Poema Concreto sobre Rios e Mares
SENHORA
Dá-me a serenidade das águas dos rios
Dá-me a força das fragas das serras
Dá-me a doçura das flores do campo
Dá-me a paixão pela vida do tempo perdido
Dá-me a fé que eu tenha esquecido
Dá-me a esperança que deixei guardada
Perdoa-me se fracassar, se tiver medo
Que eu possa sempre voltar a recomeçar
Tinha todas as árvores,
todos os galhos
e todas as folhas.
E todas as águas,
de todos os rios,
de todas as chuvas.
Tinha todos os ares,
de todos os climas,
de todas as horas.
E os insetos, todos,
das flores, todas,
que dão grãos e frutos.
Tinha os montes, as planícies,
os arbustos dos campos.
O solo, a areia, o barro.
E um só legado:
o de sonorizar paisagens.
Até cair num alçapão
e acabar encarcerado.
Um turbilhão de pensamentos
e rios de lágrimas me turvam a visão.
Pensamentos desenfreados,
lágrimas de dor...
Redemoinho
de sentimentos
No cérebro o caos,
no peito...batimentos acelerados
mas estática estou,
Com a mente
descontrolada, em movimento.
Centenas de
palavras caladas
No leito
o corpo lasso.
No espírito
o descompasso.
(Para meu esposo, meu grande amor, que partiu tão cedo. Um homem dotado de valores imensuráveis : trabalhador, honrado, honesto, de caráter ímpar e de uma mente brilhante. Exemplo de dignidade, que viverá eternamente em nossos corações.
Márcio Miguel Zorio 1969-2016)
Onde está a maravilha?
Há tanta beleza no mundo
Que não dá nem pra contar.
Tem rios, tem céu, tem mar,
Flores, bichos, e ainda mais,
O firmamento com seus astros,
E o esplendor do universo.
A inocência da criança,
A experiência do mais velho,
O altruísmo do santo, a coragem do herói,
Do filósofo a inquietude e o talento dos artistas.
A amizade leal e o amor apaixonado.
Há tanta beleza no mundo
Que eu não canso de apreciar.
Mas o que está nisso tudo
E eu não posso apreender,
É o Belo em sua essência,
Que é impossível conceber.
Onde está a maravilha, que eu vivo a procurar?
Quem sabe não está lá fora,
Nem tão distante assim...
Está dentro de mim mesmo,
Ainda que não dê pra ver,
Pois toda beleza do mundo
Está n’Ele e Ele em mim.
Nosso rios!
A ninguém eu prejudico
nunca fiz mal a você
ao trabalho me dedico
porque tenho a oferecer
e o respeito eu te indico
deixe em paz o Velho Chico
e cuide bem do Tietê.
FLORES COM LAGRIMAS
Dois olhos
dois rios
chuvas de lagrimas
enxurradas.
Lagos de tudo
enchente do mundo
águas.
São tantos choros
em meio a soluços
tanto impulsos!
Saudades danadas.
Antonio Montes
Santo Aleixo é um santo lugar,
ao pé do altar de dois rios,
montanhas e cascatas ao luar,
abraçam seus filhos esguios.
Santo Aleixo
Sob asas de montanhas
desse lugar mitológico,
entrecortado de rios,
o Senhor edificou
um santuário ecológico...
nas trilhas, pegadas de luta
dos que semearam ali...
esse campus pedagógico,
com tantos encantos e brilhos,
tem esculpido nas rochas
o perfil de seus filhos.
Rosas, sonhos...
Flores, versos
Banhos,
Rios, mar !
Mar imenso
Água que me banha
Me toca leve.
Músicas no ar
Sons,
Paixão bate no peito
Olhar, lembra distante
Passado
Vejo no vento
Sinto
O ar que respiro traz teu cheiro
Gosto de mel
Tua boca na minha
Teu olhar no meu !
É tudo louco doido, maluquez...
Piração na mente
Frio
Quero apertos
Abraços seus.
Quero mais
Quero tudo: digo, peço !
17/06/2017
Boa tarde🌬️
Permita que rios de felicidade corram em seu interior, ai brotará a verdadeira beleza de quem você realmente é.
Ale✍️
Alma como vulcões
Minha alma tem rios de lava quente
que queimam como no interior de vulcões
num fogo de anseios e inquietudes
na busca de fortes emoções
não vive uma vida sem movimento
na procura sempre de algo diferente
mas afogada em múltiplos sentimentos
que a fazem perdida e confusa
na procura do que nunca teve
e culpada por viver a sonhar
com encantos que nunca vai encontrar
mas que sempre vai acreditar
no poder do anjo a lhe embalar.
Genelucia
No mar dos meus sentimentos
deságua a minha emoção,
navegam os meus pensamentos
nos rios do coração.
São rosas e beijos
São flores
Verdes, risos...
Mar de olhares
Músicas pedidas
Rios de amores !
Em vão
Em voltas
Vindas e Idas
Sonhos
Vidas...
11/11/2017
'O RIO SEMPRE CORRE'
Os rios sempre correm,
nos olhos correntezas tropeçam.
