Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
À volta de mim, o terror e a morte…
olhares de medo
fixos na imensidão do vácuo
interrogam-se mudos
inquietos…
dolorosamente pensam na razão
de tal sofrer
Mas não choram porque o pranto
se esgotou há muito
neste inquieto viver
Ah! Se eu soubesse ao menos rezar…
Rezava por ti
ó homem verme, tirano e sádico
que por prazer destróis;
Rezava por ti
ó governante ganancioso e brutal
que o mais fraco aniquilas;
Rezava por ti
ó deus, que já nem sei se existes,
pela geração que criaste
e abandonaste
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Entre os teus lábios
entreabertos
inchados pela morte
e gretados pelo calor que te calcinava
os ossos desfeitos
ainda antes de morreres,
passeava-se uma mosca varejeira
ufana de sua propriedade encontrada
No ar
adivinhava-se o som das palavras
que não chegaste a proferir…
Talvez uma oração…
ou uma prece ao teu deus de ti tão distraído
a quem imploraste a ajuda sem te socorrer
Ou à mulher distante
de quem não chegaste a conhecer
o filho que lhe deixaste no ventre
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Zelai-me oh morte.....zelai por mim....
Alivia a minha dor....
Amigo amado de cajado na mão ....
Abençoa-me em cada etapa...
Da minha caminhada......
Oh morte quanto te sinto até me dás medo....
À beira da praia está o mar sereno. ....
Nem ondas......nem uma aragem...
Onde o receio belisca-me e o contratempo revolta-me...
Tentação diabólica..... reboliço da mente......
Agruras do ego......causas alheias....
Invertendo o sentido.....a condição da morte.....
Foice afiada de uma ladeira......talvez uma descida.....
Do sossego.... ainda cedo.....oh morte......
vai-te maldita....vil......cruel.....desprezível.....
Deixa-me ...não tornes a vir para atormentar-me......
Velai-me oh morte.....zelai por mim....alivia-me a dor....!!!
eis a morte
ela eu aceito
nâo é injusta
é a mais castigada de todas as leis
feitas pela mãe, natureza
o que eu em singela fala não compreendo
é apreciarmos o mesmo céu,
usufruirmos da mesma água,
estarmos presos na mesma esfera
e termos que nos separar
por conta de consciências passadas
todos estamos presos.
então porque não nos algemamos?
e não seremos aprisionados em outra condição:
pior que o ciclo, a solidão.
vamos nos aprisionar na nossa prisão
porque viver sozinho
é viver em vão.
Morte aos idiotas
morte aos fonemas
morte aos pensamentos levianos
morte todos imbecis,
de fato e foto sentir é proeza do qual tua alma...
é morta como nada tem para compartilhar,
amizade algo verdadeiro,
morte a todos,
sentimentalista involuntários,
morte desrespeito,
pobreza de espírito,
morte tudo que belo e barato,
a morte sentimento bruto ate bárbaro,
mais eterno e puro,
cave tuas covas pois esta morta
em tuas palavras frias nada dizem
apenas coisas mortas
então morra nessa questão,
não venha com meias verdades
suas mentiras coisas idiotas.
por celso roberto nadilo
Gosto muito de uma música que diz assim:
" É vida que nasce da morte,
é vida que traz o perdão,
é muito mais que uma religião,
é Cristo vivendo em você!"
Que o sentido mais doce da sua Páscoa seja a presença de
Jesus em seu coração, Daquele que morreu por amor a você,
mas ressucitou para que você tenha vida Nele...
E essa vida que Ele conquistou é que a gente deve celebrar ,
vida de restauração, de perdão, de renovação... vida vitoriosa ...
Ele já venceu todas as coisas e com Ele nos faz mais que vencedores....
------ Feliz Páscoa!!!!
Débora Aggio
Saudade
Não precisamos temer a morte, pois é através dela que a vida pode renascer. Com ela podemos nos tornar uma linda fénix e aceitando ela, podemos cada vez mais crescer.
