ABANDONO (soneto) Silêncio mudo, rente... Luciano Spagnol - poeta do...

ABANDONO (soneto) Silêncio mudo, rente ao meu lado
Como uma melancolia a sussurrar
Há cem mil sensações a me olhar
E o pensamento vagando isolado Tanto abraço d... Frase de Luciano Spagnol - poeta do cerrado.

ABANDONO (soneto)

Silêncio mudo, rente ao meu lado
Como uma melancolia a sussurrar
Há cem mil sensações a me olhar
E o pensamento vagando isolado

Tanto abraço desesperado, atado
Na imensidão do tempo sem lugar
E inspiração rútila a me abandonar
Todos os dias aqui no árido cerrado

É a solidão, cega, áspera e tão fria
E a nossa vida ficando mais breve
E as nossas mãos sem afável valia

A hora passa, e cobra a quem deve
São as horas que sentencia a poesia
O efêmero, tal a rapidez descreve...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30 de março de 2020 - Cerrado goiano