Mulher poema Ventre
Elegia da Paixão -
E é como se o teu beijo tocasse no meu ventre
e é como se a tua pele me vestisse de cetim
e é como se o teu olhar num sopro de repente
me levasse nas asas de um desejo sem ter fim.
E é como se o suor dos nossos corpos fosse um rio
e é como se os nossos lábios fossem duas rosas
e é como se a noite nos levasse num navio
onde as nossas linguas se entrelaçam saborosas.
E é como se o teu toque esculpisse o meu regaço
e é como se a minha cama fosse o teu abrigo
e é como se o teu cheiro fosse o meu abraço
nessas noites em que não podes estar comigo.
E é como se tudo, em torno, sem ti, fosse vazio
e é como se em mim, esse vazio, fosse criança
e é como se ao meu peito ausente, gelado e frio
voltasse aquela angústia que vivi na minha infância.
E é como se os teus olhos fossem dois pedintes
e é como se os meus fossem dois poços de amargura
e é como se a minha dor já não tivesse ouvintes
nesta tórrida procura de afecto e de ternura.
E é como se nas veias o sangue não corresse
e é como se as viuvas pelos mortos não chorassem
e é como se no peito o coração já não batesse
e as andorinhas pelos Céus já não voassem.
E é como se afinal os poetas não escrevessem
e é como se o destino já não quisesse o fado
e é como se do fado as guitarras se perdessem
e os povos não tivessem o destino já marcado.
E é como se o mar já não tivesse os horizontes
e é como se o Céu se afundasse sem destino
e é como se tivessem pela vida secado as fontes
e eu voltasse aquela triste idade de menino.
E é como se a morte se espalhasse pelo ar
e é como se a vida fosse um pássaro na mão
e é como se estes versos que escrevo por te amar
fossem a mais bela Elegia da Paixão.
Berço de Poeta -
Porque trago junto a mim
tanta vida e tanta morte?!
Foi no ventre de onde vim
que nasceu a minha sorte ...
Minha mãe o que dizer
neste mundo a esta gente?
Que trazias sem saber
um poeta no teu ventre!
Desde a hora em que nasci
ao passar de mão em mão
que no berço onde dormi
estão a dor e a solidão.
Minha mãe o que fazer
se este mundo não me entende?!
Cantarei até morrer
a dor que minh'Alma sente ...
Jeremias 1:5
5"Antes de formá-lo no ventre
eu o escolhi;
antes de você nascer, eu o separei
e o designei profeta às nações.
Deus quando escolheu a cada um dos homens de Deus e mulheres foi para serem exemplos e tirarmos aprendizados de cada um deles.
E para mostrar que mesmo sabendo que cada um deles iria falhar em algum momento da caminhada. Foi para nos mostrar que a sua escolha é perfeita para a realização da sua obra; e escolhe aqueles que se veem como pequenos, incapazes e cheio de pecados.
É aonde Deus revela que mesmo sabendo dos seus defeitos, você é a melhor escolha para a realização do que almeja fazer ou realizar.
Então confie, se entregue e prossiga, porque quem te escolheu te garante...
SONETO A MINHA MÃE
(in memória)
Mae do seu ventre nasci
A luz do mundo conheci
Dos seus seios o alimento da vida
Nos braços a segurança perfeita.
Seu colo me acomodou
Suas mãos me acariciaram
Seu sorriso era só alegria
Sua voz uma sinfonia.
Hoje apenas lembranças revividas
Sofro pela sua falta, mas
Gratidão pelo que foste em vida.
Amor, ternura e paz.
Retrato de uma passagem
De um amor sem fim.
DANÇAS DO VENTRE E OUTRAS EXCITAÇÕES
Era na noite avançada
Dos nossos tempos idos.
Aplicavas os teus fluídos
Nos requebros do teu ventre,
Em danças que a gente sente
Acordar libidos adormecidos.
