Poema da Fome
"O escorpião é um
animal perigoso
mas, se segurá-lo
pela cauda, ele se
torna
uma iguaria e ainda
mata nossa fome...
Portanto
ter carinho
e respeito por
cada ser na terra
nos torna
Seres Divinos!"
A dor...
A dor nos alimentou, se doou, fez de tudo para não nos largar. E hoje, a dor faminta, pelo tudo que deu na sua entrega, de fome desfalece, mas insiste em doar suas ultimas migalhas, pelo desejo de tê-la insistentemente presente, por si só, mesmo que da dor não nos alimentemos mais, pois quando na malícia ela se fez vício, almejava que nunca, o não mais, viria a ser o que se tornou, digo do alimento, mesmo que aos passos do fim, destruída, mas ainda cheia de vigor pelo que em outrora nutriu no coração!
Mettran Senna
Nenhum ser humano poderá ser completamente feliz enquanto os seus semelhantes estiverem sendo vítimas da fome, da guerra e da injustiça. Os que se dizem completamente felizes frente a estes problemas são mentirosos ou dignos de pena.
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@diego2muniz
Tenho comigo uma absoluta repulsa por dois tipos de pessoas: os que mentem e os que desistem. Resumo-os, inseparavelmente, em um tipo só: os covardes.
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@diego2muniz
A vida nos apresentará em uma constante frequência muitas pessoas berrando e levantando bandeiras; e a maioria delas não saberá sequer o motivo.
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[miséria diz]
Aflora, dignidade,
pois quanta maldade eu vejo aflorar
a noite afora
no frio, no vácuo
morre na ponte
cai do telhado
queimado, sem teto
Aflora, dignidade,
pois toda a miséria é indigna
em casa, a forra
no seco, coberto
digno de gestos
cai da boca migalhas,
todo o pão
Lamento Sertanejo...
Uma canção
Para se ouvir silente
Sem entender o que sente
Essa gente sofrida e vivente
Sobre o solo rachado... seco
Hora, entre a sede e a fome
Outra, entre a fome e a sede
Sertanejo de bravo coração
Aguerrido na lida do roçado
Que fiel e crente, suplica em cantiga
Que a chuva lave a caatinga
Alguns temas tem tomado grandes proporções este ano, eleições, olimpíadas de Londres e a Copa. Vêm então questionamento sobre a real importância de cada um desses fatos, que proporções eles devem tomar e o quão dispendioso cada um deles deve ser. O Slogan do nosso Brasil é “Pais do Futebol”, mas não seria país da fome?
Estima-se que diariamente 32.000.000 (9.000.000) defrontam com o problema da fome, a renda mensal destes lhes garantes, na melhor das hipóteses, apenas a aquisição de uma cesta básica. 7.200.000 desses famintos é na região nordeste. O problema não é gerado pela falta de recurso no país, mas sim pelo o mal e desproporcional emprego da renda gerada.
Os gastos estimados para que o Brasil sedie a Copa de 2014 chega ao absurdo de 27 bilhões. Se considerarmos a cesta básica melhor avaliada por um portal de notícias (R$ 299.96) e multiplicarmos pela quantidade de famílias, veremos que o gasto na copa daria para sustentar por 10 meses todas estas 9 milhões de familias necessitadas.
Só com estes dados já vemos que talvez o povo brasileiro deveria rever se não somos talvez o país da fome, e quando o problema da fome estiver totalmente resolvido poderíamos pensar em ser o país do futebol
Se você é o que você come, o que acontece com quem não come nada?
Será por isso que ninguém enxerga toda essa gente?
Simples!...
mente que me ama.
Sim,
please,
me engana.
Me declama
qualquer prosa.
Simplesmente,
mente.
Minha mente
não reclama.
Mas me leve,
leve,
pra sua cama.
Assim sim,
simples,
sim, please.
Empurrado pra's ruas
Disse que não me faltava quase nada
Mas quando me deu um cobertor
Não percebeu
Que o frio vem também da solidão
Da falta de um pão
Na barriga vazia de quem nada comeu
Disse que me arrumaria um bom emprego
Mas quando encontrou uma vaga
Esqueceu
Que pra tudo tem que ter formação
E pra quem não recebeu primeiro educação
Restou acostumar-se com a vida de plebeu
Disse que eu estaria limpo após um banho
Mas depois de todo um sabonete usado
Não percebeu
Que a sujeira vem das ruas deste mundo
E quem está sempre nelas continuará imundo
Porque não tem um lugar pra chamar de seu
Disse que resolveu minha vida
Mas quando falou que o fez
Esqueceu
De certificar-se que eu só sobrevivia
E que cidadania nenhuma eu teria
Enquanto a cidade crescer mais que eu
Alimento para dois
Por favor, exagere! Mostre-me o todo e mais! O tempo passa e ela está faminta!
Não deixe a fome se cansar, não deixe... Não deixe de procurar! Ela precisa em demasia e você, você depende da necessidade dela para se saciar e para saciá-la!
O tempo passa, Ela sempre faminta... Peço que não deixe essa boca sedenta, saliente e quente! Não a deixe ir agora!
Mude a receita, onde aquele sentimento está? Exagere e, então, prove! Provem os dois, saciem-se até que se possa ver o fundo emergulhem!
Sintam os dois como deve ser... Devorem-se! Seus corpos são um alimento que quanto mais se consome maior fica a fome. Exatos e sublimes por vocês dois!
E justamente porque são dois...
