Poema por que o Macaco Nao Olha seu Rabo

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►Astronauta

Que belo lugar este que estou
Jamais poderia imaginar beleza mais rara
Observando paisagens que chegaram e logo se foram
As estrelas são belas, e bem claras
O cenário está totalmente pronto
E o Sol está do outro lado da esfera azulada
Sim, não é plana, isso vos conto
No passado cometemos um pequeno engano
Mas aqui sobre o espaço eu me deleito em demasiado encanto
Testemunho como nossos olhos são como câmeras,
Pois jamais esquecerei o que vi, onde caminhei, onde pisei
Sentindo sensações ambíguas
Gostaria de poder tirar fotos da Oceania,
Ou quem sabe abraçar aquela estrela que de longe brilha
Mas estou com as solas de meus pés, beijando a Lua querida.

Minha amada e grisalha mãe queria visitar o Egito
A buscarei e logo para lá estaremos indo
Meu herói mal-humorado almeja uma praia para o feriado
O mostrarei a Via Láctea, sem precisar pagar pedágio
Apresentarei a ele o nosso mundo encantado,
De uma forma que ele nunca havia pensado
A um novo conceito de imensidão ele será apresentado
Beleza maior do que a escrita em diários apaixonados
E a pureza das nuvens que rodeiam a Terra,
Me fez amar mais ela,
Eis minha vista que tenho aqui de cima, que jamais será esquecida.

Inserida por AteopPensador

►Logo Cedo

Logo pela matina o ônibus já está com sua correria
Lá pelas quatro ele passa coletando almas perdidas
Pela janela embaçada eu vejo a cidade apagada,
Caio em admiração perante a noite estrelada
Até os pássaros estão dormindo, não escuto nada
E o frio me abraça com suas mãos geladas
Mesmo o moletom da marca mais cara não escaparia da ventania
E minhas palmas clarearam, rígidas se tornaram
Meus lábios secaram, as bochechas congelaram
Até mesmo meus ossos se enferrujaram,
"Dai-nos calor", eles me suplicarão.

Passando por entre as rodovias eu encontro luzes
A estrada se deleita delas, e que assim continue
Um pouco longe dali vemos catadióptricos a surgir
E, dentre tantas faces sonolentas,
Há aquelas que foram levadas pela correnteza,
Que lentamente se renderam ao Pestana e sua delicadeza
Outras tomaram um café forte e suas colunas estão em porte
Aquele dorminhoco do Sol ainda não apareceu,
Quando preciso do seu raiar, ele tende a me ignorar.

Ruas vazias, praças sem vida, esquinas sem alegria
Neste momento do ponteiro, a comunidade é suspensa
A movimentação nas avenidas ainda está lenta.

E no retorno, contemplarei o nascer do novo dia
E uma voz em meu peito grita
"Viva!".

Inserida por AteopPensador

ALADOS (soneto)

O largo cerrado é um efeito alado
De asa tingida e horizonte intenso
Duma flora varia e chão rebelado
Encarnado em um céu tão imenso

O teu cheiro num diverso intenso
Acoplam o raro em sinal denodado
Feiticeiro, espantoso e tão denso
Em um plural do árido cascalhado

Onde vemos empoar os passos
Entrelaçados entre tortos traços
E prados de dourados alumiados

Aos poucos sucumbimos por ele
Num pouso instável, caindo nele
Suavemente, de encantos alados

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CANTIGA

Ah, se fico ou se passo, se vou no compasso
da vida, devorante no tempo, amiga e inimiga
porém, se o que intriga é todo este embaraço
de gente a gente que na maldade prossiga...

