Mulher Nota mil
O General leal
ao Comandante
Supremo teve
o seu direito
de reunião violado,
Ele foi preso
no dia 13 de março
do ano passado,
E está tendo
o direito
de defesa negado.
Preso sem culpa
em Fuerte Tiuna,
teve o direito
de dar um abraço
na própria Mãe negado;
Não tem acesso
a nenhuma literatura
e ali para ele
até ler a Bíblia
passou a ser pecado.
O quê falta ao povo
e o quê dói nele,
A mim me falta
e também me dói,
Por isso além
do General falo
de outros que
estão presos
nos sótãos
e calabouços
em meus
versos atordoados,
rogando a intercessão
do Foro de São Paulo
para que todos
sejam libertados.
Quem conhece a história
sabe como e o quanto
ela vem se repetindo
em nosso tempo,
Não há mais como
esconder de ninguém
o quê caiu na boca
de todo um povo,
cântico de
calabouço: - Marulanda...
Ao Foro de São Paulo
eu peço socorro,
com nome de Santo
Que leva não há como
ocultar o escombro;
o tempo é implacável
tal qual o perito
que correu para
disfarçar o incontestável.
As marcas da tortura
que cometeram
contra o cirurgião,
As máscaras caindo
estão e são tantas
mentiras que ainda
não deu para
recolher do chão.
Um General está
há mais de um ano
preso injustamente,
todos sabem
que ele é inocente;
e o quê foi feito
contra ele não
tem desculpa:
transferi para mim
esse sofrimento,
Pois através da
história dele
venho contando
outras para
que ninguém caia
no esquecimento.
Os meus acenos
pedem tolerância
quando alguém
vier a se expressar:
Ouça com o coração
para depois falar;
Não importa quem
e da forma que seja,
primeiro ouça
e depois abra a boca,
Para que não prenda
sempre que houver
um 'pirracento' a chiar:
Como aquele que
foi devolvido ao lar.
Porque há em cada
poema um dilema,
latinoamericanidades
e histórias de muitas
gentes para contar.
Sempre que houver
uma mão militar
erguida para agredir
ou para tirar o quê
é de direito do povo
ou do irmão de farda:
A tropa inteira
perderá a mística.
Se para entender
é preciso ao menos
de um exemplo:
recorda-te do General
que está preso
injustamente há
mais de um ano,
e sem acesso a justiça.
Levaram preso
um jovem
sob alegação
de ameaça,
Mas no fundo
só pode ter
havido pirraça,...
Enquanto houver
juventude sempre
haverá contestação,
não querer entender
é cruz invertida,...
E quando houver
dificuldades
sempre haverá
rebeldia em prol
da transformação.
Pai, afasta de nós
esse TIAR que
dói, castiga e faz
guarimbas verbais,...
Porque
de guerra
já basta a de nervos
que todo o dia um
país inteiro consome,
O General está preso
injustamente há
mais de um ano,
não está mais
em greve de fome
e ele sequer viu
o sol da justiça.
O pássaro de ferro
foi detectado
e recolocado
ao destino correto,
ele não deveria
ter molestado,
assim como os
setenta outros,
e só estamos
na metade do ano.
Não há como
não suspeitar:
que recomeçou
o terrorismo elétrico
que deixou
a Pátria vizinha
num escuro tétrico.
Tudo isso parece
ter a assinatura
do Império que
não cansa de furtar
a paz alheia,
roubar o tempo,
afastando com
intrigas os melhores,
e impedindo quem
precisa a merecida
liberdade alcançar.
O General é vítima
de um pesadelo,
e está há mais
de um ano sem direito
a audiência pré-liminar
e nem um livro
até ele pode chegar,
até onde essa
dureza vai te levar?
Sinto-me triste até
pela falta de cuidado
com a saúde
do velho sargento,
porque do jeito
que está não dá.
Se o caminho
é a esquerda,
centro ou a direita,
Desde que leve
ao diálogo,
ao entendimento
e ao coração;
É emocionante
ter visto o povo
com uma faixa
na mão pedindo
pelo General
a libertação...,
E que venha ser
o quanto antes
como o voo
da Morpho
Helenor Cramer;
Porque um clima
de tempestade
não pode durar
para sempre,
que se aprende
a lição do tempo
e com boa vontade
se pode cessar
todo o sofrimento.
Estes versos
não chegam
nem perto
da beleza
dos tupamaros
semeando
a terra para saciar
a fome do povo
que precisa,
Ninguém vive
de poesia
embora ela viva
para sempre
alimentando
as almas
e dando força
aos inconformados.
Não há mais
mulher nenhuma
desaparecida
até o momento,
uma foi
libertada,
e outras com
alvará de soltura,
mas há mulheres
marcadas por
toda uma vida.
