Mudar de Cidade
Cidade das Torres
Joyce Lima Krischke
“A natureza pode suprir todas as necessidades do homem, menos a sua ganância.”
Mahatma Gandhi
Caminho pela beira mar...
No mar pretendo me inspirar
Subitamente, desvio meu pensar...
Sim, o céu estou a admirar...
Até onde alcança meu olhar?
O céu diminuiu ao meu passar!
Imensas Torres encobrem o luar...
Torres de ferro e cimento, o céu irão alcançar?!
Nelas visualizo poucos pontos a brilhar...
Torres gigantescas e vazias junto ao mar!
Apartamentos sem gente pra morar?
O “porquê” fico a cismar...
As janelas vazias, sem luzes ao passar...
Postes da rua cansados de tanto brilhar!
Minha visão... sem ver se no céu há luar
Dizem: é o progresso que veio para ficar...
Oh, Cidade das Torres, que escolhi pra “Pazear”...
“Os fracos nunca podem perdoar.”
( Mahatma Gandhi)
Balneário Camboriu/SC, 13/01/2016
Eram dois mundos.
Eram dois mundos em uma pequena cidade, separados por uma espécie de parede de vidro, unidos por um fio de saudade, rios de desejos com gotas de amor.
Nunca se sabe quando se está só ou acompanhado, e já no caminho de uma nova história meu sangue corria rasgando as minhas veias, eu sentia o cheiro da saudade, todos iam ficando cada vez mais para trás, um novo tempo começava e eu me tornava maior, um primeiro passo, um olhar ao redor de mim, tinha chegado a minha nova casa minha nova vida, respirei fundo pus as malas no chão e já quis chorar. Queria conseguir tudo que sonhei aqui, mais tudo que me fez feliz estava lá, não pude me entregar, escolhas são feitas e como adulto resolvi enxugar as lágrimas. No pequeno apartamento não havia nada a não ser a escuridão, a luz estava cortada, sem luz eu só conseguia ouvir o barulho que vinha da avenida, os carros, motos, ônibus, todos buzinavam e a cidade parecia nunca morrer, já era tarde e tudo ainda gritava. Eu me tornava apenas mais uma aqui na cidade grande, apenas uma menina do interior que chegou com as malas cheias de sonhos e o peito cheio de medo.
Não sei o porquê de ser assim... ops, sei sim.
Tudo é tão diferente agora
As coisas e formas mudam toda hora.
O gosto já não é o mesmo
As cores mais intensas, o calor então...
Manias e palavras, "oushi" meu rei é "nHão"!
Relembrar virou rotina, esquecer quase obrigação
Planejar se tornou lema
Viver uma profunda confusão.
O professor de sociologia do Ensino Médio deve estar em constante ATUALIZAÇÃO dos conteúdos. O livro didático traz muito conhecimento teórico, se colocarmos essas teorias com a realidade de Geminiano isso pode causar dois impactos: POSITIVO, onde os alunos agora podem exercer a capacidade de relacionar o conteúdo estudado com a realidade vivida. NÃO POSITIVO, MAS INTERESSANTE: causar provocações na mentalidade politica da cidade.
CARÍCIA CIDADE CORRENTINA
Minha segunda mãe,
Em ti eu nasci
Meus olhos não apreciariam as belezas
Que vi em ti.
É beleza, humana e natural
Sem ter igual, és singular
Quem já conhece sempre te indica
Quem vem aqui já fica para te apreciar.
É meu desejo que progridas e prosperes
Pois há quem queres degustar sua delícia
Teus filhos esperam ser apertados sempre a seu caminho
Sofrendo pelo carinho da cidade carícia.
O codinome #CidadeCarícia é bem fiel
Pela glicose do mel, todos te namoram, menina
Parabéns até aqui pelos 78 anos,
Que eles possam ir trilhando com suas águas cristalinas.
Muitas vezes estamos distantes entre uma cidade e outra; ou um País e outro, porém os corações tão próximos como se fossem um só.
CHORAMOS POR TI MARIANA
A cidade que virou lama chorou
Lágrimas escorreram da cor da terra
E pelo leito afora tudo devastou
Pelas mãos do homem e pela ganância
Cidades foram devastadas, casas soterradas,
Vidas desencontradas e futuro apagado.
Outra barragem se romperá e varrerá cidades e lugarejos
Serão apagados do mapa. A situação é caótica
O tsunami lamacento encobrirá parte do planeta
Vidas não serão poupadas e moradias serão devastadas
Um deserto se apodera de toda a situação
E nada restará para lembrar.
E o medo de enfrentar uma nova avalanche de lama
Voltou a fazer soar o alerta em povoados de Mariana.
Sonhos foram arrancados e o pavor assolou
Nos olhos apenas lembranças de uma cidade que já fora ideal
Hoje só a cor da dor e de um tempo que passou e nada restará.
No calor do fim da tarde de uma segunda-feira, observando o ir e vir das pessoas no centro da cidade, desfiguradas de quaisquer sentimento de amor ou alegria, sou surpreendida por uma senhora. Devia ser uma mulher na flor dos seus 50, 60 anos... Caminhando a passos rápidos, por um instante vagarou o seu andar e olhou fixamente para o meu rosto. Passou por mim... hesitou. Virou-se para trás. E, com um sorriso meio desajeitado, disse: "Eu parei para observar seu rosto... A sua pele é tão bonita! Quer dizer... Você é linda." E, por um instante, o meu dia esteve completo.
Se eu sair pelas ruas da minha cidade
eu vejo o que tornou-se esta sociedade
que eu faço não é música nem poesia
e para descrever o que eu vejo todos os dias.
Outro dia se vai. Outro dia comum.
Cidade cinza, assim como alma.
Alma? Sei lá, se está aqui, se já não está.
Pés firmes ao solo, fixos, pregados!
Outro dia se vai. Outro dia apático.
Estamos envelhecendo a cada minuto.
Estamos morrendo a cada minuto.
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