O Velho Poema
DOSE DUPLA
A dormir em velho tálamo,
a verdade e a mentira,
ao gosto do que conspira...
Vil metal, regando a lira...
Movendo o velho moinho,
sobre o tempo que se estira...
Força igual, balanceada,
sem nada que os destitua,
promova a una realeza...
Dois copos por sobre a mesa...
Um de mel, outro de fel...
Movem o mundo em carrossel...
O Portão
Havia um portão no horizonte
Era apenas a esquina da colina
portão de um velho campo em ruínas
horizonte finito de olhos de menina
No grande portão velho havia flores
folhas ressecas e entrelaçadas
ninguém pelo portão passava
exceto a linha dos olhos que o fitavam
Eu costumava me perguntar:
Que vagantes haviam-no feito de passagem?
Que historias e amantes ele havia trancado?
Como um sentinela no espaço e no tempo, parado.
Hoje não há mais portão no horizonte
há folhas verdes e vivas por trás de casas
há tanta graça liberta, ilimitada
sem as correntes e o portão que as zelava.
Nada muda...
O novo,
também não agrada,
e o velho é descartado.
O difícil é complicado
e parece que a vida,
acaba sempre dando voltas,
ao redor de outras voltas
sem nenhum resultado.
by/erotildes vittoria
O que dizer da minha matéria
A impressão que tenho que estou envelhecendo
Mas não me sinto velho, embora meu cabelo, rosto meu corpo crepita a ela.
Ameaçado ao que o tempo encera.
O tempo é quimérico, irrealizável polpa meu espirito no eterno
Tenho princípio, e nele guardo um passado de qualidades morais, boas ou más.
Mas não sou escravo do passado, tenho o futuro como espaço
Já que o presente não me pertence.
Sapatinho velho...
Todo mundo tem um, é aquela pessoa, que você conhece a um tempão, que você está acostumado, que você anda confortável, que já conhece, que sabe que pode ficar a vontade, que não troca por qualquer outro sapato, você pode até tentar, mas acaba usando o mesmo sapatinho velho, porque gosta...
Só quem tem um sapatinho velho, sabe o que é isso...
Sou dessas, que ama um sapatinho velho...
Adoro saber que o tempo passa e melhor: não me espera...
Adoro estar ficando velho...
Adoro saber que a juventude esta partindo sem culpa...
Adoro saber que posso sorrir de todos os meus erros passados e escovar meus dentes para sorrir dos erros futuros...
Adoro saber que a saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena.
Adoro saber que depois de tanto tempo ainda irrito você.
Adoro saber que antes mesmo de me despedir já deixo um cheiro de saudade em você...
CAVALO MORTO
UMA JOVEM, UM VELHO E UM MORTO,
CADA UM COM SEUS PROBLEMAS,
TINHAM 3 GRANDES DESAFIOS,
USARAM SEUS ESTRATAGEMAS.
A JOVEM, BELA E PREGUIÇOSA,
TEVE QUE MATAR UM BOI,
O VELHO, TODO ARCADO,
TINHA QUE COMÊ-LO, E NÃO FOI.
O QUE FAZER COM A CARCAÇA?
PERGUNTOU O “MORTO” OLHANDO TORTO.
VAMOS QUEIMAR, FAZER FUMAÇA
E AS CINZAS PÔR NUM SACO,
DEPOIS JOGAR NUMA QUIÇAÇA,
LÁ NO MORRO DO MACACO.
DEPOIS DE MUITA DISCUSSÃO
POR FIM SE DECIDIRAM:
- VAMOS ENTERRAR O BICHO,
É MUITO MAIS DIVERTIDO
QUE PÔR NO SACO DE LIXO.
DECIDIDO, ENTÃO AMIGOS,
DEPOIS UM POUCO DE CONFORTO.
MAS ESPEREM, E O BURACO?...
...TEVE QUE CAVÁ-LO O MORTO.
Sombra do tempo
Vento esquecido
Escuro da noite
Cemitério escuro
Velho antigo
Cheio de lembranças.
Anjos caídos
Figuras irreais
Tristes e gastas
Onde nos leva ao presente
Horizonte longínquo
Noites mal dormidas
Futuro de um abismo escuro
Onde as tábuas do caixão
Estão de molho no rio
Murmuram as suas águas,
Na sombra da dor e saudade
Como trapos ambulantes cheios
De agonia chegada ao fim da linha.!!
SONHO DANTESCO
A gata preta fugiu para o telhado.
Largou-me por ver velho curvado.
A maldita influencia vem e contamina
Aos poucos ela vai vem e me elimina.
A gata preta no telhado ira me abandonar.
Pois a maldita influencia vai me eliminar.
