Poema de Inverno

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Pra não dizer que não falei das flores,
sim, haverá um momento em que virão as flores,
os sorrisos, e os abraços por hora contidos.
Mas este momento não é agora.

Agora é o momento de entendermos
que ficar longe é dizer 'eu te amo'.
É o momento de evitarmos sair o máximo possível.
Podemos brincar, sim, com muitas coisas,
mas não com esta doença.
Agora é hora de sermos bem rígidos, disciplinados
e sérios contra este mal que assola o mundo.

A primavera virá, sim. Tenham absoluta certeza disso.
Mas primeiro precisamos atravessar este inverno.

Inserida por AugustoBranco1

Exatidão ou solidão

No momento próprio, para alguma coisa, a permanência do tempo é uma estação. Às vezes dizem que pareço com as cores que absorvem a luz. Eu costumo gostar de azul, e no temporal de chuva e vento eu sempre perco o calor e um amor. Eu conservo a calma, e escrevo sobre a ausência que se situa no tempo. O assentimento é como um pedido de confirmação, a agitação violenta da atmosfera não balança mais meu coração. O verde ainda habita em seus olhos, penso que a incógnita é se ainda floresce em meu coração, ela costumava a ser como um jardim de inverno, que eu envidraçava e enchia de luz. Aos poucos ela foi perdendo o brilho, o movimento ou a ação, foi afrouxando e cessando de viver, finar-se, o temporal era um mar intenso, marítimo sofrimento profundo, desaparecendo de mim. Já não era quente, nem morna... Era o tempo com você. A pigmentação desaparecia em seu rosto. Eu queria cor, mas dava tempo ao tempo que a levou. Errei, acalmei, aceitei, esfrie, guardei, um pouco do que amei, e se amei. Ela desaparece em mim. Ah tempo que eu lembro, da impressão que a luz refletida em seus olhos dilatados, pelo seu corpo colorido, tom rosado de pele humana, era a expressividade de linguagem, realce e tom, feição coração profundo coral ornamental, vistosa flor era ela. E o vento, tempo ela levou com si. E eu aprendo a viver sem ti. Impassível de paixão, só um calor comunicativo. Foi à intermediação de uma grande paixão. A quem diga que foi uma grandeza de amor.

Inserida por LOMiranda

Pauta e pausa, pausa e pauta, que confusão!

Emoção - serenidade, agitação - delicadeza, felicidade - tristeza.

Nesta dualidade o tempo arrasta a vida, desbota a cor dos sonhos, subtrai a esperança, traz o pranto e a agonia.

Ousado, ignora a alegria, a importância da paz, da fé e da solidariedade. Indiferente consome os segundos, as horas, os dias e a breve vida, entre as frias paredes pintadas com todos os tons da não raras vezes amarga realidade.

Hoje...pausa, porque na pauta não há espaço, cansaço...

Pausa...para que a primavera possa renascer e assim desenhar aquarelas em todos os galhos adormecidos na frieza do inverno.

Inserida por AnaStoppa

Um pensamento de outono
(Fernandha Franklin)

A primavera ele tirava de letra.
As cores, os tons e o perfume eram sempre favoráveis para aqueles romances que pareciam serem eternos.

O verão trazia a sedução avassaladora carregada de paixão, que fazia ele se entregar pelo impulso de ilusórias emoções.

O inverno era seu amigo...
Um momento de solidão,
era quando pensava naqueles amores passageiros vividos na primavera e verão...
amores que morriam com a chegada de cada nova estação.

E tinha o outono...
E ela era o outono dele.
Era a árvore de outono que ele não sabia cuidar.

Ele se apaixonava pelas folhas ao invés das raízes... Por isso quando o outono chegava e as folhas caiam ele nunca sabia o que amar.

Inserida por nandhafranklin

aforismo 15

Os antigos mestres da vida eram profundamente identificados
com as potências vivas do cosmos.

A grandeza e o poder da sua dinâmica atividade jaziam em sua profunda interioridade.

Quem compreende, hoje em dia, esses homens?

Eles eram sábios, como barqueiros que cruzam um rio em pleno inverno;

Eram cautelosos, como homens circundados de inimigos;

Eram reservados, como hóspedes que fossem;

Eram amoldáveis, como gelo que se derrete;

Eram autênticos, como o cerne de madeira de lei;

Eram amplos, como vales abertos;

Eram impenetráveis, como águas turvas.
(Tao Te Ching)
Tradução: Huberto Rohden

Inserida por pensandogrande

O que é o fim, se não o seu início?
Quem constituiu o tempo por juiz, para os determinar?
Outono e inverno estão a legislar.
Quem os legitimou? Quem os escolheu?
Sou partidária do atemporal, do verão, da primavera.
Voto para que os poderosos sejam condenados a vitalícia cela!
Que eu derreta antes de congelar!
Melhor ser fogo do que água dura me tornar.

