Poema Seio
Tempos nebulosos estão em curso. A obscuridade se faz presente no seio da humanidade. A verdade será descortinada no apagar das luzes.
Rafael
F A M I L I A
Se não encontrares apoio no seio de sua família, não encontrarás em outro lugar, pois ela é a base de nossa existência, e por mais temperamentais que eles sejam, na medida do possível, tais desavenças resultarão em satisfação, ao apoiar ou ser apoiados com sentimentos sempre prestativos e sinceros. Sua solidão deixará de existir quando estiver no calor desta união familiar, pois encontrarás sempre nela aquele refúgio para todas as suas angustias. Nossa gratidão a Deus por uma família unida sempre será mais importante do que qualquer prêmio ganho. Nem só de festas nossos corações se satisfazem e nos aproximam de todos, mas sim daquela certeza, que podemos contar sempre com eles. Podemos morar a qualquer distância, termos boas ou más condições para alguma aproximação, e ainda termos até alguma pequena mágoa causada pelo ultimo encontro que, mesmo com tudo isto, pelo menos no final de cada ano, todos se mobilizarão para este reencontro tão aguardado por todos. Independente da ambição de qualquer outra riqueza que poderíamos sonhar ter, a construção de uma família com estes moldes, ricos em sentimentos, já nos bastaria para toda uma vida. Não importa os problemas complicados do cotidiano de cada um, o que realmente importa é sabermos que temos em nossa família aquele amor incondicional que damos e recebemos, que não julgam, mas sim, compreendem e apoiam. Família é antes de tudo, é um legado da vida, é aquele amor que nos dá força para superar todos os desafios, pois sabemos que eles sempre estarão torcendo por nós. Não importa o tamanho deste universo infinito, ou deste imenso planeta, mas sim aquele cantinho efervescente de bons sentimentos que abrigam sempre este meu pequeno mundo familiar. Obrigado pai por tanta glória, espero merecer, pois me conheces mais que eu.
(teorilang)
Tudo passou
O novo desperta o desejo
a dúvida vem antes do anseio
me deito em teu seio
como uma criança inocente
um pensamento nasce como uma semente
semeie o que sente
O apito final
de que jeito
ouvir o selo
mais que o
seio, o freio
de Gaia e
magnetismo
fim do artificial
para renascer
sem pensar
em cinzas
de um carnaval.
Não aguarde descoberta tardia, ó alma amiga,
Tudo que carece está em teu seio,
Amar com fervor a quem te pertence é a prece,
Só a quem te ama, te entregas, em desvelo refeio.
Você é para mim como a sombra no caos
E já imagino-me jazindo no teu seio, afagando teu rosto
E mordendo teu lábio.
Tenho a certeza do quão é linda: o teu corpo, o coração
Tão belo quanto os dois juntos.
Heros
Quero andar por terras que ninguém anda,
quero beber do seio do engano,
quero adormecer no colo do diabo,
quero roubar as asas de um anjo,
quero colher uma rosa-branca e impura,
quero tocar uma canção fúnebre em dó maior,
quero aprisionar o teu aroma emblemático nos meus olhos,
Quero o cárcere, a cólera, a luxúria, a gula, a dor, a malícia,
quero a paz e o teu amor.
NO SEIO DAS FLORES-04/2020
Sou do ventre imortal da poesia
Querida pátria terra da cantoria
Cidade das flores seio do sertão,
Seria um poeta na minha cidade
Para cantar minha doce saudade
E toda a alegria do meu coração.
Eu queria por um dia me sentir tão seu
Deitar em teu seio e saborear o teu Eu
Oh, o que faço agora longe dos carinhos teus
Nesse platonismo só sei imaginar você e eu
Coladinhos, sempre juntos, feitos Julieta e Romeu.
Toma-me ó Vida -
Toma-me ó vida
em teu regaço extenso
em teu seio Sagrado e
oculto
num gesto longo e
profundo!
Deus!
Vida implantada no meu
Rio
espiral de brilho e memória
onde a morte desvanece!
És sopro, tempo, alento,
vento ...
(Poema para Maria Flávia de Monsaraz)
Segredinho de moça,
Seio despido,
Surpresinha assanhada,
Desejo de doido,
Fantasia cor-de-rosa,
Versinho bendito
Como um botão de rosa.
Mulher
Que nasce no seio de luta
E transforma o mundo em coragem
Mulher
Guerreira
Que não foge a luta
És arma
És fogo
És terra
És chão
És mulher.
Em teu seu seio amado clamo
No ofego do corpo e do gozo
Teus olhos suplicantes, sopro
Inerentes da alma todo canto
Amar na cama e amor no peito
Transborda da pele o deleite
Desfruto dos corpos, efeito
Transformando do mundo afeite
Das palavras feito o silencio
Do imoto da pele o agrado
Duas amantes presas ao pecado
Decifradas visto todo suplicio
Apos terminado e agraciado ardor
Descansam em seu leito sem temor
Depoimento do abismo
Fui lançado — não nasci.
Arrancado do seio do Olimpo e cuspido no ventre escuro do submundo.
Como Michael, caí.
Mas não houve batalha. Não houve glória.
Só a queda.
Afundei nas águas estagnadas do Aqueronte,
onde o tempo não corre, onde a existência apodrece em silêncio.
Ali, não se morre — tampouco se vive.
Ali, a única sobrevivente é a dor.
E mesmo ela, cansa.
O amor é uma lembrança malformada.
A paz, um conceito sem tradução neste idioma feito de gritos mudos.
