Musica Velha
Aquela velha estação!
A fantasia desvairada, segue rumo ao vagão!
O trem que antes partia, agora ja não vais mais!
E antes de pensar em fugir, com a boca seca, tremendo feito vara verde,
se perdia na imensidão atroz!
Nada podia fazer, sua pele alva, suando frio, esperando o trem partir.
Gritaria socorro, se possivel fosse, com a voz aguda, doce e calida.
Mais como gritar se palavras não haviam ali?
E mais uma vez, o trem da sua vida nao partiu.
Querida tristeza, algoz presente.
Ele pode voltar, querendo sonhar.
Se tudo pudesse ser, como parecia haver, iriamos juntos.
Caminhar entre as campinas, das antigas canções.
A vila avistar, observar os passaros, correr entre as matas, aquilo sim seria lindo neste triste final de domingo!
E quando pensares, nem tempo daria, que saudades me dá, aquele sertão!
Ainda assim, vagando na imensidão, dos pensamentos perdidos, haveria de encontrar-te, sorridente.
Ah quanta alegria!!
O que seria afinal, se essa nostalgia não existisse??
Ali parada, na antiga estação, entre trilhos e dormentes, com o sol a brilhar, a temperatura em maxima, lembrei-me de quando brincavamos aqui entre os vagoes abandonados!
Esperavamos, anciosos o trem passar, seu apito soar, suas rodas batendo nos ferros.
Tudo era suave, a brisa macia q havia, hoje ja nao se encontra mais!
E aquelas pipas? Coloridas, de lindos rabos, voce se lembra?
É o trem que vai, poderia tambem voltar, mais pra essa viagem que é a vida, existe mesmo bilhete só de IDA.
não cresci, não pareço mais velha, nem mais inteligente;
continuo acreditando que não existe sorte, existe Deus, e é ele a solução pra tudo.
meu cabelo continua tendo vida própria, meu sorriso ainda é inocente,
não tomei coragem para fazer dieta, nem para começar o curso de inglês.
não viajei o quanto queria, e ainda não encontrei um grande amor;
muito menos fiz tudo que eu dizia que ia fazer quando conseguisse passar para a faculdade; eu continuo usando irregularmente os óculos, tendo enxaquecas constantes e crises de mal humor.
parei de me importar com o que os outros pensam de mim, e me dedico as coisas que faço,
até as que eu não gosto muito, e aprendi a valorizar a minha família.
não esqueci dos velhos amigos, mas to falando das amizades verdadeiras;
as vezes, sou irônica, inevitavelmente;
e sempre falta tempo para fazer tudo que eu gostaria.
mas mesmo que mude o meu jeito de falar, de pensar e de vestir,
a essência será sempre a mesma (:
Casa velha;
Cheira poeira, mofo.
As árvores te dão as sombras;
As sombras te descansa no calor.
O sol ilumina sua imagem.
Casa velha tu és!
Nas noites és sombria;
Ninguém se aproxima;
O medo domina.
Casa velha;
Quem te quer, quem te deixou?
Continua no mesmo lugar;
Casa velha;
Que te renovas?
Paredes rachadas,
Telhado quebrado;
Quarto escuro;
Sala sem luz...
Mas ainda seduz.
Houve alguém,
A quem te planejou,
Nunca esquece...
Teu coração padece.
Mas ainda há forças,
Continua em pé.
Sobrevive o frio do inverno sozinha,
Mas casa velha...
Não de seu tempo...
Mas, de um passado.
Seus olhos molhados.
Sabe...
Há alguém do outro lado...
Que ainda te quer.
Passaram-se os dias...
A luz retornou.
A alegria bate a porta...
A porta se cai,
És tu que anseia,
Que adentre alguém...
E viva contente...
Em seu interior.
Paulo Sérgio Krajewski.
31 de Março de 1998.
Relato de uma menina velha
O espelho me pergunta quem é que se reflete nele,
e eu me perco nas palavras, como uma poetisa inexperiente.
Não! Em mim não pode haver sinais dessas pragas pestilentas,
dessas potestades invisiveis,dessas sanguessugas violentas,
destas pessoas terriveis...
Mãos tremulas acendem as velas de um castiçal antigo,
enferrujado pelo mesmo tempo que enrugou
as margens do olhar surrado que trago.
