Poema sobre a Chuva e o Vento
Meados do tempo
Lagrimas de chuva
Corriqueiro vento
Noturno o medo
Como espelho tem falas
Meia Noite ventania
Sobre algoz terror...
Passado o momento
Trêmulo as dores garganta seca...
Sono que se encontra dormindo...
Parece ser último no ar da madrugada.
Ambiguidade de tais formas surgem
Essas almas que argumenta atroz flagelo.
Em gritos se dissolve com amanhecer.
São bem mais o que aparece ser.
Entretanto o bocejo parece mais um dia longo.
- Chuva, chuvisco, chuvarada
Dias de chuva são tão estranhos, eu tenho medo.
Dias de vento são legais, eu consigo voar.
Dias de sol são felizes, eu posso sonhar!
LEMBRA
Lembra de mim
Quando o vento soprar
E a árvore florescer
E sentir o cheiro da chuva
Mesmo antes do céu escurecer.
Lembra de mim
Quando a música tocar
E quando o sol nascer
E o horizonte estiver colorido
Fazendo tudo mais emudecer.
Lembra de mim
Quando o frio ceder
Deixando o calor voltar
E for possível correr pro mar
Marcando pegadas na areia
Numa mistura de som, cheiro
e pés molhados.
Lembra de mim
Quando ouvir algo
Que eu não podia dizer
Quando a vida estiver difícil
E der vontade de partir
E a vontade de chorar for vencida
Por encontrar um motivo pra sorrir
Lembra de mim
Quando o incômodo valer a pena
E as pedras e conchas não forem perfeitas
E o livro usado retomar seu lugar
Lembra, quando suspirar ao lembrar.
Publicado em " Grandes Nomes da Poesia Brasileira" - Ed 2018
Despertando-me com o sol
Me molharei com a chuva farei parar o vento
Me deitarei sobre nuvens viajarei até a lua
Pedirei às estrelas que escrevam no céu de luz
O seu nome e o quanto amo você
Sonhando vou com seu amor
Nos teus braços em pureza perfeita
Ali a tristeza se viu desprezada
E eu feliz em teu colo me senti sua flor a eleita.
A luz trêmula da vela
Reflete nos tímidos pingos
De chuva na janela...
O vento corta a noite fria
E o "diz que diz que"das folhas
No nosso antigo jardim
É como uma canção de saudade de ti... Um doce lamento,
Que ecoa no meu peito...
E é minha única companhia
No que restou do nosso leito...
Sopra o vento, nasce o sol
Cai a chuva, vem o sereno
E você também, acontece
E vai, e sofre, e vai
Vem o dia, a noite
Aqui estamos, também
O que dita isso dita aquilo
E sofremos, e vamos
E se criam, e se distroem
E nascem e morrem
E ajudam, atrapalham
E sofremos, e vamos
E chegamos, enxergamos
E ouvimos, e surdamos
E o vento vem, e nasce o sol
E vai, e sofre, e vai
Onde a magia acontece
Chuva é sol, o vento é calmo,
Os espinhos são rosas,
E amor.. o amor é mágico.
Abrigo
O Homem procura abrigar-se.
Abrigar-se da chuva, do vento.
Da tempestade, da intempérie.
Um abrigo pode ser uma casa,
Mas também um local
Em que estamos seguros.
Abrigar-se é resguardar-se
E precaver-se, pois, um abrigo é um bem,
Que além de nos salvar a vida,
Livra-nos do escuro também.
As intempéries da vida
O vento levou pra longe as sujeiras da minha alma,
A chuva choveu mansinha, acalmando a minha calma.
A primavera trouxe o verde alegrando fauna,
O verão fez do meu dia tão quente, igual ao calor da sauna.
O mormaço da paisagem inspirou Picasso,
O calor da caatinga fez a roupa do cangaço.
Espadas em aço de damasco fizeram arte e regaço,
Sonhei por várias vezes que eu caia do penhasco.
Folhas, flores e frutos dançam felizes sob a chuva,
O outono fez o broto e amadureceu a uva,
O frio do inverno pediu luva,
É da nuvem mais escura que vem a chuva.
