Névoa
Perto do topo, vem o vírus e a névoa da incerteza invade o caminhar. Para ver o sol da esperança é preciso continuar buscando os sonhos.
Quando as lágrimas quentes da decepção banham meu rosto, e a névoa da desilusão turva por alguns momentos meu espírito... É nesse momento em que paro para analisar a quantos e quantas esse mesmo sentimento eu causei . E relevo .
Desta janela, eu vejo
a imagem de um céu em névoa,
chuva molhando a terra,
árvores em roupagem de flores
já é novembro,
e ainda estamos aqui,
pegadas deixadas no tempo
o vento é apenas silêncio
uma página de meditação
chegou o frio!
vi o fio acendendo as luzes
fez-se, tarde do segundo dia
é magia, brilhante,
Oh! viajante iluminado;
em versos simples,
em solo sagrado
pastos verdejantes,
mensagem de paz
Na névoa dos meus devaneios soturnos, sou o eco vazio dos risos noturnos. Marionete, sim, fui um dia, em gestos incertos, mas agora sou tempestade, em meus próprios desertos.
Rebeldia com causa, na alma se entrelaça, ergo meu ser, em desafio ao absurdo, não temo sofrer. Na escuridão profunda, vou além do plano. Sou o vazio, a negação encarnada, em meio ao caos, minha alma desolada. A marionete que um dia se libertou, do controle do destino, enfim se encontrou, despertou, se revoltou, é meu dedo do meio erguiado para o gepeto.
Leviatã indomável, grito corrosivo, nas profudenzas do meu ser. Anos passam, e ainda persigo. Nos mares da existência, desprezo os levianos, que ousem me deter.
Eu vou alcançar o lugar que almejo, mesmo que isso me leve anos. Você pensa que me matou, mas só me causaram leves danos.
Minha busca é insaciável, implacável, ferido, mas não derrotado. Eu sou como a cena do Thor chegando em Wakanda. Então, leve-me a Thanos. Na suposta arrogância insana, que venham os desafios, eu vou e mostro que sou a própria chama, pois sou imparável. Anos podem passar, mas eu persistirei, na busca incansável pelo que desejei. Alcançarei meu destino, a despeito do que inclusive pensei. Desafiando a esperança, dançando na dor, pensaram que eu sucumbia, que desvanecia, enquanto a cada dia só florescia. Aprendi com meu fardo, sou libertado, não estava rendido, dos escombros, renascido.
Pensaram que eu tombava, que estava condenado, mas apenas feriram a superfície.
Na escuridão do abismo encontrei meu refúgio, onde o mundo treme e outros temem entrar, é lá que encontro minha verdade. Onde outros não ousam eu vagueio, minha liberdade floresce, enquanto outros se perdem, minha alma engrandece. Assim como Harry, no sussurro das cobras, nas estranhezas do mundo, encontro minhas obras.
A liberdade reside onde outros não ousam pisar, eu escolhi o caminho da serpente, foi no abismo que encontrei a força para criar.
A melancolia é uma névoa cinzenta que envolve a alma, trazendo consigo um profundo sentimento de tristeza e saudade. É o suspiro silencioso da alma que clama por tempos perdidos e sonhos desvanecidos.
"Na névoa suave das paixões que brotam de dentro, vejo-te se aproximando para brincar em meu espaço. Sobre teu cavalo, torso à mostra, cabelos ao vento, enquanto o sol seca nossas vestes no varal, eu já percebo os sinais que ecoam do teu coração. A voz do anjo sussurrou em meus ouvidos, sem dúvida, já capto os teus sinais. Como uma manhã de domingo, anuncio-te nos sinos das catedrais. Tu vens, tu vens, e os teus sinais ressoam em mim."
Chuvitiba
Não vejo nada, só a chuva na noite fria,
que esconde a cidade atrás da névoa.
Nos teus parques, as capivaras
tomam conta dos gramados e dos lagos,
como guardiãs silenciosas.
Um corredor solitário,
indiferente às intempéries,
insiste em demonstrar que pode haver prazer no sofrimento.
Amanhã, com sorte,
haverá de existir mais um dia,
cinzento e chuviscoso,
mais um dia nesta cidade,
que não perdoa os fracos.
Minha amada Curitiba,
onde a melancolia se faz poesia,
onde a chuva é companheira constante,
e a bruma, um véu que esconde os segredos da noite.
Você me olhava,
mas seus olhos eram névoa,
reflexos de um céu distante,
onde eu jamais fui inteira.
No teu olhar, me desfiz em sombras,
uma miragem que passava,
nunca fui presença viva,
apenas silêncio que ecoava.
Nos desencontramos em cada passo,
entre as palavras não ditas,
no espaço vazio entre os gestos,
como folhas que o vento leva.
