Mudo
Soneto mudo
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Sou canceriano, sou carente, sou intenso, sou chorão, teatral.
Mudo repentinamente de humor, é normal...
Sou canceriano tão dramático.
Sou canceriano, na verdade um eterno apaixonado...
Transmuto de cor a cada hora
Transformo o tom a cada falada
Mudo de rota pela décima passada
Quem diria ser assim, nada para cima.
Mesmo mudando o pensar
Lembrando em falar
Das coisas que nunca me fez aliviar
Para que no fim pare o calejar.
"Pelo que eu vejo no dia-a-dia, mais eu mudo minha rotina,
Pois todas as Vidas perto da minha envolvidas,
Querem se aproveitar da minha Paz e me deixam sem saída,
É que não hora de me pagarem com Amor, vão embora e eu fico apenas com as feridas."
Se quero não, eu mudo a direção!
Se procissão, eu vou na contramão!
Se batidão, eu desco até o chão!
Se der paixão, se entrega, coração!
Agora estou confuso
Meu coração ficou mudo
Mas o sentimento não é nulo
No entanto
Não sei mais o que escuto
Algo diz para continuar
Outra voz para parar
Eu só acho
Que ambas vou misturar
ULYSSES
O mytho é nada que é tudo.
É o mesmo sol que abre os céus.
É um mytho brilhante e mudo —
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.
Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.
Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade,
E a fecundá-la decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre.
(Mensagem)
ISOLAMENTO
Longe de tudo
Silêncio sem fim
Barulho mudo
Proximidade de mim
Equalizando o balanço
Assim, sem ranço
Só cabe a mim
Despertar o tino
Apontar o destino
Dar passos ao fim.
ABANDONO (soneto)
Silêncio mudo, rente ao meu lado
Como uma melancolia a sussurrar
Há cem mil sensações a me olhar
E o pensamento vagando isolado
Tanto abraço desesperado, atado
Na imensidão do tempo sem lugar
E inspiração rútila a me abandonar
Todos os dias aqui no árido cerrado
É a solidão, cega, áspera e tão fria
E a nossa vida ficando mais breve
E as nossas mãos sem afável valia
A hora passa, e cobra a quem deve
São as horas que sentencia a poesia
O efêmero, tal a rapidez descreve...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30 de março de 2020 - Cerrado goiano
Longe de casa
Seguindo esta autoestrada
Mudo o destino se preciso for
Só para poder contemplar a cor dos teus olhos novamente
Quem diria que um dia eu fui forte?
Se as minhas ruínas podem ser vistas há distância
Eu relembro as glórias do passado
Pq aquilo que me foi tirado não passou de frustração
Em sentido contrário meu coração vagou
Em momento algum eu fui fraco
Nem mesmo o sol pude me alcançar
Ainda que eu tivesse sorte desta vez
O sangue não nos molhou
As minhas lágrimas secaram com o vento em meu rosto
Talvez eu fosse o lobo solitário, sem uma alcateia
Eu segui sem rumo, sem direção, mas com um objetivo em mente
Um dia mudo a poesia não cala
Ela é assim.
Alegoria sem fim.
Poesia inquieta.
Sempre repleta.
Fala se da amada.
Da vida conturbada.
Fala se esporte e carnavais.
Política e seus currais.
E quando o dia se cala.
Lá vem ela toda prosa.
Rima e fala.
Mais um filme com pipoca.
Mais um crime dessa sociedade torta.
O funeral emblemático da profecia.
O povo que sofre todo dia.
Também a nostalgia.
Criança de outro dia.
Tudo bem, tudo não.
Uma risada, um beijo na aflição.
Tristonho cenário animador.
Em época de caos.
Talvez se conheça o amor.
Ou se conforma com a dor.
Giovane Silva Santos
Deitado no quarto
Penso no futuro
E também no passado
Todo dia eu mudo,fato
Achei um caderninho
Eu adorava escrever nele
Enchia de amor e carinho
Agora ele é um lembrete
Faz lembrar que a vida
É feita de fases e frases
Esquecer coisas que intriga
É o começo da maturidade
Olho a lua
Vejo sua grandiosidade
Sua mensagem é
Clara e radiante
Estarei aqui
Todos os dias
Mudo minhas fases
Meu humor
Mas sou lua
Sempre estarei aqui
Mesmo que o irmão sol
Apareça
Me ofusque
Eu estarei aqui
Mesmo com as nuvens
Negras a me encobrir
Com as tempestades
Raios e trovões
Estarei aqui
Essa certeza
Me sustenta
Olhe para mim
Se recarregue
Na minha luz
Na minha paz
Me siga com seu olhar
Se acalme
Se equilibre
Entre em sintonia
Se acalme
O que me diferencia de muitas, é que não coloco ponto final, onde acho que merece vírgula.
Mudo os atores,cenário e volto "atuar"
Aguardem o final será surpreendente...
Conversar com a vida é parte do caminho em construção.
Ficar mudo durante a trajetória é se esquecer que está vivo, e sobreviver em ruínas que outros construirão
Robson Gomes
Tornei -me cego, mesmo podendo ver;
Tornei -me surdo, mesmo podendo ouvir;
Tornei -me mudo, mesmo podendo falar;
Tornei-me anósmico, mesmo podendo cheirar;
Tornei -me paralítico, mesmo podendo andar;
Tornei -me órfão, mesmo tendo pais;
Tornei-me num alexitímico, mesmo tendo sentimentos;
Simplismente tornei-me num cadáver andante.
"O meu mudo é a mudança que ninguém ouve, pois sempre mudo em silêncio. A minha mudança muda é o meu mudo infrassom."
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