28 poemas sobre a infância para reviver essa fase mágica da vida

⁠Alguém já te disse que você é lind@ hoje? Se não, se lembre que você é como anjo que encanta todos olhares por onde passa é brilho e luz.

- alguém da infância citou

Inserida por franciscodjayr

⁠O adulto é uma criança
Só mais experimentado
Faz a mesma brincadeira
Que fazia no passado
A velhice é só externa
Pois a infância é eterna
Tempo nunca acabado

Inserida por RomuloBourbon

"Nesse céu de nuvens escuras que não me amedronta, vejo, feito criança, o brilho de relâmpagos. Recordo eu-menino sentindo pingos de chuva, vendo-os com as mãos e ouvindo de repente, na imensa noite silente, um recorte de um trovão. Então, já adulto, estendo meus olhos e toco esse lugar de ponta a ponta. Contemplo, por horas, uma tela pintada de saudades."

(03/03/2014)

Inserida por poetacamaleao

⁠Século De Mãos

Cada criança que nasce é um tumúlo,
Que se abre no útero da sepultura,
Da consciência intra-uterina da alma humana.

Nascer é ser parte do fatídico da vida.
Viver é provar que a degradação não é congênita.

Ó caminhos da existência sobre a vereda da morte!
Ah, mãos da minha infância!
Da infância que ainda hoje sou.
Da adolescência que não tive.

Mãos que sustentam outras mãos.
Ah! – Deus! Deus! Deus!
Por que ainda fecunda-nos com mãos infantis?
Mutilações, substituições! – E sempre novas mãos!

E quanto a mim, que sou outra criança?
Então é uma criança a cuidar da outra?
Deus! – Há na terra um pacto de mãos.

As mãos infantis ardem!
O dramaturgo da vida é Deus.
Minhas mãos estão cansadas de tanto rezar! Abro-as!
Renego a tudo – Aos gritos!

– Mãos oriundas da criação do orgulho a dois.
Progenitores de séculos de mãos!
Não, eu não preciso de mãos para me proteger.
Talvez precisasse de Deus...

Mas cadê Deus? Onde está Deus?
As desgraças sempre foram distribuídas entre as mãos humanas.
Eu estou sozinho e o evangelho sumiu.

Inserida por AugustoGalia


DIVAGAÇÕES

Dentro da noite,

aparentemente calma,

a inquietude ronda a alma.

Pensamentos, lembranças.

Ausências, vazios.

A porta da saudade escancarada.

O aroma da flor da "dama da noite"

acionando o gatilho da memória.

Retorno à fazenda da infância.

Devaneios de uma noite de primavera.

A imaginação rompendo as fronteiras.

O pensamento vagando pelo passado.

Tempo, dimensão,

pragmatismo, divagações.

A urgência da vida,

dos dias, dos meses,

entre chegadas e despedidas,

impondo o seu preço.

No silêncio,

resta a certeza de que nada foi em vão.

O atraso, o sonho desfeito.

O silêncio, o inesperado, a reflexão.

Valéria R. F. Leão

Inserida por valeriafarialeao

⁠Entre sombras e luz, cresci a dançar,
Na melodia do tempo, oscilando entre dor e paz,
Levando comigo o eco de uma infância difícil de narrar.

Agora entendo, com o olhar de quem sabe,
Que os espinhos e as flores coexistem na vida,
E em cada cicatriz, há uma alma que brilha,
Fortalecida pela jornada que nada é capaz de apagar.

Inserida por Joyceguedes9422

TODAS AS FLORES DO MEU EXISTIR

Quero flores pela sala.
Em profusão no jardim.
Quero enfeitar meus dias,
com flores primaveris.

Quero flores enfeitando os dias.
Não importa a estação.
Quero-as todas multicoloridas,
paleta divina, matizes sem fim.

Quero flores, todas elas.
Quero rosas, orquídeas,
amor perfeito, azaleias, flores singelas,
memórias da infância de praças e jardins.

