Pálida
Nem de loge ela parecia alguem arrasadora, era magra, pálida, com olhos esbugalhadamente azuis e com ombros de frio caidos e tímidos. Mas tinha algo em seu olhar, tinha algo no jeito qe ela espremia uma mão na outra que me chamou a atenção. ela nao era a mais estonteante daqele baile, não tinha um vestido caro, nem uma joia que a fizesse brilhar, mas nem por isso deixou de arrancar os olhares por onde passava (..)
A parede continuava de pé, mas não mais se importou; aprendeu a grafitar e coloriu a imagem pálida do nada à sua frente. Reiventou-se.
Em algum lugar
Sob a pálida luz da lua
Alguém está pensando em mim
E me amando nesta noite
Em algum lugar
Alguém faz uma prece
Para que nos encontremos
E nos alcancemos em algum lugar
E mesmo que eu saiba, da distância que nos separa
Ajuda pensar que podemos estar fazendo pedidos, a mesma estrela brilhante
E quando o vento da noite começa a cantar, uma cantiga de solidão
Ajudará a pensar que estamos dormindo, debaixo do mesmo e enorme céu
Em algum lugar
Se o amor nos ajudar
Então vamos estar juntos
Em algum lugar
Aonde os sonhos são reais
A fonte
Em meio ao deserto, me vi com a alma seca;
A face palida, o coração vazio;
Nada em mim era bom;
Eu só queria um regúgio;
Eu só queria alimentar meu ser;
Foi quando te conheci, vi tua luz
Me trouxe até aqui;
Fez de mim o mais completo ser.
Desço a escada pálida, apressada...
Carregada com minha jornada
Com toda essa carga
Dou de cara com um labirinto.
Nele minhas roupas rasgadas
Espalhadas...
Começo a costurar,
A unir meus pedaços, misturado com meus traços.
Fico tentando ver se me acho
Se me sinto... Se grito,
Que silêncio de solidão,
Quero ouvir a melodia, que me deixa em harmonia.
Que caia do teto essa tarde chuvosa...
Mesquinha,
Fria,
Mal-amada, que assolou meus dias.
Fico em desatino
Rasgo a pele
Cuspo em vermes
Me atiro no chão.
Quero solução...
Não quero razão.
Quero provisão...
Não quero suposição.
Vou correr mato a dentro
Desmantando meus sentimentos
Procurando o vilão
Quero encarar, quero-me aprofundar.
A história que pregaram-me a peça,
É minha...
Eu sou a atriz. Dona do meu nariz.
Não aceito teatro mal ensaiado.
Quero compromisso com minhas raízes
Se tiver que libertá-las,
Uso meu instrumento sagrado,
Minhas mãos.
Por que não chorou?
Quando minha face
Pálida, desbotou?
Por que Partiu?
Cuspiu na minha face
Que ainda corada sentiu
Desesperado, acordado
Levantei me de dor
Sinto na velhice os
Absurdos da mocidade
Amor amador
Por sua causa morro de
Agonia e mil patogenias.
Alegria, alegria, sou tirano
De um homem só
Olhe só
Voltemos ao fim...
Por que riu de mim?
Quando nasciam de mim
Dois rios sem fim
Por que mentiu?
Se iludiu
e Aplaudiu
O fim do que a vída
verdadeiramente é:
Um Espetáculo!
Tecia em pensamentos um rendado luzidio como as estrelas do céu
enrubescia a pálida face emblemática e vazia
suspirando por amores idos, por amores tidos, por amores falidos
Dizia-se superior a mágica instituição do criador
Amargava a dor, da euforia ao desamor
Chorava calada, escrevia mais nada
e calada, calou para o universo dos versos
preterindo-os apática e esquiva,
por sua eterna insensatez
Amar é se aventurar,
É navegar
Em um mar
De sentimentos
desconhecidos,
Em um oceano
Na pálida noite,
Onde a única iluminação
É a luz de teus olhos.
