O Velho Poema
E vou andando nesta minha vida,hoje me sinto
feliz ando meio velho pra começar algumas
coisas,mais as suas oportunidades estão ai e
darei todas elas a você... E continuarei a minha
caminhada.
...foi quando o céu foi fechado,
...refletindo um passado reservado,
...era jovem velho e bastardo,
...la de baixo viu o povo alienado,
...aguniado, apressado e ferido,
...estava cheio de ódio e ungido,
...no perigo e preso na corrente,
...seu grande irmão o bateu de frente,
...ja agonizando e fardado a derrota,
...faz 1000 anos que ele bate a sua porta,
...no mais alto furor do trovão,
...a furia adormecida cravou seu caixão,
...o bater das asas do gavião,
...era negro e pairava na solidão,
...e no rungido do leão faminto,
...ele virou lenda no choro distinto.
Água Preta
O rio da minha infância
liko Lisboa
No velho água preta
Subia e descia canoa,
Era a coisa mais bonita
Água quebrando na proa,
Homem rio fauna e flora
Conviviam numa boa.
No rio da minha infância
Pesquei traíra e beré,
As antas e capivaras
Corriam de jacaré,
Passarim batia asas
Com medo de caburé.
Meu anzol de linha longa
Ia onde não dava pés,
Era no poço dos anjos
Entre os verdes aguapés,
Que morava o temido
O maior dos jacarés.
No rio das estripulias
Numa tarde eu vi Bita,
Fugindo dos soldados
Rumo a Manoel Batista,
Um salto mortal da ponte
Num mergulho sumiu Bita.
Guilermina e o água preta
O água preta e Guilermina,
Confundem a minha cabeça
Mas depois tudo germina,
O que fizeram com o rio
Fizeram com Guilermina.
Mas que pecado cometeu
Pra receber tal castigo,
Quando era um rio bonito
Tinha o povo como amigo,
Hoje velho e decrépito
É sinônimo de perigo.
O velho água preta
Era de utilidade pública,
Servia todos e a cidade
Como isso hoje explica
No seu leito perecendo
E ninguém vê a sua súplica.
O meu rio de contos
De belezas naturais,
Era o mais bonito
De todos mananciais,
Hoje agonizando
Em coliformes fecais.
O rio água preta
Velho triste e doente,
Mesmo morrendo a míngua
Ainda serve humildemente,
Carregando dia e noite
O lixo de nossa gente.
O novo quando chega
O que tá vira passado,
É preciso evoluir
Mas que fique explicado,
Rio é como provérbio
Nunca fica ultrapassado.
Liko Lisboa.
DE TUDO QUANTO É VELHO
O MAIS VELHO É O AMOR
TANTO MAIS VELHO QUE O HOMEM
NASCEU ANTES QUE O MUNDO
QUE A LUA E O SOL
E NINGUÉM É O SEU DONO
NEM O SEU INVENTOR
TÃO VELHO
QUE COM OS INÍCIOS SE CONFUNDE
É FEITO BALÃO DE GÁS
OU BOLHA DE SABÃO
NA MÃO DE UMA CRIANÇA
ENCANTADA E QUE BRINCA
EM ASSOPRAR E ESTOURAR
AS BOLHAS DE MATÉRIA
LUMINOSA NO ESPAÇO
FLUTUANTE E SEM FIM
O AMOR TALVEZ SEJA ESSA CRIANÇA
QUE TUDO CAUSE E NADA SOFRA
QUE POR TUDO PASSE INDIFERENTE
QUE VEIO ANTES QUE TUDO
QUE NUNCA ENVELHECE NEM MORRE
E NÃO RECONHECE ASCENDÊNCIA
O AMOR –
UM VELHO MENINO BRINCANDO COM VIDA…
SAPATO VELHO E GOSTOSO
FEIO, TORTO, GASTO E ENRUGADO.
SAPATO NOVO??
APERTADO, DOI, MACHUCA.
AQUELE VELHO É BOM
AQUELE NOVO É RUIM
AQUELE VELHO É GOSTOSO
AQUELE NOVO É DOLORIDO
AQUELE VELHO É FEIO
AQUELE NOVO É BONITO
UM VELHO PARA VIVER BEM
UM NOVO PARA MOSTRAR A QUEM
DA VALOR AO QUE É BELO
MAS NÃO DISPENSA O QUE É GOSTOSO.
Vivo incontrolada, vivo sem explicação pra todo sentimento novo e velho, simplesmente vivo em qualquer paralelo e tem que ser com você no mesmo bate e rebate na hora de sentir.