Quero flores do campo
hortências, violetas, jasmim;
infinidade de formas e aromas
que enfeitem e perfumem o meu existir.

VALÉRIA LEÃO

Inserida por valeriafarialeao

⁠Hoje eu fui até a bodega do Sr. Nogueira
E chegando próximo ao balcão
Avistei uma baladeira, uma lamparina e um pião
Que me fez perceber quão inesquecível é uma infância no sertão

Meus olhos brilharam ao ver a bomboniere
Que girava e girava trazendo felicidade e doçura
Aí meu Deus que gostosura!
É a infância no sertão

Voltei para casa num pé só
Correndo pelas estradas
Parando só para apreciar a boiada que passava

Neste sertão já fiz de tudo
Subi em árvore, pulei cerca, fiz fogueira
E de vez em quando as brincadeiras deixavam uma cicatriz
Mesmo assim eu fui feliz no sertão que fiz morada

Comer a fruta tirada direto no "pé"
Tomar leite ordenhado na hora
Tomar banho de rio e ir de carroça para escola
Não há como esquecer.
Ficará para sempre em meu coração os momentos que eu vivi morando lá no sertão!

Inserida por wesley_bruno

⁠Pois é
já tive monaretta
sou do tempo que briga era treta
já fui em mattineê
já fui jovem como você
andava de Barra Forte
cruzava a cidade de sul à norte
joguei pelada
brinquei na enxurrada
andava descalço
brincava no mato
já tive pintinho e
porquinho da índia
já almocei na vizinha
roubava fruta
laranja manga
nunca usei drogas
sou de uma época
que isso era prosa
colhi mamona
vendi jornal
não fui engraxate
mas fiz todo tipo de mascate
sou orgulhoso
não me envergonho de nada
a vida não era fácil
era um empreendimento da pesada
já usei boca-sino
já fui menino
não fui coroinha algum dia quem sabe
mas minha mãe queria
que um dia eu fosse padre.

Inserida por jodejau

⁠Leve devemos deixar o nosso coração.
Importante para o alinhamento energético.
Melhoramos a nossa energia com o amor.
Preparando a mente para curar o passado.
Em paz com nossa ascendência
Zeramos com sabedoria a nossa vibração.
A purificação de tudo vem com o perdão.

Inserida por NABYCURY

⁠Quando foi que eu deixei de ser criança
Lembro de quando pequena
Subia na árvore e os galhos eram como trapézio.
Não tinha medo, nem mesmo tontura
Só a diversão de estar ali pendurada.

Depois com o tempo
As árvores viraram meu refúgio
Lá eu ficava, ninguém me via
E assim acredito acabei crescendo
E com o tempo deixei de subir nelas

Hoje sinto falta delas. De sua altura
Mas com a idade é falta de jeito
Já não sei mais subir em uma árvore

O tempo passa , as coisas mudam
Não diga que não se esquece, esquece sim
Com o tempo perdemos o jeito.
Perdemos nossa desenvoltura
E acabamos por ficar adultos
E esquecendo de como é ser criança.

Feliz aquele que mesmo com o tempo
Jamais perdeu sua infância.

Inserida por Poema-as-Bruxas

⁠A sociedade

A sociedade exerce um poder
Como um lobo faminto
Tão rígido ao ponto de estraçalhar
Tão severo ao punir

Corpos ocos
Mentes sombrias
Infância dolorosa e fria
De quem só queria sonhar

Inserida por Gabrielaportugal

⁠No sorriso de uma criança, mora a alegria,
Um sol que nunca se apaga, ilumina o dia.
São mestres de um amor puro, sem condição,
Oferecem ao mundo sua mais pura canção.

No seu olhar, a curiosidade infinita,
Cada coisa é nova, cada passo, uma conquista.
Vivem o presente, sem pressa, sem dor,
Ensinar-nos a ver o mundo com mais cor.