Inocências Feridas
O meu olhar,
A minha voz
O meu grito mudo de dor.
O meu eu aflito
A minha inquietude
A minha prece
Vão hoje para as crianças.
Que padecem
Por conta do maltrato,
Dos adultos perversos.
Crianças vítimas das guerras
Das pestes
Da fome
Da exclusão social que extermina seus sonhos
Suas cirandas.
Suas esperanças
Filhas de uma sociedade egoísta
Que nem as migalhas da sua mesa é capaz de repartir.
Dos governos soberbos e tiranos
Desumanos
Que se autodenominam salvadores
Enquanto roubam e mentem,
E se enriquecem
Enquanto apodrecem
Nas ruas e nos lixões
Crianças indefesas.
Que salivam atrás de uma vitrine
E expelem vermes
Enquanto se espremem
Em cubículos ínfimos
Do tamanho das consciências dos governantes.
Nas favelas.
Expostas às dores
Maiores que suas almas.
Enormemente maiores que a nossa bondade.
Na ponta da língua
Estava na ponta da língua
A palavra que iria te intitular
Mas um pensamento indecente
Apossou-se de mim ferozmente
E a este nome fez mudar.
Estava na ponta da língua
Toda minha fome de beber
Toda minha sede de comer
Mas um pequeno gesto teu
Tudo mudou e todo meu corpo ascendeu
Estava na ponta da língua
O resgate para o desperdício de sabor
Mas já com o corpo fervendo
As palavras foram se perdendo
Apenas entre os dentes a língua ficou.
Enide santos 31/07/15
Batata em ação.
Sem batata não fico não.
Excelente opção
Rica em carboidrato.
Alimento barato.
Vitaminas e minerais.
Saudáveis e naturais.
Propriedades e riqueza.
Em nossa mesa.
Não faltará batata.
Branca, amarela, vermelha ou mulata.
Em purê, suflê ou á dorê.
Quero sempre te comer.
Todo individuo conheça a Batata.
Da roça, da fazenda e da mata.
Ela ama seu coração.
Lhe dá força e razão.
São diversas opções.
Recheadas de emoções.
Batatas doces.
Batatas fritas.
Ou com camarões.
Todas tem uma relação.
De amor afeto e paixão.
Estão em todos os lugares.
Supermercados, feiras e bares.
Tem todos os formatos.
Enfeitando nossos pratos.
Sentir, cheirar, tocar.
Ò batata.
Contigo quero estar.
Junior Mansi
Triste
decisões oblíquas
ilusões colossais
vindas de espíritos opacos
triste
por natureza translúcido
nunca soube quem sou eu
conto agora minha história
de lutas e glórias
mas vem um louco sádico
acádico arcaico
me dizendo o que devo fazer
RAM!!! vou dizer:
ou melhor o meu querer
se expande do meu ser
vai além do que posso ver
olha aqui seu doutor
sou um mendigo desgraçado
em pais capitalizado
quase não como
quando bebo falo meu vômito
minhas entranhas, minha esperança
meu povo empalidece
mas não se esquece
chão rachado
vento calado
mas aqui a fome
não tem outro nome
bota mais água no feijão para o homem
aquele que consome a vida social
Indiferença...
Acordam, ainda respiram, se tem, tomam o café da manhã e, em seguida, se podem, buscam um banho.
A pé, de ônibus ou metrô enfrentam o desafio de chegar ao trabalho ou por mais um dia em busca dele continuar.
Convivem com a fome enquanto tantos, enfastiados, não sabem o que escolher.
Supermercados e restaurantes descartam comida boa todo santo dia.
A noite chega, lá se foi mais um dia, igual a tantos outros que já se foram e, indiferentes, seguimos.
Não nos importamos mais, estamos nos deixando envolver pela indiferença.
Alguém, sem alarde e como sempre, prestando atenção, oferece um prato à mãe e seu filho que, constrangidos, agradecem e procuram um canto, escondidos saciam a fome de horas.
Erros e acertos fazem parte de quem tenta realizar, não há certezas, a não ser a finitude que, dia-a-dia, se aproxima e com ela a paz do que se realizou ou se arriscou a fazer ou, pior, sequer saber que não se fez nada.
Antes,
apenas semente...
Depois,
a vida que brota!
Os dois
momentos da vida.
A flor e o fruto.
A vida é uma flor...
que mata
a nossa fome!
Cansado do trabalho?
Existem pessoas se cansando a procura de um trabalho.
Cheio de comer todos os dias as mesmas coisas?
Existem pessoas que não comem nada há dias.
Noites longas, noites frias o vento gela.
Minh'alma esfria.
A realidade me amedronta nas calçadas ao relento.
Não há esperança, não há sonhos, só pesadelo de olhos abertos,
se não espero então não vivo. sofro calado aqui na esquina.
Estou com fome, tenho sede;
Sou o que vejo Sou sofrimento.
Se me olham viram o rosto; estou sujo e fedendo,
fecham os olhos e sentem nojo da minha indigência!
Em quem esperar? Se a esperança estou perdendo! Estou morrendo no cimento.
socorro!!! Eu grito, ninguém me escuta, então me calo e me sufoco em soluços.
Os meus vizinhos são a morte e a depressão, que mesmo eu não querendo eles insistem em me fazer companhia;
Na rua ou na esquina, ali na ponte ou no esgoto, assim eu vivo, assim pereço!
Sou assim: Um cidadão sobrevivente na rua...
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