É uma questão de tempo para o sofrimento,
Talvez seja após festa o exato momento.
No sonho dantesco a cabelos voando,
E muita bebida transbordando.
Na premunição que um sonho dantesco,
Minha alma sem ter nenhum refresco.
Sou trocado por um plebeu anão
E gata vai para ele sem ter razão.
Todos riem de mim no sonho dantesco
Num desfile de carnaval gigantesco.
Acordo chorando com um aperto na alma
E faço uma oração para não perde a calma.
Seria esse sonho dantesco uma premonição
Se for tenho dó da gata que cairá pelo chão.
Há tantas coisas invisíveis neste nosso mundo,
Talvez a dor da perda seja algo mais fecundo
Como o feto que rompe a fina placenta
E vem ao mundo sem nenhuma vestimenta.
Agora a ele resta caminhar e viver...
André Zanarella 26-10-2012
Dantesco Relativo a Dante, poeta italiano.
Que tem o caráter da obra de Dante: estilo dantesco.
De um horror grandioso: espetáculo dantesco.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4533098
Ebook? Não!
Prefiro cheiro novo de folhas límpidas,
Prefiro cheiro velho de folhas amareladas.
Novinho lacrado, velhinho amassado
Com páginas recicláveis ou comido por traças.
Aquece como um velho edredom remendado
Conforta como um velho suéter bordado
Querido como o velho jeans rasgado
Amável como uma velha camisa desbotada
Suave como o cheiro de café na caneca ao lado
Na fila, no ônibus, na varanda, na cama... O livro... Oh, livro!
A tecla do piano está solta
com sons agoniados, agonizados
Velho como um lavrador que cultiva
versos de mil palavras, notas soltas
Sonhos longos, profundos, eternos
castelos em traços que descrevo
Estrelas que iluminam e beijam o coração
piano velho, gasto que agoniza no tempo.!!
Nas Quedas da Cachoeira
CAPÍTULO 1:
Diego e eu morávamos na mesma cidade. Ele era mais velho que eu. Tínhamos 7 anos de diferença de idade. Eu o conhecia só de vista. Via ele passar pela rua vez ou outra. Eu conhecia seus pais de vista também. Nossas mães participavam de um clube. Às vezes eu meio que “pescava” a minha mãe para saber algo sobre o Diego. Algo que talvez a mãe dele tivesse dito.
Diego parecia interessante. Indagador, principalmente. Tinha um cabelo diferente. Eu gostava. Tentei procurar ele nas redes sociais. Para a minha grande felicidade, encontrei. Adicionei ele aos amigos. Mas ele não me aceitava. Eu não entendia por que. Resolvi enviar uma mensagem para ele. Depois de dias ele viu ela e respondeu. E então dali em diante a gente vivia conversando.
Ele me surpreendia a cada dia mais. Ele era demais. Muito mais que interessante. Era apaixonante. Ele parecia gostar da natureza, assim como eu. Uma vez comentei com ele sobre uma cachoeira. Ele ficou louco quando lhe mostrei uma foto. Amou o lugar. Então ele perguntou se um dia eu poderia o levar para conhecer o lugar. Fiquei um pouco tensa. A gente nunca tinha se falado pessoalmente. Mas eu concordei. Até porque nem tínhamos marcado o dia ainda. Com o tempo eu percebi que ele meio que dava indiretas querendo que eu o levasse lá. Imaginei se ele não estava com segundas intenções. Mas tirei isso de minha cabeça, se eu o conhecia o bastante, creio que ele não tinha segundas intenções. Então resolvi combinar um dia. Mas eu disse que levaria uma amiga junto. Então ele perguntou se poderia levar um amigo. Eu confesso que achei uma ótima ideia não irmos a sós. É claro que concordei.
Na semana seguinte nós iríamos lá. Quando pisquei os olhos, já tinha chegado a semana seguinte.
O tio manel o seu burro está coxo
está coxo, mas ele tem de trabalhar.
Está velho coitado, tem de pedir a reforma
já pediu mas não lha deram, dizem que é muito novo.
Somos muito novos para a reforma...
mas velhos demais para trabalhar
Vamos os dois morrer à fome se não formos
trabalhar, nesta terra onde ninguém dá nada
"tiram-nos é tudo, tio manel."..!!!
E o velho profeta perguntou para seu pupilo: ‘Você mistura suas fitas, meu rapaz?’
O jovem aprendiz o fixou, com um olhar carregado de dúvida, e disse com voz
trêmula e temerosa: ‘Sim mestre! Mas por qual motivo o senhor me faz essa pergunta?’
O sábio profeta, com voz forte e incisiva, motivado pela preocupação com as fitas de seu jovem aprendiz, blasfemou: ‘TOLO!’
