Poema Terra

Cerca de 10370 poema Terra


Eu estive pensando em você ultimamente
Sim, você mesmo, mãe Terra
Sempre bela, lindamente organizada a cada nível
Relações ecológicas, níveis tróficos, ecossistemas...
Você é pura esperteza, tudo funciona perfeitamente
Porém o egoísta e capitalista humano, com suas garras medonhas
Tira tudo da nossa querida mãe; Água, fauna, flora, toda biodiversidade
Destrói tudo que toca, uma verdadeira maldição
E o pior, nós é quem perdemos, mas existe uma questão pouco falada
Foda-se a ecologia, consumo consciente é uma piada
A briga aqui é por ego. Nós morremos, sim, mas não sem tirar tudo de você
Pouco importa se meus filhos vão respirar petróleo ultraprocessado
Eu enchi meus bolsos de dinheiro e deixei a querida mãe Terra num aterro
Tanto faz se ela sofre, eu ganhei, cada lágrima que ela derrama
É dinheiro que tenho no bolso, e sem mato para roçar
Eu venci, nós vencemos, mamãe, apenas chore mais e mais
Sinta doer, sufoque, se esse é o único jeito dos meus bolsos encherem, bem

Farei uma nova viagem às Maldivas.

Inserida por PabloAfonso

⁠Quando as relações florescem ou partem
Algumas relações vêm como semente.
Pedem terra boa, sol na medida e tempo, muito tempo.
Outras chegam como vento.
Mexem tudo, levantam folhas secas, e depois seguem.
Nem por isso são menos importantes.
A vida nos ensina que, nem todo laço é nó, e nem todo nó precisa apertar.
Há vínculos que nos libertam, há distâncias que aproximam, há despedidas que salvam.
Revisar uma relação não é falta de amor, é amor por inteiro, por si, pelo outro, pela verdade que se impõe quando a alma já não cabe no silêncio.
Relações vivas não pedem perfeição, mas presença.
Não exigem que sejamos sempre os mesmos, mas que sejamos verdadeiros
naquilo que estamos nos tornando.
Porque, no fim, a beleza das relações não está em durarem para sempre,
mas em florescerem com sentido enquanto duram.
Felipe Felisbino, em maio de 2025.

Inserida por felipe_felisbino

⁠Evolução zumbi


O homem e o solo,

o espelho e as descobertas,

na terra plantada o homem é a raiz da vida e do seu próprio toco cortado em meio a vários iguais,

das mãos que levantam paredes, aos pés que sobem escadas o conhecimento vazio sobra em sua dura escalada,

nas vestes de um paletó rasgado sobre o corpo de um esqueleto zumbi, jaz o poltergeist da alma,

e no quadro deixado em meio a destruição provocada um buraco aberto do homem sem coração é deixado no chão em meio aos escombros do que um dia foi terra.

Inserida por ricardo_souza_5

⁠Sementes da Gratidão

Acordo e sinto o vento,
o cheiro da terra molhada,
o calor do sol na pele,
e percebo — sou parte do milagre.

Grato pelos passos que me trouxeram,
pelas quedas que me ensinaram,
pelos olhos que cruzaram meu caminho
e acenderam luz quando tudo era sombra.

A vida não me deve nada,
e, ainda assim, me entrega tudo.
Em cada abraço, em cada sorriso,
existe um universo inteiro dizendo:
“Você não está só.”

Grato pelas manhãs que começam,
pelos desafios que me moldam,
pelos silêncios que me fazem ouvir
o que o mundo, às vezes, esquece de dizer.

Carrego no peito uma prece muda,
uma canção sem som,
mas cheia de sentido:
“Obrigado, vida.”

Inserida por silvano_eising

⁠“E quando o amor cumpre seu papel na Terra, ele se despe do corpo, mas não do vínculo. O que é verdadeiro, caminha com a alma.”

Citação do capítulo 19 - Tobias: o Elo invisível
por Roberto Ikeda

Inserida por RobertoIkeda

⁠O BREVE TEMPO DE HENRY BOREL

A Henry Borel (In memoriam)...

Um anjinho pela terra passou...
Com seu breve tempo de vida
E que sem querer nos ensinou
A ser vítima da união repartida...

Imagino a imensa dor de pai...
Quando se é pego de surpresa
Quem te ama também te trai?
Dentro da própria fortaleza...

Quantos planos arquitetados?
Para aquele futuro cidadão
Quantos herdeiros destronados?
Por terem a interrompida missão...

Certamente, deixa lembrança...
Nos corações que o amaram
O eternizado sorriso de criança
Naqueles que o abraçaram...

Subiu ao céu... O anjo/menino...
Deixando para trás intrigas
Na chegada... Toca-se o sino
Anunciando-lhe: Boas-vindas!
(O BREVE TEMPO DE HENRY BOREL - Edilon Moreira, Abril/2021)

Inserida por moreiraedilon_1100186

Charlie Brown

⁠Se você quiser
Vou lhe mostrar
A nossa São Paulo
Terra da garoa
Se você quiser
Vou lhe mostrar
Bahia de Caetano
Nossa gente boa
Se você quiser
Vou lhe mostrar
A lebre mais bonita
Do Imperial
Se você quiser
Vou lhe mostrar
Meu Rio de Janeiro
E nosso Carnaval
Charlie!

