Poema Sobre Solidão
FALEI (soneto)
Falei tanto de dor!... de sofrência
Ilusão e solidão. O tempo e bagaça
Ou os amores, que vem e que passa
No trovar em que veio de aparência
Falei tanto de má sorte, vil desgraça
Chorei no suplício, de áspera essência
Fechei o horizonte para a existência
E, vi o tempo, passar pela vidraça...
Não pude olhar nos olhos. Sozinho
Blasfemava! e ainda tenho infernais
Conflitos, em querer apenas carinho
Quando sofro, sofro por demais
No silêncio. Ali me calo e definho
Infeliz poesia... não poeto mais!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
SOLIDÃO, DESESPERO E ESPERANÇA
No cair da noite, a dor que a solidão causa apenas fica mais forte, machucando ainda mais meu coração.
Quando penso que já cheguei ao fundo do poço, percebo que tudo está ficando mais escuro, e que continuo a cair.
Cada vez mais penso se tudo vai terminar assim, se é dessa maneira tão solitária que minha vida terá seu fim.
Cada instante que se passa a tristeza só cresce e o desespero só aumenta, me fazendo cada vez mais cair em decadência.
Visão embaçada, coração aos pedaços, e uma alma aos prantos clamando por socorro em meio aos estilhaços; em meio a tudo isso, desistir seria algo muito fácil.
Ainda assim tento me agarrar a esperança, ainda estou a acreditar que tudo pode melhorar; que ainda há chance de sair do abismo e ao menos mais uma vez, ver a luz do sol brilhar.
Continuarei acreditando que a solidão jamais me consumirá, e que cada novo dia também é uma nova oportunidade que Deus me dá.
Buscarei a felicidade até alcançar; e quem sabe um dia, não encontre a Luz que fará minha vida brilhar, trazendo consigo o amor que da escuridão me salvará.
Almas (homo)gêmeas
Integrar-me a você se torna uma confusão.
Solidão.
Minhas leis inexoravelmente complexas,
Dobram meu ser. Descobrem você.
Me entenda, amor. Me atenda.
De ti espero tanto, mas pouco me convém.
Sinto-me tresloucado perto de ti. Amado.
E se apenas disso eu viver, quero um trago
De você. Somente você.
Súbitas palavras me veem a cabeça;
Belas e complexas.
Mas nenhuma se equipara ao real.
Meus sentimentos. Sua razão.
Nossa perdição. Paixão.
Solidão, meu bem! Solidão é quando você tem que rir, cantar e falar sozinho pra não esquecer o som da sua própria voz.
Rádio Cultura (anos 80)
"Tristeza"
Tristeza que me açoita
Solidão que me deixa na mão
Mundo que me rejeita
Castigo que não mereço não.
Não queria estar aqui
Estou aqui contra vontade
Apenas para sofrer
Minha triste realidade
Não sou compreendido
Muito menos escutado
Já tentei falar a verdade
Mas sempre sou julgado.
Minha vida é uma mentira
Algo bem ilustrado
Pintado de preto e branco
Com detalhes amargurado.
O solitário,
pasmo da descoberta
conduziu-se de poeta
e, tentou salvar
a sua solidão.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
10/06/2019
Cerrado goiano
Paráfrase Sérgio Santal
MINHA SOLIDÃO
Eu andei me apaixonando pela minha solidão
E não é sobre não gostar de companhias
É sobre abraçar minha presença e sentir paz no coração
Afinal, solidão só é boa quando é opção
Se alguém chega, é um presente
Se alguem sai, sigo em frente
E não é sobre ser autossuficiente
É sobre gostar de estar a sós com a gente
Mas se a saudade vez ou outra bater
Eu abro a porta se de fato valer
E não é sobre orgulho ou recaída
É sobre saber o que eu mereço na vida
Eu andei me apaixonando pela minha solidão
E não é sobre me isolar do mundo afora
É sobre reconhecer meu mundo interior
E saber que minha própria companhia tem valor.
(10/07/2019)
So(ne)dão.
O vazio da minha alma
O vácuo do meu ser
A solidão que me abraça
O amargo coração.
Isso tudo me assusta
Eu não sei o que fazer
Isso tudo gera dúvidas
Eu não aguento a solidão.