Em lascívias
Óbvias
Do teu tronco,
Em sinais de púbis molhados
Nos negros caracóis
Fantasiados
Nos brancos lençóis,
Que depois da dança tua
De ventre
E de frente,
Fazíamos amor
Cansado
Mas sempre apetecido
Quando regurgitavam
Orgasmos,
Em espasmos
De loucura e dor.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 08-04-2023)
Ingratidão
Um choro no ventre surgia
Buscando a primeira carência
Na busca pela sobrevivência
No âmago ainda sorria;
Um grito de dor aparece
O segundo choro então veio
Alimentado com leite do seio
O sustento ele agradece
Vival'ma que mudou planos
Agora virou tirano
Alentando uma grande dor,
A mãe buscando no seio
A carência que dele não veio
Derribando o imo d'amor.
Missias
Out/30/20
Nasci daquele ventre que hoje me aprisiona,
Sou teu sangue e não propriedade,
Isso não é amor, é controle,
Sou ser humano,
Não marionete,
Eu te falo sobre os segredos do Universo,
Te falo, sobre tudo que aprendi e desaprendi,
Através de dor, culpa, medo, erros,
Esses que mesmo cega enxergo de alma,
Mas, tu não vê os seus,
Se acomoda ao dizer que assim viveu,
50 anos,
Mas, ainda não aprendeu que a vida é sobre evolução,
Sem calma luto contra meus instintos,
Terapia, pra curar o karma,
O sofrimento faz parte,
A fé que você me impõe,
Entope meu estômago e garganta,
O Jesus que conheço não é mercadoria barata para que tu me empurre.
Grata sou,
Mas, só o exterior não me basta,
Hoje sou filha, em outras vidas, talvez fui sua mãe,
O respeito deve imperar,
O tempo é segredo,
Assim como a vida,
Por isso não mato nem os insetos,
Mas, você não está preparada para essa conversa né...
Mãe.
Um engasgo,
Assim como o pai,
Que não me procura,
Não me vê e não quer atrapalhar,
Visto que a ausência já é atrapalho.
Por isso, hoje esse desabafo,
De pai e mãe, porque segundo eles,
Ninguém mais me ama,
Tornaram o próprio amor genitor,
De acidente...
Mas, não deixam de ser genitores...
Em ódio entre si,
E me reverberam dizendo que ninguém me ama como vocês...
Mas, vocês mesmo não se amam.
QUEM ROUBA A VIDA, ROUBA O FUTURO.
No ventre da folha, a lagarta repousa,
Sonha com o dia em que tocará o céu,
Mas sua jornada é interrompida,
Antes mesmo de conhecer a liberdade.
Quem rouba a vida, rouba o futuro.
Quem rouba o futuro, apaga a esperança.
Assim como a lagarta, os jovens são promessas,
Carregam potencial de transformação.
Mas suas vidas são tomadas pela violência,
E os jardins da vida perdem suas cores.
Quem rouba a vida, rouba o futuro.
Quem rouba o futuro, apaga a esperança.
Por um instante de crueldade,
Um bem material vale mais que uma alma.
Os sonhos são arrancados,
E as metamorfoses, nunca realizadas.
Que possamos proteger cada ciclo,
Cada metamorfose, cada vida.
Pois cada ser carrega em si a beleza
De um voo que transforma o mundo
Poema: "Metamorfose do Despertar"
Escrito por: Brendon Siatkovski
No ventre da noite, onde o silêncio habita,
A alma desperta, e a vida palpita.
Sussurros antigos, como folhas secas,
Caem ao chão, deixando as raízes nuas, confissões tão velhas.
Quebramos correntes que não víamos mais,
Pesos invisíveis, heranças de outrora, laços desfeitos.
Como fênix em chamas, erguemo-nos outra vez,
Das cinzas do passado, renascemos, enfim, sem véus.
Há um canto suave nas brisas matinais,
Um chamado distante, mas próximo demais.
É o sopro do novo, é o som do porvir,
Um convite à jornada, uma chance de florir.
Os caminhos se abrem como rios no vale,
Não são retos nem claros, mas cheios de fé.
