O Poeta e a poesia
MONOTONIA
Eu ligo a TV e o tédio invade a sala,
Eu abro um livro e a amargura exala das páginas.
Eu ouço música e a solidão de não ter um par para dançar me apavora.
Tudo que resta são noites de angústia sem fim,
Sofrendo sozinha,
Calada e contida.
É possível ser só na multidão?
É possível ser triste na alegria?
Acordo sem querer acordar,
A luz do dia já não me traz alegria,
Queria ficar no escuro em meio à apatia e ali fazer minha moradia.
Dormir e morrer,
Morrer e dormir
Qual a diferença?
Se já morri a mil vidas atrás.
Debaixo da luz da lua,
Estou eu observando esse lindo luar.
A lua me lembrou de você,
Ou pelo menos um pedaço seu.
Você sempre me iluminou.
E como você, a lua está longe,
Sem eu poder tocar
Sem eu poder beijar.
Você é como uma obra de arte
Que está presa no corredor de uma casa.
Que está presa á um simples homem.
Mas que foi feita pra ser admirada
Pra ser amada
Pra ser cuidada.
Um desperdício de um pedaço feito por Van Gogh.
Você é poesia rara
Desconhecida.
Nem William Blake poderia te descrever tão bem.
Não melhor do que eu.
Você é poesia que implora pra ser escrita
Poesia que tem que ser admirada
Poesia que tem que ser amada
Se não, não consegue viver.
Ela é a luz do meu coração
E minha maior inspiração.
Me faz feliz,
Me faz triste,
Não importa.
Apenas ela é quem me inspira.
Eu sou poeta, e você poesia.
Então tu és criador.
Se és,
Não-cries-dor,
No que se auto-cativa…
Na mente ativa,
Se fazem milagres,
Que curam até “peca-dores”…
Sempre sabemos onde esta o erro,
Onde esta o problema,
E qual a solução,
Mas faz parte sentir o drama.
Enredo…
De roteiros , bipolares...
E medos confiantes,
É a força da maré
Que habita,
Que grita,
Nos faz ser gigantes.
Colina , montanhas e curvas!
Geografia do teu corpo…
Fazem mapas que percorrem
Brevemente…. minha mente…
Antes mesmo do esboço.
Encandecente
Segue a Vida, protegendo.
O corpo que protege o cérebro.
Que desenvolve, o ser pensante,
Nas convecções com a Vida.
Não conduzimos.
E a gravidade. Puxa para religação.
E, o ser individual, tenta entender.
Entender, estendo a consciência. Do-que?
Estado de ser Presente.
Esquecimento. Lembrança. Mudança.
Formando novas conexões. Continuum,
O Sol nunca para.
Idas e retorno, a mesma massa, circula.
Pensante. Sentida, pelas águas da Vida.
Na procura do atman.
Para se refletir em espelho.
Mas com um conteúdo de consciência possível.
Sensibilizada pelas cordas do Instrumento;
Que transporta a Vida, de um ponto, para outro.
Para a proteção da Vida.
De tamanha grandeza, inexiste forma.
Sendo o vazio. Que impulsiona a busca.
Mais quente. Mais leve. mais forte.
De maneira que.
A água da vida circula, formando o espirito.
Até a próxima etapa da Vida.
Sendo o tempo.
Apenas a medição de um ponto ao outro.
E o Sol. Sempre estará lá.
Marcos FereS
Se a vida fosse uma empresa,
Na fila dos que querem ser poetas,
Eu estaria.
Não sirvo pra mais nada
Nem faço outra coisa, senão poesia.
Este é o meu compromisso!
Ao chegar no RH, logo diria:
Não que eu faça muito bem,
Mas tudo que faço é isso.
"Conheço muitos há tanto tempo, que nem sequer tive tempo ou oportunidade de apertar-lhe as mãos. Quanto a ti, Me conhecestes ontem, e já me chamas de amigo.
Carlos Silva
Poeta Cantador
Itamira BA.
Quem me dera ter
Os velhos sorrisos de volta
Ter os velhos abraços para abraçar,
Na amarga e solitária noite
Só por mais um minuto
Antes do mundo acabar.
Quem me dera rir até
Que minha barriga se contraia
Que o juramento deste coração me traia
Nem que seja só por hoje
Antes do mundo acabar.
Quem me dera ver-me com orgulho
Na silhueta grotesca do espelho
Nem que seja por um perdão derradeiro
Antes do mundo acabar.
Quem me dera sentir menos
O peso que acarreto dos dias
Aliviar a dor da morte e a certeza da agonia
Antes do meu mundo acabar!
Foi quase um poema,
quase foi um suicídio,
era quase um eu te amo,
quase era um amor.
Hoje é saudade,
é hoje solidão,
foi uma grande decepção,
uma decepção já se foi.
Amanhã serão lembranças,
será amanhã esperança,
o ontem eu já esqueci,
ela também me esqueceu ontem.
Era quase uma poesia,
quase foi uma história de amor,
foi quase um amor,
talvez eu seja quase poeta ou
um poeta do quase.
Eu não escrevo; deixo, apenas, que minh'alma transpareça em palavras aquelas coisas que estão guardadas lá no fundo. Talvez, escrever seja realmente difícil.
Eu não escrevo; expilo sentimentos em um caderno velho.
Inocência perdida
"Na varanda onde me encontro, me vejo enfastiado e risonho
Olhando para o chão onde as crianças brincam e se sujam
Na ladeira a beira da rua movimentada pelo caos
De ladrões, facções, revoltas, lâminas e oitões
Cena nada bonita para uma criança e nem mesmo para um adulto
O mais incrível disso tudo é que todas as crianças enxergam as flores
As aves e o seu próprio reflexo no esgoto
Ou na poça de sangue
Quebram janelas com suas faltas batidas no futebol
Perdem-se em meios os becos no esconde-esconde
E o sentimento nostálgico faz-me contestar
Onde esta toda a minha inocência de antes?
Se foi quando?
Quando estava dormindo e tento mais um pesadelo?
Quando estava alisando o travesseiro e imaginando seu cabelo?
Quando estava mordendo a toalha e imaginando o pescoço de alguém
Quando?
Será que se foi quando eu traguei você
e a matei dentro de meus pulmões para que eu possa
Respirar o seu ar, e inalar o seu doce veneno?
Pode ser que ela tenha saído
Na noite em que me disse não
e virei um caminhão de uma bebida
Inflamável
Bem, não sei quando foi
Sei que como você
eu a quero de volta
De volta
Volta?
Volta, porque não aguento mais a desesperança
Da dor da lembrança, da inocência e manhas
Que tinha quando era criança
Quero voltar a ser como antes e ver meu reflexo na poça de sangue! "
Dormem na sua cama e já pensam que são donos de tudo - de teus sonhos, de tuas bênçãos, da tua vida...
Ei parem por ai – Pois da minha vida eu sou a personagem central e também o escritor - e ponto final.
Amar e ser amado,
Viver e adquirir conhecimentos
Cada dia que passa escrevo meus sentimentos,
Escrevo o que penso
Faço o que devo fazer,
Agradeço a Deus por cada amanhecer.
Eu não jogo com o amor,
O que ele fizer eu assino,
Mesmo se não der certo,
Pego caneta e papel
E rimo.
Lágrimas são os olhos falando,
Que a dor que está sentindo,
É tanta que não cabe no peito,
Ta transbordando.