Rebeca
-
Trata com todo carinho
o amigo velho o maior
que a amizade é como vinho...
quanto mais velha melhor.
se tens esperança amiga
protege-a a cada momento
pois ela é candeia antiga
e na terra ha muito vento
moça,formosa,querida
és pura assim como um templo
que os outros amem a vida
por causa do teu exemplo
não odeies,nem um segundo
mesmo aquele que te odeia
que a gente colhe no mundo
tudo aquilo que semeia
sê boa que é que te custa?
perdoar apenas perdoa
mas sobretudo sê justa
que inda é melhor que ser boa
Ri para o instante que passa
cada vez mais satisfeita
porque só existe graça
onde a alegria é perfeita
e enche tua mocidade
de um afeto superior
só veem a felicidade
os que se encontram no amor.
Perfeito Vagabundo
Eu e meu velho violão
Tirando notas de consolação
Tentando chegar em algum lugar
Peço uma dose de algo que me disperce
É a cachaça que me fortalece
Pra mais um dia chegar
É hora de considerar todo mundo
Ser um perfeito vagabundo
E esquecer que é necessario trabalhar
No dia-a-dia agente se mata
Final de semana é só ressaca
Amigos de copo e um bom bar
Eu quero é me embreagar
A ARTE DE ENVELHECER
Manchete que estava estampada no jornal do bairro:
"Velho de 51 anos morre atropelado no dia mundial sem carro".
Quase morri também! 51 anos...velho??? Eu tenho 52 !
Em compensação, no mesmo dia, recebi de um amigo, um artigo em que a jornalista Regina Brett, de Cleaveland, celebrava sua chegada aos 90 anos no apogeu de seu trabalho criativo e cheia de energia. Alguns dos seus segredos:
* Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem ideia do que se trata a jornada deles.
* Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
* Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
* Ninguém é responsável pela sua felicidade, além de você.
* Perdoe tudo de todos.
* O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
* Deus te ama por causa de quem Ele é, não pelo que você fez ou deixou de fazer.
* Seus filhos só têm uma infância.
* Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou.
* A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente
Quando disse para o meu amigo Mário que também pretendo chegar “lá-pela-casa-dos-noventa-cem", ele reagiu dizendo: " Não vamos limitar a graça de Deus"!
Viva!viva!viva!mort...
Viva! O mau cheiro do açude velho
Viva!Nossa Política
Viva! A pobreza do são Sebastião
Viva! Nossa Política
Viva! A morte de Ito Morais
Viva! Nossa Política
Viva! Os esgotos dos mananciais
Viva! Nossa Política
Viva! A partida de Antonio Ivo
Viva!Nossa política
Viva!A divisa entre a sociedade
Viva! nossa política
Viva!O poeta do frei Damião
Viva!Nossa política
Viva!Pra quem vive e não agüenta mais
Viva!Nossa política!
Viva! O que teve e não existe mais
Viva!Nossa política
Viva!O nome santo da nossa cidade
Viva!Nossa Política!
Sua íris azul olhando para
Minha transparência
E eu te vendo no
Velho blue jeans
Sobre dunas d’água
Em mãos a velha guitarra
Dum tamanho sonho
E sentimento pelo mundo
Seus dedos correndo as cordas
Que tocavam minha alma
Nos relampejos da adolescência
Agora o Baume & Marcier
Marcou esse tempo
As flores num canto
As cordas quebradas
As lágrimas rolando
Como pedras lançadas
Não há volta no tempo
Só nas lembranças guardadas
Grampeada pelo endurecimento
A vida se mostrou outra
E nos amadurecemos...
Mas aquele olhar continua eterno
Quando olhamos para nos mesmos.
Ontem me sonhei como o velho Buendia: amarrado aquela árvore enquanto os redemoinhos completavam o ciclo.
Tive medo de Garcia Marques, como antes já tivera medo de Neruda e seu amor por Matilde, e de um Vinicius de moraes encantando as paredes com os olhos da amada.
Procuro letras coladas nos livros para sentir medo de morrer e não mais ler.
sou um presidiario comprindo centença...
sou um velho diário perdido na areia...
sou pista vazia esperando aviões...
sou o tedio de um além...
sou o amor de um alguém...
sou um ser perfeito...
sou todas as paixões...
Velho Estêvo chamando para a ladainha, em dia de festa,
na fazenda do meu avô paterno :
Simbora gente, que depois da reza tem dança.
CONSTRUA COM SABEDORIA
Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar.
