Paixão
JULGAMENTO
Após avaliação superficial,
No entanto, constante,
Tornei ré, julgada e culpada a vida,
Por me ter feito o que fizera.
Hoje, reanalisando o caso, encontrei
Falhas no processo, nas acusações
Mais precisamente.
O que me levou a reabrir esse inquérito,
Foi a experiência.
Juiz a cinco lustros, aprendi
Durante a carreira a dar mais
Relevância a cada caso e rever alguns
Que já foram encerrados.
Após reavaliar a sentença da vida,
Declaro-a inocente com as mais altas
E sinceras desculpas por este injusto
Julgamento, vida, você está livre.
MARCAS
Marcas,
Elas nos acompanham em
Toda nossa trajetória.
Muitas delas, suplicamos por
Esquecê-las, outras, lembramos
Saudosa e amavelmente.
Não sei se o tamanho
De uma marca se dá
Por suplantar outra.
Ou se a suplantada é que
Era realmente grande ao
ponto de esvair-se para
uma marca que ela julga
ser ainda maior tomar
o seu lugar.
ENGANO
Fui enganado, desde cedo,
Acredite que fantasmas existiam,
Me convenceram do contrário, aceitei.
Hoje, tenho certeza que eles existem,
No entanto, fui enganado novamente,
Pois, eles não são como eu imaginava.
Eles são memórias,
Isso os tornam mais assustadores,
Não há como fugir.
Onde quer que formos,
Eles nos acompanham.
São eximíeis em suspense,
Parece que se foram...
E logo nos surpreendem,
ou melhor, nos assombram.
“Paredes invisíveis do horizonte,
Porque não te tornastes um domo
Intransponível?
Se assim houvera sido,
Os fantasmas d’além do horizonte
Não me atormentariam.”
“Preciso escrever,
Confesso que,
Não sei ao certo por quê,
Mas, preciso escrever
A carência é tamanha,
Que a igualo a necessidade
Que o pulmão tem do ar.
Do contrário, sucumbem,
Ele e eu.”
“A poesia nasceu no momento
Em que um homem escrevia
A fim de aliviar sua agonia.
Não funcionou,
Ela aumentou!
Cada vez que relia,
A dor do registro,
Mais aumentava sua agonia,
Agora, somada de dor.
E quanto mais agonia e dor sentia,
Ele mais se embrenhava em fantasia,
Nascendo assim a tão amada poesia.”
PRIVILÉGIO
Sobre o privilégio,
posso dizer que, é relativo,
É relativo a quem vê, a quem o tem, e como ele é visto.
Há, quem tenha privilégio pela posição em que esta,
Há o privilégio conquistado meritoriamente,
Há o privilégio de usufruir do que outros conquistaram antes de nós,
Esse geralmente se refere a bens ou posses,
Mas há também o privilégio de conhecermos pessoas que nos fazem perceber o mundo por uma perspectiva diferente.
Perspectiva essa que muitos outros se quer cogitaram!
Me refiro a todos os aspectos da vida,
Mas, nesse momento faço menção a grandes mestres que tivemos no decorrer da vida, esses;
- Ensinará, sentirá e viverá sua arte de modo que nos inspirou.
Sejamos metalinguísticos agora; tive uma professora de língua portuguesa
Que aspirava o romantismo à poesia, graças a esse privilégio,
Tenho hoje uma perspectiva diferente sobre a poesia e os poetas.
Graças ao privilégio de a ter como mentora
não me envergonho nem um pouco de transcrever
o que sinto, de modo tal, que as vezes até parece poesia.
"Ninguém perde o que nunca teve, nem ganha aquilo que não é para ser seu, apenas aprendemos ao longo da vida, que respeitar é melhor que sofrer...
Andar
Seguirei meu coração
Pra vê até onde ele vai,
Pois bem sei
Que não há outro destino
Que não me seja amar você.
Ainda que pudesse
Escolher o meu destino,
Nesse ou qualquer
Que fosse o cominho,
Desejaria eu
Sempre andar ao teu lado.
Edney Valentim Araújo
1994 / 1996
" A mulher que sou, não aceita que alguém vá além da liberdade que dou. A liberdade é minha e eu determino, até onde ela vai...
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