A morte é uma consequência natural é tão comum quanto nascer. Ela é pausa para o recomeço e sempre permite um novo amanhecer.
Ela faz parte do processo do conhecimento, é uma importante aliada. Não! Nunca será uma inimiga! Ela não fere, não dilacera, não dói e nem nos arrasa, quem faz isso é a saudade.
Vem vento
Vem tempestade
Vem sol
Varre a minha morte
De palavras impossíveis
Nos sonhos dos vivos
Sem medos
Sem culpas
Presságios noturnos
Preces funebres
Silêncio disfarçado
Guardado
Ignorado
Verdadeiro sentimento
Troca de pensamento
Abrindo-me a cova
Perfume do adeus
Paz da alma
Dormir sereno
Doce despertar
Vem o tempo varrer a minha morte!
Não chores
Pelas rosas que têm espinhos.
Pelos erros que cometeste.
Pela morte que espalha o pranto
Solidão que derrama o contentamento.
Angústia de quem vive um momento.
Pensamento escrito numa noite sombria.
Flor dilacerada ainda no coração!
Vou defender até a morte meu ponto de vista, minhas ideias e meus conceitos.
Não sou contra nenhuma pessoa, e sim contra pensamentos retrógrados e cheios de dogmas.
Estou me lapidando e conforme o tempo passa vou acertando ou errando, mas é um caminho do qual fiz a escolha, e o entendimento é individual, a verdade é absoluta do ponto de vista pessoal. Que cada um ache a sua.
Beijo e traição
O beijo de Judas,
Traiu o amor
Por um estipulado valor,
E trouxe a morte.
Hoje,
Tem mais malquerença.
A traição,
É constante presença.
Pedaços Feitos
Dá morte se faz poesia
e dá desgraça, humor!
Quando de dia digo "Bom Dia"
A noite reclamo de dor.
Dá raiva nasce o ódio e do ódio outrora o amor.
Amamos porque odiamos e odiamos porque amamos, em uma vertente de vasos
Vermelhos com furor.
Sorria diz ciclano, escuta a ti mesmo diz beltrano, mas e eu do que me chamo?
Um galho mal colocado pode apagar um fogo recém criado.
E assim se segue a linha do tempo no afluente de um rio nunca transbordado.
TRIBUTO À MORTE
Oh! Morte.
Sublime morte!
Indelével e suprema morte
Quantos te admiram?
Poucos.
Quantos temem a ti?
Muitos.
Incansável e sedenta morte
Tua fuga é a paz de muitos
Tua presença o cansaço de alguns
Tua indiferença é o sofrimento de ambos.
Oh! Amarga e adorada morte!
Tu és a majestade sobre a vida
A imperfeição do perfeito viver
A tormenta que traz calmaria.
Em ti tudo se aplaca,
Se acalma, tem fim.
Oh! Doce e temível morte!
És tu grandiosa e imensurável
Caridosa e malévola.
Sem ti existe a vida insólita
Sem a vida a tua existência
Estamos sempre a esperar-te
Mesmo quando não esperamos.
De ti ninguém escapa
Mas muitos fogem de ti
Oh vida amargurada vida!
Desgraçada e efêmera vida!
Ainda assim, Mais amada e desejada
Que a indelével e eterna morte.
Pai, onde vives?
Entre as estrelas, as flores e o mar?
Posso encontrar-te depois da morte?
Ou enquanto eu viver, Vós ireis existir?
Estou a tentar encontrar-te.
Olhei através do terreno, inspirando ventos e brisas
Pai, onde vives?
Estou à tua procura.
Eu tenho tentado o céu mais alto
Tenho tentado nos meus sonhos
Qual é a distância que nos separa?
Pai, onde vives?
Conheces a minha voz?
Consegues ouvir o barulho que eu tenho dentro de mim?
Tu és toda a beleza!
Mas será que Tu podes ser mais do que aquilo que eu vejo e sinto?
Pai, onde é que Tu vives?
Serás Tu mais do que a doce história
que eu próprio me disse?
