O Poeta e o Passarinho
O ser humano aprendeu a voar,
sem rede e livres como as gaivotas percorrendo o céu azul dos sonhos;
aprendeu a nadar sem limites como os golfinhos, mergulhando nos oceanos da ambição; mas esqueceu de aprender o essencial desta vida, amar uns aos outros como irmãos.
Fazendo mil versos ao léu,
até às nuvens chegará,
seu objetivo é tocar o céu,
naquele azul todo mergulhará
Um poeta tem essa missão,
dela nunca irá esquecer,
e assim em cada mão
trará uma estrela para você...
Às vezes falo, grito,
mesmo estando mudo.
Há sentimento
que não se traduz.
As palavras não dizem tudo.
Se a esta hora o agora
se fez em você passivo,
é porque de algum modo
estou em você cativo.
Se a esta hora meu verso
é espelho e você me lê,
é porque de algum modo
estou vivo em você.
Os vencidos não têm história
e a glória é tarde
para a palavra vazia.
Sincronizo o tempo
e os vencidos escorrem
pelo ralo da pia.
Conto do Desmantelo Azul
Uma vez, durante a primavera, eu vi o mar. Era fim de tarde, eu era criança, pouco mais de seis anos. Foi a primeira, foi a última vez.
O encontro, no horizonte, do céu azul com um mundo de espelho azulado com moldura azul-dourada invadiu meus olhos, arrebatou minha alma. Nunca nada mais enxerguei.
Uma vez, durante a primavera, ouvi o mar. Era fim de tarde, eu criança era, pouco mais de seis anos. Foi a primeira, foi a última vez.
O encontro do marulho azul com o silêncio azulado do infinito estourou meus tímpanos, ensurdeceu minha alma. Nada nunca mais ouvi.
Uma vez, durante a primavera, cheirei o mar. Era fim de tarde, criança eu era, pouco mais de seis anos. Foi a primeira, foi a última vez.
O encontro da maresia de azul salgado com o aroma celeste de um céu azulado quase noite entranhou-se pelas minhas narinas, embrenhou-se em minha alma.
Nunca mais nada cheirei.
Uma vez, durante a primavera, degustei o mar. Era fim de tarde, era eu criança, pouco mais de seis anos. Foi a primeira, foi a última vez.
O encontro de minha doce inocência com o azul salgado segredo das águas engravidou meu peito, emprenhou minha alma. Nada nunca mais provei.
Hoje, toda tarde, sento em frente ao mar, e uma suave fluida mão anil acaricia minha pele instantes antes de meu corpo se diluir na brisa marinha e meus poros explodirem em azul ao serem penetrados pela alma do mundo.
Arrancar do peito o indizível,
e deixá-lo exposto em minha cara,
pode ser um ato de extremo egoísmo,
mas é no fundo do abismo
que nascem as flores mais raras.
Não se limite
a dizer coisa com causa.
Não beba o eco ou o cio
que brota de versos alheios.
Não se banhe duas vezes
no mesmo vazio,
mesmo estando cheio.
Não caminhe por estradas conhecidas
nem queira novas perguntas
para suas velhas respostas.
Não se imite,
perca-se no caminho da volta.
Contos Perdidos do Vale Encontrado
Ao final das contas,
Em todos os lugares,
Encontraremos motivos
Para ficar e motivos para partir.
O que define nosso lar
É a percepção que temos dele,
E a determinação,
Nos impulsiona a prosseguir.
Nos Contos Perdidos
Do Vale Encontrado,
Nós somos palpites
Lançados ao vento.
Nos Contos Perdidos
Do Vale Encontrado,
Suspeitas prováveis
São pressentimentos.
Como tem passado ?
Como vão as coisas ?
Como tem estado ?
Teu bem estar me encanta.
O convite a partir
É sempre atraente,
Somos vivências
Em movimento iminente.
Nos Contos Perdidos
Do Vale Encontrado,
Nós fomos palpites
Lançados ao vento.
Nos Contos Perdidos
Do Vale Encontrado,
Suspeitas provadas
São bons sentimentos.
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