Ah, se em nós renascesse essa inocência,
Se a vida fosse, novamente, pura essência!
Despertar cada manhã com olhos de criança,
Abraçar o dia com renovada esperança.

São pequenos mestres de uma grande verdade,
Que no coração simples mora a felicidade.
Nos ensinam a rir, a amar sem temer,
A encontrar magia no simples viver.

E nesse dia especial, que a infância celebra,
Que cada adulto se lembre e reverbera,
A alegria inata, a curiosidade e o amor,
E redescubra no próprio peito esse fervor.

Seja cada dia um novo despertar,
Como crianças, aprender a sonhar.
Que possamos, enfim, de coração aberto,
Ver o mundo, de novo, num brilho incerto.

Pois dentro de nós, há uma criança escondida,
Que anseia por viver, por amar, por ser vida.
No dia da criança, que esse ser floresça,
E que a mágica do mundo, em nós, permaneça.

⁠De como me inventei

Passei meus dias em meio às coisas miúdas.
Aprendi com as borboletas a carregar nas costas o mundo,
e com os pingos da chuva, a fazer serenata no chão.
A torneira aberta dos céus
jorrava horas inteiras de poesia,
e eu, menino sem bicicleta,
inventava que as palavras tinham rodas.

Brincava de crescer pelos olhos,
onde cabia o universo e um pé de grama.
Ensinava o absurdo a se acomodar no meu quintal:
uma pedra virava amiga,
uma nuvem, brincadeira de adivinhar.
Enaltecer os ordinários era meu jeito
de me desconhecer um pouco por dia.

As frustrações, eu punha no varal.
Torcia minhas tristezas até o último soluço
e pedia ao sol que secasse tudo antes da próxima chuva.
Porque a chuva sempre volta,
mas as tristezas, se bem secas, viram outra coisa:
lençol para embalar sonhos
ou sombra fresca para esquecer o calor.

Assim fui me criando,
com as faltas vestidas de beleza
e com os vazios repletos de poesia.
Nunca esperei o fim chegar,
porque quem vive de esperar
não interage com o presente,
nem cresce pelos olhos.

Escolhi viver assim:
de mãos dadas com o invisível,
sendo mais do que sou.
Ou sendo menos.
Afinal, quem precisa de muito
quando tem o céu inteiro dentro de si?

Inserida por Epifaniasurbanas

⁠Não ter tido a família presente e estruturada que sempre esperei, por muito tempo foi um peso que serviu de alicerce para a crença por mim sempre repetida: “não tenho família, sou sozinha”. Hoje eu sento com a Michelle de pouco tempo atrás e a olho ao mesmo tempo que lhe mostro estas fotos, e explico: veja… família é tudo o que te acolhe.
Família é quando seu amigo te faz cafuné depois de um término, é quando ele dorme mal por causa do seu próprio luto, família é quando a mãe dele te chama de filha e ressalta “pode contar comigo”, família é quando você vibra com os planos como se fossem seus, é quando se emociona com algo que o outro escreveu de si. Família é a paciência de ensinar sobre assuntos que pela milésima vez o outro desconhece, é quando você entende a dor, é quando se tem história símile, quando relembra o outro do valor que ele tem. É aquele exato momento em que você não abre mão de se encontrar com a pessoa porque vai se mudar no dia seguinte. Família é quando o tempo não é capaz de dissipar o elo.
Neste dia que marca o início de um novo ciclo pra você, eu quero agradecer por todas as vezes em que vivemos e manifestamos família um ao outro.
Voe alto, xuxu!