O frio e o calor trocam a minha roupa,
Às vezes, até me colocam touca.
Por vezes, minha voz fica mais romântica,
Ou está louca ou está rouca.
O esplendor da primavera traz as loucuras de amor,
O frio do inverno, edredom e cobertor.
O Calor do verão, às vezes, me deixa na mão,
O outono faz de seus frutos a sua melhor canção.
Élcio José Martins
Palavras ditas, não ditas, escritas
nos dias silenciosos, à chuva ao vento
onde partimos as correntes de ninguém
alguém perdido, esquecido no tempo.!!
OS IPÊS DA PRAÇA...
O vento sopra forte provocando uma chuva de flores,
amarelas,brancas,cor de rosas.
No chão forma-se um tapete por onde você caminha,
linda e cheia de graça,pisando as flores distraida.
Talvez,sem perceber a homenagem dos ipês e do vento...
A chuva desce do céu,
encontra seu amigo para conversar
O vento frio
Quando a lagrima escorre do rosto pergunta ao tempo, porque ele demora tanto pra passar
E preencher esse vazio
Perante ao vento eu encontrei amores
Diante a chuva chorei por eles
Em meio ao pôr do sol deixei doer
E quando ressurgir um novo amanhã
Meu próprio amor será meu,
sistema climático.
SOZINHO
O coração grita
A chuva cai lá fora
E dentro em mim um vento frio
Então deixo tudo
Vou para o chuveiro
No bosque embaraçado escrevo teu nome
Sem saber se existo dentro de você
As lágrimas dessem quentes dos meus olhos
E vai ao encontro da chuva
Um relâmpago o coração dispara
E o medo faz com que grite teu nome
Agora pergunto...
Onde você esta que não ouso tua voz.
Será que está fazendo o mesmo...
Assistindo a chuva cair
Sem poder fazer nada.
OSB 2002
Como num vento tudo acontece,
A chuva vem e escurece,
A alegria do bem entristece,
A solidão vem fácil e engrandece;
O que vale a pena nessa vida?
Viver solto como passarinho,
Indefeso aparentemente no seu ninho,
Ou viver em busca de um caminho;
Sei lá é tudo confuso,
As coisas não tem sentindo,
Sentimentos bons e ruins são tudo parecidos,
Procurei amor e me senti perdido,
Não tem nem um homem ou uma mulher,
Que saiba o valor de um abraço,
As vezes é amor eterno,
Outras vezes é o laceado do acaso;
Me diga o que te faz feliz!
Quem te veio na memória,
Me lembre de tudo nessa hora,
É arriscando que a vida vira história;
Quão duro é se apaixonar,
É abraçar um desafeto do mal,
Alimentando um amor doente e banal,
Ou um amor repentino e real?
Na hora que fechamos os olhos,
Todo mundo passa a ser um boa pessoa,
Desfaz os sonhos de uma vida toda,
Ame de verdade ou perde a vida a toa!
Deutes Oliveira (18 de Dezembro de 2020)
Os braços da saudade abraçam o vento,
E as lágrimas no rosto do amor
Nos remete à chuva vinda do firmamento
Para sermos lavados e livres da dor.
Corpo ardente em chamas,
tempo de alma,
vento frio, chuva quente,
desequilibrio que amas,
voz quente e inocente,
Cativa-me com seu mistério envolvente.
Sussurro do corpo,
arrepio da mente...
Ah, como posso chamar essa calma?
Já não enganas a quem te amas...
Do que me resta
Da noite … as sombras.
Da chuva… o rio.
Do inverno… o frio.
Do vento… a brisa.
Do céu… um sol sombrio.
Do que me resta…
Do pouco que a vida me empresta…
Na janela uma fresta.
Do que me resta: esperar acabar a festa.
Poucos conseguem lidar
com a tua intensidade,
teu vento é ventania,
tua chuva é tempestade,
alcançam uma euforia
os que te sentem de verdade,
como um rio, tens correntezas,
tua beleza avassaladora
e o teu jeito de ser,
Mulher sedutora
que facilmente provoca
um intenso prazer.