Cada curva, cada sombra, cada luz que reluz,
É parte da dança cósmica, o mistério que conduz.
Libertamo-nos das formas que nos definiram,
Das máscaras gastas, dos papéis que vestiram.
Somos agora pura essência, fluidos, livres,
Como estrelas cadentes que cruzam os céus altivos.
E neste voo etéreo, transcendendo o tempo,
Sentimos o pulsar do universo imenso.
As escolhas são portais, os sonhos são pontes,
E cada passo é um eco na vastidão consciente.
Oh, beleza sagrada da metamorfose incessante!
Nada se perde, tudo se transforma, vibrante.
Nos braços do desconhecido, encontramos o lar,
Pois somos infinitos, sempre prestes a recomeçar.
Então, sigamos adiante com corações destemidos,
Rendendo-nos ao fluxo, aos ciclos, aos gritos.
Que cada amanhecer seja um parto divino,
Uma página em branco, um destino benigno.
Pois quem ousa quebrar seus próprios padrões,
Descobre o tesouro escondido além das prisões.
E nesse renascimento, nessa entrega total,
Encontramos a verdade: somos eternidade universal.
As Rodoviárias
No ventre de concreto e aço, a rodoviária se revela
Um portal para o labirinto do asfalto, onde o tempo se congela
Cacofonia de vozes, almas em trânsito, anseios e despedidas
Um microcosmo humano, onde a vida pulsa em batidas
Sob o teto, a luz, sombras inquietantes
Viajantes e fardos, histórias errantes.
O cheiro de café e saudade no ar
E a melodia melancólica de um violão a ecoar
Nos painéis, destinos se anunciam
Cidades distantes, sonhos que se adiam
Embarques e desembarques, abraços apertados
Lágrimas contidas, sorrisos forçados
Nos rostos, a marca da jornada
A esperança de um novo amanhã, a alma desnortada.
Corpos cansados, mentes em devaneio
Na rodoviária, a vida se revela em seu roteiro
Ônibus serpenteiam como feras famintas
Devorando quilômetros cruzando estradas infindas
No horizonte, o sol se põe, tingindo o céu de sangue
E a rodoviária se ilumina, como um farol que nunca se extingue
Em cada plataforma, um drama
Em cada rosto, uma epifania
A rodoviária, palco da existência
Onde a vida se mostra em sua essência
E eu, poeta peregrino contemplo este cenário
Eternizando em versos este itinerário
Na rodoviária, a alma humana se desnuda
E a poesia encontra sua musa
Metrô
Uma Odisséia Urbana
No ventre sombrio da terra, a multidão se acotovela
Corpos exaustos, almas inertes, a esperança que se revela
Nos rostos, a marca do cansaço, do tempo que se arrasta
E a melodia do silêncio que nos basta
Nos vagões, a solidão se agiganta
Cada um em seu canto, perdido em suas fantasias
Olhares vazios, palavras sussurradas
E a sensação de que a vida nos ignora e nos distancia
Nos túneis, a escuridão nos engole
E a voz do abandono ecoa
Somos sombras errantes, perdidas no labirinto
Buscando um fio de luz, uma razão, direções
Nas estações, o tempo se suspende
E a multidão se transforma em um mar de rostos
Em cada um, uma história, um drama
E a certeza de que a vida nos prega tantos gostos
Mas, no meio do caos, a esperança renasce
No metrô
A vida pulsa
E a poesia
Floresce
O Peixe-Diabo e o Céu
No ventre escuro do mar profundo,
onde a luz não ousa morar,
um peixe sonhava com um outro mundo,
um horizonte que nunca pôde tocar.
Não queria frio, não queria sombras,
nem o eco sombrio da solidão.
Queria o azul das águas de cima,
queria o brilho na imensidão.
Sussurros vinham nas correntezas,
falavam de luz, falavam de cor.
E o peixe, inquieto, rompeu a noite,
nadou sem medo, nadou com dor.