Se ao menos tivesse me visto,
não com os olhos, mas com a alma,
teríamos seguido juntos,
mesmo entre as curvas da estrada.
Mas ficamos perdidos,
como estrelas que nunca brilham lado a lado,
cada um no seu caminho,
sem nunca se encontrar de verdade.
"Então, a névoa obscura, cuja densidade ofuscava a lua em meio às nuvens, se sobrepôs sobre sua cabeça enquanto contemplava o celestial, e o coração dele não se continha mais em seu peito, aquele sentimento de inquietude que pairava em seu interior como um beija-flor que arduamente sugava seu coração como o pólen de uma flor, exalavam reflexões contínuas sobre sua amada, tornando-o melindroso, e ele, sentindo-se imerso e submerso em sua própria introspecção, enxergava no horizonte o brilho das falsas estrelas da lucidez. E tomado pela tormenta dessa mistura, eis que percebeu que seu interior espelhava seu exterior, pois tudo que ali estava ao seu redor, continha um pedacinho de memória da sua amada, e mal terminou o raciocínio quando, de repente, o céu lhe pareceu melancólico: chorava a chuva, engasgava o trovão, suspirava o vento, e ele percebeu que tempestade ocorria naquele momento, não lá fora, mas ali dentro. E o algoz daquela brisa invasiva chamava-se: Saudade."
Já viu a lua hoje
Como brilha igual a você
Ilumina igual a você
Nem a nevoa é pareo para apagá-la
Você é única meu amor
Te amo
Quem troca seu voto por moedas, troca a sabedoria por insensatez. Como a névoa se dissipa ao nascer do sol, assim se dissipa a honra daquele que vende a justiça. O direito vendido é como uma erva daninha que cresce e sufoca a alegria do coração. Melhor é o humilde que anda na integridade do que o rico que perverte o caminho. Pois o fruto da corrupção é a desgraça, e a colheita da iniquidade é a ruína. Guarda teu coração com diligência e não te deixes seduzir pelo ganho fácil, pois o caminho da retidão conduz à vida, mas o da corrupção, à destruição.
A maturidade inteligente é a bússola que guia o coração, traçando um norte seguro através das névoas do passado.
Num universo onde
os filtros cobrem a realidade com uma névoa, encanta quando
o envelhecimento é aceito com naturalidade.
Além do Vale
No silêncio do vale onde a névoa se esconde,
há olhos que veem além do horizonte.
Enquanto outros param na sombra e na estrada,
há quem enxergue a luz na jornada.
O vale é profundo, feito dúvida e medo,
mas quem vê além, não se prende ao enredo.
Não teme a curva, nem a escuridão,
pois carrega no peito sua própria visão.
Enquanto alguns ficam, presos ao chão,
outros atravessam com o coração.
Porque ver não é só abrir os olhos,
mas sentir o mundo sem ter os contornos.
Então siga em frente, sem medo do breu,
pois além do vale, há um céu todo seu.
Somos instantes efêmeros na imensidão da existência, um sopro que se desfaz como a névoa ao amanhecer; mas, enquanto o tempo apaga pegadas, o amor verdadeiro permanece eterno na memória de quem cativamos. Por isso, ame sem medidas, viva com intensidade e deixe marcas que se perpetuem para sempre.
Seguiremos ambos por caminhos destintos, até que chegue a velhice e a névoa da morte desçam sobre nós. Seremos levados pelo tempo, e o seu ego será dissipado pela brisa do esquecimento.
Não restará sequer uma sombra do que um dia foi o nosso amor.
Harmonia de Almas: A Dança dos Dois Universos
Entre a névoa dos dias, dois seres se encontram,
Em um universo de pensamentos que se entrelaçam.
Um verso e uma rima, dois corações em sintonia,
Comportamentos que se assemelham, numa dança de harmonia.
Um é como a brisa suave que acaricia a pele,
O outro, como o rio que flui, constante e fiel.
Juntos, formam um oceano de sonhos e desejos,
Em cada gesto, cada olhar, revelam seus ensejos.
Como o sol e a lua, em eterno ciclo a girar,
Complementam-se na escuridão, na luz a brilhar.
Um é a chama ardente, que queima com intensidade,
O outro, a serenidade que acalma em tempestade.
Na dança da vida, são como pássaros em voo,
Cada batida de asa, um elo entre os dois.
Em cada silêncio, um segredo a compartilhar,
Numa linguagem própria, que só eles podem decifrar.
Como duas estrelas, num vasto céu a brilhar,
Guiam-se pelos mesmos sonhos, sem se cansar.
E assim seguem juntos, num eterno compasso,
Duas almas afins, num universo em abraço.
Que se entrelaçam e se confundem, num só ser,
Onde o amor é a meta, o caminho a percorrer.
Em cada gesto, em cada pensamento, uma verdade,
Duas metades que se completam, na eterna dualidade.
