O Poeta e a poesia
Debaixo da luz da lua,
Estou eu observando esse lindo luar.
A lua me lembrou de você,
Ou pelo menos um pedaço seu.
Você sempre me iluminou.
E como você, a lua está longe,
Sem eu poder tocar
Sem eu poder beijar.
Você é como uma obra de arte 
Que está presa no corredor de uma casa.
Que está presa á um simples homem.
Mas que foi feita pra ser admirada 
Pra ser amada
Pra ser cuidada.
Um desperdício de um pedaço feito por Van Gogh.
Você é poesia rara 
Desconhecida.
Nem William Blake poderia te descrever tão bem.
Não melhor do que eu.
Você é poesia que implora pra ser escrita
Poesia que tem que ser admirada 
Poesia que tem que ser amada
Se não, não consegue viver.
Ela é a luz do meu coração
E minha maior inspiração.
Me faz feliz, 
Me faz triste,
Não importa.
Apenas ela é quem me inspira.
Eu sou poeta, e você poesia.
Então tu és criador.
Se és,
Não-cries-dor,
No que se auto-cativa…
Na mente ativa,
Se fazem milagres,
Que curam até “peca-dores”…
Sempre sabemos onde esta o erro,
Onde esta o problema,
E qual a solução,
Mas faz parte sentir  o drama.
Enredo…
De roteiros , bipolares...
E medos confiantes,
É a força da maré
Que habita,
Que grita,
Nos faz ser gigantes.
Colina , montanhas e curvas!
Geografia do teu corpo…
Fazem mapas que percorrem
Brevemente…. minha mente…
Antes mesmo do esboço.
Há palavras que tornam momentos de solidão em revoar de estrelas. Palavras que trazem carinho e aconchego de ninho onde há o pouso do repouso.  Palavras que tocam em pianíssimo aos ouvidos ávidos de sons que harmonizem o coração, estremecendo o corpo em êxtase. Palavras que abastecem e alimentam as horas, em que apenas o vento acompanha a viagem dos ponteiros no ranço do tempo que não para.  
Suas palavras são cura para a alma, para as quais não tenho outras lindas e iguais. Apenas isso ...
DÉCIMO TERCEIRO HEXÁSTICO
não bastais com incompetência
até quando há de sangrar
a miserável paciência
manada rum’ao precipício
metadestino imanente
glória do rei concupiscente
DÉCIMO QUARTO HEXÁSTICO
o discurso e a modernitude
túnicas de líquidas almas
escarros de um mesmo beijo
adubam todas mentes dóceis
sombras eternas do humano
presas na tumba do decano
DÉCIMO QUINTO HEXÁSTICO
canalhas de plantão venceram!?
‒ virtude e ética não se fazem dos seus atos ‒
dignidade só restará
quando só consciência plena
no horizonte fixar a pena
de toda liberdade eterna
DÉCIMO SEXTO HEXÁSTICO
minha boca tão assim calada
meu corpo tão assim distante
meu abraço jamais revelado
justificam minha desordem
imanência de qualquer nada
neste abstrato mundo líquido
DÉCIMO SÉTIMO HEXÁSTICO
baila com a modernidade
sem consciência quaisquer
como um anjo desgarrado
sem qualquer virtude ou ética
de toda sorte miserável
todo sujeito pós-moderno
" Já estamos vivendo na eternidade.
E agora?"
E agora. Já passou outro momento 
da eternidade.
Você está agora ; no passado? Ou no futuro?
O que Você está creando agora?
Então Você já sabe o seu futuro.
marcos fereS
DÉCIMO OITAVO HEXÁSTICO
homens de vidro… transparentes
andarilhos faltos… ocultos…
invisíveis todos... carentes…
estilhaçados na caverna
escravos de única pauta
que lhes oprimem e governam
DÉCIMO NONO HEXÁSTICO
transcende teu aqui e agora
conhecer faz-se necessário
muda de pele como a cobra
germina como nova espiga
nela todo milho é santo
onde todo verbo é vida
VIGÉSIMO HEXÁSTICO
todo desejo que me existe
cobre de possibilidades
toda vontade de potência
da natureza numinosa
que cria e recria criador
que me revela na ossatura
LABAREDAS
De João Batista do Lago
Minha poética ‒ chama eterna que arde! ‒
Movimento são de vívidas labaredas
Inquietas procuram todas as consciências
Seja nos casebres ou salões das nobrezas
É flecha mortífera que fere a destreza
Miserável luz de toda dominação
Capaz da subjugação sobre qualquer néscio
Incapaz de perceber sua escravidão
É bala de ouro matando a servidão
Do fiel encantado pelo vil discurso
Hóstia de fel ofertada como pão
Alimento de toda opressão miserável
Que mascara de toda vida o amargor
Encarcerando o ser na história de dor
O SAL DA  MINHA VOZ
Não reconheceram
Minhas palavras como ouro
Ou trigo,
Mas escutem o que digo:
Amanhã se levantará
Um grito
Que tropeçando se arrastou
Por toda a vida
Dentro de mim.
Mesmo o silêncio
Das pedras
Vai murmurar 
Escandalosas ideias
Que escondi.
Peço ao mar
Que com o seu sal
E alento
Empreste à voz das sereias
Os poemas
Feitos à minha Deusa.
As camas todas
Rabiscadas por mim
Com o sangue e o gozo
Da minha vida.
Não cicatrize nunca
A ferida.
Meu sangue escorrerá
Sempre pelo mundo
Nas revoluções camponesas.
Na prece
Nos quartinhos de bordéis.
Nos gabinetes
O açoite do meu grito
Vai prosperar.
O sal da minha voz
Tirará lágrimas
De olhos cálidos
E fará brotar o amor
No meio da guerra.
O sal da minha voz
Vai temperar a paz
Entre as Coreias
Esquecidas.
BREGUEDO
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