Pupilas pequenas,
peixes artificiais.
Puro 'eu' no espectro da cena...
Canoas enferrujadas,
abotoadas no leito caído.
No remanso,
limbo de abelhas,
insetos praguejando tormentos...
Da janela,
carnificinas estilhaçam o peito amarroado.
Sou agora fúlgidos ferimentos,
perdas no espaço,
loucos sentimentos...
Curvas infinitas,
nas ilusões deixadas nas noites.
Rios permearão,
nas pernoites passadoras,
nas auroras de essências deixadas p'ra trás...
Sonho carnes cruas e mera existência,
sequelas jogadas nas ruas.
Sons nas madrugadas digerindo utopias.
Tudo se foi com os ventos,
deveria!
Reflito à montanha calado,
presente gladiador em revoltas,
águas revoltas nas nuvens.
Serei contornos sem inspiração,
ausência de rotas no alvorecer...
RIOS DE MINHAS LEMBRANÇAS
No rio de minhas lembranças,
Em águas claras de risos,
Banzeira toda minha infância
Debruçada em flores...
Nas espumas da saudade
Sob a quilha da velha canoa
Descortina-se minha Fonte Boa
Da fina névoa do tempo
Que o sentimento entoa!
Lá da proa do Velho Chico
Avisto a escadaria do porto
E a Lage que dava conforto
E abrigo ao povo de boa-fé:
No campo do Arigozinho
Rememoro a infante idade,
O amor secreto à deidade
Agasalhado no bauzinho
Singelo da doce memória!
Lembro-me da flor-do-dia,
Do apreciar do pôr-do-sol
E da primeira flor de girassol
Nascida à beira do barranco.
No Igarapé da Arapanca,
Leonardo, Estrada e Celetra
Nadávamos sem ser penetra
Nas gélidas águas do reino
Mítico das ninfas do Cajaraí!
Só recordo com pesar
A rede atada acima do paneiro
O lenço branco derradeiro
Estendido em despedida!
... As luzes se apequenando
E o barco singrando o rio
Deixando para trás todo brio
Das tuas noites de estrelas
Que cintilavam meus prantos.
Essa distância que me separa
É a mesma que fortalece o amor
Impregnado na seiva do ardor
De todas minhas lembranças...
No rio primaveril do destino
Navegando a bordo da igarité de sonhos
Logo atracarei teus portos risonhos
E deles jamais me desgarrarei
Como no pretérito tristonho!
Chuva de gotas delicadas
Que mata a sede da terra
Faz crescer a semente
Faz os rios correr livremente
Água é vida concedida
Para todo o ser vivente
Enviadas do Criador Onipotente...
Letras Em Versos de Edna
SOMOS RIOS.
A cada dia não somos mais os mesmos pq as situações e as pessoas com quem convivemos tb são novas.
O rio q passa nunca é o mesmo.
Todos os dias aprendemos algo novo e nos refazemos.
SOMOS RIOS!
Vim das entranhas da Amazônia
Das corredeiras serenas dos rios
Do colo firme do Juruti
Das areias brancas do Tapajós
Cresci à sombra da Floresta
Onde as férteis várzeas se esbaldam com o Amazonas
Onde o cerrado é enobrecido pelo Arapiuns
O tambaqui assado e a pimenta de cheiro
A piracaia e o cantador
O por do sol sobre o Manto azul
A fortaleza da minha origem
Saudade não é nostalgia
Saudade não é sentir a falta
É sim, a presença da ausência
A Saudade não entristece
Agradece ao amor perene
Sorrio quando estou feliz
e quando estou triste
(só de raiva sorrio)
Rio para o sol, os rios, os mares e o ar!
Cataventos e faróis...
Sorrio no inverno para espantar a solidão
E sigo rindo, primavera, outono e verão.
RIO DOCE
Sou um poeta que ama
Os rios, toda a natureza;
E quando ela reclama
E sofre perdendo a beleza,
Eu também me emociono
Ao ver o estrago da lama.
Ao rio fizeram algo insano
Restando a muitos o drama
De ter a vida atingida,
Trazendo sofrimento e dor,
Com peixes e gente afligida:
Índio, cidadão, pescador.
E agora não tem mais curimba
Cascudo, mandi ou dourado.
Cavar um poço, cacimba,
O estrago será demorado.
E tudo isso pela ganância:
A exploração do minério.
À vida não dão importância,
Não levaram o Rio a sério.
E quando estouraram barragens
Contendo rejeitos de ferro
A seca acabou com as forragens
A natureza dando berro
Gritando, pedindo socorro
E tudo isso deixa tristeza
“Me ajude, ou se não eu morro!”
A fauna e a flora em fraqueza.
Quando será que veremos
A vida em nosso Rio Doce?
E de su’água beberemos?
Achamos que piorar não fosse.
E agora temos que chorar
No velório de nosso rio
E a lama também vai ao mar
Só de pensar dá calafrio.
Agora é viver com os transtornos
Até que tudo isso acabe
Preservar dos rios os entornos
E que mais lama não desabe.
Beto Costa, Baixo Guandu-ES – 19/11/2015 (17h42 e 20h14)
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