Ofício
Ofício Solar
A noite é fria, e o frio fustiga o vão
Onde o coração, sem eco, jaz no chão:
Um cálix sem licor, um braseiro apagado,
Um árido silêncio, desolado.
Mas eis que a pálida aurora, em seu labor,
Fende a mortalha do noturno horror.
O Sol — cíclope eterno, forja em chamas —
Tecendo o dia com douradas tramas.
Não mero fulgor que apenas vela a dor,
Mas alquimia sutil, um ato maior:
Transmuta o gelo em seiva, o vazio em vaso,
Onde a esperança, planta de tenro laço,
Desabrocha — não em júbilo feroz,
Mas em quieta alegria, como a voz
Da fonte que retorna ao seu leito antigo,
Da estrela que persiste no perigo.
Nasce o dia. Não como um grito vão,
Mas como o lume que a razão acende
Na escuridão. É o gesto que desfende
A vida do seu próprio abandono:
O sol, Vênus, a alba... É o eterno dom
De um novo tempo, um compassado som
Que diz: Em ti, a luz se refaz agora."
E o coração — vaso, crisol, forja ignora
O frio da memória, e aprende, enfim,
O ofício de ser luz, de ser jardim...
Sou um condenado do amor, ou apenas um iludido.
Aprendiz do ofício mais antigo amar e não saber.
Nesta estrada não há mestre nem discípulo,
todos tateiam entre feridas e promessas,
vivem lições sem diploma,
um aprendizado eternoonde a formatura nunca chega,
e o coração nunca esquece.
A advocacia criminal não é ofício para os fracos de alma nem para os tíbios de consciência. É vocação reservada àqueles que, mesmo diante do clamor social, do preconceito institucional e da solidão dos tribunais, sustentam a palavra como escudo e a Constituição como espada.
Todo aquele que busca se realizar através de um ofício, que não seja só pelo rendimento que recebe é digno de honra.
A filosofia é ofício que exige uma mesa de trabalho plana, limpa e bem organizada. Esta mesa é você e isto é o melhor da filosofia.
Ouvir besteiras de uma pessoa que a tenha por oficio, não é tão ruim assim; o pior é ouvir besteiras de um que se diz sábio.
Independente de 'dar ou não certo no ofício' você acaba tendo que trabalhar, pois contas não dependem de exito para serem pagas.
Em meu ofício de colher palavras,
agucei paladares...
E como o garçom que serve às mesas,
servi palatáveis desejos...
Quando me fiz amigo das letras e dos versos,
achei-me livre,leve e solto, no universo da leitura.
Amadureci bastante em ideais de completude.E não parei mais de compartilhar com os diletos leitores meus doces sabores.
Rib. das Neves-MG,(21.09.16).
Em meu ofício de colher palavras,
realizei proezas...
Como o garçom que serve às mesas,
servi palatáveis desejos...
Ao ser amigo das letras e dos versos,
achei-me livre e solto, no universo da leitura;
e amadureci bastante em ideais de completude.
21.09.16.
PRONTO SOCORRO DAS LETRAS II
No meu ofício,vi meus versos tomarem formas,substâncias, sentidos..independência. Ganhando ares de liberdade.
Contornando obstáculos, ganhando a terra,o mar e o céu; enchendo o mundo de enxurradas reflexivas.
No conjunto de minhas produções textuais, mutantes nuvens se formou, num horizonte não muito distante;
e ao som das muitas águas, que precipitavam-se,eu versei.
Nos corações,de bom grado, encontrei guarida; e de boca em boca, boas novas propaguei.
Quando meus caríssimos leitores, entendem meus dizeres...meu pensamento; inda mais feliz eu fico!
Em muitas ocasiões,em que o branco em cinza, se fazia;
e em pleno dia, não se deslumbrava o azul do infinito:
a noite, o sereno da poesia reparadora, irrigava minha plantação.
Cumprindo assim a nobre missão de alimentar o espírito humano, do verde das árvores.
Renovando a esperança do idoso,e a alegria da criança. Que habita em nossa selva.
Quando os males do corpo e da alma me afligia:
O prazer pela leitura e pela escrita me salvou.
Internado, numa unidade terapêutica,no Pronto Socorro das Letras, recuperei minha saúde, completamente
(15.05.17).
Ao assumimos por ofício a arte de cuidar do próximo, precisamos usar com sabedoria um pouco de razão e um pouco de paixão. Esta para nos compadecer da dor do próximo e aquela para ajudarmos na medida certa.
A crença é o ofício do pecador
repetida ecoa a prece
como se a salvação
estivesse ancorada na vida
e viver fosse razão...
A santidade é involuntária
bondade é obrigação
se acontece o milagre
ilumina-se o coração.
O Amor é Contingente.
Lagrimas, sorrisos;
Ócios do oficio;
Amar nunca foi facil;
Verdadeiramente, quase impossivel.
Palavras e canções;
Musicas e declarações;
Amor não pode ser comparado;
A outras emoções.
Tem que ser cuidado;
Tem que ter cuidado;
Pois alem de magoar;
Pode sair machucado.
Ame com sabedoria;
A pessoa certa, quem diria;
Luiz Carlos falando;
Sobre a verdade da vida.
Amor, meu bem;
Tudo oque eu sinto, vai alem;
Além da vontade de sentir;
O beijo de alguem.
Sem mentiras;
Só verdade;
O amor não tem;
Aparencia nem idade.
-Luiz Carlos
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Ofício da Alma
Com o esquadro, alinho meus passos,
Para que a retidão me conduza além.
Cada gesto medido, sem embaraços,
Na busca constante de ser mais alguém.
O compasso traça o meu limite,
Me ensina a razão e o equilíbrio fiel.
Não vou tão longe que perca o convite
De olhar para dentro e tocar o céu.
Na régua de vinte e quatro partes,
Divido meu tempo com sabedoria:
Trabalho, descanso e obras de arte
Que moldam meu ser com harmonia.
O maço firme, em punho fechado,
É força que rompe o que é imperfeito.
Mas só com o cinzel, no detalhe traçado,
O bruto revela o traço direito.
A alavanca ergue o que parecia pesar,
Com apoio, esforço e intenção.
Mostra que sempre é possível mudar
Quando há propósito no coração.
A linha de prumo me faz lembrar
Que a verdade sustenta o que é erguido.
Não posso na sombra me ocultar
Se quero um destino bem construído.
Por fim, sigo como eterno aprendiz,
Com ferramentas na alma e nas mãos.
Lapido o ser, em busca da raiz
Que une razão, amor e irmãos.
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