Poema de Outono
Desce o outono suave e lento
levando as almas a emoção
e as folhas caem do pensamento
como as das árvores em profusão...
Chuva fina de outono ..
E eu sem sono
E a pensar
Em como caminhar. .
Sem ser criança
E aquela lembrança
Você me pegava
E me abraçava..
Hoje , bate a saudade
Mas tenho vontade
Que ao dormir
Você venha a sorrir
Em um sonho tão lindo
Nem que eu esteja dormindo
Horizonte infernal
Do ônibus eu mirava o horizonte
Ainda era outono, quase inverno
Viajar ao lado de uma janela tem esse efeito
Nos faz refletir sobre as coisas
Até então eu pensava no presente
Em como as coisas estavam indo de mal a pior
Ao olhar pela janela, com o sol já quase posto
O céu tinha um tom vermelho sangue
Onde ainda os últimos raios teimavam em permanecer
Pensei que aquela cena parecia um vislumbre da atmosfera do inferno
Do presente passei para o futuro
Mais precisamente das desgraças que estão a me esperar
Então fiquei com medo e com medo permaneci
Hoje, ela acordou bem cedo. O despertar do outono traz o cheiro das flores, junto com o barulho dos pássaros cantando músicas sobre liberdade, com um ar de saudade...
O primeiro compromisso do dia é com ela mesma. Ela adora correr, ciente da direção e do rumo. Logo coloca aquele sorriso no rosto, sua marca registrada, veste sua roupa e seu tênis preferido, um coque no cabelo. Sem precisar usar maquiagem ou se arrumar, sem a necessidade de evidenciar sua beleza, porque a estrada não lhe cobra nada.
Movimentando suas pernas, aumentando seu ritmo, o torque do coração, assim começa a música da respiração, a vibração da pele, a lavagem da alma...
No caminho, apenas o barulho dos seus passos. A passada é leve e segura. A corrida nesse percurso já é familiar. É a mesma rua que já ouviu seus pensamentos, suas dores, os gritos presos na garganta... Sempre ouve, sem julgar.
Ela está consciente do percurso, porém, o mundo surpreende. Na próxima curva, tudo pode mudar... Qual a direção, qual o rumo... Às vezes, ela se permite descobrir novos caminhos, novas pontes e conexões. A vida exige.
Amanhã, ela levantará cedo novamente, talvez com o barulho da chuva, e repetirá tudo de novo. Ela sabe que a vida é um ciclo constante, mas a cada dia ela corre com um novo propósito, com uma nova intenção. Ela corre para se sentir viva, para sentir a felicidade fluir em suas veias, para se conectar com a natureza e com ela mesma.
Gosto da mansidão dos dias cinzas que me abraçam úmidos. A garoa fina que cai nesse outono invernal pinica a ponta do meu nariz que, sem pudor, enrubesce. Caminho sem pressa nessa rotina que me agita e me engole as horas... Tem sido bom viver agridoçura do cotidiano, meio caos, meio manso -- nunca morno.
Treinei meus olhos para perceber cosinhas: essas bonitezas simples do dia-a-dia que, tão costumeiras, quase ninguém mais vê. É o que tem me desacelerado o peito e acalmado ansiedades: respiro tranquila enquanto vejo o dia passar, devaneando na fumacinha que sobe do café recém coado, percebendo a pressa das pessoas fugindo da chuva, dançando, sozinha, enquanto espero o semáforo esverdear.
Absorvo risadas como se fossem música. Deixo meu riso fazer coro às felicidades alheias. Abraço quem cruza meu caminho, espantando o frio pelo tato. Aprendi a aguçar meus ouvidos biônicos e ouvir atentamente tudo que me chega aos ouvidos. É bonito viver o presente, estar no agora. Exercício bonito deixar o amanhã para a sua devida hora...
No outono as folhas amarelam e caem; porém, na primavera novas folhas nascerão e virão cheias de vida.
Assim também é com o ser humano.