Dá um cansaço, fadiga, de ver e ouvir,
angustia, e faz da existência rapariga...
Então, me resta neste murmúrio, sorrir!
Ser, resistir e ter o amor em doce cantiga.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Entendi
onde tudo começou
quando o tempo passou
no amago da nossa dor
em um barulho ensurdecedor
gritos se aliviam
nos olhos que nos guiam
estrelas reguiadas
a um novo caminho traçado
com cordas embaraçadas
no fundo de um navio
da maldição daquele rio
os monstros corroeram
e as pessoas de mim correram
como cidadãos aterrorizados
nos cantos enquadrados
persistindo em nossos laços
um tanto elevados
engolindo a hipocrisia
meu deus mais que agonia
foi quando eu mais refletia
no fundo do meu ser
querendo transparecer
buscando algum prazer
colidido no falso lazer
que evolui monstros
em seus pontos de encontro
no medo e no risco
na luz do dia eu rabisco
São folhas e folhas
levando a informação
pro ser trancado na alienação
que vai da simplicidade
até o medo da mortalidade
em abrangências e incompetências
com a falta de veemência
virado em suas próprias dependências
como fogo que arde
na sua pele parda
os alvoroços na falta de almoço
nos desgosto nos olhos
só querem as motos
e o lucro que grita
e si próprio escandaliza
e o sangue vermelho
mostra o empecilho
no meio do caminho
de que fomos torturados como os índios
fugindo da natureza
reagindo com estranheza
e de novo a incerteza
persistindo na luta
que segue como uma gruta
ela pela queda da agua
e nós pela queda das lágrimas...

Inserida por ClasseClandestinaTV

Cadê você?

Aonde você vai?
Onde quer estar?
Está aqui do meu lado
Mas também em algum lugar

Tão perto
Tão distante
Inconstante...
Oque tenho que fazer pra te manter aqui?

Te olho mas não te vejo
Te toco mas não te beijo
Desejo,
O que passa nessa cabeça a mil?
Por onde está andando?
Com quem se vê conversando?
Não sou eu
Não é comigo
Sou só um amigo
Um conhecido...
Que te conhecia...
Mas hoje em dia
não é só a sala
que se sente vazia.

Inserida por pereiradans

Arte em você


Pra que letra
Se o coração já sente
Pra que cor
Se o pincel desprende
da mão da gente
Da gente que se prende
Crente
que não vai se soltar
das cores, dos tons,
das letras, dos dons,
da arte em papel machê
Que mora nesse universo
Chamado você

Você tem esses versos complicados
Simples mas complicados
Você que vive na lua, no mar
no coração mais próximo que encontrar
Encontra o meu
Que eu
simples poeta
faço do seu coração
Minha canção

Então vem
Se aloja, se encosta,
se sente em mim
Quero conhecer esses seus mistérios
pintados em ocre e marfim
Só pra mim
Sim
Só pra mim

Inserida por pereiradans

Planeta


Você é um universo de sentimentos
Uma constelação de emoções
Orbitam mistérios e verdades no teu olhar
Colidem planetas ao teu chegar
Teu cheiro, teu ar,
teu mundo, teu lar,
Me deixa entrar

Me deixa navegar na tua galáxia
Encontrar no céu estrelado da tua boca
palavras esquecidas,
não ditas
por medo de sem querer
Acabar explodindo o planeta de alguém

A beleza de Saturno
nem chega aos pés
da imensidão que tu és.
Infinito finito,
Bonito..
Contido..
Cabe tudo aí
nebulosas, cometas,
estrelas, planetas,
mundos
Cabe tudo
Aí dentro
Em você.

Inserida por pereiradans

Viver


A vida correndo
Eu vivendo
então paro e me pergunto
"Será que estou vivendo?"
...
Primeiro o sentimento de dúvida, depois o de culpa
"Eu vivo pra quê?"

Eu vivo para viver,
meio óbvio
Mas vivo para sentir
E se a dúvida surgir
digo a ela que eu me permito:
Me permito gritar
Me permito chorar
Me permito ser mar
Amar.
Me permito ser todos os sentimentos
do mundo
Me permito ser o agora
sem demora
Me permito sonhar, voar
sem medo da queda
Me permito dançar
até os pés calejarem,
até às vozes se calarem
Me permito ser eu
Pois só eu sei a alegria
e a dor de me ser
Por isso
Me permito viver

