Poema Sobre Solidão
A solidão de Jesus, a minha solidão
Jesus adentra as ruas de Jerusalem, sente-se mergulhado na dor, mas ainda tem importante missão, naquela noite, repartir o pão e depois vem a prisão, sensação de abandono e solidão.
Mas há uma grande certeza, a Ressurreição
Eu mergulho dentro de mim, buscando explicação, só encontro uma noite de escuridão, mas a Luz de Cristo me move para enfrentar esse deserto, onde tudo é incerto, hesitação, imprecisão, mas tambem a esperança, a Ressurreição
12/04/2025
A solidão é senhora
Solidão apavora,
O novo assusta.
Não compreendemos o nosso tempo,
Não damos tempo para as coisas.
O tempo que dói,
O tempo que trás paz.
A solidão é senhora,
Nos acompanha durante o caminho.
Chamo ela para tomar um café,
Quem sabe assim resolvemos nosso conflito.
De ir e se afastar,
Paralisar e me defender.
Vem solidão,
Não se demore.
Quero seguir mas antes, preciso te encontrar.
18/08/2024
Meu Mundo
Se meu mundo fosse você
Talvez minha solidão aumentaria,
Talvez não.
Se meu mundo fosse você,
Eu dormiria tarde,
Talvez não.
Se meu mundo fosse você,
Eu ficaria triste,
Talvez não.
Se só você fosse meu mundo,
Eu ficaria imundo,
Ou talvez não.
Se você fosse meu mundo,
Eu esqueceria quem sou
Só pra adivinhar quem és,
Só pra ter o mínimo de noção.
Pra te amar, mesmo na solidão,
Deixaria minha identidade
E viveria com felicidade,
Tendo você como meu mundo.
IGUAIS
O meu coração é dividido em quatro partes, uma delas é a do silêncio,
outra da solidão, uma outra parte
é a da dúvida, e outra, nessa última,
ah, eu sei lá se existe amor.
Solidão saída do desassossego
Silêncio singular
Onde encontro leveza
Instante demasiado em sensações
É uma saída do aglomerado inquietação
Para minha maresias de palavras.
”O Amor que Nunca Chega”
Eu me prendo a essa solidão. Uma solidão que vai além do físico, uma solidão que me consome de dentro para fora. E ainda assim, procuro pessoas que nunca olharam para mim, que talvez nunca irão olhar. Me apaixono por pessoas desconhecidas, por amores que não vão se concretizar. Sinto uma dor silenciosa, uma dor que é só minha. E ao mesmo tempo, me questiono se não estou me sabotando, se não estou me permitindo ser feliz, se não estou me fechando para o que a vida tem a me oferecer. Não sei mais. É difícil entender. Mas sei que essa dor, essa constante busca por algo que nunca vem, me desgasta. Estou cansado. Cansado de me doar para algo que nunca volta.
Eu só queria uma chance, uma oportunidade de sentir que sou amado de verdade. Quero sentir que o amor não é uma ideia distante, um conceito inalcançável. Quero alguém ao meu lado que me veja de verdade, que me ame pelo que sou, que me faça sentir completo. Mas por enquanto, continuo aqui, na minha solidão, esperando algo que talvez nunca aconteça. Talvez seja pedir demais, mas o que mais eu posso fazer?
Eu e a Lua
Não ter a solidão por companhia,
Ter a lua prateada que irradia;
emoção que ilumina minha lida,
Afinal sou mulher, força, poesia.
Nos meus versos, a lua cor de prata
És motivo de canto, de serenata...
És tu o meu sorriso, és meu céu,
És meu jardim florido, és meu véu.
Queria estar ao seu lado agora,
A contemplar o romper da aurora,
Sermos felizes no tempo, pela vida afora.
Busco-te em pensamento, quero ser sua...
Enquanto contemplo pela janela
A saudade, eu você e a lua.
REZA (soneto)
Eu vi a solidão... Escura e fria
Que no sentimento a sós ficara
E qual o motivo a sorte ignara
Não sei, sei que dói na poesia
Se mais sentia, mais dor escorria
Nos versos com desditosa cara
Cheio de sofrer, poetando para
Cada pesar, que a saudade trazia
O verso fluía e o choro chorava
Pudera neste folhetim literário
Ter prazer que a dita ignorava
Ah! como pudera! Sou sem sentido
Nem mesmo as súplicas no rosário
Me deu zelo pra que fosse querido.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 abril, 2025, 17’26” – Araguari, MG
*dia da morte do Papa Francisco
“A mente também adoece de solidão.
E a memória pode esconder-se de tanto não ser vista.”
— Nina Lee Magalhães
A solidão a rondar,
Pensamentos a pairar,
Madrugada a rolar.
Noites em perdição,
Os versos de humilhação,
Sentimentos em podridão.
O frio do vento,
A sensação de relento,
Cenário violento.
Final de paz,
Um agora sagaz,
Já não dói mais.
Por que associamos a escuridão á solidão e a luz a felicidade? descubro que minha verdadeira luz nasceu no ventre da noite, acolhendo-me no silêncio do ser.
Mas até essa noite se desfaz, dispersando-se como poeira ao vento, lembrando-me de que até nossos mais íntimos refúgios são impermanentes.