Quero saber dos três
militares e do civil,
que dizem que
ninguém mais
sabe e ninguém
mais viu;
e do General
injustiçado
que nem deveria
ter sido aprisionado.
Através do vento
veio a notícia
que ele recebeu
a visita da família
em Fuerte Tiuna,
Se é verdade
ou não com
o tempo a gente
irá ficar sabendo.
Se o General ainda
está ou NÃO
em GREVE DE FOME,
NÃO há como saber
porque não tenho
a quem recorrer...,
Daquipara frente
o quê interessa
é que para
a luz da justiça
e se desfaça
contra ele
o novelo dessa
grande mentira
que o aprisionou
INJUSTAMENTE.
A paz só existe
com reciprocidade,
e sobretudo
com boa vontade,
Ninguém sabe,
ninguém viu,
e dizem que
desapareceram
três militares
e um civil...,
Por isso empresto
as letras e voz
a todo o preso
de consciência.
Lindo é o voo
das guacamayas
em lugar dos pássaros
de aço do Império
que invadem os céus
sem pedir licença,...
Essa gente faz
qualquer um perder
a santa paciência,
Mas precisamos
mostrar a resiliência.
E contando tantas
histórias como
quem para
o relógio olha
para saber as horas,...
Onde
e como está
o General INJUSTIÇADO?
Ele foi preso desde
no dia 13 de março
do ano passado,
está em GREVE FOME
desde o dia 8 de julho
e há mais de dois
meses está
INCOMUNICADO.
Os Generais foram
torturados
pela revolução,
E um deles que
tenho confiança
que é INOCENTE
se encontra em
GREVE DE FOME
na prisão desde
o dia 8 de julho,
Parece uma história
sem solução;
A fronteira arde:
guerrilheiros
atacaram o posto
de La Mulata,
A tristeza do povo
que nunca passa
justamente porque
uns colocam política
em tudo que sempre
acaba aumentando
toda essa desgraça.
Um dos médicos
foi libertado,
Além de Marulanda
se me lembro
bem existem outros
ainda presos;
Para a nossa
perplexidade existem
uns desorientados
que optam pela via
que os consome,
que preferem
guerrear com
os doutores
e o povo,
E optam em deixar
de entrar em guerra
contra o bloqueio
e a maldita fome.
A história mesmo
em si pertence
aos jovens anônimos
da resistência
sem farda e com ela,
A maior glória
do mundo e a honra
inquebrantável
aos caídos que
pela liberdade
deixaram o legado
para que nunca
deixemos nos
dar por vencidos.
Nos lábios está
o grito do povo
para que nos
SALVEM a VIDA
do último General
a cavalo preso
INJUSTAMENTE
desde o dia
treze de março
do ano passado
em meio a uma
pacífica reunião
por um grande
país pacificado.
A clarinetista moça
foi libertada sob a
triste condicional
de estar subjugada,
o crime dela só
foi desabafar
na hora errada,
e por sentir demais
por todos como
poeta não é difícil
imaginar que já
está proibida
a minha entrada.
Do General não
se sabe
mais nada,
tenho feito um
esforço tremendo
para que esse
silêncio não
deixe a minha
alma envenenada.
Dizem sem ver
há mais de dois
meses que em
GREVE DE FOME
ele se encontra,
e a inconformidade
de minha parte
tomou conta,
estou aborrecida
de uma maneira
que tu não fazes
idéia e nem conta.
A Pátria vizinha
não é segredo
para ninguém
que não é minha,
mas o hemisfério
também me é,
latino-americana
nasci, sou
e consciente
de que bendito
é o povo
que reinvidica
pela vida de
cada um de
seus guerreiros.
O tempo do político
não é a emergência
de todo um povo,
O relógio do tempo
dele sempre
marcará diferente,
Por isso nem insisto
em discutir com
esse tipo de gente,
Busco por mim mesma
fazer um mundo novo.
O som da clarinetista
ninguém ouve mais,
A Justiça está foragida,
e é a única verdade que
existe e me faz realista.
Tem gente tão obscura
como deixaram
as águas de Osorno,
Tipo aqueles dois
que foram capturados,
E o interminável
diálogo de Barbados
Sob a lógica de Oslo
e impronunciáveis
bobagens do Inferno
de cinco letras
que me pisoteiam
ofertando uma
sorte desgraçada
para quem
veste ou não farda.
Do General não se
tem uma notícia
de certeza física
desde o dia 28 de abril,
Dele só se sabe que
está em greve de fome
Este fato nos consome
fatalmente aos poucos
E quem tem o dever
de nos responder tem
feito ouvidos aos moucos.
Recordei de um
filho de Caxias
que era #pianista,
se sentia culpado
por aquilo
que jamais fez;
Na tristeza ele
vivia afogado,
Testemunhei
este triste fato.
