Naufrágio
Não importa o caminho, o desfecho é sempre o mesmo. Eu, naufrágio de mim. É como se o erro estivesse gravado em minha essência, antes mesmo de eu nascer. Cada escolha apenas uma variação do inevitável. Luto, insisto, me debato, mas há algo maior, invisível, que já decidiu meu lugar, é à margem, entre os que tentam e nunca chegam.
Naufrágio
Saudades ainda latentes
Versos sem as suas rimas
Palavras ainda presentes
Madrugadas sem estimas
Tantas vezes choradas
Na solidão das lágrimas
No leito ficaram caladas
Como uma flor sem néctar
E lábios sem boas risadas
Com acusações para julgar
E enganos como ciladas
Quando eu só queria amar
E assim, nos ais você partiu
Com a emoção sem pesar
Deixando o coração vazio
E o ponderar sem ofertar
Desmoronando em fastio
Os sonhos de se sonhar
Restando somente aflição
Entre os teus vários ir e ficar
Adormeci ao lado da ilusão
Após este amor naufragar
Luciano Spagnol
27 de maio, 2016
Cerrado goiano
Aprender a observar os próprios
naufrágios como quem está
em Cayo Nordisquí,
descobrir corais e se alegrar.
Nada pode parar quem tem
vontade de seguir em frente
com os seus sonhos navegando
porque sabe onde quer chegar.
Tenho o balanço do Mar do Caribe,
a fúria e a mansidão do vento
que tudo pode pôr em movimento.
Em tudo coloco a alma e o coração
com os pés na Terra e na mente
no Universo sem me perder da tua direção.
Nesta terra de mistérios,
piratas, tesouros e naufrágios,
Qualquer "Inveja de Bruxa"
deixo na Pedra Descansa Defunto
para que seja esquecida,
Não me ocupo com superstição
porque conheço desta
terra toda e qualquer direção.
O ser indestrutível. O que habita em nós e não se pode destruir? Talvez a resposta se encontre no provérbio indiano que diz: “Só possuímos aquilo que não se pode perder em um naufrágio.”
Combate o bom combate, com fé e boa consciência; pois alguns, rejeitando a boa consciência, vieram a naufragar na fé.
(1Timóteo 1, 18.19)
Do último cais que zarpei, só sobrou decepção e amargura. Resolvi deixar terra firme pois fiquei sem chão quando tudo acabou.
Levantei âncora e parti com meu barco de sonhos disposto a desembarcar na primeira ilha de paz que encontrasse.
Sem o mapa da felicidade e sem a bússola da esperança, foram dias e noites perdido navegando por mares de solidão.
Enfrentei muitas tempestades de desilusão e naufraguei em algumas delas. Em cada um desses mergulhos profundos, voltei à superfície mais corajoso e pronto para enfrentar novas tsunamis de dor. Mas elas não me afundariam novamente.
Deixei minha paixão conduzir o barco e me guiar por aguas desconhecidas. Foi então que avistei no horizonte, na direção do pôr do sol, uma terra misteriosa e inexplorada, mas de natureza exuberante e receptiva.
Foi ali, no lado esquerdo do seu peito, onde joguei minha âncora e desembarquei para viver feliz pelo resto da minha vida.
É estimulante transformar o silêncio tecnológico mas visual em evidências de mentes cheias de crises, em frases que parecem em um momento desconexas mas traduzem a realidade de uma sociedade doutrinada pelo sistema que camufla a verdade já revelada, impedindo-a de ter um novo fôlego em seus naufrágios existenciais.
Quando um barco começa a navegar mais lento, os inescrupulosos, os hipócritas, os bajuladores e os sem caráter, na eminência de um naufrágio, são os primeiros a abandoná-lo, sem imaginar que o excesso de "peso" que o tonava lento. Logo, o barco volta a fluir normalmente e ancorará em portos seguros, enquanto aos que o abandonou sucumbiram no mar revolto da insensatez.
Se ao navegar sua orientação se basear nos conselhos de quem nunca navegou, certamente seu destino será o naufrágio.
Não é a profundidade do oceano que eu vou me afogar que me causa angústia e sim o tempo que vou ficar nele em naufrágio nesse mar de emoções...
Quando você naufragar dentro de si mesmo, entenda que estará a conhecer o seu próprio oceano e na maior profundidade. Conheça a natureza do seu oceano para poder descobrir na superfície todos os mares.
A um oceano de ti,
meu pensamento é um barco
de velas içadas.
Nada contra a maré,
corre contra o tempo,
esconde-se entre as vagas.
Entre encontros e despedidas,
navega,
naufraga.
Encontramo-nos, quando o outono vestia a tarde com seus ventos e a idade já riscava os nossos rostos. Não havia espaço para dúvidas nem tempo para esperas. Ou segurávamos imediatamente os remos para chegarmos à margem, ou acabaríamos por naufragar na incerteza do depois.
Sou levado, sou enrolado, sou eu até onde bater mais forte. Na encosta me encosto, e fico feito barco parado à beira-mar. Um navio inexistente, apagado, feito arco de harpa velha em depósito alojado à mostra para o que já não é mais. Foi-se o dia, foi-se o som, foram-se notas. O som parou e agora virou plateia.
É preciso esquecer "Jack e Roses"... e ler um livro sobre o Titanic para saber o que realmente houve lá...
O filme só fala de um casal que nunca esteve no navio... nunca existiu.... e esquece dos verdadeiros participantes do naufrágio... e ainda usurpa acontecimentos e coloca nos dois "melados" personagens centrais...
Sugestão? Titanic, minuto a minuto de Jonathan Mayo
Estamos no mesmo barco. E pelo visto está furado. Desejo que as velas caiam, a proa se rompa e que aconteça o naufrágio logo.
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