Amantes
Sob o brilho da luz da rua
E a escuridão pálida da lua
Caminha Solidão opaca,
Negra e com ressaca
Após arrastadas bebedeiras,
Com pessoas sorrateiras
Na noite sem estrelas
Sem amor e sem belezas
Sob o brilho da luz da rua
E a escuridão pálida da lua,
Caminha um homem opaco
Meio a meio Mulato.
O homem do dia a dia
Sentindo a ressaca da ironia
Em noites sem estrelas encontra-se com Solidão
Sem perceber apenas sua ingênua traição.
Sob o brilho da luz da rua
E a escuridão pálida da lua
Os Outros se assombram por uma janela
No quarto escuro acendem uma vela
Rindo do Mulato até doer
Do quão banal é ter que o olho ver
Pessoas tão ignorantes
Em nosso mundano mundo repleto de amantes.
Já não sinto gosto na tua comida,
O simples sal, já não me satisfaz.
Pálida, sem o tempero que alucina,
O teu sabor, para mim, já tanto faz.
A PÁLIDA CANOA
Com vento em popa
lá vai à canoa
maré na calmaria
ondas sobre a proa.
O bico, vai às águas
sem sede pra encher
canoa, alguém paga...
Pra andar com você?
Quando criança; andei
com medo no ar
de não cair nas águas
para não se afogar.
A canoa esta pálida
de tanto navegar
já levou saudades
para o lado de lá.
As ondas são anjos que dormem no mar,
quando de noite vem palida a lua.
com um lindo olhar você me encanta,
e com apenas um beijo minha alma flutua.
Seus raios incertos atingem meu ser,
como uma bela noite na luz de um luar.
meu coração palpitando de amor por você,
um amor mais profundo que o fundo do mar.
E quando nas aguas meus olhos suspiram,
são ventos alheios com cheiro de mar.
nunca viverei sem pensar em ti,
nunca deixarei de um segundo te amar.
Nas noites cálidas, ouço minha voz pálida chamando por você e me vem a lembrança de novamente te querer. Mesmo que os espinhos de tal flor penetrem no já saturado coração, a dor de ter-te por perto é menor do que a distância que separa de mim o teu coração.
Nas noites cálidas, ouço minha voz pálida chamando por você e me vem a lembrança de novamente te querer. Mesmo que os espinhos da tal flor penetrem no já saturado coração, a dor de ter-te por perto é menor do que a distância que separa de mim o teu coração.
Pálida estrela, casto olhar da noite,
diamante luminoso na fronte azul do crepúsculo,
o que vês na planície?
“Mensagem de fumacinha: onde anda a Clara Pálida?”
(Um índio que gostava de cinema escreveu no banheiro este poema)
Quando minha mãe se foi para outra dimensão, fiquei como uma árvore seca e pálida, sem frutos e flores... Depois de dois anos voltei a ter alguns “ramos”, hoje sobrevivo da orquídea que ela mesma plantou! Orquídeas, falam sim!
Não há lugar pra vida onde há morte
De brilho destituída... sem vida.
Pálida, álgida... linda e mórbida... da vida subtraída.
Coração de gelo não mais se enternece com seu triste apelo...
Coração vazio – de vida –, desabitado...
Coração despedaçado.
Ele aqui onde se diz que a vida... num vácuo, na verdade,
Está a seguir só, mórbido... desesperançado...
Sua mão ao tocar a dela... como mil vezes antes, tremeu.
Cadê aquela corrente elétrica a que estavam acostumados?
A falta de vida... o poder da morte... quem a escafedeu?
Toca ele mais uma vez seus lábios de carmim... tantas vezes beijados...
Sente-os desbotados... não se movem... comprovam: está tudo acabado.
`Pobre moço triste’ - uma voz sussurra...
Ah Camões! Teu verso aqui cabe tão bem...
Oh! “Alma minha gentil que te partiste...’ por que partiste!?
Nunca antes havia achado a vida tão triste.
Nunca tinha vivido uma vida tão escura.
Um vento gélido soprou...
A morte o que da vida levou?
Um calor que não mais existe...
A morte o que da vida deixou?
Ele mórbido, entorpecido... de toda vida esquecido....
Segue a continuar... completamente sem sentido.