Depois olhou atentamente o inexperiente rapaz, sabendo que o mesmo carregava um enorme potencial dentro de seu coração, e de forma gentil e instrutiva, profetizou: ‘Quem mistura suas fitas está condenado a perdê-las’. E com seu dedo indicador apontado para o céu, ressalvou: ‘Mas quem mistura suas fitas, e não as perde, é um sábio.’
(KENDIDU´S, Geizu. Forever Alone: Manual da eficiência na ideologia forever alonista. 1 ed. 1843.)
Encostado nas paredes do além,
A olhar para o infinito azul do céu,
Ali está o triste velho Zé Manoel,
Tocando sua arpa dizendo amém.
Amém àqueles que o abandonaram,
Na vil encruzilhada da vida,
Pedindo a Deus rezando na ermida,
Perdoando àqueles que o abandonaram.
Entre soluços cantigas tristes,
Apenas triste olhando o infinito,
Olhando co'o coração contrito,
Sem uma palavra que inferiste.
Apenas uma esperança está em Deus,
Naquele asilo abraçando os irmãos,
Mui unidos todos eles dando as mãos,
E aos filhos não esquecidos último adeus.
É foda não poder compartilhar um sonho, velho.
Ta na ponta da linguá,
nas únicas letras do teclado,
na melhor parte de toda uma musica perfeita.
A frase permanece na boca,
mesmo após a certeza
de que ela nunca será dita.
Quem me inspira está bem longe,
perto de onde meu juízo se esconde.
É foda não poder compartilhar um sonho, velho.
Coisas da idade.
Quando a gente é novo não pensa em ficar velho, quando vai ver já é velho.
Apesar de ser uma catástrofe, não me pareceu catastrófico ficar velho. A gente vai se acostumando e quando vê a velhice já chegou, e com ela a certeza que não dá para voltar.
E a idade não é como para certas bebidas, não te deixa melhor mas pode ensinar a sobreviver com essas “velhices”.
Eu por exemplo, me irritava com qualquer barulho, com alguma coisa fora de lugar ou com a ignorância das pessoas.
Não que eu tenha me acostumado ou que goste, mas criei uma certa tolerância que me faz bem, provavelmente na medida inversa que me incomodava.
E o que resta?
Ouvir Billy Paul!
Galpão Fronteira.
Velho galpão de madeira
Aonde canta o Bem-te-vi
Rude construção campeira
Na margem do Rio Vacacaí.
Foste meu primeiro abrigo
No aconchego com meus amigos.
Rodeado pelo Arvoredo
A beira dos areais
Estou sob seu teto
E não esquecerei jamais.
Nas sombras dos Angicais
Saudades guardo de ti
Lembranças de outrora
Dos tempos de guri.
Grande galpão fincado
Já com portas e janelas
Ainda ouço o burilar
Do vento na batida das tramelas.
Chuva caindo do alto
Vento minuano ou geada
De longe vejo teu vulto
Assentado na beira da estrada.
Que Nossa Senhora permita
E que nosso Deus queira
Que sempre posso estar junto à ti
Grande Galpão Fronteira!
Disse o velho poeta
Que a felicidade
Nos deve ser uma meta.
Conquistada
E não comprada.
Merecida
E não adquirida.
Temos milhões
De motivos e razões
Para ter felicidade.
Mas é sempre
Onde não estamos
Que a procuramos
Essa é a triste verdade...
Que do Ano Velho, levemos na bagagem do coração apenas as memórias do que foi bom... para que no Novo Ano que chega, nossa experiência seja mais madura, mais gratificante.
Que antes de pensarmos em melhorar o corpo, que também é importante, pensemos em melhorar a alma... pois é na alma, no coração, que os valores reais habitam.
Que a gente se sinta novo, mesmo que não seja tão novo na idade... para que os sonhos sejam menos contaminados pelas amarguras das lembranças passadas.
Que os produtos dos nossos sonhos sejam a PAZ e a ESPERANÇA, e que estas jamais se percam de nós no meio do caminho.
Que a vontade de amar, de tentar, de recomeçar, seja bem maior que qualquer medo ou covardia.
Que a gente queira, de verdade, muito mais SER do que TER.
Que a gente aprenda a calar, quando for conveniente, e também a ouvir muito mais ao outro, do que a nós mesmos.
Que a gente tente “se melhorar” em tudo, para que, “ser alguém melhor a cada ano que passa”, seja de fato nosso objetivo de vida.
Que o Ano Novo seja bom... E que a gente SEJA feliz... mesmo que ao nosso redor o ano não seja tão NOVO, ou tão FELIZ assim, nas coisas que não dependem de nós.
Que a gente tenha um ANO NOVO de Esperança!
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