Faço o que é preciso
E mesmo assim ninguém me nota
Eu perco o meu juízo.
Nem a dor mais me suporta
E tendo andar na contra mão.
A solidão é minha cola
Eu aprendi a conviver
Eu sei, ninguém dá bola.
Então isso que é viver?
Já não suporto mais o vazio,
O vazio do meu ser.
Em sonho ou pensamento,Numa noite de angústia, solidão e insônia ás vésperas do vestibular, eu lhe apareci, me identifiquei e você me pediu três coisas: FAMA, LUXO e PODER.
Firmamos um pacto: Eu realizaria seus desejos por um período de 15 anos e, em troca, ao fim desse período, você se despojaria de seus bens, abandonaria sua família e anonimamente, pelo mesmo período correria mundo, levando justiça aos injustiçados, esperança aos desiludidos, paz aos desesperados.
Pois é , o prazo termina daqui a 48 horas...
Gênio Genial
ar da madruga despenhoso,
solidão minha tristeza,
sobre rosas adormeço e acordo num pesadelo,
diante as farpas o veneno, que acalma sentimento resplandece num instante,
se dá ou se deu meramente ao acaso desnutri o desejo,
tenha se o brusco momento nas profundezas da morte.
mesmo que luz seja parte do destino morto em tuas vias,
um dia despenhoso em tantas vozes apenas o silencio,
tangentes, sem significado pois ar terminou,
e amo continua tão belo quanto antes, nada mudou,
então um esboço de meias palavras jogada ao vento,
seria as ultimas linha importante o sentimento vagou,
sendo um pequeno pedaço do precipício, no vasto desejo,
o amor que tenho um pedaço do prazer... o silencio,
tão único como a vida, torna se desespero num sono eterno,
fraco ao extremos do prazer a vida denota se mais dia,
sobrepondo realeza de detalhes o frio a palidez,
o dia cinza, corvos nos céus, gritos dentro da mente,
viajam por tantos lugares e amore impulsiveis,
volúpia, marca do seu rosto, lagrimejantes,
folgaz entre tantos caminhos escuros que habitou,
viveu nos lugares mais obtusos e apenas a vácuo...
que re surge a cada momento, a vejo no mundo eterno.
indago o sentimento singular no puro desapego.
desatino neste ador afio, testemunho o apogeu...
nas madrugadas frias o arrependimento talvez,
entre vultos na multidão lhe tenho por vultos,
os mesmos labirintos de teu algoz no abismo.
retalho tantos absurdos no meio a sarjeta a decepção,
em meio o brilho do medo, atravessa a rua vaga
supostamente, um passa do pesadelo.
tantas lembranças retruco os avistamentos nos céus.
as tenho tanto valor, que as perco no esquecimento.
suplícios, indago por mais um momento até tudo seja a solidão.
Hoje me deparei com um sentimento tão familiar. Amargamente saboroso. Pela primeira vez a solidão não me soa vazio e medo, é ao contrário disso, algo que parece que me faltava.
Penso que em algum momento me perdi de mim, me espremi para caber em mundos e contextos que não eram meus. Fui ao fundo de vários poços que não o meu. Encontrei soluções e vi as várias pessoas a quem ajudei partirem felizes e realizadas, certas de que não mais são vazias.
O que restou de mim foi a força de me refazer... ou talvez não seja a força e sim a unica opção que me resta.
Prefiro em muito pensar que tenho em mim uma força que outros não tem. Isso me tranquiliza em pensar, que no final das contas, por mais que eu tenha sido um mero apoio na vida de outrem, eu contudo consigo andar só. Não fui apoiada, tive força, por dois, por três... e venci.
Despedacei o vidro que eu dei. Mas me mantive inteira para mim.
E mesmo ao pensar nesse meu vazio tão bonito... percebo o quão é necessário para mim, estar só.
Solidão, que companhia!
Sei que não tenho muito
Mas o meu eu
Sozinho consigo
Vive solitário
Sorrindo grato
Longe de ilusão
Possuindo paz
Desejando
Apenas
Um nada mais.
solidão
Abraço vazio que sustenta as tardes assombrosas de março.
O toque disperso.
Troca solene de vaidade sem fim.
Sentimentos ocultos, respostas distorcidas.