Inserida por pereiradans

AFORA DA JANELA

Plumas de nuvens no céu profundo
De Brasília, alvos lençóis esvoaçantes
Se desfazem num piscar do segundo
Ao sopro dos áridos ventos uivantes

Ali, acolá, riscando devaneio facundo
Na imaginação, e sempre inconstantes
Vão e vem tal desocupado vagabundo
Ilustrando o azul do céu por instantes

Em bailados leves e soltos, voejando
Na imensidão do horizonte em bando
Vão em poesia na sua versátil romaria

E num ato divino, faz-se o encanto
Tal como flâmulas por todo o canto
Tremulando no cerrado com euforia

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Brasília

Inserida por LucianoSpagnol

Comece o dia, dando bom dia
Para si mesmo
Acalme a alma depois daquele bocejo
Olhe pela janela e veja o sol acordando
Se inspire e saia por aí voando

Voar parece impossível fisicamente
Mas vou contar um segredo: Voe com a mente!
Nosso interior não têm restrição
Olhe aí, aprendeu mais uma lição

Não tenha medo de tentar
Nada na vida nada está certo, então ouse em errar
Vamos aprender do jeito mais difícil
O jeito mais fácil é ficar sem fazer nada
Com medo de não acertar.

Bom dia!

Inserida por FeelipeFranca

...Em tudo de tudo - Talvez tenha uma razão /
Um passo lento arrastado /
Uma voz calada embargada /
Um sorriso doce escondido /
Uma vontade louca de expulsar uma lágrima /
E nos olhos um olhar tristonho /
Em tudo de tudo - Apenas um desejo louco /
De amar - ...Alguém !!!

Inserida por Jmaljamal

Castelo de Areia

Você sonha
Você Constrói
Você modela
Você rega
Até que o vento bate tão forte
que os grãos de areia se vão

Você insiste
até perceber que não adianta
continuar, porque sem uma base
a onda sem avisar bate,
E a muralha cai.

Assim é o talento do artesão
que esculpe em troca de pão
Sonhador e construtor
Mas não conquista seu tostão.

O vento vem e vai
A lagrima percorre a maçã
de sua face até não existir mais!

Inserida por dudugoncalves

Se em palavras vieste inspirar
Ó Deus, fascínio crias em tuas poesias.
Natureza de beleza ímpar,
Ensinai a viver teus dias.

Se em amor escreveu o poeta
Ó Deus, da-lhe entendimento.
Em tuas palavras destes o encanto,
E em pleno pranto, trazes o lamento.

Se em beleza nos deu a mulher
Ó Deus, estendo as mãos ao céu.
Dedicamos ao doce veneno
Palavras jogadas ao léu.

E a tudo que não provém
Ó Deus, vem nos libertar.
Do riso sem viço
Paixão sem serviço,
Do amor sem amar.

Inserida por MatheusHoracio

"Colecionava um amontoado de farrapos
Que os anos me trouxeram com desdém.
Tentei me encontrar
Em meio a imundicie que é
A podridão do tempo.
Cheguei a odiar e querer fazer daquilo
O meu lugar preferido
Mas me enganei.
Me sufoquei diante dos trapos
Em cada canto daquele quarto,
Não me via mais em lugar algum
Nem mesmo dentro de mim.
Sorte a minha, pensei em fúria
Tristeza, destreza de ser quem eu era
Apesar de toda aquela mesquinhez
Lembrei que tinha alguém
Em algum lugar
Que se importava com tudo aquilo.
Família é o nome que se dá
Ao que traz paz e aconchego
Que destrói a dor e o desespero
De ser só você por você mesmo.
O amor que damos e recebemos
faz com que o tempo pare de uma só vez,
para que a gente aproveite bem o passeio
E deixe de colecionar pedaços
Que nunca te farão inteiro."

