Pedras
Pedras no caminho não paro de encontrar...
este peso nos ombros não consigo mais suportar.
Talvez seja hora de parar.
Ficar em um único lugar,
jogar a mochila num canto...
e apenas esperar
você chegar,
me encontrar
e perceber
que é o meu bem querer....
Please, permita o peso do mundo ceder...
Vivendo... ainda estou aprendendo.
A vida ensina
ser paciente,
estar contente,
ser independente...
independentemente
da vida,
das pedras no caminho,
das rasteiras,
de se estar completamente sozinho.
Vivendo... a vida inteira...
respira,
você tem uma vida inteira
Continua sendo intolerável viver.
Não entendo por que se comemora tanto o nascer.
Nasce-se e começa-se a morrer.
Que graça há nisso?
E se fala em esperança...
Que ironia.
Toda noite sucede o dia...
Luzes... depois sombras.
Momentos de paz, sim...
Mas há tantos mais de agonia.
Somos solitários...
Embora as pessoas se iludam que o estar rodeadas de gente é estar em companhia.
Seguimos na nossa tristeza.
Colocamos máscaras.
Não nos desvendamos totalmente...
Expomos só o que nos convém.
Escondemos o que aos outros mostra que não estamos bem.
Envolvidos em trapos...
Farrapos...
Há sempre algo de demente no viver.
Dormir e acordar.
Tudo é uma luta inútil.
Tudo tanto faz.
E eu?
Bem, eu sigo triste e amargurado...
Descalço, por este mundo de pedras e espinhos pra todo lado
Passos
Meus passos...
Compasso.
Descompasso.
Um som solitário.
Desencontros.
Sem abraços.
Ficou um vazio.
Procuro uma paz...
Que nada nem ninguém de me trazer é capaz.
No passo, passo.
Do sonho à loucura.
Numa eterna procura...
O dia que nasce.
Nova esperança com ele parece que renasce.
A força da porta aberta.
Do meu âmago novos sonhos desperta.
Fonte de louca inspiração.
Respiro a magia...
Com o nascer de um novo dia.
Acalma-se meu coração.
O tempo passa.
O sol pelo céu passa.
O mundo reaparece: mais da metade é só desgraça.
Sim, a mesma paisagem.
O mesmo ar a nos rodear...
Flores... as mesmas pelo caminho continuo a encontrar.
Mas há tantas pedras...
No fim do dia só penso um mundo poderia rodar mais leve... mais devagar...
Mais amor poderiam os homens do seu coração tirar.
Fugere urbem
"Vou-me embora pra Pasárgada",
Como Bandeira, me cansei...
Portas e janelas abrirei...
Se chover, então fecharei.
A poesia convida: 'carpe diem'.
Aqui nesta metrópole está difícil...
O barulho na avenida é ensurdecedor...
veículos - e seu potente motor.
o ar está difícil de respirar...
meus olhos chegam a lacrimejar...
O belo que a mãe natureza tanto se esmerou...
A fumaça das fábricas tudo acinzentou.
Ah! Minha Pasárgada...
vou respira o mais puro ar...
bucolicamente pelas pedras dos rios todos eles atravessarei...
Com banhos de cachoeira minha alma renovarei.
Ah! O poeta...
Há pedras no caminho.
O poeta olha pra elas com carinho.
Há nas rosas espinhos.
O poeta as ignora... se as machucam, ele não chora.
O poeta bebe o néctar da brisa.
Sente a melodia das ondas do mar.
Respira no meio da multidão o mais puro e limpo ar.
Ele tem a veia sensível, afetuosa.
Lapida o nada.
No gris da vida ele vê um mar de rosas.
Caminha em silêncio, pois até mesmo as pedras que norteiam teu destino um dia chamarão pelo teu nome
Procure friccionar pedras no escuro e ainda assim em meio ao brilho das estrelas, elas te darão luz
Não se engane, não se torna mais pacífico aquele que carrega uma adaga ao invés de pedras nas mãos
" Há dias que planto, cultivo, semeio, rego e distribuo flores.
Mas, hoje não!
-Hoje eu quero é jogar pedras no telhado do vizinho!"
☆Haredita Angel
Às vezes é preciso fechar a porta e ir embora.
Largar o caminho das pedras e seguir
o caminho das flores.
Viver não é preciso, desafiar-se sim!
☆Haredita Angel
01.08.2021
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