O vazio então permanece assim,
Cheio do MISTÉRIO que vem na espreita.
Procurando o mais obscuro culto para se alojar.
A hora que nunca veio
Está para chegar
Peregrinando nos corações sombrios
Logo, jaz a porta, vem Abril...
Estilhaçando as cordas da morte
Vem lutando com a própria sorte
Procurando a paz, que descansa no mais profundo abismo
Era uma vez.
Despedaçando a ferida incurável
Com um poder destrutível:
A palavra.
Cores (Parte 2)
Um oceano se forma na doce e adorável solidão.
Nada mais parece a mesma coisa...
O oceano retorna... Agora com diferentes cores.
O que é essa coisa que o mundo abomina?
Por que abomina se o tudo são nada menos que cores?
Algumas mais intensas, outras mais tristes e outras mais vibrantes...
Toda a energia que tiveste visto ao teu redor são só cores.
E seria o mundo uma monotonia sem fim?
Seria a loucura só mais uma cor intensa e sombria?
Olho o meu reflexo na água e se formam luzes em neon.
Rio um pouco, respiro fundo e me entristeço
Novamente o oceano...
GAROTA, SERÁ QUE VOCÊ NÃO SABE?!!
Você é a minha razão da minha loucura e amor
mesmo não devendo ser...
Nuvens se movem lentamente,
o feitiço da garota nunca acaba
e estou hipnotizado preso numa teia da qual não consigo sair.
As cores vem e vão lentamente.
Sou várias cores em uma só
e no fim tudo é monótono e colorido
SOUSA, Rodrigo. 2018
Eu sinto o frio dos dias de inverno, mesmo estando no calor do verão
Sinto a solidão de estar por conta própria, sem poder contar com alguém que ajude a achar a direção
Eu sinto a sombra que me envolve como um manto
Eu sinto a escuridão que me ofusca os sentidos
Eu sinto a dor de estar sufocando em meus próprios pensamentos
Eu tenho o desejo de partir desse mundo
Mas acima de tudo isso
Eu sinto medo
Eu tenho muito medo
A tua graça me basta
Tua graça é solidão, preenchimento e abismo. Tu és a reta final e a linha de largada. Tuas são as vitórias e a ti posso dedicar minhas derrotas. Quando ganho e quando perco, estou em ti.
Teus braços me seguram e me fazem levitar. O aroma dos teus campos enche os meus pulmões de perfume e meu coração de esperança. Ver o colorido da manhã e a escuridão da noite é dádiva que vem de ti. Tu és a lágrima que derramo quando não consigo explicar a tua presença em mim.
Tu és o meu esforço e minha recompensa. Tu és embaraço e certeza. Tudo vem de ti e volta para ti, pois és o que há e o que está por vir.
Teu são os meus dias e meu são os teus encantos. Tudo está feito e em construção. Sou criatura e criação. Sou eternamente grato pelo sopro da vida e por poder desfrutar do teu perdão.
Sem explicação
A tua ausência
Alimenta a solidão
A tua presença
Alimenta a paixão.
Teu amor me sacia
Teu olhar me alucina
És fogo no meu inverno
Inverno no meu verão
Meio sem querer
Eu te olhei e desejei
Meio sem querer
Eu quis te amar.
Sem explicação
Essa minha sensação
Te amar sempre
É pura combustão.
Meire Perola Santos
27/07/2019
02:31
Solidão chegou com dor
Eu não esperava essas companheiras.
Nem saudades eu senti delas...
De repente chegou sem aviso.
A solidão doí machuca meu coração.
Essa dor que me remete ao passado
O que fazer com a solidão e essa dor?
Vou chorando rabiscando até tudo isso passar.
Meire Perola Santos
12/06/2019
21:14
Solidão.
Passo a minha vida procurando razões, estou cansado de viver sem ser de verdade.
Me sinto um personagem fantástico, mas ele não consegue enganar nem a mim.
Tenho o costume de me refugiar no passado, o presente é teimoso, não consigo dominá-lo, a solidão me traz uma impaciência e insatisfação.
Encaro o futuro sem medo, tenho que ser racional, o tempo passa, um dos grandes poetas diz que o segredo de uma velhice agradável consiste em um honroso pacto com a solidão.
