Poema para uma Amiga que se Mudou
tocam-se os lábios
explosões de amor
sensações que movimentam
uma constelação de estrelas
o tempo para vendo o encontro de dois mundos.
foi tempo perdido com você
uma história
que se tornou rascunho
papel embolado
não escrevemos a beleza das flores
e sim, dores que marcaram a alma.
coração inflama
a paixão é a chama
coração abraça
o amor é uma taça
transbordando alegria
transbordando poesia.
Uma olhada
E nos encontramos.
Um sorriso.
Bem preciso.
E conversamos.
Do tempo nem nos lembramos.
Éramos mais que amigos.
Um só sentimento.
Na mente
mil e uma confusões.
Na mente
mil e uma distrações.
Na mente
mil e uma canções.
Na mente
mil e uma noites mal dormidas.
Na mente
mil e uma lembranças de você.
cada verso era um grito
de tão aflito
e preciso
cada verso era uma declaração
bomba certeira no coração
causando explosão
causando saudade
que batia toda tarde
toda noite todo dia
e não cabia em uma só poesia
Cada novo dia
É uma página
Para ser escrita
Em nossas vidas,
Somos protagonistas
Principais da história
Que vivenciamos
E em cada cena
Erramos e acertamos
Na lei natural da humanidade
Afinal, não somos perfeitos.
Me aponte uma dor que não sou eu quem a sente que eu a intitularei como frescura.
Me aponte uma dor experimentada por mim, que eu, mesmo sem entender consigo compreendê-la.
Compaixão
AA
Só um dia mais
Um de cada vez, uma vez prometi
A mim mesmo que um por vez, ia viver
sem olhar pra trás e nem pra frente
Um dia de cada vez
Prometi que hoje ia viver só o hoje
Só um por vez
Sem pressa e no tempo certo
Os problemas iam posar na fila pra resolver
Sem colchão e nem cobertor
E porque? Porque o sorriso do amanhã
Me olhando, obsceno, acenando
Me assustava e torturava.
Optei por uma dieta mental
Esse apetite pelo amanhã vai ficar
Nas rédeas curtas
Me chamaram de louco, devo mesmo ser, pois criei um grupo novo
Confesso: agora participo do AA
Os Ansiosos Anônimos
A VIDA É UMA RODA
(Fábio André Malko)
A vida é uma imensa roda
Onde quem foi ferido jamais esquece
Mas quem feriu nem mesmo recorda
O mal que não se apaga com prece
De repente, faceiro, está por cima
Logo depois, assustado, está por baixo
E vai em frente, seguindo a triste sina
Vivendo os dias e contando os pecados
Mas mesmo assim devemos continuar
Certos somente da fatalidade da vida
Pois amadurecemos ao de frente encarar
Mesmo com nossa alma rasgada, sofrida
Mas um novo amanhã vai surgir
Pois o tempo vai curar a ferida
E ela vai servir para refletir
Sobre a instabilidade da vida
BATALHA ÉPICA
(Fábio André Malko)
Eros, louco e obsceno,
mais uma vez levanta suas tropas para a
batalha. Avalia seus soldados dementes
e sedentos pela falta. Cerca, assedia
e tenta dominar a todo custo
o terreno tantas vezes cobiçado e
ainda mais perdido.
Mas lá vem, despontando
no horizonte, a Vontade soberana,
soberba e garbosa, avaliando o terreno e
dispondo suas tropas. Avalia as
forças inimigas. Avalia também sua tropa e,
num sorriso contido, decide concentrar sua força
nos flancos mais frágeis do adversário.
A batalha já está ganha. Porém, como de outras vezes,
com tristeza percebe que o adversário está mais forte.
Em cada batalha, em cada levante dos loucos,
eles vêm mais forte, mais sedentos
e mais dispostos. Parece que a falta os
alimenta.
Mais uma vez emissários são enviados. A conversa,
como em tantas vezes, rejeitada. Não pode haver diálogo
entre esses dois inimigos imortais.
O resultado, previsto. Eros enjaulado, babando de
vontade, começa a traçar novos planos.
O Vazio
(Fábio André Malko)
Uma vida vivida no vazio
De pensamentos recorrentes
Traz os sentidos para o limiar
Do agora, presente, consciente
Sabores não experimentados
As novas bruxas da atualidade
Que, sussurrando, sugam vitalidade
Embaralhando a mente ausente,
Doente
O vazio de paz apavorante
Não descrito nem sussurrado,
Nem mesmo pensado,
traz calma e agrado à mente
delirante.
Vazio uivante, afiado e cortante
Fere a bruxa que insiste em
Trazer à vida os pensamentos
De toda existência em segundos
De liberdade.
Será liberdade?
O vazio é o oposto da prisão
O Caminho é o vazio, sem traçado,
Sem explicação,
Que liberta a mente vagueante
Liberta a alma que clama
Insana, delirante e impotente.
O Caminho é o vazio...
O Vazio
(Fábio André Malko - 29/06/2014)
Uma vida vivida no vazio
De pensamentos recorrentes
Traz os sentidos para o limiar
Do agora, presente, consciente
Sabores não experimentados
As novas bruxas da atualidade
Que, sussurrando, sugam vitalidade
Embaralhando a mente ausente,
Doente
O vazio de paz apavorante
Não descrito nem sussurrado,
Nem mesmo pensado,
traz calma e agrado à mente
delirante.
Vazio uivante, afiado e cortante
Fere a bruxa que insiste em
Trazer à vida os pensamentos
De toda existência em segundos
De liberdade.
Será liberdade?
O vazio é o oposto da prisão
O Caminho é o vazio, sem traçado,
Sem explicação,
Que liberta a mente vagueante
Liberta a alma que clama
Insana, delirante e impotente.
O Caminho é o vazio...
O Diamante.
Com todo brilho e beleza, trancado em uma gaveta, não passa de uma pedra sem brilho e sem cor. Talvez você seja, ou esteja se sentindo este diamante, preso dentro de uma gaveta. O convido para sair para fora.
Para que todos possam enxergar o brilho que há em você.
A solidão de uma estrela no universo.
A solidão de uma alga nas profundezas do oceano. A solidão de uma planta no deserto.
A solitude de um ser que consegue enxergar essa solidão de forma natural.
Amor e Desamor
Se o amor for uma prisão, serei réu. Se a liberdade for o desamor, assumo a culpa e amena máxima da prisão perpétua.