Em um dado momento perdemos a vitalidade da juventude, mas a maturidade que adquirimos com o tempo, nos ensina que novos horizontes sempre se abrirão.
O Outono do teu Amor
Como quando chega o Outono,
O fim do teu amor foi se pronunciando devagar.
Como uma frente fria e outra vão mostrando a mudança da estação,
Você foi intercalando paixão e indiferença, a me preparar para o fim do Verão.
...eu achando que estava louca,
Mas o inverno foi mostrando a cauda,
e nossa cama voltando a ser apenas a cama fria,
Como a tantos invernos já esquecidos.
Sem querer acreditar naquela mudança de clima, eu pedia o teu enlace no meio da madrugada,
buscando no calor, na saudade do Verão, teu coração que ainda pulsava por mim.
Você me enlaçava no veranico do Outono,
mas o vento voltava a soprar uivando, e o sino furin avisava: MULHER O VERÃO VAI TERMINAR!
... tua insonia circadiana voltava a te virar pro outro lado, teu fuso defasado na culpa deste amor, o nosso leito desfeito já não era meu o teu peito.
E para deixar bem claro, todo o amor do Verão, você me trazia frutas,
As mais gostosas da estação, sem já poder entregar a tua alma.
... sem nada entender, mas era assim que tudo acontecia, eu voltando a ser ainda nada, no frio-vazio Inverno da minha vida.
Mas nesse processo custoso, amadureci na bucólica estação: no Outono se faz a colheita para aquecer o Inverno de lembranças e gratidão pela oportunidade que o Universo nos deu de viver esse grande amor, um pouco que foi muito, um Sol acima do sol.
AMORES OUTONAIS
Marcial Salaverry
No outono da vida,
de uma vida bem vivida,
podem surgir
os verdadeiros amores...
Já sentimos todas as dores...
Não pensamos no porvir...
Podemos vivenciar
uma nova forma de amar...
Mais completa,
mais direta...
Um amor sem preconceitos,
Podemos vivê-lo,
podemos senti-lo...
Pelos instintos nos guiando,
vamos assim amando...
Totalmente...
Apaixonadamente...
Amores outonais...
Gostosos... Sensuais...
Primavera que cura, verão que embriaga
outono que chega e inverno que não passa.
Mulher que hidrata, e que não se disfarça.
resolvida de si, sorriso me abala.
Gelo que não derrete, congela minha alma.
Você é a quinta estação, a unica que nao passa.
Cicatriz que não cura, amor que não Sarah.
"Na lagoa tranquila o sapo pula,
Outono cai, as folhas se desprendem,
Em cada pétala de íris existe uma centelha divina,
As montanhas ecoam meu suspiro e o vento responde.
Sob o céu estrelado os versos fluem como rios,
Nas águas dos rios transcendo o eu,
Palavras escritas, pensamentos tecidos,
Na poesia breve encontro a essência da alma.
Nas palavras simples, aprofundo-me,
No toque suave da tinta encontro a liberdade,
Cada pincelada é uma meditação silenciosa ,
Caminho estreito, mente vasta.
Cavalgo pelas estradas do mundo procurando respostas,
Busca incessante do autoconhecimento,
A transcendência pessoal está na aceitação do efêmero,
Na busca do eterno, na poesia das páginas em branco."
Outono chegou!
Que as cores e folhas do outono possa nos levar, a belos caminhos.
Caminhos da renovação...🦋🦋🦋
Outono chegando, as folhas caindo, se despedindo
Desenhando formas pelo chão
Mudando o ciclo, chorando, sorrindo
Vai esvaziando e varrendo a natureza, parece levar embora sua beleza
Só vejo folhas secas pelo chão
É hora de transição
Assim meu outono se instala
O tempo passa, as lembranças ficam apagadas,
a vida muda, muitas folhas se perdem, momentos se vão
Pensamentos desfeitos
Refeitos que perpassam o destruir para se reconstruir
É a vida em movimento
Tudo passa.
É transitório
A primavera da existência retornará depois da turbulência
É a vida. Utopia!
Outono é seu...
Tudo é seu meu outono é seu...
