Paixao Perdida
SOU EU
Fiquei perdida entre as tuas coisas
Magníficas ou pequenas. Por pouco
Achavas o meu riso solto ou embrulhado
No papel que escrevias os teus versos.
De amor não pude tecer nosso namoro
Debruçada na janela da tua alma embebida
Nas paixões que entornaste toda a tua vida.
No trovejar da voz que soltas quando atinges
O ápice do amor. Então, navego por telepatia
Na mesma magia.
Não é comigo, mas atinjo, também, grande ironia
O auge de ser troca, ser o outro, ser um só.
E quando sentes o arrepio de uma alma que te busca e
Beija-te até secar todo o desejo.
Afaga-te tanto que desemboca noutro lampejo
De mais querer. E tudo se repete.
Infinitamente,
Em pensamento apenas, lamento.
Ai sou eu. Apenas eu.
Vazio
Não tive dedos suficientes pra contar
As dores vividas no calabouço
Da minha alma perdida entre mentiras
De que eu sabia que o meu cantar
Levaria com o vento
Para os amados, alento.
Eu nada aprendi dessa troca
De idéias e ideais
Não guardei um só instante
As memórias do aprendizado
Sobre o amor
Que eu vim buscar
Tive apenas ilusões arredias
E apostei em atitudes tresloucadas
Correndo atrás dos que me renegaram.
Acreditei que estes
Poderiam preencher o vazio despudorado
Da agonizante despedida
De quem parte solitária e oca
E solta.
Desprovida de alegria.
Vazia de vida.
Desnutrida e carente
Completa indigente.
Já foste uma página encantada
Uma alucinante leitura..
Hoje és página virada
Perdida...
Não encontrada.
Sei lá, as vezes até me encontro perdida, sou meio, talvez...e por ser o que não sei, me perco e me acho de vez em quando.
"Eu ainda me sinto perdida, sufocada, uma sobrevivente na multidão... Mas, eu ainda tenho esperanças, mínimos sonhos que andam em paralelo aos meus medos... Uma eu tão confusa, as vezes irrelevantes, mas as vezes tão viva... Como diria Raul Seixas, uma metamorfose ambulante."
Foi quando me vi perdida e as vezes ainda creio está assim, que encontrei todas as formas de me salvar. Eu não tinha saída . Era seguir ou seguir, pois eu fiz uma promessa a vida, eu nunca vou deixar que minhas lágrimas sejam maiores que meu riso. Mesmo quando dói, e as vezes dói profundamente. Mas eu acredito em dias melhores, acredito em instantes eternos. Acredito no hoje que é um milagre para mim.
Lene Dantas
O que o amor tira.
Eu queria falar sobre o amor hoje. Pelo menos sobre essa visão tão perdida e estranhamente vivida que eu tenho dele. Eu estava lendo a Marla de Queiroz numa dessas manhãs antes de ir ao trabalho, e ela dizia: “O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carência, a ilusão de autossuficiência, a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios. Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora”.
O amor tem seus sintomas. Um amigo está conhecendo uma garota, e sempre que terminam de se falar ele sorri pra mim e diz: “Cara, acho que me meti numa roubada”. Nem presto tanta atenção nas palavras dele, mas no sorriso. O amor é sintomático. Ele tira o nosso olhar sisudo sobre o cotidiano, e nos faz lembrar de sorrirmos mais, nos importarmos mais, nos enfraquecermos. Ele se esgueira em nosso dia a dia extremamente igual, e o torna diferente. É a tinta colorida de um dia preto e branco, e a pitada secreta de anis do meu molho bolonhesa.
Esses dias me disseram: "Depois de tudo que eu amei, eu descobri que tenho um coração de pedra". Eu quase o abracei e disse: “Tamo junto”. Mas estou tentando ser diferente agora. Penso que, ainda assim, o amor faz doer pra lembrar que ainda estamos vivos. Por isso não gosto da “lei do desapego”. Ela não se paga. As mesmas pessoas que têm se declarado desapegadas, no fundo não escolheram isso. Elas não praticam o desapego, são reféns dele. Para elas amar pra valer doeu demais.
Então, eu também gosto do que o amor tira de mim, Marla. Ainda que seja meu chão, ou um sorriso eventualmente. Não somos feitos de pedra para vivermos à sua regra. Pois no curso natural da vida precisamos aprender que o correto nunca será desistir das coisas, mas amá-las profundamente. Porque esse é o paradoxo: Se amarmos até doer, talvez não sobre espaço mais para a dor, mas só pro amor.
"Uma vida tirada é uma vida perdida? O que dizer de uma vida que hoje está aqui e amanhã não mais? O que fazer quando não se encontram as respostas? Quais atitudes a serem tomadas? Retornar ao inicio ou ao inicio retornar?"
Quando a esperança parecer estar
perdida,e tudo a sua volta for grande
quanto as ondas do mar ; confie
porque é nestes momentos que
Deus se faz mais presente.
E Ele te ajudará a segurar o leme
até as ondas se acalmarem
para que depois consigas remar
tranquilamente.
SOMBRA
Perdida esquecida, sem oxigénio
Num ergástulo escuro, sem dor
Pequena letra, palavra escondida
Insensata atmosfera, talvez hipócrita
De verdades que são muitas vezes
Falsas promessas, ânsia de liberdade
Coabita na contemplação da morte
Apenas pede a Deus a misericórdia
Que a sua alma anseia há tanto tempo
Um premio que ele acha que merece
Cobre o seu frágil corpo, com um velho
Manto preto já roto, ergástulo eterno.
A gente se abraçou, se apertou forte, se encaixou como se um fosse a metade perdida do outro, em um tempo, que só os nossos corpos tinham memória.
O publico é feroz
Quando a maioria quer
Não há quem possa
Contra um povo
É guerra perdida
Melhor é fugir ....
“Estamos vivendo um momento histórica de nossa geração, que aparentemente se mostrava perdida e desesperançada, mas a nação despertou, por não suportar tanta injustiça da babilônica política brasileira... Mas um alerta é preocupante: Não há uma identificação clara nas manifestações de um grupo organizado na liderança, nem seus objetivos específicos, podendo acarretar grandes catástrofe, pois seria como um trem superlotado e desgovernado, que poderá levar-nos há um desnorteio que desmotiva e pouco produzirá como também a risco da violência sair do total controle podendo surgir possibilidade de um golpe militar ou pior ainda ao verdadeiro caos de uma guerra civil se alastrando por toda America latina e nos tornando semelhante à África atual com guerrilhas num total terrorismo, dominando diversas localidades, melhor dizendo América latina seria uma nova áfrica.”