Suor forjado escorre minha face,
a molha de tal forma que até a maquiagem se aborrece.
Sangue inocente queima minhas mãos,
arde tanto que nem a morte faria cessar essa agonia.
Me debruço sobre a penteadeira,
e as flores artificiais que a enfeitam cobram de mim
a naturalidade que meu rubor deveria ter.
Suspendo a janela do quarto,
e um rouxinol me surpreende com seu belo canto.
Olhando-o fixo, me distraio.
E assim, sorrio disfarçadamente.
* Certa macaca, muito alegre e ágil, viu nozes numa velha nogueira e pelos galhos subiu mais depressa. Apanhou uma da nozes, mas quando quis meter-lhe o dente verificou que a fruta ainda estava verde e apresentava um sabor muito amargo.
Desanimada, atirou fora a noz, e ali ficou, em jejum, supondo que nada mais encontraria para seu almoço.
Moral da Fábula: Assim Acontece aos que se Covadam logo às primeiras Dificuldades que a Vida lhe Apresena.
O tempo é uma vassoura
Velha
De palha
Que leva pensamentos e acontecimentos
Bons e ruins
E às vezes é preciso se transformar em bruxa
Mesmo que seja a ponto de desvanecer
É necessário subir nesse veículo de madeira
E sumir pelos ares
Deixei pra trás minha velha morada
E já sinto o cheiro da terra na estrada,
O destino quer me carregar ( Não tem direção)
Esse vento bem sabe onde quer me levar.
Deixou pra trás sua velha morada
E para esquecer a saudade amarga,
O destino deixou carregar
Cantou o amor e a dor de lá.
O amor se ela é velha, se não para sempre, porque os casamentos de hoje e compromissos vêm com a maturidade.
Nenhum idade, quando é para sempre, pois começa na juventude nunca acabar, independentemente das falhas do casal, independentemente se eles estão longe ou se eles têm cinco, dez ou 13 anos de distância, e só o amor não é é antigo, mas se colocarmos uma data de expiração, idade, distância e todos os defeitos do casal será importante, e chegar à data de validade.
Não sou muito velha, e nem muito experiente.Mas mesmo com poucos anos de vida eu já aprendi algumas coisas.Exemplo?
Aprendi que você vive, e você perde coisas pelo caminho.Podem ser coisas matérias¸ e podem ser pessoas.
É inevitável, se você quiser viver vai ter que ser desse jeito.E a vida não vai parar nenhum segundo pra perguntar se você está bem, ou se você está preparado pra seguir em frente sem aquela coisa(ou pessoa) que você tanto ama.
Viver é assim, e eu te desejo sorte.Por que se você tiver sorte , vai encontrar um motivo que vai fazer com que viver realmente valha a pena.
"Quanto mais velha eu fico, mais tenho preguiça de me apaixonar.
Vai começar como sempre começa.
Vou descobrir coisas que nunca imaginei descobrir.
e vai acabar em uma rodada de Vodka como sempre acaba."
Outro dia me apaixonei
por uma janela velha, mas muito velha.
Lhe faltavam pedaços...
Não deixei de me apaixonar por conta disso.
Águia de binóculos
Torre diz para Raposa velha e Águia de binóculos:
A missão é a seguinte:
Águia de binóculos esteja pronta para guerra daqui a uma hora, pois Raposa velha irá lhe buscar.
Águia de binóculos diz:
Ok.
Após uma hora...
Raposa velha diz para Torre:
Águia de binóculos não esta pronta, qual o procedimento a seguir.
Torre diz:
Nova missão Raposa velha:
Esqueça Águia de binóculos.
Pegue a ponto trinta e vá matar as andorinhas que estão no céu.
Raposa velha diz:
Ok.
Nunca demore para estar pronta, afinal o dedo sempre está no gatilho, e o que não faltam são andorinhas no céu.
Vazio mal ocupado
Eu tenho essa sensibilidade de tinta velha.
Eu sempre tive isso aqui incorporando minhas veias em vez de sangue, e sempre que percebo que minha ave velha e triste inventa de sair pela garganta esmagando minhas tripas e sufocando meu ar, eu me seguro até encontrar um lugar vazio e escuro para engolir com uma dose forte de álcool a ave infeliz que tenta de alguma forma sair, demonstrando um outro eu que tão pouco existe, e sim ele existe.
