – Araguari, MG

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⁠“Fog” no cerrado

A neblina guarda
a fria madrugada
e o cerrado se enfarda
em candura delicada

Ela vem de tão distante
sobre os galhos tortos
vibrante,
pensamentos absortos
e vai adiante...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 maio de 2024, 04’50” – Araguari, MG

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⁠SEM DESAFETO NEM MEDIDA

Poeto sem desafeto nem medida
Pois o amor na poética é sentido
Rima o cativar, e se faz divertido
Sem tal bem, que valeria a vida?
Pois, depois da estima já perdida
O verso no sentimental é morrido
Pois zelo, emoção, o bem pedido
Pra inspiração se manter garrida

Amemos, pois, tal como amante
Eternamente, amador, e ao ser
Apurado, faça eterno o instante
Ser prosaico pôr o amor poetar
Baboseira! É paixão, podes crer
Pois sente-se vão quem deixar!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
01 junho 2024, 07’18” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠BEM-VINDO, DEZEMBRO

Dezembro, mês que chega Natalino
cheio de hino, luzes, cor e esperança
mês da aproximação do Deus menino.

Dezembro, novos rumos, a lembrança
a união, a determinação do destino
de genuíno sinal e genuína confiança.

Dezembro, ternura e doce emoção
superação, de gente como a gente
acordando cada sensível sensação.

Dezembro, saudade dum ausente
presente na gratidão, eterna paixão
farra do ano, tão abundantemente.

Dezembro, surpresas, incertezas, virão
é vida em andamento, presente!
Trazendo mais ardor ao coração...

Bem-vindo, sorrindo, a compartilhar...
Até quando um novo dezembro chegar.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01 dezembro, 2024, 07’50” – cerrado goiano

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⁠SONETO DA SAUDADE - (soneto II)

Repete, no soneto saudoso, por mim, a versejar
O outrora, as histórias, os sentimentos amados
O vazio de uma solidão, por ti, a me espezinhar
As marcas do penar da dor no âmago gravados
Que possa o poema, do dilema plural, lembrar
Da sensação e da prosa, dos olhares intrigados
Do amor, ser amador e os encantos a acautelar
Todos, na impressão, recordação, enfileirados

Redigidos, tão só, pelo carinho e a docilidade
Cá no cerrado, sentado à beira dessa saudade
Própria de quem viveu a sedução da emoção
Aspiro à singeleza e a constância poder atingir
Ouvir, e narrar, qual sentido, esse meu existir
Poetizando a vós toda poética do meu coração!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 dezembro, 2021, 05’48” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NOITE FELIZ

Aquela noite, debaixo da estrela guia
Uma noite cristã, o natal do Nazareno
Me faz recordar dos dias de pequeno
Cheios de encantos, cantigas e poesia
Cá nestes versos um versar ingênuo
De sensações entrançadas de magia
Da velha emoção em verde fantasia
E a inspiração em um sonho sereno

Flama no soneto, pisca-pisca multicor
Anunciando a vinda do autentico amor
Alegremo-nos, o menino Deus nasceu!
Ah! os corações se enchem de prosa
Fé, e este ensejo de forma generosa
Traga paz e bem no Natal meu e seu!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14 dezembro, 2024, 16’20” - Araguari, MG

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⁠SONETO PRIVADO

A tarde no cerrado cai, aquosa
Silente, e o pôr do sol rubente
A chuva, em gota lustrosa...
lacrimeja melancolicamente

Nesta languidez, a sensação
Duma aflição, vou suspirando
Enternecido, cheio de ilusão
E, lá fora o pingar em bando

Sinto o coração palpitando
Na solidão, e no devaneio
Assim, o tempo passando
Em um suplicante floreio

Nostálgico sinto arrepio
Demanda o pensamento
E a saudade no seu feitio
Cata poesia pro momento.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 dezembro, 2024, 17’43” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NOSTALGIA (num dia de chuva)

Como a chuva se compõe angustiante
Nublada, penosa e tão cheia de teor
Que torna o céu de acinzentada cor
O fôlego se ausenta por um instante
O chão encharcado e tão ressonante
Causa na sensação pulsação e temor
Na batida da chuva, num tom maior
Pingo a pingo, ela, estronda meliante