Inserida por MichelleRamos

⁠Por vezes me pego pensando sobre a vida, sobre cada luta que a gente enfrenta desde o primeiro respirar. Sobre o que cada um carrega em si... E quem poderia imaginar quais dores e trajetos que constroem esse ser mais forte, mais seguro e capaz?
Lembro bem de, ainda pequenininha, carregar um desejo latente: "um dia quero ser assim, um dia quero viver tal coisa". E, "de repente" - depois de muitos trancos e barrancos, essa frase saiu de um futuro lúdico e veio parar no presente da forma mais bela possível: a forma vivenciada.
Oh céus, como me sinto grata por tudo! Por cada caminho, cada escolha, cada passo descalço, obrigada.
E este momento, tão querido e esperado, intitulo Realização.

Inserida por MichelleRamos

⁠Tons Vibrantes da Humanidade: Celebração da Sinfonia da Vida
Convido cada um de vocês a contemplar a beleza singular que compartilhamos em nossa jornada. Como as folhas no início da primavera, somos, na infância, uma sinfonia de cores e formas semelhantes, perfeitamente harmonizados pelo tecido da nossa essência comum.
Na tenra infância, todos somos como páginas em branco, esperando para ser preenchidos com a tinta da vida. Nesse período, nossos corações pulsam em uníssono, vibrando na mesma melodia de sonhos e pureza. A harmonia que experimentamos é uma dádiva preciosa, uma lembrança de que, em nossa essência, todos caminhamos juntos, guiados pela mesma luz.
À medida que mergulhamos neste novo ano, que possamos resgatar a simplicidade e a pureza da nossa infância. Que a ternura que compartilhamos nos primeiros compassos da vida nos inspire a abraçar a diversidade e a cultivar a compreensão.
Como uma página em branco, esperando para ser preenchida com os tons vibrantes da nossa humanidade compartilhada. Que possamos construir pontes de entendimento, celebrando a beleza que reside na simplicidade de sermos todos, de certa forma, iguais.

Inserida por jailsonresende

⁠Sinto falta quando minhas
respostas eram todas
respondidas pela minha mãe

Sinto falta do cansaço leve e
da preocupação rala
Quando a agonia era acalmada
por um abraço

Minha cabeça já não trabalha
com ideias mirabolantes e
sonhos impossíveis
Mas lembro

Tudo era tão claro e doce
O aperto não durava
O choque passava com um toque
de mão

Por isso,
Sinto falta de cheirar à
poeira, de olhar-me
no espelho e ver-me

Aqueles olhos insinuantes
Os cabelo bravos
A pele suja
E um sorriso

- Um sorriso que eu sinto a falta

Inserida por juliafernandes77

A Dádiva

Numa casa pobre,
onde o chão é frio
e a mesa tem mais remendos que pão,
uma mulher cozinha.

Não tem quase nada —
só dois filhos de olhos grandes
e um coração que lhe sobra no peito.
Então frita esse coração
como se fosse alimento.

Fá-lo sem pensar em sacrifício,
sem esperar glória,
sem procurar virtude.
Fá-lo porque é o que há a fazer.

E ao dar-se assim,
inteira,
sem palavras grandes
nem promessas de eternidade,
torna-se mais livre
do que todos os senhores do mundo.

Os filhos olham
e não sabem ainda
que assistem a um milagre:
não o da multiplicação dos pães,
mas o da multiplicação do amor.

Ela,
sem o saber,
ensinou-lhes tudo.

⁠Mundo Azul

Ele caminha devagar na calçada,
como quem mede o peso do dia.
Apressados tropeçam nele,
mas ele nunca tropeça
na pressa do mundo.

Disseram que era estranho,
porque via o mundo por ângulos tortos.
Que culpa tem um espírito sensível,
se a sociedade se crê reta demais
para enxergar a beleza do desvio?

No intervalo entre duas palavras,
ele enxerga um poema inteiro.
No espaço entre um toque e outro,
ele sente tudo o que existe.

A falta de respostas assusta os outros,
mas o silêncio dele não é vácuo: é morada.
Ali dentro, onde poucos chegam,
há um universo à espera de tradução.

Inserida por Epifaniasurbanas