O Poeta e o Passarinho
SER /ESTAR – POETA
Ao poeta cabe tudo
Às vezes, também nada…
Diria que na maioria das vezes, é nada.
Às vezes lembra um palhaço do circo do terreno baldio…
Esse, mesmo de alma triste, sorri de rosto alegre.
Cabe ao poeta acender a luz onde tiver escuro,
Saciar a fome daqueles que querem comer, palavras…
Matar a sede daqueles que precisam de vinho,
Matar sua própria alma para ver se ela nasce novamente…
Fazer rimas não é necessário…
Por que a poesia da vida, nem todos conseguem ler.
Nem todos conseguem ver,
Ou sequer, saber escrever…
Escrever a cada momento, cada segundo
Em tempo integral da vida humana
Procurar palavras quando no baú só há uma letra
Ainda enferrujada…
O poeta cansa de ser, quer também estar…
Eles são chorões, beberrões, tristes, alegres, abstêmicos…
São tudo que se pode ser, mas eles não querem mais ser…
Ser poeta é viver.
É ser, estar… É um verbo conjugar
Também é ser conjugado
Ser poeta é ser amigo, é ser amor…
Doar amor (pro filho, pra mãe, pro amor)
Ser poeta é sofrer, mesmo sem querer…
É querer, mesmo sem poder…
Ser poeta é não ser compreendido
É ser expulso do seu próprio mundo
Preso na sua própria cela
E, às vezes, inventar o próprio pecado.
TRISTE FIM DE UM POETA
Não consigo mais fazer poesia;
Pois você é minha fonte de inspiração.
Sem você as letras não formam palavras,
As palavras não se unem na oração
Minhas orações juntas não fazem versos.
Sinto-me sem sentido... Sem ação.
Um poeta sem coerência e um homem sem coesão
Estou deixando de escrever... Por causa de você.
Sinto que as letras somem... Cadê o “a” do teu amor?
Cadê o “amor” da minha vida?
Onde está o “feliz” da minha felicidade?
Onde estão meus versos... E minha rima.
Sabe o que tenho? Somente o “Sal” da saudade;
Eu que experimentei o doce da paz;
Hoje tanta água que bebo não tira o teu sal.
Cada dia que passa... Passo incapaz,
Incapaz de amar é o que pareço... E pereço
Num mundo todo igual.
Mas por fim... Em um mundo que mereço!
Não consigo escrever poesias...
Falta você;
E por fim... Eu falto também.
Os Sentimentos e tormentos
O desafio do poeta é tentar extrair respostas e joga-las na humanidade.
O desafio do poeta é representar os sentimentos em escritos eternos.
E o seu tormento é saber que pode representar também os sentimentos maus, na eternidade.
Mesmo sabendo que para isso, esses sentimentos precisarão passar primeiro pelo seu coração.
Poeta duas faces
Vou seguindo
Sem ter pra onde fugir
Tendo muito o que sentir
E por sentir
Sigo chorando
Já estou indo
Sem ter como fingir
Tendo muito o que ouvir
E por ouvir
Sigo falando
Vou seguindo
Sem ter como agir
Tendo muito o que intervir
E por intervir
Sigo mudando
Já estou indo
Sem ter o que aplaudir
Tendo muito o que assistir
E por assistir
Sigo frustrando
Vou seguindo
Sem ter como assumir
Tendo muito o que cobrir
E por cobrir
Sigo apanhando
Já estou indo
Sem ter como despedir
Tendo muito pra redigir
E por redigir
Sigo inventando...
E por ser
Vou sonhando.
Sou como um poeta, que precisa amar para viver...
mas sabe que precisa sofrer a dor de uma desilusão pra ter inpiração, então como escolher se decido amar intensamente e viver um grande amor perco a minha inspiração para escrever que é a minha vida, se decido continuar escrevendo tenho que abrir mão do meu grande amor e assim sofrerei tanto que acabarei marrendo de amor.
então como escolher?
Se amo não posso escrever!
Se escrevo não posso amar!
é na verdade eu acho que os poetas nasceram pra morer de amor.
POETA, ESCREVA PRA MIM
Poeta,
Não quero tristeza escrevendo, em mim, rimas de dor.
Não quero sangrar a qualquer hora, sem ser nada, sem nada ser.
Não me dou bem com a vida quando estou assim.
Quero alegria da fantasia de uma lua em mim.
Quero perfume das flores do meu jardim.
Quero todos os meus sonhos saltando de um trampolim.
Não quero saudade batendo na porta pra me fazer chorar.