Lembrei de uma
jovem #clarinetista
que já deveria
ter sido libertada,
E não sabemos
mais de nada;
Nada mais se
sabe dos presos
#DESAPARECIDOS,
E do General
que está em
#GREVEDEFOME,
Pois a omissão
nos consome.
O silêncio ferino
de quem faltou
com justiça,
e está faltando
com socorro
é a declaração
de quem não
pode se queixar
quando for
referenciado
pelo mundo
afora como tirania,
Não queria dessa
maneira falar,
Mas de silêncio
em silêncio sinto-me
obrigada a transbordar.
O importante é não esperar nada de ninguém e continuar sendo uma pessoa amiga neste mundo onde as pessoas se juntam para destruir umas as outras, e não para cooperar umas com as outras.
Por ser a minha
voz a menor
de todas,
Posso falar
talvez mais,
passar sem
ser notada
ou ter a sorte
de ser escutada,
O importante é
não ficar calada.
Não se sabe o quê
foi feito do General
em #FuerteTiuna,
Só se sabe que
disseram que ali
ele se encontra em
#GREVEDEFOME
e não há nada
que me conforme.
Num país onde
se fala de paz,
Mas a justiça
está foragida,
Não se sabe
quando vão
soltar os policiais
E não se ouve
mais o som
da clarinetista.
Para que tu não
te esqueças
que nos sótãos
do Inferno
de cinco letras,
Todos os dias
são noites,
Ninguém sabe
e ninguém viu:
desapareceram
com quatro
militares e um civil.
Solidão na multidão
é o que enfrenta
uma tropa e um general
(prisioneiros de consciência)
por entregar as suas
vidas por uma Nação.
A minha voz grita
por quem
não pode gritar,
No meio de uma
escuridão profunda
e cheia de gente
que se deixou
ficar embrutecida.
Toda a mão deveria
estar estendida
para quem nas trevas
não quer mais ficar,
Esse é um dos grandes
princípios da vida,
Mas vejo gente
que não quer mudar.
A irmã foi a #Boleita
e se aproximam
3 meses que ninguém
teve do General
uma prova de vida,
E até a pouco diziam
que ele estava
em #FuerteTiuna,
Onde está ele afinal?
Vejo que a chocante
solidão é de quem
padece pela falta
de memória afetiva
diante da história
de contribuição dele
ao longo da vida.
No próprio corpo
em #GREVEDEFOME
entrega, missão
mística pelo seu
povo para tentar
resgatar o rumo
que a sorte do
triste destino que
o vem consumindo.
A entrega do corpo
do Capitão-de-Corveta
foi controlada,
O enterro ocorreu
a contragosto
da viúva,
Em prosa e verso
para que o mundo
não se esqueça:
que foi mais uma
obra do Inferno
de cinco letras.
As flores do sótão
são dez que foram
dali carregadas,
Uma delas é do
General a amada,
E até agora não
se sabe de mais nada;
Todo o dia surge
um novo motivo
para ficar horrorizada.
De #Oslo a #Barbados
e passando por
todos os hemisférios,
É simplesmente
duro, triste e desolador,
Saber que a vida
está sendo banalizada,
Há mais de um General,
civis e uma tropa que
se encontram numa
situação desgraçada.
Não é segredo
para ninguém
que desejo tocar
o coração de
todos os que
estão deixando
sem notícias
aqueles que
têm os seus
na prisão,
e sem saber
como estão
há muito mais
de um mês.
Prisões ilegais,
festivais
de torturas
e de tormentos,
Não dá para
fingir que
nada ali
não está
ocorrendo,
Muitos nem
deveriam
estar presos,
E vocês bem
sabem que
tenho razão.
Tudo isso é
de doer
o coração,
E sobre
o destino
de quem
quer que
seja não
se deixa
nem por
uma hora
em silenciação,
Mas isso tem
acontecido
com o General
preso injustamente
e tantos outros
que estão desaparecidos.
Situação tensa
em Boleita,
Lá no Inferno
de cinco letras,
Os heróis
merecem ser
assistidos
em seus direitos,
Eles foram
injustamente
aprisionados,
É bom que todos
saibam de Oslo
até Barbados,
Que por eles
também não vou
parar de falar,
Mesmo sabendo
que o General
ali não está,
Aliás, ninguém
sabe onde ele está.
O General foi preso
injustamente,
Ele está desaparecido,
E ninguém mais
responde sequer
se ele foi de fato visto,
Haja informe e guru
para tanto mal feito.
O momento é tão
triste e tão crítico
que não entregam
nem o corpo
do Capitão-de-Corveta
para a viúva,
Por isso desconfio
que o General
nem esteja mais vivo.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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