⁠Sou Filho do Ceará
Minha terra, meu Ceará,
Aqui nasci, aqui é meu lar,
Cinco letras de amor no coração,
Paixão que arde como o sol no sertão.
Fortaleza, terra de luz e calor,
Onde o povo luta com fé e valor,
Gente aguerrida, que não esmorece,
Que cai, se levanta e sempre vence.
Terra de cabra macho, de força e raiz,
Onde a esperança floresce e o sonho diz:
"Vai em frente, Ceará, com garra e coragem,
Teu povo é gigante, tua história é viagem!"
Minhas praias, meu mar, minha brisa, meu chão,
Beleza que enche de orgulho o meu coração,
Terra abençoada, de fé e devoção,
Onde a luta é constante, mas também há canção.
Mais amor, mais calor, mais vida a pulsar,
Sou filho do Ceará, e daqui não vou largar!
Com sangue, com raça, com alma guerreira,
Minha terra é poema, é força brasileira!
(Fortaleza, 24 de Junho de 2025)
Furtado, Brunno

Inserida por FurtadoBrunno

⁠Sou Africano

Sou feito de terra quente e céu aberto,
De tambores que falam no silêncio do tempo,
De raízes fundas, num passado desperto,
Que vive em mim como um sagrado templo.

Sou o grito da savana ao romper da aurora,
A dança da chuva em solo sedento,
Sou voz ancestral que nunca vai embora,
Sou fogo que arde no firmamento.

Sou traço de reis em tronos de marfim,
Herança viva de reinos esquecidos,
Sou o riso e a lágrima dentro de mim,
Sou os caminhos, os mortos, os vivos.

Sou coragem que cresce na dor calada,
Sou o corpo que resiste, o peito que luta,
Sou cicatriz que se torna alvorada,
Sou a alma que canta mesmo na labuta.

Sou bantu, sou kongo, sou zulu,
Sou as línguas que o mundo tentou calar,
Mas sou tambor que ecoa no céu azul,
Sou memória que ninguém vai apagar.

Sou África – e em mim ela habita,
Não como fado, mas como missão.
Em cada passo, a história me visita:
Eu sou africano. Sou chão. Sou visão.

Patrono: Mateus Sebastião Kilola

Inserida por MateusSKilola

⁠Deus fará com nós desapeguemos dessa terra de algum modo. Do modo fácil se possível, do modo difícil se necessário.

Arminianismo Brasil

Inserida por VerbosdoVerbo

⁠Entre Leão e Virgem floresce a soberania do espírito, onde o fogo desperta e a terra sustenta.

Em nome do fogo que anima o meu nome e da terra que, em Virgem, me firmou, eu retorno ao templo da minha origem. Não mais como quem se perdeu, mas como quem se lembrou.

Leão ruge em meu horizonte, e sua chama abre os portais da alma. Desfaço os véus da ilusão e da matéria, e me ergo em presença soberana.

Chamo meus ancestrais com o sopro do vento, banho-me na memória das águas primordiais e acendo a tocha da consciência que me liberta.

Que a armadura da carne não prenda minha luz, mas a sustente como veículo de sabedoria. Eu sou filha do eterno. Retorno, renasço e permaneço.


Que assim seja!

Inserida por fluxia_ignis

Onde Deus Habita
No gesto humilde, o amor se revela,
não nas alturas, mas na terra molhada.
A bondade é ponte que nos nivela;
a lealdade, oração calada.

Inserida por rosangela_montano_1

⁠Nosso Brasil, terra de encanto e beleza.
Suas florestas, fonte de riqueza.
Porém, egoístas destroem sem presteza,
envergonhando-nos, mancham nossa nobreza.
Nossas florestas, nossa natureza,
nossa cultura, nossa gastronomia
são tesouros que merecem toda a harmonia.

Livro: O Respiro da Inspiração

Inserida por carlos_aguiar

⁠Sou um espírito em missão na Terra

Dizer isso não é apenas uma frase. É uma declaração de consciência. É o reconhecimento profundo de que estamos aqui não por acaso, mas como viajantes cósmicos em busca de algo que ultrapassa o tangível. Essa missão é silenciosa, mas pulsante. Ela se revela nos detalhes do cotidiano, nas inquietações da alma e naquela saudade inexplicável de um lugar que não se encontra em mapas: o lar espiritual.

A jornada começa com perguntas que ecoam desde sempre.

Quem sou eu? Não a profissão, o nome ou o papel social, mas a essência que observa tudo isso. Sou consciência, sou luz, sou memória ancestral de um universo que pulsa dentro de mim.

De onde vim? De dimensões onde a vibração é mais sutil, onde o tempo não aprisiona. Vim de um lar, de uma família cósmica, da Fonte, do silêncio profundo onde todas as almas são irmãs.

Como voltar? Não se trata apenas de um retorno físico, mas de reencontrar a frequência que nos reconecta ao divino. É voltar pela lembrança, pelo amor, pela verdade de ser quem realmente somos. A cada ato de empatia, a cada mergulho interior, damos um passo em direção ao lar.