Nem as lembranças de outrora ocupando o meu lugar.
Poeta,
Devo-lhe confessar,
Quero um céu estrelado repleto de luzes
para o meu indicador em suas direções apontar.
Careço de alegria e companhia para tagarelar.
Quero o som de águas correndo nas pedras de algum lugar.
Preciso um pouquinho de tudo para sobreviver
Poeta,
Escreva para mim
Perdi por aí todas as palavras e não consigo me encontrar.
Não quero que este seja o meu fim.
Por isso eu insisto:
Poeta, escreva pra mim!
DA MENTIRA, INVENTO RIMA
Sou uma pobre poeta,
que da mentira
inventa rima
para depois
viver no meu presente,
tão demente,
tão solvente!
Na verdade, sou uma farsante.
Vivo num caminho errante.
Minhas palavras são inversas aos sentimentos
e os meus momentos transbordados de paixão,
porque sou uma alma em erupção.
Em meu coração, não habitam instantes,
nem amores ambulantes,
nem minha emoção é vacilante.
O que sinto e por quem sinto
é um amor gritante,.
e como não sei fazer isso parar,
escrevo versos reversos,
na tentativa de meu choro sufocar.
NÃO SEI
Não sei se morrerei poeta.
Não sei se viverei sem trilhos.
Não sei se ficarei cega
e não enxergarei os brilhos
das estrelas sobre minha cabeça.
Não sei se morrerei à mingua.
Não sei se me faltará ar.
Não sei se ficarei asfixiada
pela falta que você me faz.
Não sei se morrerei amando.
Não sei se saberei continuar
se tudo que existe agora,
de repente, se acabar.
Não sei se morrerei tranqüila.
Não sei se viverei em paz,
se nessa sua alma agitada
todas as minhas vontades eu entregar.
Só sei que você me basta
ao se fazer refrão dos meus dias lentos,
sol de minha escuridão,
lua de minhas noites claras
batuques de meu coração.
No Algoz do Navio Negreiro
Eu escritor, poeta e passageiro,
Acordei em meio ao algoz de um navio negreiro,
Observando cada sofrimento de um povo,
Em meio a um devaneio,
Qual será o objetivo tão plena perversão?
Gritos de arrepiar os cabelos,
Seres humanos jogados em meio ao mar,
Por mera ineficiência,
E eu ali assistindo este sofrimento, estas mortes e estes maus tratos,
Sem saber o que fazer,
Rezei para as noites sombrias que avistassem uma terra firme,
Fixei meus joelhos rentes ao solo da caravela,
E avistei terra firme.
Oh, povo sofrido,
Deram-lhe suas almas para o lucro e o aconchego dos burgueses,
Meu sofrimento também deste povo,
Em meio a minha veia a rastro de sangue negro,
Resolvi escrever em meio de minhas poesias,
A luta de um povo sofredor, batalhador,
Que nunca se entregou ou muito menos se abalou.
Dizem que o poeta para semear seu eu mais criativo necessita sofrer. Contrapondo-me a essa máxima, eu mais alto vôo dou quando o amor me faz renascer
O poeta
Anjo consignado ao Mundo
- à Vida -
Prelúdio dos Céus
O Poeta
Dimensões paralelas
(i)realidades alternativas
Multi-verso & prosa
O poeta
Decantando o desencanto
Em química elementar
Sedimentando...
... Poesia
Moça linda,
Uma vez, há muito tempo, eu li um verso de um poeta chileno que dizia assim: Irias a ser muda que Díos te dio esos ojos?. Pois o tempo passou e este verso ficou guardado no meu subconciente até ser resgatado hoje, quando o meu olhar cruzou com o seu pela primeira vez.
Moça linda e de olhar penetrante, será que você consegue enxergar a balbúrdia que estas suas expressivas pupilas instalaram no meu coração? Não sei quando eu te verei de novo, afinal não é sempre que surge uma festa em casa de amigos comuns ou mesmo eventos que coincidam com nossas agendas e nossos gostos pessoais.
De qualquer maneira, gostaria muito de encontrar com você outra vez e, de preferência, o mais breve possível. Quem sabe, então, eu lhe entregue pessoalmente um poema do Vinícius que tem um versinho assim: A minha namorada é tão bonita, tem olhos como besourinhos do céu. Sabe que teus olhos são bonitos como besourinhos do céu? Pois são!
E eu desisti de ser poeta, vou captar por aí imagens de uma boa realidade, viver só de ilusão não dá. Ainda existe coisa boa nesse mundo afora.
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