Morre Lentamente Marta Medeiros
Lentamente
E todos os dias eu me mato
Aos poucos
Em uma morte
Que permanece viva
Talvez até mais
Que o meu próprio viver.
O meu coraçao doi
E tudo o que doi eu sinto
É como se eu estivesse a desmoronar
Lentamente vai se partindo em milhares de pedaços
E eu sei que ninguem vai la estar
Para me amparar
E eu vou cair
E me afundar
Neste mundo onde nada faz sentido
Eu caminho so
E lentamente
Tentando encontrar paz
Para o meu pobre coraçao
Que tanto sofre sem razao
Aparentemente sou so fraco
Mas tudo tem uma razao
E esta é apenas uma desilusao.
As estrelas brilham de repente,
no silêncio das noites indormidas,
a solidão escorre lentamente,
nos acenos das despedidas.
Comoventemente, as estrelas brilham de repente,
no azulado céu escuro adornado de cachecol,
O sereno principia sua ausência lentamente,
Adormecendo com o nascer do sol.
Lamúria Inanimada
Caminhando lentamente,
Seguindo através de uma linha transparente,
Visão turva,
Por ali, se caia uma incessante chuva,
Seria aquilo o pesar de um pranto de amor ??
Perdida em meio ao bombardeio de tanto caô,
Tudo aquilo, será que era um ofurô??
Ela acordou e se viu tão ausente e presente no hoje,
Na direção de um rio de água doce,
Corpo sem sua armadura,
Todo despido,
Sua dúvida era assim tão insistente??
O que estaria tanto em sua mente a matutar ??
Humana ou anjo de candura??
E a sina que tanto perdura??
Pele fria e intacta,
Internamente continua a se despedaçar..
Respiração compacta,
Alarme de longe se escuta a alardear,
Lá, esta ela,
Ainda a sangrar,
Seria esse o real significado do verbo amar?
Garganta sufoca,
Almejando sentir,
A caprichosa textura daquela aguardente,
A clareza de toda a sua acidez.
O confuso que sempre insiste em sabotar,
Lama inesperada,
Se pôs a vestir as botas,
Racionalidade veio pra arrepiar,
Consciência não quis nem mesmo te ouvir falar,
Vários tiros se fez materializar,
Ilusão se fez revoltar,
Incrível foi mesmo ela achar,
Que contra a força de um verdadeiro amor,
Existe algo neste planeta capaz a um prático fim fazer chegar.
Escrito por Madam Avizza em Santos – 25/08/2020
Grande é a saudade que mora em mim
Saudade que invade, que se estende
Dia a dia, lentamente
Ocupa cada canto do corpo e da mente
Que saudade maldita
Rasga o peito e maltrata o coração
Não passando de uma ilusão
Desilusão
Transformando-se em mais saudade
Torna-se a roupa da alma, roupa diária
Alastra-se como raiz e se faz raiz
Ramificando-se no falso sorriso e no "eu estou feliz"
Lentamente, sublinho o tempo em que te tornaste a mais bela arte aos olhos dos teus filhos, tão linda e majestosa, que animas e convertes o mundo de quem contigo convive em grande certeza de que vale apenas viver, neste mundo tão incerto e conturbado que é a terra.
as crises de Pânico e ansiedade,
É quando você sente a morte lentamente, você se vê morrendo, mas não morre é uma ficção científica.
As lembranças também dizem adeus. Umas se despendem lentamente, outras simplesmente desaparecem, algumas são resistentes, mesmo cansadas e quase adormecidas preferem e vão permanecer. Há aquelas que são forçadas a se retirar e há também aquelas que se foram cedo demais. É como uma festa com seus diferentes convidados, um a um, todos se vão. É triste eu sei! Eles, elas, tanta gente, tanta lembrança... Cada uma leva um pedaço de mim, do meu coração, do meu abraço, do meu sorriso, da minha amizade, da minha cumplicidade, da minha admiração, do meu aprendizado, das minhas palavras, da minha dedicação, do meu tempo... Elas se foram e parece que me tiraram tanto, mas é só uma má impressão, pois me trouxeram muito mais do que levaram. Elas se foram e eu tive que ficar, tive que seguir, tive que investir naquele espaço vazio e inovar na decoração.
'CÂMARA DE GÁS'
O trem caminha lentamente fazendo sempre o mesmo decurso. Gelos sob os trilhos são esmagados, Não tão qual semelhante a sua carga inóspita revelando sentimentos futuros. A câmara de gás espera suavemente todas as pessoas. Abraçando sintomas apáticos o tempo todo. Como piscinas, Pessoas entram nela diariamente. Cantarolando. Balbuciando martírios. Existencialismos...
O gás é artificial. Nunca existira! Não há ares sufocantes. Mas há armas de todos os tipos espalhadas sobre o chão. É preciso determinação para encontrar as suas. Seleciona-se as melhores. As mais significativas e necessárias. Não precisas apertar os gatilhos. O gás é extremo psicológico. Aprisiona, Derruba. Faminto forjando janelas no fim do túnel. Estar-se próximo a um colapso anímico. Guerras internas, apocalípticas...