Inserida por JeMedeiros

ESTAÇÕES DA VIDA
Ela era feliz com a vida que tinha quando ele cruzou seu caminho
naquela tarde encalorada da primavera da vida,
na juventude mal iniciada dos dois.
Sua felicidade aumentou de tamanho, mal cabia no peito.

De início se encontravam às escondidas,
faziam planos ousados,
casar, ter filhos, emprego estável, bens materiais.

o tempo passou...
o seu amor por ele solidificou
e numa tarde quente no final do verão da vida
ele a deixou...
mudou de casa,
juntou suas coisas,
a deixou desamparada.

Pobre menina
Ultimamente seu coração está apertado, dolorido, em frangalhos.
É que o amor bateu na porta, entrou em casa, trocou os móveis de lugar e foi embora.
Restaram a ausência, a carência, a saudade e a casa vazia de gente.
Restaram os móveis empoeirados na sala, encobertos com tecidos encardidos pelo tempo.

Um amigo lhe dissera que é assim mesmo, o amor às vezes nos prega peças, nos faz sofrer sem querer porque buscamos o melhor e ficamos na pior.
Vou trancar as portas do meu coração disse ela revoltada.
Desilusão dos sonhadores.
E ela ficava debruçada na janela daquela casa
olhando para o horizonte distante,
como quem procura respostas no lugar errado.

O tempo passou e numa manhã de frescor do outono da vida ele voltou, entrou pela porta do fundo e ela nem viu.
A porta estava trancada com correntes mas ele tinha a chave do cadeado.
E quando ela se deu conta os móveis já estavam arrumados,
a casa estava perfumada,
e lá estava ele sentado naquele sofá empoeirado a observá-la.

Ela olhou nos seus olhos e caiu em seus braços,
deitou-o em seu colo e pediu para que ele ficasse.
E sonhou...
E chorou...
E sorriu...
E ele fez promessas vãs.

E ingênua que ainda é.
tem a esperança de se casar no próximo inverno,
num asilo qualquer.

Inserida por marcofellipe

E eu o amava mas não queria mais sofrer
Eu o desejava e não podia suportar a distância
Eu queria atenção mas só recebia indiferença
Eu tentei de todas as formas me tornar visível mas ele não queria me ver
Ele dizia que eu era louca mas não fazia nada por nós
Ele dizia que me amava mas era mais frio que um dia de inverno.

Inserida por AndreiaFreiberger

Há um pedaço de mim
que é noite
sem luz,
sem estrelas

(...)

O outro,
é luminescência.

Há um pedaço de mim
que é tormenta
vendaval,
furacão

(...)

O outro
aurora boreal.

Há um pedaço de mim
que é vulcão
explosão
chuva ácida

(...)

O outro
copos de neve.

Há um pedaço de mim
que é calor
ardentia
troposfera

(...)

O outro
cru inverno
frio polar
mesosfera.

Há um pedaço de mim
que te almeja e tem saudades

(...)

O outro também.
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Este poema foi composto em uma noite de tempestades e calmarias, sob um céu nublado, sem lua e sem estrelas. Os relógios marcaram as 0:40hs e os termômetros 13 °. A pressão atmosférica era de 010.00mb, a humidade relativa dor ar de 93%, e os ventos sopravam a 13km / h.

Inserida por onne

Passei a vida inteira com vontades, e agora não sei o que fazer com elas.
Fiquei com vontade de saber se você beija tão bem quanto tiras o sono,
Fiquei com vontade de saber se o inverno não é tão rigoroso, contigo ao lado.
Fiquei com vontade de ter vontade, de acordar, com medo de não acordar contigo,
Fiquei com vontade de descobrir se no amor nem sempre se morre,
Se há vida, depois de dizer "Eu te amo".

Inserida por VilmarBecker

"Como senão bastasse o frio quase a zero de novo, agora com chuva que congela meus ossinhos.
Vaya dia que frio madre mia. Perdoname pero prefiero sudar como una vaca que congelarme como pinguino."
Frio fue echo pa dormir. Que venga el veranito ya. Parque de atracciones, Aquopolis, Playa, Pisci, Barbacoa, Rios, Bar de terrazitas... oleeee y oleee.

─By Coelhinha

Inserida por ByCoelhinha

Sonhei assentado sobre o banco do Jardim da Vida e,
Olhava no horizonte apreciando o verde das árvores,
O Ar ainda era puro e a água era límpida e cristalina,
O céu ainda era azul e os raios do sol fortalecia a pele;

As frutas eram em abundância bem como as verduras,
A água filtrada pelo natural minava por todos os lados,
Os peixes nadavam tranquilos na sua rota até a piracema,
Vejo homens e animais juntos respeitando suas naturezas;

As flores de todas as formas encantavam o Jardim da Vida,
Borboletas e abelhas dançam sincronizadas em seu redor
Atraídos pela cor e o perfume que embelezam a natureza.
Sentia os dias mais longos do que as noites, eis ai o Verão!