Também, ermo, também, n’alma toca
E a emoção relenta e, no peito sufoca
Em um versejar que saudade contém
Junto, pois, o meu pranto, e a agonia
Chove lá fora, respingando na poesia
Nostalgia, é chuvarada, nela alguém!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 janeiro, 2025, 14’08” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PENA

Sensação renhida, deixai-me na paz
Livrai-me do mal e suas dores rasas
Que não rasteje e sege mais capaz
Com sentimentos de alongadas asas
Ou me faça, mais, mais sorte voraz
Onde meu olhar queime em brasas
Leve a desilusão e o amor perfaz
Quando a estima e a alegria casas

Satisfação, de cintilante claridade
Que iluminas a alma e traz sabor
Sê também aquele amigo abrigo
Ó boa sensação! Tem de piedade!
Não me condene tal a um pecador
Ordenando a aflição estar comigo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/01/2024, 16'31" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Ao Pé da Cruz

Ao Pé da Cruz, no suplício do madeiro
Em cujo o pesar move no seu sofrer
Em cujo no teu elemento hei de ser
Penhorado, neste mundo passageiro
Que não seja parte, sim, por inteiro
Pois, te sinto no meu peito a verter
Estais comigo em cada doce valer
Pois é a páscoa, o manso cordeiro

Então! Em tuas mãos o meu espírito
Volvei tua face a este falho pecador
E dá-me o vosso dom, que é infinito
Na cruz, nossa salvação, gentil amor
Que, por tudo que pequei, todo delito
Na redenção em Ti, rogo o Teu louvor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/01/2024, 12'12" – Araguari, MG
*dia de Santo Reis.

Inserida por LucianoSpagnol

⁠No cerrado, o dia alvorecer

Eu vi o dia alvorecer, no cerrado
Fiz aí eterno voto de admiração
Vi depois o céu rubente, visão
Feérica, igualmente encantado
A qual mais belo, se, ilimitado
Sedutor, este, aquele, sei não?
Cada qual com a sua emoção
Cada qual com o feitiço privado

Ah! que este instante inebriante
Sabe a sensação o quão cativa
Cá no cerrado é cena constante
Raia, cerrado, rebenta num viva
Ou faze do show ímpar instante
Surgindo em poética tão festiva.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08 janeiro, 2024 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DEPOIS QUE TI SENTI

Depois que te senti, só depois, sentimento usual
Notei que o agrado d’alma é bem sem ter preço
A maior felicidade, emoção, singeleza virginal
E, se um dia há igual, eu ainda, não o conheço
Doçura ardente e casta, à Deus, afim, eu peço
Ó sentimental ponto, faz deste poetar divinal
Desejo sem igual, cujo certo e único endereço
É a paixão, que faz da sensação tão especial

Depois que te senti, só depois... vivi a cortesia
O espírito junto da alegria e cheio de ventura
É que a mente me invade uma emotiva poesia
Com versos imersos no prazer, assim, estavas
Cada rima, provando está minha suave ternura
Na entrega do amor rudimentar que me davas!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14 janeiro, 2024, 14’53” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Fragilidade

Se o verso bater de novo à minha inspiração
Inquieto, suspirante, para o meu sentimento
Hei de dizer-lhe tudo quanto for duma razão
O meu afastar, como um vingador momento
O que vir de tal gesto, pouco importa a ação
Não se faz árduo e penoso, tão pouco isento
Quando o versejar compõe para uma solidão
Falham com as duras rimas, sofrem fastiento

E, se for irreverência com uma flor, dor causa
E, se for olhar jogado ao vento, disperso olhar
Ah! borrado verso quando o amor, nele pausa
Tudo se faz tão vazio, ao poema tão aturdido
Sem cor, cheiro, colo, e sem um poético lugar
Onde o canto se põe a chorar num tom traído.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15 janeiro, 2024, 04’38” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Sonatina (soneto II)

Não pode ser sempre inquieta poesia
Está morna poética, cheio de torpeza
Os versos tão enevoados de lerdeza
Há de isentar-se desta sensação fria
Num vendaval de solidão e de agonia
O choro apodera da rima em tristeza
Quando a inspiração só quer alegria
E numa sonata vê-se sons da utopia

Hei de subir ao tope da imaginação
Vencer procelas e alaridos, emoção
Ali, triunfante, cheio de doce louvor
Em poema, aclamante, e com intento
O sol da glória há de ornar o momento
E eu, hei de toar: - em versos de amor!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
16 janeiro, 2024, 20’38” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

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