Ele informou ao chefe seu desejo de sair da indústria de construção e passar mais tempo com sua família.
Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.
A empresa não seria muito afetada pela saída do carpinteiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao carpinteiro para trabalhar em mais um projeto como um favor.
O carpinteiro concordou, mas era fácil ver que ele não estava entusiasmado com a idéia.
Ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.
Foi uma maneira negativa dele terminar sua carreira.
Quando o carpinteiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa.
E depois ele deu a chave da casa para o carpinteiro e disse:
"Essa é sua casa. Ela é o meu presente para você".
O carpinteiro ficou muito surpreso. Que pena!
Se ele soubesse que ele estava construindo sua própria casa, ele teria feito tudo diferente.
O mesmo acontece conosco. Nós construímos nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes fazendo
menos que o melhor possível na construção.
Depois com surpresa nós descobrimos que nós precisamos viver na casa que nós construímos.
Se nós pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente.
Mas não podemos voltar atrás.
Você é o carpinteiro.
Todo dia você martela pregos, ajusta tábuas e constrói paredes.
Alguém disse que "A vida é um projeto que você mesmo constrói".
Suas atitudes e escolhas de hoje estão construindo a "casa" que você vai morar amanhã.
Construa com Sabedoria!
Ópera dos interior.
Começam os acordes do velho acordeão,
Em leque que brinca de abre e fecha.
Entra junto, a melodia simples da rabeca.
Que chora feliz fora do ombro.
Nesse momento se inicia a ópera em uivos tristes.
Da terrível dor, que faz o “tíu” latir.
Falta ritmo! Falta um batido.
E começa escondido o ritmo proibido
De um triângulo amoroso.
Ela, ele e ele; e às vezes ele, ela e ela.
Assim a dança começa,
Sem ter hora de nunca acabar.
Apeia do cavalo o coronel
Que manda calar o “tíu”.
Aos pouco o ritmo diminui.
Separando aqueles vértices.
Acordeão e rabeca,
Isto é casal comum.
Não dá dança, e acaba a festa.
Jaak Bosmans 2 -11- 2008
Ficar Velho
A vida que passou foi o tempo que tivemos para poder realizar e fazer a descoberta da própria vida que se esgota. O tempo passou e quase não se realizou coisa alguma. Não se imagina satisfação neste estado de vida, se não há satisfação, não é possível ser feliz. A insatisfação do homem pode ser a própria infelicidade.
Mas o estado de idade avançada não é o fim, podemos ver como recompensa de muitas realizações. Talvez as rugas sejam sinais que tivemos muitos amanheceres, nestes amanheceres o sol nos tocou ao longo dos dias passados. Se tivermos cansaço talvez seja porque se correu muito para alcançar o que sonhamos conquistar, o que amamos e o que possivelmente seria a felicidade.
SOBRE O ANO NOVO
Ano velho vai, ano novo vem... O eterno ciclo da natureza, fiel ao seu moto contínuo, mais uma vez deixa nos calendários a marca dos dias que já não existem mais.
E mais uma vez estamos a rodopiar, como um Bolero de Ravel, fazendo variações sobre o mesmo tema que nos é dado todo dia, a toda hora, a todo instante...
Por um instante sou tentado a pensar no tempo como uma cravejante navalha que sulcra e espalha, impiedosamente, marcas desalmadas pelo meu corpo. Mas depois, sou consolado de modo benfazejo, por um dos meus poetas favoritos:
“ Nossos dias são preciosos,
e com alegria os vemos passando
se no seu lugar encontramos
uma coisa mais preciosa crescendo:
uma planta rara e exótica,
deleite de um coração jardineiro,
uma criança que estamos ensinando
um livrinho que estamos escrevendo... ”
Depois me convenço que um ano novo só é novo se o dia que se chama HOJE for novo também. Arrisco, então, umas notas no meu pinho e peço ao Senhor do Tempo que todos possamos ter um feliz ano novo para veranear os invernos dos nossos outonos.
Ontem tive um sonho triste
Já tinham ido todos meus amigos
E ficará eu só, com meu velho coração apertado
Ontem tive um sonho bom
Onde estávamos nós, eu e meu amor
Velhinhos sentados a beira da porta
Hoje acordei feliz
Pois tive um sonho, meu melhor sonho
Onde tinha vivido toda minha vida ao lado daqueles que amo.
Este mundo tão confuso
bambeou meus parafusos
e adeusinho ao velho cais...
Na canoa para Fróis,
vou levando os meus anzóis
e talvez, não volte mais.
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