E então surgem os sinais. Momentos em que o tempo parece desacelerar, encontros que mudam tudo, intuições que orientam sem explicar. São como trilhas brilhando sob os pés, como sussurros da alma dizendo: “Sim, esse é o caminho.”

E seguimos. Sabendo que a missão não exige perfeição, mas esforço, comprometimento e presença. Que o lar não é um ponto final, mas um estado de ser. E que, enquanto caminhamos, o universo nos observa com amor, pois somos, afinal, parte dele.

Inserida por fluxia_ignis

A terra é redonda, pense da mesma forma.
( Wesley Nabuco- Perdão! Do quadrado ao redondo)

Tinha um caixa, sapatos, tinha patos e gatos, laços, ratos, arranhões, tinha um tudo do mundo.
O Riacho, tinha um rancho, um gancho, a manivela, aquarela, tinha Beethoven
Tinha saída, tinha ferida, decisão e desilusão, expulsam dos arcaicos pensamentos.
Era um grão, o que dão, do que são, eram comentas, estrelas, era solidão, paixão literária.
Era um gole de amargo Van Gogh, era um choque do real, a verdade no meu quintal, o simples da vaidade.
O redondo sem começo, o esquecido, o aparecido.

Pensei nisso tudo em uma manhã qualquer. O aleatório me mantinha de pé, no passo mais polido de confiança
A mudança nas estações me fez correr livre e atoa, um menino que nasceu mulher na cachola.
A menina que nasceu moleque adora uma bola. A normalidade que sempre existiu.
Meus olhos tortos e retrógrados sempre julgavam o negro alto bem vestido olhando sapatos.
O racismo, a homofobia, a xenofobia, nascia do berço de minha ignorância.
Enchi a pança da minha inteligência! Sai da minha composição de sociedade discriminativa.
Modelando minha enorme cabeça, tornei do quadrado o redondo, e tudo fez sentido cara leitor. As maneiras que via como errado, eram certas, o errado era eu, por achar que existia uma forma correta de se viver, ao nobre rapaz do passado o denomino "ANALFABETO-SOCIAL" Os negros que tanto desonrei por ser da mesma cor e ter tanto pavor, peço perdão! A sociedade é misturada, não tem cor certa, ou cor errada, não temos cor! Temos cérebro, pensar em respeitar os que te cercam, pensar em amor.

Inserida por WesleyNabuco

⁠Estações amigas

A primavera alegra-me desde menina
Na natureza e nas pinturas de Linah
Na terra dos ipês a florada é perene
Assim como as orquídeas de Irene

O outono inspira-me e faço poesia
Sempre na lembrança as Marias
Heloisas, Lúcias, Anésia, Helenas
Loiras, ruivas, grisalhas, morenas

No inverno a circunspecção cotidiana
Lembrança da juventude com Eliana
Histórias partilhadas com Emiliana
E a poesia de Elzinha vem soberana

No verão o amigo sol com seu calor
Bendigo o pão de Sandras com fervor
Mara, Maris, Maíra, Marinês e o clamor
Tempos de Regina, Marilena com amor.

(Bia Pardini)

Inserida por bia_pardini

⁠Há aproximadamente 400 mil anos vivemos conectados com a natureza, a mãe terra era (e ainda é) uma parte nossa, onde todos os recursos de nutrição, acolhimento e cura se podem encontrar. Muitos fatores nos distanciaram deste contato o que nos trouxe conseqüências devastadoras. Esse é um convite à conexão e à reconstrução da nossa casa. Ainda há tempo de reconstruir essa grandiosidade.

Soraya Rodrigues de Aragão

Inserida por AlquimiaPsi

⁠A liberdade é como um rio que se não pode represar.

Mas suas águas precisam fertilizar a terra da justiça.

Inserida por carlosdanieldojja

⁠A vida e a morte

Na morte o corpo na terra adormece
E a alma flutua no céu celeste
Ascentada no trono junto de Deus
A alma também se aquece
No coração de quem a alma não esquece

A vida se continua no todo e sempre
Para aqueles que a saudade sentem
E também para aqueles que partem
Somente em diferente aspecto
Porque um o invólucro perde...

Daí a vida e a morte, diferença se apresenta
Porque enquanto um num corpo se assenta
Se diz que vive no corpo vivente
E sem um corpo se morre ausente.
Aí que, se a vida pode ser um sopro
E a morte ser a eternidade...
Então é na morte que se vive de verdade?

Inserida por marialu_t_snishimura

⁠se esta terra fosse surda
e os seus pés respirassem
mudos na penetrante calma
do Alentejo
talvez a isóscele sombra
que me encandeia o crânio
iluminasse
num só suspiro
o esplendor vítreo
do sono
e fosse uma cratera
ou criatura
viva e venosa
e litúrgica
fina e mansa
como um ritual
ganhando luz
sobre o solo
e não apertasse esquiva
a garganta da planta
que a raiz engole
e torna infértil a terra na terra.

(Pedro Rodrigues de Menezes, "se esta terra fosse surda")

Inserida por PoesiaPRM