E é nessa inconstância que se revela o mistério da existência.Que são as pequenas palavras que mostram a sinceridade e são as pequenas ações que desvendam as grandes verdades de si
A solidão da generosidade
Em mares de bondade, navego sozinha
com o coração aberto mas a alma ferida
Minha generosidade
é um fogo que arde
intenso e imenso
mesmo quando a vida é tarde
Caminho entre sombras onde o egoísmo floresce
Muitos se aproveitam
e a dor não desaparece
Vejo rostos vazios, mãos que só querem ouro
E eu, que dou tanto, sinto o peso do aporo
Ingenua e inocente
de mim sempre ausente
Muitos se aproveitam dessa doçura
transformando meu sonho em amarga loucura
É difícil ser boa nesse mundo tão frio
As vezes me pergunto se esse é meu destino sombrio
se mereço esta senda
Quando o bem que faço parece só uma ofenda
O karma que anseio se esconde na bruma
Enquanto os que fazem mal dançam na espuma
Os bons ficam à margem, com restos de esperança
Enquanto a vida brinda quem não tem confiança
Mas em meio ao silêncio que corta como faca
a luz da minha alma nunca se destaca
É um dilema profundo
um eco no peito
Ser luz em um mundo onde o amor é desfeito
Mas sigo adiante, mesmo com dor na jornada
Pois sei que a bondade é uma chama sagrada
Um dia as estrelas vão alinhar seu compasso
e a justiça divina encontrará seu espaço
Enquanto isso respiro e sigo a canção
Com a bondade pulsando no meu coração
Solitude
É difícil andar só, na solidão do caminho,
Mas amar também fere, mesmo quando há carinho.
Essa é a armadilha de todo viver:
Precisar de alguém e, ao mesmo tempo, temer.
Buscamos afeto, calor no abraço,
Mas há dor escondida em cada laço.
Quando nos damos, perdemos o chão,
A entrega vira prisão da emoção.
E se, no fim, for tudo ilusão?
Se aquilo que vemos for só projeção?
Será que essa pessoa é quem acreditamos,
Ou é só um espelho do quanto amamos?
Viver é um jogo de fé e incerteza,
Entre o medo da dor e a busca por beleza.
Amar é humano, mesmo sendo ferida,
É risco, é sonho e faz parte da vida.
Tem dias que tudo que eu preciso é estar comigo mesmo.
Não é solidão, é refúgio.
Às vezes, o mundo pesa tanto que o silêncio vira abrigo
e o isolamento, proteção.
Solitude e Solidão
Solitude é um abraço sereno,
Um encontro profundo no próprio olhar,
Um silêncio que dança pequeno,
Na paz de quem sabe se amar.
Solidão é um eco vazio,
Mesmo em meio a mil vozes a soar,
Um frio que invade o estio,
Ausência que insiste em ficar.
Entre estar só e sentir-se sozinho,
Há um abismo ou um ninho.
SimoneCruvinel
Imaturo, porém gentil
Quando o vi naquele estado,
sofrendo, acompanhado apenas da solidão,
me compadeci e minhas dores de lado deixei.
Não as esqueci, pelo contrário, apenas as ignorei.
De uma dor cicatrizada surge a sabedoria,
um fato que negligenciei.
Fui, sabendo que não teria palavras de conforto,
sabendo que não teria a compreensão da sua dor.
Da minha dor não tirei o saber,
não aproveitei as receitas de cura
que poderiam ajudar não só a mim, mas aos outros também.
Muitas almas necessitam dessa ajuda,
mas, nesse momento, somos só nós dois:
duas almas, com dores não cicatrizadas,
sedentas por alguém que as cure de algo que só elas podem curar.
Sentei ao seu lado e disse:
— Sei que não sou médico,
muito menos um bom conselheiro...
mas sou um bom ouvinte,
então, me conte sua história, meu gêmeo sofredor.
— ...
"Silêncio..." foi a resposta que recebi.
Sendo assim, não vou insistir.
— Certo, não vou te atrapalhar...
mas desejo que fique bem.
Até alguma primavera.
— Espere...
Ele disse, receoso.
— Falar não é a única etapa para aliviar os pesos da vida.
Apenas fique... fique ao meu lado,
e cada lágrima contará minha jornada.
Me impressionei, mas fiquei ao seu lado.
E ali também lhe contei a minha e,
em terno silêncio, dois livros foram escritos e lidos.
"Quantas histórias você guardou durante sua trajetória?
Nem sempre haverá alguém para ouvir,
mas as conte mesmo assim.
Às vezes, é você quem precisa ouvir sua história."
Soneto da solidão extrema
Quando penso em pensar em desistir de você
Me comove o peito, e me faz perceber
Que o pervertido coração indígena
Basta um pouco mais de amor
Pra notar o tanto quanto te amo
Eu adoro seu olhar, o seu caminhar
Quero que olhe a mim, e ande
Que com ou sem virtude
Quando cruzarmos os olhares
Somente sua mente venha a mim
E de tanto amar, quero explodir
E de repente desfrutar desse amor
Que se pode somente achar
E hei de ver o tanto de explosão
Que o peito pode causar
E assim, morrerei junto a ti
Velados em emoção pura
E sentimentos que não existem ainda
Sentirei a sua perda como um filho
Como uma folha única de uma árvore
Como perder a alma, como perder a prole
E de tanto amar, ficarei louco
Gritarei tanto, e ficarei rouco
Sairei pelas ruas como cão
Resmungando seu nome ao nada
E explicarei detalhadamente o meu pesar
Miúda é o sentimento que tu sente
Sentirei a vontade de morrer de amor
Por falta de afeto, não verei o colorido do mundo
Por falta de segurança, não sentirei felicidade
Talvez um pouco mais de simplicidade
Pra ter a noção de que entrarei em pesar de amor
Por alguém, por ninguém, que ainda não conheci...
Hoje o escuro não te assustou,
A solidão te abraçou como velha amiga.
Lágrimas desceram, silenciosas, gélidas ,
Confidentes fiéis da dor que insiste.
O travesseiro, acolheu mais uma noite,
Ouviu sem julgar, apenas compreendeu.
E as cicatrizes, essas marcas caladas,
Caminharão contigo até o vale da sombra da morte— cicatrizes que não somem.