Para além da terra mágica
Dá-me um longo abraço
Sabe a minha verdade?
Consegues e compreendes o meu amor?
Por favor, onde é que Tu vives?
Encontrar-te-ei depois da Morte?
Ou apenas enquanto eu viver...
A morte não é, e nunca será a maior perda de nossas vidas, a maior perda de nossas vidas é o que morre dentro de nós enquanto estamos vivos.
A morte ainda é um dos maiores mistérios da vida. É inevitável nos questionarmos o porquê de termos que nos despedir de alguém que amamos, ou mesmo temer o nosso próprio fim.
Há, no entanto, milhões de possibilidades de lidarmos e refletirmos a morte não apenas como um momento unicamente de dor, mas como parte incontornável da vida. Quem sabe, pensando e aprendendo sobre esse implacável acontecimento, podemos encará-lo de forma mais corajosa.
Felizes seremos e sábio teremos sido se a morte, quando vier, não nos puder tirar senão a tão valiosa vida.
O mundo é dos fortes
O mundo é dos fortes,
A certeza é dos sábios,
O nunca, pertence a morte,
Há palavra de fé em meus lábios.
Vivi nessa vida,grandes momentos,
Carrego todos eles aqui dentro do peito,
De longe avisto um grande tormento,
Não posso me comportar desse jeito.
Tenho que ir avante,
Não posso jamais fraquejar,
Nessa inóspita terra de gigantes,
Há sempre tempo de recomeçar.
Amo minha mãe e meus irmãos,
Minha filha e o Bernardo,
Amo muita gente, de paixão,
Estou no olho do leopardo.
Caminhos tortuosos,
Desfiladeiros, precipícios,
Pensamentos sinuosos,
Meu martírio, meu suplício.
Suplício da incerteza,
De uma dúvida e do acaso,
Das idéias sem clareza,
Do arrependimento em atraso.
O tempo é senhor,
Nossas atitudes,meros servos,
Ainda dá tempo para o amor,
Saia desse caminho inverso.
Lourival Alves
Morte
O que dizer sobre a morte?
Desde pequenos sabemos que um dia ela vem, sem razão ou um porque plausível mas vem...seja natural, por doença ou violência ela vem e sempre dói, machuca, entristece....seja qual for a crença ou dogma, a morte assusta, impacta e aterroriza...Talvez porque signifique o fim de tudo que não se viveu e que quando estava vivo também não viveu...É muita espera, a chegada de um momento como se tivéssemos carta vitalícia, vida eterna...mas aqui em carne e osso não temos e o tempo corre apressado, vivemos em pressa, que não sentimos nem as pessoas e nem os sentimentos...tudo no automático e de pressa...Aí a morte chega sem avisar obviamente e tudo se desmorona, quem culpado vira inocente, as pessoas se lembram que amam, fazem homenagens, declaração de amor e uma lista infinitas de atitudes que poderiam tomar quando o outro estava vivo, disponível...Tem gente que morre junto, se entrega a um luto sem fim, que anestesia e adoece e parece que no fundo carrega uma culpa, um peso, de que poderia ter amado mais, feito mais...porém o tempo não volta, ele segue e se culpar não alivia, pesa...precisamos aprender e não é fácil como tudo na vida, pois fácil é morrer...de que não existe isso de "ah deveria te feito mais ou diferente"...Não, você fez o que fazer com o que tinha pra fazer e tudo bem!!
A gente se cobra por muito por situações que não estão em nossas mãos controlar e precisamos um dia deixar o outro que morreu ir de verdade para não morremos antes da hora e nem virar zumbi!!
Viver nunca foi fácil e mais difícil é a ideia de não viver...mas ninguém é semente, uma hora vem e sem avisar...Então aproveitemos a oportunidade de viver e aprender!!
Ele me contou tanta coisa
Do cabelo arrepiar
A vida pela hora da morte
Rondando sempre seca
A gente na trilha sonora
Tempero do vatapá
Deixei amuleto de lua
Prá lhe iluminar