Inserida por lorena_laurentino

Então você percebeu que estava chovendo
Se aninhou no meu peito ao sentir o vento
E eu encantado só apreciava o momento
Se faz sol você me deixa
Te espero no frio
Que é quando tu me procura
Quando tira a armadura do verão

Inserida por Helloisah

Minha homenagem a minha mãe e a todas as mães:

MÃE, OS OLHOS DE DEUS!!
Umberto Sussela Filho

Dentro dos olhos de Deus
Há um ser a florescer
Nove meses a crescer
E a despertar para a vida
Que o colo, da acolhida
Dá calor, da proteção
E o que mais tem no coração
Que é o amor da mãe querida

Mães de todas as cores
Todas elas têm em comum
O amor aos filhos, um a um
Sem diminuir a intensidade
Nunca lhes faltará a vontade
Da vigília, do zelo, do amar
É assim que Deus pode olhar
Seus filhos com tranquilidade

Os filhos são para o mundo
Mas Deus, confiou a missão a elas
O primeiro abraço será delas
O preparo e os ensinamentos
O cuidado da chuva e dos ventos
Até que se firmem os passos
E a distância dos abraços
Fortaleça os sentimentos

Deus aos seus olhos, deu trabalhos:
O da proteção e do acalmar
O do ensinamento do falar
E de trazer assim o sustento
De ver o desenvolvimento,
Deus deu alívio e alegria
Mas deu angústia e agonia
Com o instinto e o pressentimento

Deus deu tudo a elas
A capacidade de dar a luz
O amor que a humanidade conduz
E o compromisso do cuidar
Que o tempo faz aumentar
Já que o filho nunca cresce
E se assim ele soubesse
Saberia o que é amar

Pode-se dizer então:
Que a Mãe é o exemplo do amor
Que se entristece com a dor
E que o sorriso faz alegrar
Já que seu alimento é o cuidar
Amar incondicionalmente os seus
Já que os olhos de Deus
Através da Mãe podem olhar.

Inserida por umbertosussela

DOS FATOS...
Umberto Sussela Filho

Retirou-se do povo
A esperança minguada
Limpou-se assim a calçada
Sem olhar quem ficou pra traz
E aquele que cumpre e faz
Sem olhar a consciência
Traz em si a decadência
De um tempo que não tem paz

Olhares ficaram parados
Clamando pela mudança
Cadê então a Esperança?
Eu lhes pergunto amigos
Se inventaram inimigos
Ao invés de assim pegar
Quem disfarça e se põe a roubar
Com seus costumes antigos

Valores estão inversos
Sonegam assim a razão
Se esquece dá comunhão
Que quer Ordem e Progresso
Pois se torna Réu confesso
Os mais fracos é decentes
E se dá poder aos dementes
Que do correto tira o acesso

Trabalhar nunca foi crime
Dignifica o homem honesto
Mesmo que miudes protestos
Achem que isso é errado
Quem é então o culpado?
Quem não dá nota fiscal?
Ou quem não tem a moral
Pra dizer o que é errado

As leis devem ser cumpridas
Quando forem verdadeiras
Ao contrário é só besteira
E propaganda falsificada
Daqueles mandantes de calçada
Sem se preocupar com o futuro
Pois vivem num mundo escuro
Que aos outros não oferece nada

Que está indignação
Não fique só no pensar
Que possamos reclamar
Desta falta de coerência
Enquanto uns sem decência
Enriquecem abrigados
De outros pobres coitados
Se priva a sobrevivência

Inserida por umbertosussela

Luz reluzente

A luz que reluzia daquela face,
Era tão humilde quanto divina
Qual seria sua origem?
Começo a olhar em volta,
Quase todos os rostos
possuem a mesma
Por que são assim?
Será que é assim que me veêm?

Aqueles nos quais não a via,
observei.
Eram pessoas amargas,
angustiadas,
Com uma grande sombra ao invés da luz.

Será, então, essa luz
a chama do desejo de viver?
Ou somente uma ilusão?
E esse próprio sentimento seja uma ilusão?

Nunca saberei...

Inserida por Sah2001

Primeiro dia

Aquele nervoso,
aquele medo,
aquela expectativa,
tudo por entrar em uma sala.

Olha ao redor,
não reconhece ninguém.
Olha para a professora,
e também não a reconhece.

E então,
começa a aula,
e já não importa mais.

Inserida por Sah2001