O invejável outono provocava a troca de folhas das arvores;
É chegado o inverno e a temperatura cai no Jardim da Vida,
Esquentando e aflorando o, amor, mais belo dos sentimentos.
Ó Deus, rogo para que transforme meu sonho em realidade!

Inserida por rockfellerfo

Foi um verão diferente. O único verão que eu sai à tarde e caminhei meia cidade, esperei sem sombra,não tomei uma gota sequer d'gua.

Mas no momento a ansiedade de te ver era maior, e quando te avistei nem me importei que você estava suado, apenas sorri.

Foi um verão tão diferente, mas nenhum verão é eterno. O inverno chegou frio

O inverno chegou...

Chegou...

Congelou nossos corações...

Mas as estações mudam, e um novo verão vai chegar...

Inserida por dudajung

Outra manhã dos dias meus,
em que apenas agradeço
esta imensa paz e alegria
pela chance do recomeço...

Inserida por neusamarilda

Está mais frio aqui fora
do que dentro da geladeira
até o sol quer ir embora
deve estar com tremedeira...

Inserida por neusamarilda

Existem paixões que nunca, nunca se desvanecem
Por mais que o tempo passe, por mais que se pense que já está, já foi, fica sempre o travo agridoce de tudo –
Uma paixão deixa sempre algo em nós. Não deixando não foi paixão.
Paixão, arranca a roupa do corpo, faz transpirar, sufoca. Paixão faz taquicardia, solta-nos as lágrimas, faz nos ouvir música, deixa-nos acordados pela noite.
Paixão traz vida! Paixão acorda-nos da morte acordada dos dias. Faz nos ansiar pela noite…transforma o dia em noite, a noite em dia.
Ai a paixão!
Escreve se poesia, faz se música.
E até um dia de inverno se transforma em Primavera. Desperta os sentidos, renasce, revive.
E tu es um ser maravilhoso, e eu, eu nasci para ti. Toda a minha vida existi para este momento. So existo porque tu respiras, e quando te vi, todos os barulhos se calaram, tudo perdeu a cor à tua volta e só tu exististe. E eu fiquei ali, a ver te existir, presa no teu Ser, naufraga no teu olhar.
O mundo ganha cor quando passas, como eu quando te vejo chegar; ilumino me.

Inserida por luna_chiara

Nesta quarta estação que tem o ano,
aprecio este mundo ultramoderno,
e nas chuvas que me sobram do inverno
faço um esboço de um poema puritano...

No inverno tudo soa a transparência,
desde os dias que antecedem o Natal,
porque um homem exercita a paciência
e até o frio nos parece mais natural…

Sacudo os altos ventos que me restam
para cima desse frio que me regela,
tentando dar à luz uma só estrela
enquanto os vendavais se manifestam…

Farei uma caraça de improviso,
com a lama que abunda no meu rosto,
e prometo modelar um bom sorriso
no Entrudo que aí vem com todo o gosto…

Será honesta a grande quadra de folia,
os borguistas nunca foram tão sinceros,
pois deixamos de adorar pantomineiros,
adorando um vasto mundo de alegria…

E hoje, com tais nuvens tão cinzentas,
neste dia tão cinéreo quanto breve,
vou sair e reforçar a vestimenta,
porque a chuva pode vir em tons de neve.

Inserida por AntonioPrates

"Ora, quão belo está aquilo que cativamos dentro de nós, ou principalmente, em outrem? Em tempos onde as folhas caem, as flores somem, e, o frio da nossa história, por vezes, tende a nos congelar a alma, continuamos enxergando a beleza do que nos foi cativado ou cativamos em outrora, ou simplesmente, não a vemos, digo da fina beleza, pelo congelar do coração durante um terrível e sombrio inverno? No todo, algo se torna inevitável e certo. A beleza, não se contempla apenas pelo que se faz novo ou cheio de cor, mas pela essência do que resiste, pelo que se constrói perante os olhos do espírito, isso, aos que verdadeiramente sentem a vida, torna-se imutável."

(Mettran Senna)

Inserida por MettranSenna

Amor à primeira vista, amor antes do contato,
Quem disse que isso é amor errado?!
Para o amor não existem barreira, laço, nem prisão,
Quando se ama, estende-se a mão.
Ame de Janeiro à Janeiro, de inverno à verão,
Não ame passageiro, não deixe amar em vão.

Inserida por rikelmy_alves

FRIO (soneto)

Arrefece o cerrado dentro do frio
E cada bafejo é o frio no caixilho
Da ventana, escorrendo no ladrilho
Mais frio, n'alma causando arrepio

Me encolho neste frio chorrilho
Que ascende o inverno em feitio
Ouvindo em anexo um assobio
Do vento, eriçando até o fundilho

E lá fora é frio que atulha o vazio
Cá dentro o gelado em trocadilho
Em coro com o friasco tão bravio

Sinto chiar na vidraça num gatilho
De frio, sombrio este tal tão vadio
Aquentado com o chá e sequilho

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol