O Moço Loiro
Ah moço, muito dizem que quem muito quer acaba se machucando, e foi assim com ela.
Queria voar mas não tinha asas. Criou o mundo de fantasia e, intorpecida, imaginou o jardim tanto queria.
Subiu degrau por degrau e chegou no topo do seu mundinho.
De lá viu a cidade movimentada e resolveu chegar à luz da lua.
Um, dois, três passos na ponta e com lágrimas de dor deu seu último sorriso.
Todos viram seu pulo. E por um segundo, viram asas lindas e um sorriso cheio de alma.
Quem era ela? Ah, apenas uma figurante que era protagonista da própria dor.
SENSU ALL
Ando me divertindo
Com aquele outro moço
Mais maleável
Não que eu seja fácil
É que o bico do meu seio
Tem pouquíssima memória.
MOÇO, MEU MOÇO
Olho pro lado
Tanta gente em minha volta
Tantas perguntas com respostas
E tantas sem
Olho ao meu redor
Procurando rosto por rosto
O rosto do moço
Que fez eu me perder
É um rosto singelo
Sem traços extravagantes
Beleza incomum
Que se torna constante
Quero ter o moço só pra mim
Quero olhá-lo e apreciá-lo sempre
Quero cuidar dele
Quero entregar a felicidade
Numa caixinha de música
Músicas que eu vou tocar
Até chegar a idade
Até Deus nos levar.
O Moço da Esquina
Eram seis e meia da manhã, ele estava se aprontando para o trabalho quando de repente escutou lá de fora algo que lhe chamou atenção. Ainda não dedilhou aquelas palavras como deveria e até como desejaria, mas algo em seu mundo parou e andou rapidamente, ele tentara acompanhar, mas de nada adiantava seu sentimento de perda e ganho. Trabalhou introspecto querendo ainda ter o pouco de nada ter. Queria ter o dom, a beleza que jurava estar na casa do vizinho. Ele queria mudar até o dia em que percebeu que não se entenderia de forma alguma. E continuou a viver com o peso silente de existir. Ainda não me contou o que aconteceu, ainda não sei o que havia escutado. Mas ele queria mudar o mundo e de tanto tentar acabou sendo modificado pelo mundo, mas não sobreviveu a tal e voltou a fazer do desentendimento seu fiel companheiro.
Criança: Moço, você é mendigo?
Eu: Como? Porque você acha que sou mendigo?
Criança: Ah, porque você sempre anda sozinho, largado e procurando andar pela sombra dos muros...
Homem: (Risos) Não, não sou mendigo não. Eu tinha uma vida boa, tinha amigos... Mas neste mundo existe algo que é pior que a morte, neste mundo existe a falsidade. Eu acreditei em amigos que não devia ter acreditado, confiei nas mulheres que não podia confiar (Disse com a cabeça baixa)
Criança: E o que eu posso fazer pra te ajudar?
Homem: Quer ser meu amigo? Porque acho que nesse mundo, só as crianças e os mortos estão salvos.
"DESCONVERSÃO"
Demétrio Sena - Magé
Certa vez um louvor me seduziu;
eu bem moço, entreguei meu coração;
embrião de cordeiro encomendado,
quase morro na cruz do fanatismo...
Fui deixando que tudo me amoldasse,
das doutrinas às preces; os sermões,
permissões vigiadas, risos pardos,
alegrias rendidas e sem brilho...
Não tivesse acordado em tempo hábil,
hoje não disporia do meu ser
pra viver os meus sonhos e meus voos...
E teria mais donos do que afetos;
muitos vetos, meu voto comandado;
a minh'alma domada e sem arbítrio...
... ... ...
Respeite autorias. Isso é lei
Ei, moço (a)!
Sobre a vida, vou falar...
Apresse-se, porque ela
não passa devagar!
Sua efemeridade assusta,
Intriga e nos faz pensar...
Vai logo, curta a paisagem
e aceite essa transitoriedade.
O que sabemos
é que nada levaremos...
Só restará a SAUDADE!
" A casa tem cheiro de mofo,
porque casa de moço
cheira mofo sem um grande amor
tem vícios na cozinha
louças na pia
e no peito alguma dor
casa de moço
tem armários de roupas mal passadas
e um coração com vontade de amar
tem solidão
e um cheiro que só entende
quem passou por uma igual
casa de moço tem cheiro de liberdade
verdade
e um gostinho de paixão...
SONETO COM CHARME
Moço, se no tempo, velho eu não fosse
Onde a dor da saudade a apoderar-me
As recordações a virarem um tal carme
E a lentidão em mim se tornarem posse
Ah! Aquelas vontades já me são adarme
O que outrora me era tão suave e doce
Num gosto acre o meu olhar tornou-se
O espelho, um revérbero, a desolar-me
O meu espírito a tudo acha tão precoce
Já o corpo, cansado, soa em um alarme
Na indagação a juventude que o endosse
Da utopia ao caos dum tão triste arme
Envelhecer, como se não fosse atroce
Então, vetusto, tenhas arrojo e charme!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2016, 18 de novembro
Cerrado goiano
[...] Doeu quando o moço da padaria me perguntou de você. Doeu mais ainda não saber dizer o que houve com a gente.
Viva o meu sertão, que jamais precisará lamber as botas de fascistas disfarçados de bom moço e desumano, viva o meu sertão.
Exu diz;
Moço, tome cuidado com as desavenças que o mundo traz para ti. Uma hora você pode tá no topo (curtindo, gastando e pavoneando) mas o mundo gira e com esse giro você pode descer ao alicerce. Então fica um conselho "viva a vida mas viva sem postagem, ninguém precisa saber o que você faz ou deixa de fazer. Viva em segredo.
Laroyê 🔱
FUNDO DO POÇO
Estamos vivendo
No fundo do poço
A vida está dura
Pro velho e pro moço.
A guerra e a fome
O mundo consomem
Será culpa de Deus
Ou é obra do homem?"
A doença se espalha
Fere como navalha
Corpo e alma do povo.
Mas o homem não teme
Sua sorte no mal
Cresce sua altivez
Quando a culpa é só dele
Não daquele que o fez.
Poço de arrogância
Tanto velho e criança
Sábios na intolerância
Sucumbindo ao caos.
Mas a morte é distinta
Fica a obra que pinta
Para os bons,
Para os maus.
Moço da Esquina
Lá estava ele,
Com o cigarro e o isqueiro na mão,
Como um tiro certeiro,
À atingir o seu pulmão.
Não digo nada,
Aliás isso não me corresponde,
O moço lá da esquina,
Fumava e pensava longe.
Ao passar ao meu lado,
Uma leve tossida tirar de mim eu conseguia,
E logo olhava de volta,
Pra ver se ele percebia.
Lá ele sempre estava,
Com o cigarro e o isqueiro na mão,
À observar na frente aquele muro,
Cheio de pichação.
Eu não compreendia,
O motivo de tanta solidão,
Ao estar sempre, todos os dias,
Com os olhos cheios de escuridão.
Mas com tudo isso,
Mal eu sabia, que era apenas impressão,
Pois ao atravessar a rua,
Notei a sua simples expressão.
Barba Branca e chapéu na cabeça
Triste olhar com os olhos caídos,
Com os sentimentos todos perdidos,
E lá eu estava, como uma simples criança.
Ei moço, Não quero tomar seu tempo, sei que sua vida é corrida,
com chegada incerta, e de breve partida. Tens olhos tão brilhantes
e pouco sorriso no rosto, Minha vida não vale nada, mas e a sua moço?
Não quero te atrasar, desculpa o meu cheiro, Só preciso te lembrar de sorrir,
eu não tenho lar, Sou do mundo inteiro. Mas você moço ainda tem tudo,
não deixa chegar no meu desespero. Vai com teu Deus, e que o meu te abençoe.
Uma pessoa de alma bonita como o senhor, carrega o amor,
mas não seja só hospedeiro. Posso parecer até audacioso dizendo isso,
Me perdoa o mal jeito, só quero plantar o amor, pra que um dia ele sufoque o dinheiro.
Engraxando sonhos
– Vai uma graxa aí, seu moço?
Dou um trato, no capricho!
Por um preço bem barato
Eu renovo os teus sapatos.
– Por favor, o outro pé,
Que este já está beleza!
Só mais cinco minutinhos
E termino, com certeza.
- Prontinho, já pode ir!
Prossegue a tua viagem!
E se precisar de mim
Estarei nestas paragens.
– Eu só lustrei teus sapatos...
Deus renovará teus passos!
E em meus sonhos, caro amigo,
Também seguirei contigo.
...
– Vai uma graxa aí, seu moço?
O Moço na Academia.
O moço na academia
Levanta peso todo dia
Shortinho de lycra
Camiseta malha fria
Enquanto sua à revelia
O Ricardão conserta a pia
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