Mas não, ele não ira sair,não é a hora de me desmanchar em lágrimas com plateia e falsos aplausos, num momento tão egoísta e tão meu.Tão seu, meu.
Agora sinto a garganta ardendo, invento uma gripe com a desculpa da inflamação, que joga fora uma grotesca dor de solidão, sim isso acontece quando se sufoca tudo dentro de si,sem arrependimentos ou reclamação volto pro meu quarto bebo um pouco de remédio querendo que cure a dor que machuca o meu coração, acendo um cigarro e paro por alguns segundos de sentir.
Já que em mim essa dor quase não para... e se para nem repara.
Olá escuridão, minha velha amiga
Eu vim para conversar contigo novamente
Por causa de uma visão que se aproxima suavemente
Deixou suas sementes enquanto eu estava dormindo
E a visão que foi plantada em meu cérebro
Ainda permanece
Entre o som do silêncio
PERDÃO
Eduardo B. Penteado
Não posso ver-te, sob pena de uma velha dor
A dor que tua redoma em mim provoca
Inatingível!
Caminhei muito e para longe
Somente para encontrar-te na direção oposta
Ah, como eu jurei...
Jurei nunca mais dedicar a ti minha poesia
Jurei que nunca te amei
Jurei...
Oi.
Sei que andas linda
E quiseras não ter-me feito sofrer
Segurei tua mão ontem, e lembrei que és...
Algo escapou da mais profunda masmorra
E foge rumo à superfície
Os portões explodem, e o Algo avança
Por que insistes em ficar tão perto de mim?
Inatingível, é o que és...
Dona de uma crueldade indômita e bela
Melhor nem mencionar teus olhos, pois...
Pedi-te para não me encarares e desobedeceste
Por quê?
Pediste perdão.
Aqui tens Algo parecido.
Ou não...
Me sinto empregnada a um sentimentto...
É como a tintura velha de uma perede que não é pintada a anos, por mais q o tempo passe, essa tintura nao sai da parede!
E todos os dias da minha vida, perderam as cores, perderam o encanto, só pq eu perdi vc.
É, melancolia, o sentimento frio e doce como os solitárias e frias tardes de outono, é velha companheira de longas noites mal dormidas, onde a reflexão e o aprendizado vem me fazer visitas repentinas e continuas, é como um doce que dói de tão doce que é.
E ela insiste em bater na minha porta me propondo ver além do que eu vejo, é como olhar pro céu estrelado, do gramado do campo ele parece muito maior e muito mais brilhante do que eu geralmente vejo aqui da janela do meu quarto, e me sentindo preso pelas paredes, sinto falta das pequenas coisas que um dia eu mesmo abandonei.
Ela me lembra de uma história sobre um oceano dos sonhos, acredito que o nome seja All Blue, um mar que muda conforme você muda, acredito que seja impossivel de acha-lo, mas como um lobo que uiva para as estrelas porque sabe que nunca vai alcança-las, eu vou gritar a palavra que tenho como ultima esperança, para simplesmente ser feliz, eu vou gritar até os confins deste mundo insano uma unica palavra : DEUS.
Doce melancolia, companheira de longa data, sou grato a ti por me tornar assim, meio diferente, e me perdoe pois foi a maneira mais bonita que consegui me desenhar, enfim, no final eu me tornei resultado de minhas escolhas, mas tudo tem jeito, então com uma calma fria e calculista, me desenhei de maneira certa, e mesmo assim ainda ficou ruim, então decidi dar o meu desenho de presente para Aquele que alguns chamam de Rei dos reis e Senhor dos senhores, e Ele simplesmente escolheu de me amar.
Lágrimas
As lágrimas que hoje caem dos meus olhos
São iguais as pétalas de uma velha rosa
Por mais murcha que ela esteja
Jamais quer deixar aquela rosa!
Luto para não deixar cair
E quando menos espero
Lá esta ela...
Caindo sobre minha face.
Pergunto a ela o porque que caiu?
E “ ela “responde:
Você meu senhor
Estava precisando apena de um carinho
Para voltar a Sorrir!