O campo de concentração é extenso. A sopa rala está sobre a mesa sempre farta [de escrúpulos]. Sentados, expele-se ar de prisioneiros. Todos livres às suas escolhas. Libertos no sofá da sala assistindo seus programas preferidos. O luxo e o lixo abruptam-se nessas câmaras que, Em pouco espaço de tempo, Tornam-se sapatos molhados. Camisas listradas. Todos com suas escolhas já prontas, escolhas sem sentidos. Desejos de significados...
TRAVESSIA
A chuva fina caí em direções variadas. Às sete da manhã, caminhando lentamente, ele dobra à esquerda numa travessa sem nome. Há muitas pessoas na chuva tomando seus destinos...
Uma senhora de idade carrega uma criança no colo a passos rápidos, tentando atravessar a rua. Mas a rua é ligeiramente escorregadia e íngreme. Esboça-se um ar de complacência...
Mas à frente, ele dobra à direita. Deixando a rua com suas escolhas e impulsos, rude e indelicada. Agora impulsivo, espera-se a próxima travessia dilatando o corolário, súbito à espera de um milagre...
SEM RUMO
Sem rumo saio,
descompassado vou lentamente
Nem assim disfarço minha mente.
Mesmo sendo refém,
me solto de suas amarras!
Liberto meus pensamentos
e com eles também vou.
Nesta cadência
sou passo no chão batido
o coração sente cada pisar.
sou o sopro do vento no ar ,
o rosto agradecido...suspira.
sou letra da música no peito escondido,
que ouço sem compromisso.
Enfim corro sem pedir socorro
protegido chego até o fim
sem disputa
satisfeito volto e digo
não desista de mim.
Saudade...
Ela ataca lentamente...
O silêncio se instala.
Lágrimas caindo
E eu nada posso fazer, a não ser sentir.
Dói tudo.
Maldita saudade!
Meus pensamentos choram calados.
As vezes pensamos que estamos a afundar, quando na verdade apenas andamos mais lentamente no mesmo eixo.
O desânimo está voltando aos poucos, sinto ele se aproximando lentamente, em breve ele irá me abraçar, e eu novamente serei engolido, até não sobrar mais nada de mim, vou deixar a alma gritar, uma hora ela vai cansar, e então quando ela se cansar, vou aproveito para tentar salvar o que restou de mim.
"Lentamente deslizei minhas mãos pelo seu corpo e senti a maciez e o perfume de sua pele ,naquele momento percebi a beleza e o encanto de uma linda mulher."💕
Se eu soubesse ...
Se eu soubesse que era a última vez
Teria beijado-o mais lentamente
Teria me despido mais lentamente
Teria acariciado-o mais lentamente
Pediria para me amar demoradamente para saborear cada segundo do teu corpo dentro do meu.
Se eu soubesse que era a última vez
Eu não teria me entregue com tanta intensidade
Eu não teria sorrido o meu melhor sorriso
Pois as lágrimas da despedida dominariam o brilho da felicidade em ser tua pela última vez.
Ipê
Profunda e lentamente
Quero ser raiz certo dia
Embaraçar-me e enraizar na sua indecisão
Sufocar-te
Esmagar sua covardia
E você vai gritar encarniçado
Arrastar tempos
Consoantes e vogais
Vai verbar seu timbre
Asfixiado
Em noite de lua abarrotada
E não te reconhecerei
Serás estranho
Te matarei
Sem remorso
E na estação que interrompi
Para adornar esta conquista
Vou florescer
E de nada me lembrarei
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
É DE MANHÃ
É de manhã
A luz do sol nasce lentamente,
Contente e solenemente,
Bate suavemente, janelas por janela.
Vai acordar lindas donzelas.
É de manhã
Moços, moças, crianças,
Homens, carros, metrôs,
Ônibus, motos e bicicletas,
Aceleram!
É de manhã
É um turbilhão de vozes,
Barulhos ferozes.
Esta formidável dança,
Pra lá e pra cá,
Cores vibrantes,
Sorrisos radiantes.
É de manhã
Logo, logo o espaço vai ficando vazio.
As casas comerciais e industriais abrem seus corações,
Aos poucos o calor humano sobrepõe as
Ferragens e as frias máquinas.
È a busca do sustento da família,
Ali começa o progresso na nação.
É de manhã
As escolas se amontoam de cores e alegria.
Professores preparam o ensinamento,
Alunos abrem seus ouvidos ao aprendizado.
É o presente dando recado ao futuro.
É de manhã
O orvalho na relva verde declama o amor.
O clarão na montanha assanha.
A mão de Deus cobre de bênçãos seus filhos amados.
É de manhã
É de manhã o nascer da vida,
É de manhã o florescer,
É de manhã que faz acontecer.
É de manhã!!!
Élcio José Martins
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