Minhas folhas caídas são tuas
minhas veias finas são rimas
Minha longa respiração canção
Como O vento em seus cabelos.!
O movimento dos seus olhos
Como o lírio a dançar no campo.
Esse silêncio que fala comigo...
Por dentro nada de sofrimento...
E a força rompe a casca
E o broto marca o surgimento
Vem no vento a esperança.
Uma flor alcança o mistério.
Sua vida alimenta novos pensamentos.
E sem juramento e sem dor eu faço o caminho.
E se eu encontrar o seu invisível outono.
Eu vou musicar a poetizar sua alma...
A lua fica mais bonita e bonita
Quando você pega a minha mão.
A estação o perfeito beijo meu
Sentindo o mel daquilo que é só seu!
Eu te abraço dentro do meu silêncio
e a estrada da vida se cala...
O outono só calmaria nessa jornada.
Talvez eu tenha outra madrugada.
Para sonhar com a amada
E o outono invisível da
alma retrata e guarda,,,
na calada da carne que arde
O puro escalate amor por você...
Esse outono é só silêncio por dentro!!!
Bem-vindo Outono!
Toda a natureza é regida de ciclos para nos mostrar que devemos nos beneficiar das belas oportunidades que a vida nos oferece!
As quatro estações do ano nos inspira e nos convida a moldar nossos próprios ciclos nos renovando e nos reinventando na estação da mudança.
Outono, somos parte integrante do meio ambiente e sabemos que você, a cada ano, nos direciona para uma nova postura, uma nova atitude e comportamento.
Que a cada folha que caia da tua árvore, seja uma demonstração de renovação e transformação sublime em nossas vidas!
Cris Salles
22Mar23
POEMA DAS PÉTALAS 24/03/2016
No primeiro dia do outono
quando o sol ia se pondo.
Na rua o vento contido
entre as paredes dos prédios
se fazia arredio.
Pôs se a dançar invisível
na valsa do solo
que procura o frio.
Rodava em círculos concêntricos
em seu dançar excêntrico.
E sozinho valsava
sem que ninguém o visse
e a sua felicidade se fez prece
no desejo de companhia.
No caminho de uma mulher
que se deu por passagem
ali naquela hora,
um outro enamorado
cedeu lhe uma chuva de pétalas
vermelhas como deve ser
a cor do amor.
A dama se foi sorrindo
e do intento desse enamorado
depois de findo
restou em espólios
espalhadas pelo chão
o que já foram rosas
e agora eram sobras.
O vento em seu caminho,
naquele momento
tirou para dançar
quem já se achava no lixo.
E nos caminhos concêntricos
onde os pensamentos
transformam-se em sentimentos.
Ficaram na memória
a poesia do carinho
e da sua momentânea glória.
Como o flutuar de pétalas no ar
vermelhas como amor
que se puseram a rodopiar
em um final de tarde
de um primeiro dia de outono.
Tornou-se mais uma memória
guardada para sempre
em sua maneira terna
da forma mais etérea.
Um presente em poesia
homenagem aos lembrados
que se fizeram ausentes.
Ei outono, será que é pedir demais?
Dos caminhos vividos
Das noites silenciosas
Eu só quero o calor
O calor e as prosas
Dos dias compridos
Das folhas desprendo
Eu só quero o outono
Com o outono eu aprendo
Das cobranças da vida
De cada tropeço
Eu só quero a chance
A chance do recomeço
Dos meus próprios caos
Das sombras no caminho
Eu só quero a esperança
A esperança é o ninho
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais 27/03/2023 às 11:15 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Outono
A intensidade
Do que foi
Um dia
Permanece
A ansiedade
Do esperado
Momento
A mesma
A doçura
Do êxtase
Supremo
Promessa
A brisa
De então
A mesma
Ainda
Tão agora
Como antes
Foi presença
Tão ausente
A presença
No agora
O outono chegou
as folhas caem no chão.
Que Deus faça renascer
a esperança dentro de você...
Em todas as manhãs de outono!
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