Pau
"Ela é orgulhosa não dá o braço a torcer, mas e daí?? Sempre fui cara de pau se eu quero não desisto fácil."
Um terreno vazio que era de barro e não tinha vizinho. Foi habitado com um barraquinho feito de pau- a- pique e muito frio. Nele tinha um menininho sujo e maltrapilho, passava o dia inteiro brincando com terra sem saber a hora de encher o buchinho. Não durou muito e já tinha amiguinhos e a garrafa pet era o brinquedo favorito, passavam o dia chutando pra quem sabe virar jogador famoso e ter um dinheirinho.
Logo eles cresceram e escolheram seus destinos, alguns ficaram velhinhos outros com suas escolhas foram sumindo.
Aquele que reclama do comportamento das pessoas, deveria estampar em um outdoor a sua cara-de-pau em criticar os seus próprios defeitos, quais apenas são vistos nos outros e jamais admitidos em puro egocentrismo de um infeliz e maldito derrotado.
Lançamento era pra Gérson, o ‘Canhotinha de Ouro’ e pra poucos jogadores fora de série. O perna-de-pau não faz nem lançamento de chapinha de refrigerante pro ar.
Quando um homem quiser xingar outro, o que deve dizer é uma coisa só: Você é um homem, sabe? Um grandessíssimo homem!
Existem os "cara de ferro" e os "cara de pau". Os de ferro não se curvam e enferrujam; os de pau envergam e apodrecem. O que eles tem em comum? Ambos precisam ser "tratados".
Recepção
Já a algum tempo neste cantinho gostoso aqui estamos
No início o patrão não queria, mas com muita insistência aqui permanecemos
hoje somos bem tratados e ate bajulados, pois não incomodamos ninguém;
Antes de anoitecer já estamos nos recolhendo.
Amanhã bem cedo quando vocês houvirem um Toc toc aqui bem perto é que estamos trabalhando na construção de uma nova casa, vamos aumentar a nossa família.
Seja bem vindo
Pica Pau
Ouço,
Alguém batendo na porta,
Do tronco oco,
Noutro dia,
Era amarelo,
Agora é outro,
Preto,
De topete vermelho,
E o lenho cede,
Esfarela,
Com a força do machado bicudo,
Contradizendo tudo,
Meus tempos de Infância
PARTE 01
Toda hora estou pensando
E agora vim me expressar
Através da rima eu escrevo
O que o coração quer falar
Memórias da minha infância
Que a mente tenta acessar.
Um tempo bom por demais
Pomares, rios e currais
Brincadeiras, festa e alegria
Naquele lugar reunia
Famílias com alegria...
Brincadeiras e diversão
Simplicidade e muita união
Podia ter só o feijão
Que ainda sim chamava atenção...
Todo mundo queria ficar
Naquele lindo lugar
Visitante se admirava
Pra um e outro falava
E assim a fama espalhava
Por toda região, daquele barracão
De paredes de pau a pique
Das prateleiras mais chiques
Era os alumínios da minha vó
Que de longe encadeava
Do brilho que ela dava
Com areia, bucha e sabão.
Com amor e dedicação
Em tudo que ela fazia.
Trabalho disfarçado de lazer
Para as crianças aprender
Como tudo se fazia
Não era como hoje em dia
Que não pode fazer nada
As Brincadeiras boas estão paradas
Pois os pais não deixam brincar
Agora só tem celular acabando com a diversão
E cada um mais molão
Diferente de outro hora
Que Meninada Jogando bola,
Lá no meio do terreiro
Podia fazer lameiro
Que os pais não se importava
Tinha mais fé que era Deus que cuidava
E tudo ficava bem!
São muitas memórias que surgem
Quando eu paro para pensar
Naquele incrível lugar
Que passei a minha infância
Tempo bom de criança que pude aproveitar.
Eu lembro dos meus avós
Na flor da juventude
Força, fé e atitude
Trabalhando com paixão
Naquele fecundo baixão
Minha vó na mão de pilão
Debulhava aquele arroz
E já preparava depois
Tudo fresco ali da hora
Essas são as memórias
Que me pego a pensar.
Meus tios com par de espora
Aprendiam a caminhar
Trabalho, sustento pra o lar
Era o que os pais ensinavam
Respeito e consideração
Passava para a geração
Como enfrentar a vida
Com sabedoria e proeza
Não tinham muita riqueza
Mais tinha muita alegria
Era seu jeito de amar
Ensinando uma profissão
Cada filho um leão
Era assim que preparava
Uma forte geração.
Com garra, fé e união.
Autor: Fernando G Saldanha
13/01/2025
"cara de pau", "exibido" e "sem noção" são formas sutis de controle social para te manter escravo bonzinho do sistema. Responda: você é bonzinho ou mauzinho?
Admiro a cara-de-pau de alguns cristãos que viram gente assim e assada e não fizeram nada de útil; antes, tendo os corações de pedra.
Eu sinto saudades
daquele tempo
em que eu lambia
a colher de pau
com resquícios
da massa de bolo...
Eu sinto carência
de uma fatia
do bolo da infância
que ficou alí
apagada no sopro de
um desejo infantil...
Mas...
eu ainda sinto viva
a presença daquela menina
acanhada
que brincava de escrever versinhos perfumados de meiguice...
Ela sobrevive em mim!...
✍©️ @MiriamDaCosta
#EscrituraCriativa #Poesia #Versos #Pensamentos