A subida foi luta, foi quase presa,
foi fome, foi fúria, foi aflição.
As garras do abismo tentaram prendê-lo,
mas ele seguiu sua intuição.
Subiu, subiu, subiu, e o peso sumia,
o mar tornou-se quase ar.
E então, num salto, num último fôlego,
rompeu a linha, e o céu pode tocar.
E lá no alto, onde a luz brilhava,
sem forma, vasto e sem direção,
o peixe viu, sem nada a enxergar,
que o céu sempre esteve em sua escuridão.
Anoiteço
Quero chorar, mas não consigo, esta angústia.
Acredito ver sua alma, lança no ventre.
Fortaleço-me, em instantes, recaio em sombras claras.
A luz me deixa sem remorsos, sem devoção
E escureço em um degrade de verbos mudos.
Sinto pesares por temer meus pesadelos serenos.
Os tentáculos do amanhecer não me circunferem.
Alio-me aos fracassados, autofagiando o seu Deus.
Um desgosto acentuado do dia claro, me fotossintetiza.
Fuja! Lute! Desprendo meus braços das asas e salto.
Temo em ver-me, tento manobras frias e pesadas.
Agarro-me a ti, resisto pouco, sugo o néctar do meu não-choro.
(Besouro Revirado)
Senhor, sei que sois Deus
e tudo podeis.
Vós que teceste-me no ventre da minha mãe, ajuda-me a ter compreensão, compaixão e gratidão pelo que me destes e pelo que me dás.
Sei que queres salvar-me e ver transformado o meu coração,
dando-me a possibilidade de viver bem e em paz.
Que assim seja!
Haredita Angel
05.11.21
PARTO
Do aconchego de um ventre
Nasceu em meio a seus medos
Com sua tarefa ingente
De os transformar em sossego
Foi essa sina premente
A que gestou este Alfredo.
Mãe,
§
Que nos guarda em seu ventre e nos protege do mundo.
Nos traz à vida e nos oferece braços de amor
Mãe, maravilhosa criatura
Que nos ampara em todos os momentos
E mesmo em sua ausência ou lembrança
Sempre nos faz reviver e nos mostra
Que não estamos sozinhos
§
Feliz dia das Mães.
Retrato de Erica
Nasceste do ventre da vida,
Como a Frida Khalo
Cores rebentam sobre ti
Um delicioso regalo.
Sonhas ir a paris
Beber o teu café sem açúcar.
Aproveitas e vais à Holanda
ver os campos de tulipas,
Com esse teu cabelo ruivo
Que faz mover as tuas pupilas.
Nenhum de nós é filho de chocadeira
Todos nós tivemos como primeira morada, o ventre materno
E de lá quando saimos para esse mundo
E cortam o nosso cordão umbilical
Separam os nossos corpos, mas as nossas almas não
Essas continuam unidas e ligadas para todo o sempre
Vocês vão se encontrar de alguma forma, em algum pedaço
Em algum verso deste poema
IRMÃO
Homem que sai do mesmo ventre
Alma desesperada
Quando assume não me conhecer
Admite que qualquer maldade que lhe fiz
Mesmo sem perceber
Entendeu ser por querer
Pobre alma! A minha ou a sua?
Atormentada pela solidão
Nós dois
Pobres almas
Empobrecidas pelo pecado
Quanto mal consigo fazer ao meu corpo antes de te conhecer?
Acelero
Quero que acabe ou eu quero mais?
Mais, mais, mais
Corpo e Alma discordam nessa questão
Enfim, fraco!
Novamente aquele olhar, aquele maldito olhar
Desprezo ou decepção?
Talvez ambos!
Se não consigo distinguir
Cabe a mim escolher o que menos me machuca
O anúncio a chegada:
Um céu pintado de azul
O meu eu e o tu
O amor e amada
Em um ventre a morada
E logo verá lindo céu
Fará da vida um papel
Pintando seu lindo destino
Será um Homem o menino
É um menino, é Samuel.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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