O Poeta e o Passarinho
Eterna Aflição
De quem herdei o dom, de ser poeta?
Herdei dos meus caminhos arredios
Todo poema que da humanidade resta
Fragmentado em profundos versos vazios…
Herdei dos meus antepassados os arrepios!
Herdei das gerações dos deuses da guerra
Toda derrota e desgraça da face da Terra,
As ameaças obscuras e os cruéis calafrios…
Ó arte sublime do sentimento de amor,
Se és poesia, por que herdaste a dor,
Dissimulada no meu sereno sorriso??!!
Herdei da minha infância uma esperança!
Herdei do meu mundinho de criança
Um semblante de paz de um paraíso!!
" ESCRITA "
Um poeta, somos todos, do destino
que vamos nós rimando na emoção
de cada escolha feita, em decisão
dos versos sobre o tempo peregrino!
Assim, quer seja um poema, uma canção,
soneto curto aceito em desatino
nas frases da poesia de um menino,
um ode no saber de um ancião,
o fato é que se faz por obra-prima
em tudo que nas linhas ela exprima
por resultado de um viver humano…
Escrita eu dei à minha, com ternura,
por vezes na razão de uma alma pura
batendo um coração sujo e profano!
Eu sou nordestino, sou poeta de coração,
Parei no nordeste para criar uma composição.
Olhei o nordeste, parei no sertão,
Criei meu argumento e fui criar o pão,
O pão para alimentar aquela geração
Do nordeste que criou a comunicação.
A gente lá trabalhando no solo duro,
E os trabalhadores comendo o pão.
Sou poeta do sertão,
Quem vai mudar a minha opinião?
Locutor
Queira eu falar ao ouvido do mundo,
Poeta rouco, que sabe pouco dessa função.
Mas, agindo com bravura, fingindo loucura,
Alcança, sem rima, a erudição.
Poeta nasce por acaso,
Entre um suspiro e outro do caos...
O absurdo me atrai; diante do abismo,
Acelero o passo. O rito sacrossanto
Repete o mantra da má sorte,
Que suplanta qualquer dúvida da esperança,
Que pergunta ao homem sobre a eternidade
O RIO DE MINHA TERRA
Passa um rio pela terra
De quase todo poeta...
Minha terra também tem um rio
Que passa e deixa lembranças,
Que passa e deixa saudades,
Que me inunda de amor
Pela minha terra
Toda vez que em seu manso passar
Molha-me o corpo e a alma.
Se o simples passar de um rio
Pela terra de um poeta
É poesia,
Que nome devo dar
A um rio passando
Pela minha terra
E pela minha vida?
Me disseram que o poeta é paz...
Não se engane, no poeta a guerra também se faz...
Me disseram que o poeta não chora...
Não se engane, o poeta também deixa as lágrimas escorrerem pelo rosto...
lavarem a alma... devolverem-lhe a
calma.
Me disseram que o poeta é só amor...
Não se engane, há momentos em que o poeta é só dor.
Me disseram que obstáculos não são pedras no caminho do poeta...
São... nem tudo na vida do poeta rosas perfumadas são
O poeta é um ser como todos os outros...
Talvez o que o diferencie é saber ser um fingidor...
Finge amor, quando há dor.
Finge paz, quando há guerra.
Finge calma, quando por dentro tudo queima sua alma.
O poeta baila na vida... olha a linha do horizonte...
E pra tudo encontra ou finge uma saída encontrar.
poeta errante
como ventania desajeitada
alma pela estrada
ilusão encantada…
vivo eu a velhice
no silêncio, meninice
sem crendice...
apenas vivendo
pouco querendo
ou tendo...
afinal, a vida
de uma orquídea, adiante
bela e breve,
a cada instante...
diversa, em verso
assim vou, vibrante
[…] disperso
eterno poeta errante...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/07/2020 – Triângulo Mineiro
A cultura acaba quando o caos toma conta de uma sociedade sem sentimentos.
Poeta Pernambucano Fernando Matos
João, o poeta
Belíssimas e encantadoras
são as poesias do poeta João,
que no momento está numa prisão.
O que nenhum de seus admiradores sabia
é que, de dia, o João faz poesia
e, à noite, esse João é um ladrão.
Corre o poeta do sistema poetal
Não podiam prendê-lo
Não podiam pegá-lo
Aqui um poeta livre
Aqui um poeta livre
Fugia ele do sistema
Ele dizia
Sistema de páginas impressas na poesia
Aprisionado ele em sua sabedoria
Fugia ele do que ele não sabia
Fugia ele de noite e de dia
Corre poeta, foge poeta
Não deixem que te prendam
No que eles querem que tu sejas
Não seja o que eles querem, mas seja livre como fugitivo poeta
Cavalos são poetas
Poetas são selvagens
NUNCA!
Nunca a velhice deve ser sinônimo
De sala de espera para a morte.
( Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima )
Estive só,
sem graça,
como um cão
que deseja
o osso,
feito um poeta
que não consegue
escrever uma linha.
Seu olhar é capaz de fazer o mais santo dos homens pecar,
É capaz de fazer o poeta de tanto sofrer se matar,
Mas sendo franco me mataria com sorriso,
O gosto da sua boca me fez viver no paraíso,
Minhas lembranças de com você me fez enlouquecer,
Sou grato a você pois me ensinou o que é viver,
Só de lembrar naquele frio na barriga,
Mas saber que jamais será minha é o que me instiga.
-Pax Animae
A poesia precisa do poeta para pega-la
com palavras
como a água precisa de algo
para conte-la,
se não fosse a tinta da caneta
a poesia seria desperdiçada
despalavrada no não
e não declamada
saciando o imaginar
que pede conclusão
contida em cada letra
preciosa em um poema
é só vim e pegar um declamar
e ser
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