A esperança... uma piada cruel, contada em ecos por almas vazias.
Tentei respirar.
Mas as águas negras não são feitas de matéria,
são feitas de ausência — ausência de tudo.
São a substância daquilo que não deveria ser.
E nelas, minha alma se desfaz, lentamente.
Não há carne.
Não há forma.
Não há identidade.
O "eu" é um sussurro perdido na margem da consciência.
Sou e não sou.
E, nesse estado, compreendo o que é a antítese da vida:
não a morte, mas a permanência involuntária no não-ser.
O sofrimento aqui não grita.
Ele murmura, ele sussurra, ele escava.
É uma erosão constante da alma,
um delírio sem sonho.
Sou parte do rio agora.
Sou sua densidade, sua ausência de luz.
E quanto mais fundo me torno,
mais compreendo:
O inferno não é fogo.
É o esquecimento de si mesmo.
É saber que se sente dor,
mas não lembrar por quê.
Mãe Terra, em teu seio profundo,
Teus braços verdes abraçam o mundo.
Em meio à dor da devastação,
Teu coração pulsa em renovação.
Desmatamento e fumaça a pairar,
Poluição que insiste em ficar.
Mas mesmo assim, com força e amor,
Brota vida, renasce a flor.
Geleiras choram sob o sol ardente,
O aquecimento grita, é urgente.
Mas tu, Mãe Terra, não te deixas cair,
A esperança renasce em cada porvir.
Teus rios serpenteiam com sabedoria,
E a fauna dança em harmonia.
Em cada semente que a brisa traz,
Tua essência se renova e refaz.
Que possamos aprender a cuidar,
Respeitar o que nos faz respirar.
Mãe Terra, forte e resiliente,
Teu amor é eterno e presente!
Que possamos juntos preservar teu lar,
E em cada gesto, um novo despertar.
Aspas [“ ”]
Primeiramente um diálogo
no teu seio me consolo
Seja praia ou em um lago
Eu me acalmo no seu colo.
Se escrevo é paz que eu sinto
E lhe faço referência
E desejo e não minto
ser a sua preferência
"O amor tem várias histórias
de artimanhas que destino afasta.
Se não me engano da memória
Eram versos escondidos numa caixa"
Quis falar, ligar não pude
Mas me veio a consciência
Dias tristes eu fui rude
Mas valeu a persistência.
Quando escapa a juventude
Vai chegando a razão
Que o amor em plenitude
É maior do que paixão
Se tens reciprocidade
Carinho, colo, atenção isótropas
A conexão é de verdade
mas deixo amor ainda em Aspas [“ ”]
Sou o vazio cheio
Sou o que não sou.
E sei-o.
Não cheguei a ser,
nem me esperei.
Mas trago em silêncio
um mundo inteiro —
os sonhos que não vivi,
os gestos que não fiz,
as palavras que ficaram por nascer.
Sou o vazio cheio
de tudo o que poderia ser.
E nisso, talvez,
seja mais do que nunca fui.
Júlia Botelho — Guerreira de Luz
No seio agreste do sertão amado,
Lá no Córrego da Fumaça ardente,
Nasceu com graça e brilho encantado
A flor mais pura, estrela reluzente.
Júlia Botelho, nome tão sagrado,
De alma nobre, firme e persistente,
Veio ao mundo com luz e valentia,
Feita de força, amor e poesia.
Filha do vento e das águas serenas,
Cresceu no campo em dança com o céu,
Na alma traz mil cores, mil antenas,
E ao sofrimento nunca se rendeu.
Déia de luz, que às trevas sempre acenas
Com doce voz, de timbres como o véu
Que a brisa deixa em tardes de verão,
Tem no olhar a paz de um coração.
Mulher de fogo, de ternura imensa,
Com mãos que curam, alma que conduz,
Semeia afeto, colhe recompensa,
Torna em abrigo o pranto que traduz.
Jamais se curva à dor que a vida pensa,
Porque reluz mais forte que a luz.
Do Mucuri, é chama, é centelha,
Veste coragem e nunca se espelha.
No Bela Vista, espalha esperança,
Levanta os caídos, ergue o oprimido,
É verso vivo, amor que nunca cansa,
É guia firme ao povo entristecido.
Na lida dura, em tudo lança
O dom da fé, do bem comprometido.
Júlia Botelho, mulher soberana,
Guerreira forte, estrela soberana!
Mas seu legado vai além da história,
De seu ventre surgiu nova canção:
Célia, a meiga flor da memória,
Jeferson, verbo em revolução,
Gilson, o pulso firme da vitória,
Gez, o farol de doce compaixão,
Gilcélio, luz que o tempo não consome —
Cinco pilares vivos do seu nome.
Oh, musa viva dos tempos modernos,
Rainha anônima do nosso rincão,
Teus feitos brilham como sóis eternos,
Teu nome é hino dentro do sertão.
Na eternidade, os campos mais fraternos
Ecoarão com tua inspiração.
És monumento à luz que nos irradia:
Júlia Botelho, amor e valentia!
Pro Nobis Peccatoribus
Deus é uma imposição social,
nutrida no seio
das culturas humanas.
se você não acredita nele,
estará fadado ao instantâneo exílio
da humanidade. banido
da condição humana.
porém, toda crença que é imposta,
só pode gerar uma consequência,
o questionamento, a dúvida.
não se pode acreditar
no que é obrigatório,
naquilo que nos é obrigado,
só podemos desconfiar.
(Michel F.M. - Trilogia Ensaio sobre a Distração - 18/10/22)
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